quarta-feira, 20 de novembro de 2024

[Review/crítica] Moscou contra 007 (From Russia with love) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1963

Duração 1h 55m

Direção Terence Young

Elenco Sean Connery, Daniela Bianchi, Robert Shaw, Lotte Lenya, Bernard Lee

Recomendação: sim 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A organização Spectre, treina seu melhor agente Red Grant, para roubar uma máquina descodificadora chamada Lektor e matar James Bond, como vingança pelo Dr. No.  A organização ainda conta com Rosa Klebb, que conhecendo o fraco de Bond por mulheres, escolhe Tatiana Romanova para seduzí-lo e espioná-lo.

M diz a Bond que Tatiana pediu asilo no Reino Unido em troca do descodificador, mas todos sabem que é uma armadilha. Porém, M manda Bond para Stambul e lá ele conhece Kerim Bey. A cada passo que dão, são atacados fazendo com que pensem quem são seus inimigos, quando na verdade é tudo uma armação da Spectre para que desconfiem e lutem entre si. 

Mas Bond só descobre toda a armação, durante a viagem de trem, onde confronta Red, que pensando que eliminaria Bond ali, conta todo o plano da Spectre. Embora desconfiasse de Tatiana, a moça de certo modo também havia sido enganada. 






Minhas divagações finais 

Não há de se negar que James Bond exala sedução. Como disse no anterior, realmente a essência do filme será sempre essa. Bond atrás de um rabo de saia. Mas enfim. Pelo menos foi uma sequência do primeiro, onde a organização planejava se vingar pela morte do primeiro líder da Spectre. No entanto, já dá para notar que mesmo que Bond termine com a mulher da história, no próximo não existe nem menção da mesma. Ou seja, todo filme ele vai se envolver com uma mulher, que será espiã, assassina ou vítima, terminará com ela, mas no filme seguinte, ela nunca existiu. 

Bond viaja pelo mundo e por onde passa, sempre tem alguém o seguindo e sempre tem uma mulher disponível para ele. Claro que ele não é um agente imortal ou com super poderes e longe de ser um detetive como Sherlock Holmes, mas pensei que fosse mais esperto, porque ele nem desconfiou do Red quando se fez passar por seu contato no Expresso do Oriente. Embora claro, ele teria meios de escapar dessa armadilha. 

Agora, por mais que seja mulherengo, não seria estranho voltar para seu quarto de hotel e encontrar justo Tatiana em sua cama? E simplesmente fazem sexo como se já haviam se encontrado? Confesso que essas partes geralmente pulo. Essas mulheres todas padronizadas com certeza é para atrair o público masculino. Embora os dois juntos tenham sido filmados para futuras chantagens. Ou seja, outro descuido de Bond. 

Mas como disse no primeiro, devido a época, existe muita complexidade nas histórias de Bond. No entanto, claro que justamente para a época, o filme com certeza foi um sucesso. Não é a toa que existe mais de 20 filmes sobre ele. 

E conforme você vai acompanhando em sequência, já sabe o que vai acontecer pela simplicidade das coisas. Nada é mostrado sem propósito. Como a maleta de Bond, cheia de apetrechos que inicialmente você acha que ele não irá usar tudo, mas tudo tem seu momento certo. 

Infelizmente descobri fazendo essa resenha que Sean Connery faleceu em 2020. Gente? Onde eu estava que não me lembrava dessa notícia? Depois de vê-lo tão novinho como Bond, fiquei triste ao descobrir essa notícia. Sim, sou muito desligada quanto a isso. Só descubro sobre os famosos dando um Google neles. E muitas vezes é chocante. 

Enfim, os apetrechos estão melhorando, e certamente no futuro as histórias vão evoluindo também. Assim espero. Tirando a ambientação, o tipo de filmagem e a atuação de alguns personagens, não há muito o que dizer sobre a história. Mas se não me falhe a memória, Red e Klebb foram eliminados, mas o que aconteceu com quem os contratou? Não me lembro o que houve com essa pessoa. Mas enfim. 

Nota 8/10

terça-feira, 19 de novembro de 2024

[Review/crítica] Pra sempre Paquitas - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

1 temporada 5 episódios 

Recomendação: não muito 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta a trajetória das meninas que começaram aos 9 anos como ajudante de palco do Xou da Xuxa adquirindo o nome de Paquitas depois. As meninas ainda crianças, ajudavam no programa a controlar outras crianças que participavam das brincadeiras durante as gravações. 

Conforme o sucesso do programa e a fama da Xuxa foi aumentando, as Paquitas também começaram a ter notoriedade e atraía milhares de meninas de todo o Brasil que sonhavam em um dia ficarem próximas da Xuxa e serem Paquitas. Após várias gerações e separações, denúncias de abusos vindo da empresária de Xuxa, Marlene Mattos começaram a vir a tona e as meninas começaram a expor os sofrimentos que passaram durante o período em que foram Paquitas e em como o sonho acabou. 








Minhas divagações finais 

Gente, é muita Paquita, são muitos nomes, não lembro da maioria mas confesso que enquanto assistia, senti empatia por elas. Me coloquei no lugar delas ainda crianças ou adolescentes sendo julgadas por cor de pele e estética corporal. Sendo que essa é uma fase da nossa vida em que passamos por transições que não precisamos de um adulto nos julgando pela nossa aparência. Mas, depois vem a questão. Se não estamos satisfeitos, se não somos valorizadas, se não estamos felizes, não podemos sair? Você ama tanto ser Paquita ou ama o sucesso? O salário? 

Já vimos que a indústria televisiva é cheio de problemas e aparecem várias denúncias décadas após o ocorrido. Quantas meninas eram Paquitas? Quantas delas os pais acompanhavam o trabalho? Não é possível que nenhuma delas tenham confidenciado a um pai ou uma mãe o que estavam sofrendo? E se teve todos se calaram? Por que eram menores e mesmo que aquela década, como Xuxa disse, parecia ser normal, que pai ou mãe iria aceitar sua filha menor sofrendo abusos? Sofrendo bullying pela aparência? Bom, quando se trata de dinheiro, já vimos como vários atores mirins, sofreram nas mãos dos próprios pais, então deixa para lá. 

Tenho visto muitos comentários de pessoas defendendo a Marlene e taxando a Xuxa como falsa, mentirosa e que ignorava o que acontecia e agora se faz de vítima, dizendo que não sabia de muita coisa que aconteceu nos bastidores. Eu, particularmente, não acho que ninguém está certo. Também acho que apesar de toda a problemática, todos fizeram o que queriam e seguiram com a vida. Acho que todos pensaram somente no próprio umbigo, sucesso e ganho particular. Marlene fazia o que queria porque era a empresária, tinha o poder da decisão nas mãos. Ninguém ia contra, ela continuava. E querendo ou não, os envolvidos tiveram sucesso. Xuxa começou cedo e sempre ao lado de Marlene. Deixou tudo nas mãos dela na maior confiança, mas conforme foi crescendo e mexendo com sua própria vida pessoal, ela começou a enfrentar a empresária. Mas jamais pensou no que as meninas passavam. Talvez não se importasse mesmo, porque o "xou" era dela e as meninas estavam adquirindo sucesso independente dela. Já as Paquitas, não é estranho que nenhuma delas falou com os pais? Não queriam preocupá-los porque muitas ali, que eram o sustento da família não poderiam sair assim, mas não poderiam sair porque não queriam ou por que os pais as obrigavam a continuar?

Eu acompanhei os programas da Xuxa até os anos 1995, talvez um pouco até 1997, quando já adolescente começava a ter outros interesses. Nunca me perguntei por que mudava as Paquitas, por que mudava o nome do programa, por que acabou a Xuxa, eu achava que era o curso natural das coisas, onde tudo tem início e um fim. Jamais me passou pela cabeça tanto drama em um programa só. Não nego que para aquelas meninas ainda tão jovens vendo o sonho acabar de forma abrupta e injusta, naquela época possa ter sido traumático. Mas me pergunto o que levou a ser revelado tudo isso, décadas depois e só agora?

Algumas delas se tornaram atrizes, como Letícia Spiler, Juliana Baroni, Bárbara Borges, que são as que mais me recordo. Letícia Spiler era minha preferida desde paquita e como atriz depois. Não vi ainda o documentário só da Xuxa, que me parece nesse, a Marlene participou. Mas é difícil alguém que você admirou quando criança, ser revelado que no fim, nada mais era do que um ser humano cheio de falhas. Claro, muitas coisas podem ser reais, mas quando existe três lados diferentes, fica meio confuso, embora pelo que vi na Internet, a Marlene não negue tudo o que fez, mesmo que para nós pareça chocante. 

Não nego que se não fosse pela Marlene, a Xuxa e as Paquitas poderiam não ter sido o que foram e ser sucesso, mesmo com toda a polêmica, quem viveu aquela época nunca esqueceu delas. Então, repito, para mim não acho que exista um lado certo ou errado, acho que sempre existe uma escolha e cada uma delas tiveram a sua. O livro foi polêmico? Foi a causa da demissão em massa? Por que levaram décadas para mostrar isso? Normalmente esse tipo de documentário é sobre assassinos e as vítimas querem justiça, ou sobre abusos mas de novo, exigem justiça, prisão do suspeito, mas no caso das Paquitas elas queriam o que? Chamar a atenção para elas novamente? Indenização da Marlene pelos danos psicológicos? Não entendi. Se fosse só mostrar aquela época, do surgimento das Paquitas, para mim, teria sido mais interessante. A partir do momento que virou um xororô sobre a Marlene, perdeu totalmente a graça. Mas, cada um tem sua opinião e recomendo que assistam para tirar suas próprias conclusões. Para mim, valeu a pena só os momentos da nostalgia. Depois que virou dramalhão ficou sem graça. Antes eu achava que a Marlene tinha culpa no cartório e por isso não apareceu no doc, mas depois de terminar, acho que ela fez bem em não participar. Pelo menos ela continua autêntica em suas afirmações enquanto que, mesmo que Xuxa tenha participado e dado sua versão da história, parece mais que se faz de vítima. De qualquer forma, não fixo do lado de ninguém, não senti empatia por ninguém, no início até fiquei chocada com o que disseram sobre as coisas que a Marlene exigia, mas não entendi ainda o por que do doc. De qualquer forma, guardo para mim as imagens dos tempos em que parecia que nada de ruim acontecia. 

Nota 6/10

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

[Review/crítica] Jardim de meteoros (Meteor Garden) - Divagando Sempre

 

Versão chinesa de Boys over flowers, que por sua vez é uma versão coreana de Hana Yori Dango, que por sua vez é uma versão japonesa do anime e mangá de mesmo nome. E sim, já vi todas as versões, com exceção do mangá.  Pretendo rever todas as versões novamente, talvez menos o anime, que apesar de ter gostado, como é meio antigo, não chamou tanto a minha atenção. Cada versão tem diferenças não só nos personagens, mas as histórias tem o tema principal mas cada um tem um diferencial. Na versão chinesa, essa é a segunda vez que vejo, pois são 49 episódios de 45, 47 minutos cada, não chega a ser cansativo, mas é uma maratona e tanto. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2018

1 temporada 49 episódios 

Elenco principal Dylan Wang, Shen Yue, Darren Chen, Caesar Wu, Connor Leong, Nicky Li, Liu Yin Hao, Dong Xin

Recomendação: sim 



Trailer (na verdade música tema do casal com cenas do dorama)




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Shancai é uma jovem de 18 anos que ao ingressar no seu primeiro ano de faculdade em uma universidade prestigiada do país, acaba se deparando com o maior desafio de sua vida, um grupo de garotos conhecidos como F4, liderados pelo impiedoso Dao Ming Si.

O grupo é famoso pelos implacáveis desafios onde os perdedores cumpriam penalidades absurdas. Shancai temendo esses desafios, tenta permanecer incógnita, porém, acaba topando com Dao Ming Si, mas como ela não age como se esperava, acaba chamando a atenção do líder do grupo. Por mais que ele tentasse intimidá-la, mais ela o desafiava a ser melhor. No entanto, ela acaba sendo protegida algumas vezes por outro membro do grupo, o quieto Huaze Lei, por quem Shancai acaba gostando primeiro. 

Dao Ming Si perdidamente apaixonado por Shancai, tenta a seu modo curto e grosso fazê-la ficar a seu lado, o que só a impele a querer ter distância dele. Muitas coisas vão acontecendo no caminho, como a irmã de Dao Ming Si aparecendo, mas felizmente ela e uma aliada, assim como uma antiga paixão de Huaze Lei, que complicou o coração de Shancai, um casamento arranjado para Dao Ming Si e a mãe do próprio que usará de seu poder para separar o casal.











Minhas divagações finais 

A primeira vez que vi essa história foi em anime japonês, Hana Yori Dango. Uma menina de classe média que consegue uma vaga em uma escola de prestígio e acaba topando com o líder de um grupo de meninos denominados de F4 que aterrorizava os meninos e arrancava suspiros das meninas. O líder do grupo não intimida a menina pobre, muito pelo contrário, ela o desafia o deixando embasbacado e acaba se apaixonando por ela ser diferente de todas as outras meninas. Até aí, todas as versões são iguais. Mas depois as mudanças vão aparecendo. Como não me lembro de todas, conforme vou assistindo as outras, vou comentando as diferenças. 

Escolhi ver esse primeiro porque foi a única versão que vi uma vez. E pela minha memória, era incrível. E também porque Dylan Wang é incrivelmente lindo. Foi o único líder do F4 que teve o corte de cabelo que não era ridículo e que combinava com o personagem. Cada versão teve seu momento especial para mim. Mas confesso que na versão coreana, a paixão que a protagonista teve pelo amigo músico do líder do F4 foi muito melhor. Mesmo ele gostando de outra, seus momentos com a protagonista sempre foram hilários e fofinhos. Mas foco, voltando a Jardim de meteoros. 

Shancai teve momentos desafiadores, como descobrir que Huaze Lei era apaixonado por sua amiga de infância, ou quando foi traída por uma amiga que espalhou uma foto comprometedora por inveja dela( mas Shancai é tão boa que perdoou a menina e continuou a amizade), ou quando ela ficou dividida entre Dao Ming Si e Huaze Lei, ou quando seu pai perdeu tudo e Dao Ming Si os ajudou. 

Mas a dúvida de Shancai muitas vezes eram irritantes, assim como Huaze Lei decidir que também ficou apaixonado por ela. Mas com certeza o amor mais sem noção foi da Xiao You, a melhor amiga da Shancai, pelo Ximen, um dos integrantes do F4. Nessa parte se assemelha a versão coreana, onde a amiga da protagonista vai de edifício em edifício, em determinada hora, procurando por dias uma mensagem que a garota importante para a paixão dela, havia deixado e ele nunca soube qual era. Vamos ser sinceros, na época que vi esses doramas, talvez Boys over flowers mais antigo ainda, eu acreditava no amor e em não desistir onde houvesse uma chance, mas, hoje em dia, em vez de ser romântico, achei uma perda de tempo Xiao You passar as noites procurando o local certo para Ximen, sendo que ele mesmo nem foi atrás disso e ainda foi cruel com ela, inúmeras vezes lhe dando o fora. Jamais daria para imaginar que disso sairia algum romance né. 

Depois partimos para o relacionamento de Shancai e Dao Ming Si. Tudo bem que da parte dele, desde o início ele demonstrou interesse por ela, mas ela? Sempre foi clara que gostava de Huaze Lei, mas depois ficou dividida até finalmente admitir seus sentimentos por Ming Si. Minha empolgação com a história foi só no início quando Shancai enfrentava Ming Si. Depois que ela entrou na vida dele, nem os desafios existiam mais. E os meninos do grupo, cada um foi amadurecendo conforme Ming Si se apaixonava pela Shancai. 

Meizuo tendo a parte dele na trama se apaixonando pela mulher mais velha, foi muito sem graça. Acho que só Ming Si não teve uma paixão do passado. Embora cada versão tenha seu final, acho que só a coreana não terminou com o casamento. Mas se não me engano, nas versões coreana e japonesa, o líder do F4 perdia a memória. Esperei muito por essa parte, mas aqui não aconteceu. Shancai era tão ingênua, que caía constantemente nas pegadinhas dos meninos. Até no final, foi enganada. Impossível ter alguém assim de verdade. 

Enfim, foi uma longa jornada porque os doramas chineses, mesmo tendo 45 min cada, geralmente passam dos 40 episódios. Teve vários momentos que na época em que vi, achei fofinho, mas hoje, não senti muita coisa. Não acho que teve muita química entre os protagonistas, embora Ming Si tentasse a seu modo ser romântico com Shancai. E os motivos da mãe de Ming Si ser daquele jeito? E depois de tudo o que ela fez, simplesmente mudar assim? Mas claro que devido a enorme quantidade de episódios, posso ter esquecido de mencionar diversas coisas, mas garanto que é melhor ver e tirar suas próprias conclusões. Só saiba que tudo começou por causa de um celular quebrado e um sapato verde. 

Enfim, não foi de todo ruim. Mas algumas coisas, realmente não devemos rever, mas também não tem como saber que tipo de sentimentos vamos ter. Pode ser que continue bom ou pode ser que mudemos de ideia. Mas valeu a experiência de rever essa obra. 

Nota 8/10

domingo, 17 de novembro de 2024

[Resenha/crítica] A última casa da rua Needless - Divagando Sempre

 

Esse é um dos livros que li no desafio do Skeelo para o Halloween. Não é terror de fato, mas, tem uma pegada de drama psicológico que vai fazer seu queixo cair, mas só no final. Vamos lá. 




Ano da primeira publicação 2022

Páginas 352

Autor/a Catriona Ward

Recomendação: com certeza 



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Ted, é um homem que vive recluso na última casa da rua Needless, com suas janelas fechadas com tábuas para evitar curiosos e com o fundo do quintal que dá para uma floresta. Atualmente ele é antissocial, saindo para beber ocasionalmente no bar da cidade e ele tem problemas de memória. Mas, basta a companhia de sua filha Lauren e sua gata Olivia. Algumas vezes por mês, ele frequenta o consultório de um psiquiatra em que ele conta seus lapsos de memórias e o comportamento agressivo de Lauren.

Tudo para Ted continuaria nessa rotina, se não fosse por uma nova vizinha que parecia estar o vigiando. Didi, tem fortes motivos para acreditar que Ted, pode estar envolvido no sequestro de sua irmã 11 anos atrás. Ela acha que a polícia pode estar deixando passar algo e decide vigiar constantemente Ted e sua casa. Conforme os dias vão passando, as revelações do caso podem não ser exatamente o que Didi esperava. 



Minhas divagações finais 

Confesso que a leitura de início me pareceu um tanto confusa por misturar narrativas sob a perspectiva de Ted, Didi e acreditem, da Olivia também. Então, até tudo fazer sentido, muitas vezes achei a leitura parada, cansativa e entediante. Didi foi uma personagem insuportável e o que ela fez no passado e o que estava fazendo no presente, nada mais era do que tentar se redimir e acabar com a culpa. Seu final foi merecido. 

Não dá para falar muito sem revelar tudo. Porque minha gente, foi uma leitura que iniciei mais por um desafio e visto que o anterior foi totalmente horrível, já que não conhecia os autores, fiquei com medo de ficar decepcionada novamente. Eu aguento leituras ruins, mas uma atrás da outra ninguém merece né. Conforme foi passando os capítulos, cheguei a pensar que seria entediante, mas a partir do momento que você começa a criar teorias, a entender algumas partes desse quebra cabeça, você quer chegar logo a conclusão desse mistério. 

Nada do que aconteceu, jamais me passou pela cabeça. A história te leva por um caminho, te faz permanecer nessa rota achando que está chegando a algum lugar e de repente dá uma guinada para outra direção que você simplesmente fica desnorteado. Não quero revelar nada porque acredito que esse livro, todos merecem passar pela experiência da surpresa. 

Só digo que, Ted tinha conhecimento do desaparecimento da irmã de Didi, na época e algum tempo depois, ele foi interrogado incansavelmente, sua casa foi revistada, mas nada jamais foi encontrado que pudesse indicar que ele seria um suspeito de fato. Por ouvir uma voz de criança na casa mas jamais tê-la visto, Didi não acredita que Ted tenha uma filha e a gata, ela só ouviu os miados, então nenhuma das duas ela poderia salvar, se nunca as viu. Mas ela acreditava que ou sua irmã estava presa na casa, ou tinha outra criança sequestrada mantida em cativeiro ali. Uma vez ela consegue invadir a casa dele, mas não encontra nada suspeito. 

Só digo outra coisa, não senti empatia por Didi em nenhum momento, desde o início ela parecia estranha e o fato de passar os 11 anos procurando a irmã, não me convenceu de que foi somente porque a amava e sentia sua falta. Para mim, sempre teve um misto de culpa nas ações dela. Quanto a Ted e seu relacionamento com Lauren e Olivia, foi realmente de tirar o fôlego. Prestem atenção no que a mãe dele sempre dizia sobre uma doença na família, te faz pensar seriamente no que Ted é capaz. Mas a reviravolta é incrível. 

Eu só fiquei dando voltas e voltas porque não tem como comentar sem dar spoiler, gostaria, mas como disse, a experiência de descobrir tudo no final é indescritível. Você passa a maior parte da leitura tentando descobrir a verdadeira índole de Ted. Ora ele parece um pai protetor tentando acalmar a filha, ora parece um suspeito de sequestrador. Os desentendimentos entre Olivia e Lauren te fazem refletir que tipo de família é essa? Fora que me perguntava toda vez que Lauren tinha que ir embora, onde estava a mãe? Só digo isso, não falarei mais nada. Leiam, super recomendo. E se estiver cansado, continue. Não desista. Vale muito a pena. 

Nota 10/10

sábado, 16 de novembro de 2024

[Review/crítica] Os 12 trabalhos de Asterix - Divagando Sempre

 

Acredito que Asterix dispensa apresentações, mas, talvez para as gerações mais novas, a história compõe uma pequena aldeia de gauleses que resiste as investidas de Roma. O feiticeiro da vila prepara uma poção mágica que confere aos moradores poderes inimagináveis embora com pouca duração. Apenas um deles, Obelix, que não pode tomar porque quando era bebê, caiu no caldeirão ficando com o efeito por tempo indefinido. Ele então é forte sem precisar tomar da poção. Vamos lá. 




Ano de lançamento 1976

Duração 1h 26m

Direção Albert Uderzo, René Goscinny, Pierre Watrin

Recomendação: COM CERTEZA 



Trailer ( não encontrei nenhum )



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O imperador Cesar, cansado de ver seus soldados serem vencidos  por uma pequena aldeia de gauleses, propõe um desafio de 12 tarefas ( inspirados nos desafios de Hércules) para eles, que se forem concluídas, Roma se curvaria aos gauleses, mas, se falharem em uma única prova, terão que se render a Roma. 


Os 12 trabalhos eram:

_ Vencer uma corrida contra o corredor mais rápido 

_ Lançar dardos 

_ Vencer um lutador 

_ Enfrentar as sacerdotisas e atravessar a Ilha dos prazeres 

_ Enfrentar o grande mago do Egito

_ Comer tudo que o cozinheiro servir 

_ Entrar na caverna da Besta 

_ Ir a casa que enlouquece pegar um salvo conduto para a próxima tarefa 

_ Atravessar um desfiladeiro por uma corda invisível 

_ Escalar uma montanha e encontrar o Ancião 

_ Passar a noite em uma planície 

_ Por fim, derrotar os gladiadores e as feras selvagens em Roma 







Minhas divagações finais 

Toda vez que passava esse filme na TV eu corria para ver. Mas depois de 20 anos, finalmente consegui vê-lo novamente. Não me lembrava dos motivos que levaram Asterix a cumprir os desafios, na verdade, o único desafio que me lembrava mesmo era o da burocracia em pegar uma autorização para a próxima tarefa. Els entravam no prédio e ficavam indo pra lá e pra cá, atrás do papel. Não sei porque isso ficou na minha cabeça. 

Geralmente os outros personagens da aldeia aparecem mais, mas como o desafio foi feito pelo Asterix e Obelix, os dois tiveram mais destaques. Infelizmente só consegui ver dublado em português e lembrando que a obra é da década de 70, os traços são bem diferentes dos atuais. A história, como alguns desafios ou suas resoluções podem parecer impossíveis ou inacreditáveis, mas uma vez que eles tem um druida que faz poções mágicas, o resto não é surpresa. 

Esse sempre foi um dos meus filmes de Asterix preferidos. A insistência do exército romano em atacá-los mesmo sabendo que sairão perdendo é cômico demais. As relações entre vizinhos da aldeia é conturbada, cheia de confusão e brigas, mas sempre que precisam, quando se juntam, são invencíveis. Não lembro os nomes de todos, mas os que mais gostava claro, tirando Asterix e Obelix, era o druida Panoramix e o cachorrinho Ideiafix. Nomes estranhos não é? Mas as histórias sempre foram divertidas. Como geralmente tenho dificuldades em escolher algo para ver, após um tempo procurando, passei os olhos pelo título e decide conferir novamente esses desafios insanos e hilários. 

Talvez, além dos desafios, o guia dos dois, também merece destaque pela forma engraçada como levava os gauleses até os desafios e em como não demonstrava nenhuma reação, nem mesmo quando os dois voltavam vivos das provas mais mortais. A prova mais absurda que achei, foi a do Ancião, gente, que nada a ver. A das sacerdotisas foi meio surpresa que Obelix não quis ficar porque não tinha Javali ali, mas também se não fosse por isso, teriam ficado presos ali. Ainda bem que Obelix sempre pensa em comida, principalmente na prova de comer, que foi absurda. Mas com certeza, a da busca pela autorização continua sendo minha prova preferida. 

Enfim, com certeza é ideal para se assistir em uma tarde preguiçosa de fim de semana e se distrair. Recomendo. 

Nota 10/10

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