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[Review] O menino do pijama listrado - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2008

Duração 1h 34m

Direção Mark Herman

Elenco Asa Butterfield (Bruno), Jack Scanlon (Shmuel), Vera Farmiga (Elsa), David Thewlis (Ralf), Amber Beattie (Gretel), Rupert Friend (tenente Kotler)



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Bruno, um menino de 8 anos, se muda de Berlim, para morar próximo a um campo de concentração, devido ao trabalho de seu pai, que foi promovido a comandante. Bruno pode brincar no quintal, mas além disso está proibido de ultrapassar. Porém, da janela de seu quarto, ele consegue ver o campo de concentração e os presos ali, mas ele pensa ser uma fazenda com pessoas estranhas nela. 

Em sua casa, trabalha um judeu, já de idade que faz alguns serviços na cozinha. Um dia, Bruno cai e se machuca e o senhor cuida de seus ferimentos. Entediado, um dia ele escapa da casa sem ser visto e encontra a cerca do campo e próximo a ela está um garotinho. Curioso ele se aproxima e começam a conversar. A partir daí, ele tenta ir até lá sempre que pode. 

Enquanto isso, seu pai contrata um professor particular, Bruno e sua irmã Gretel começam a receber os ensinamentos do professor que fala sobre a superioridade de sua raça e da inferioridade dos judeus e dos motivos de serem perseguidos. Gretel passa a mudar seu pensamento enquanto Bruno questiona se não pode existir pelo menos um judeu bom, já que ele conheceu Shmuel e acha ele uma boa pessoa. 

Elsa, chegando em casa uma tarde, sente um cheiro estranho e o soldado ( Kotler) que a acompanha lhe informa de onde vem. A partir desse dia ela fica inconsolável e após várias discussões com Ralf, decide partir dali com as crianças. Bruno vai até Shmuel para lhe dar as más notícias e descobre que o menino está triste porque não consegue encontrar o pai. Bruno então decide que irá ajudá-la antes de partir e combinam de Bruno trazer comida para Shmuel e este trará um uniforme igual o dele para Bruno. 

No dia seguinte, Bruno consegue escapar antes de se mudar e entra no campo para procurar o pai de Shmuel. Enquanto isso, sua família do outro lado da cerca, faz a terrível descoberta do paradeiro do filho...







Minhas divagações finais 

Talvez seja a segunda ou terceira vez que vejo esse filme. Da primeira vez, o choque maior foi com o final da história. Agora porém, depois de ver e ler sobre a Segunda Guerra Mundial, achei uns pontos estranhos na história. E vi que, apesar de triste, o filme só não foi perfeito porque quiseram amenizar os simpatizantes do holocausto colocando alguns pontos, que segundo li, não foi bem assim que aconteceu. 

Primeiro, nenhuma família alemã e principalmente de soldados, eram ignorantes quanto aos judeus. Elsa não imaginar o que faziam com os prisioneiros? Uma criança como Bruno não estar informado da situação? Shmuel jamais teria conseguido ficar próximo a cerca daquela forma e não só porque era criança que seria deixado em paz daquele jeito. Os nazistas não se importavam se eram crianças ou idosos quando matavam sem piedade. Então Shmuel jamais teria chegado sequer perto da cerca. Assim como Bruno jamais teria entrado no campo. 

Agora em relação ao roteiro, Gretel ser assanhada para cima do soldado Kotler? Que tragédia. Depois de jogar as bonecas e colocar pôster nazista? Lavagem cerebral. E Bruno ser tão alheio ao que seu pai fazia? O mérito se deu ao final somente. Não dá para negar a tristeza de ver o que aconteceu com Shmuel e os restante dos judeus. Bruno foi um efeito colateral da maldade humana. E Vera Farmiga arrasou na interpretação de mãe desesperada, chorei horrores com ela. 

O menino do pijama listrado pode ter vários pontos de vista, pois pelo menos eu, acabei tendo vários. Mas, se tivesse tido mais tempo de mostrar Shmuel e sua situação, talvez um pouco ele com seu pai, para que quando ele dissesse a Bruno que não conseguia encontrá-lo,  nós sentiriamos sua dor e empatia, a ponto de querermos ajudá-lo também. No entanto, Shmuel foi um personagem secundário, apesar de ser o centro da história. 

Vi muitas críticas negativas pelo fato do filme ter sido usado como conteúdo pedagógico e por esse ponto de vista, concordo, porém, não acho que seja um filme ruim, pois a situação de Bruno não é um caso real, os fatos são sim, os judeus perseguidos e o holocausto, porém, acredito que o filme, mesmo com algumas coisas absurdamente erradas, que não teriam como acontecer, visto como uma ficção, acho satisfatório. A inocência de Bruno fazer amizade com um judeu e sendo filho de um soldado nazista, ter um fim como judeu, te faz pensar. 

Agora, tem como você ver o filme e criticar coisas como o modo como a família de Bruno vivia, no conforto, no modo estúpido como o pai dele tratava os judeus, principalmente aquele senhor que trabalhava na casa, no modo como Kotler foi afastado da casa e mandado para a linha de frente por não ter relatado que seu pai era contra o nazismo, assim como a hipocrisia do pai de Bruno por esconder sua mãe que também não concordava com o nazismo. Enfim, concordo que o filme tem muitos problemas, mas não deixa de ser marcante. Caso se interesse em ter conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial,  holocausto e bomba atômica, sugiro documentários sobre. Filmes geralmente seguem um padrão diferente do que realmente aconteceu e tem vários outros títulos que conseguem retratar melhor esse tema. 

No mais, recomendo. 

Nota 10/10

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