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sexta-feira, 25 de abril de 2025

[Review/crítica pessoal] Marighella - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos.  Mais uma produção brasileira contando uma história real que aconteceu durante a ditadura. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Carlos Marighella precisa se separar de seu filho, para protegê-lo enquanto luta ao lado de seu companheiro Branco e mais alguns jovens contra a ditadura. Nessa luta porém, seu principal inimigo é o policial Lúcio, que vai usar de todos os meios para parar Marighella. Este, já foi preso e torturado uma vez, mas não significa que sua luta chegou ao fim. 

Apesar das lutas, tiroteios, perdas, Marighella deixou sua mensagem ao mundo quando foi morto em uma emboscada em 1969. A ditadura começou em 1964 e foi até 1985.








Ano de lançamento 2019

Duração 2h 35m

Direção Wagner Moura 

Elenco Seu Jorge, Bella Camero, Humberto Carrão, Bruno Gagliasso, Herson Capri, Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos, Charles Paraventi


Trailer 




Minhas divagações finais 

Sim, depois que vi Ainda estou aqui fiquei curiosa para saber mais sobre esse período tenebroso na história do Brasil. É difícil imaginar como a população conseguiu sobreviver a esses anos de ditadura, em meio a militantes sendo perseguidos e torturados. O medo que sentiram por sequer ser vizinho de um deles e serem capturados para deletar os perseguidos. O medo de proteger familiares. 

O filme é inspirado na biografia de Marighella, li que existem pequenas diferenças entre o filme e o que realmente aconteceu, embora os fatos ainda estejam lá. E o melhor de tudo, foi ver Wagner Moura como diretor do filme. Ele mostrou que além de um excelente ator, também possui talento para a direção. Marighella é um filme forte e mais uma vez, mesmo sabendo qual seria seu final, ainda me peguei esperançosa esperando que sua história fosse outra. 

Como não vi muitas produções brasileiras, não conhecia muito Seu Jorge, mas na minha opinião, entregou um ótimo trabalho. Adriana Esteves já conhecia de novelas e programas icônicos como a série Toma lá dá cá. Uma excelente atriz também. Bruno Gagliasso entregou um policial detestável, ou seja, cumpriu seu papel com perfeição. Pois quando passamos a odiar o personagem, quer dizer que o ator conseguiu alcançar seu objetivo. Herson Capri,  Humberto Carrão, já vi de novelas quando ainda as assistia, mas meus aplausos para a atuação, vai mesmo para Seu Jorge e Bruno. 

Na vida real, não sei se o filho de Marighella sofreu tudo aquilo mesmo na escola, por descobrirem quem é seu pai, mas caso for verdade, as pessoas são realmente terríveis. Mas o menino foi incrivelmente inteligente e foi firme quando seu pai marcou um encontro com ele mas havia uma emboscada ali. O filho percebendo começou a gritar para o pai fugir e que ele estava bem. Seria a última vez que teria a chance de ver o pai, já que na próxima emboscada ele realmente foi pego. 

Li algumas passagens sobre a luta de Marighella, mas fazer uma adaptação cinematográfica nem sempre implica em levar tudo ao pé da letra. Embora eu acredite que Wagner conseguiu uma ótima direção para a história, para quem realmente a conhece, pode encontrar divergências na história. Eu, que não me lembro de ter estudado sobre ditadura no meu tempo escolar, acredito que Wagner usou a história e transformou em filme sob seu ponto de vista dessa luta maravilhosamente. Podemos ver os estragos que a ditadura causou no povo brasileiro e que não importa as dificuldades, sempre vai existir alguém que vai lutar contra. A ditadura é um marco sombrio na história do Brasil, mas podemos notar que devido ao longo histórico da humanidade, desde sempre existem coisas macabras que aconteceram em determinadas épocas e a questão é: aprendemos alguma coisa com elas? Além de ficarmos aterrorizados, tenho minhas dúvidas. 

Quanto ao filme, sempre vou achar maravilhoso como conseguem capturar muito bem aquela época. Embora o tema seja forte e muitas vidas foram perdidas naqueles anos de luta, o filme com certeza foi muit bem conduzido e trabalhado. Recomendo. 






Nota pessoal 10/10


quinta-feira, 24 de abril de 2025

[Review/crítica pessoal ] Tropa de Elite - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse icônico filme brasileiro. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Capitão Roberto Nascimento, é líder da equipe alfa do BOPE ( Batalhão de Operações Policiais Especiais ) que atua nessa área a mais de 10 anos. Apesar de equilibrar vida profissional e pessoal, agora com um filho a caminho, ele sente a pressão aumentando. E se não bastasse isso, é anunciada a chegada do Papa João Paulo II que chegará ao Rio de Janeiro em dois meses e pretende permanecer a maior parte do tempo no Morro do Turano, para ficar mais próximo da população carente. Porém, a região é dominada pelo tráfico e precisa ser pacificada para a chegada do Papa. Enquanto tenta conter os traficantes para a chegada do Papa, Nascimento decide que é hora de procurar seus substituto e garantir que seu sucessor seja tão bom quanto ele.

Enquanto isso, Mathias e Neto, dois aspirantes, amigos de infância, possuem qualidades que Nascimento procura em seu substituto. Neto é encarregado de supervisionar a oficina do batalhão enquanto Mathias faz trabalho burocrático, organizando registros criminais. Ambos vieram de origens diferentes e tem sonhos diferentes. Mas foi só quando entraram para a polícia, que se decepcionaram com o sistema de corrupção, pois eles acreditavam que a polícia agia de outra forma. Mas foi só quando conheceram o capitão Fábio, que é envolvido com prostituição que tentam burlar o sistema, usando o próprio sistema, mas são descobertos e repreendidos. No entanto, o superior de Fábio acredita que a ideia veio dele e o manda para uma missão, onde Fábio acredita que será executado. Sabendo disso, Neto e Mathias ficam de tocaia e para salvar o amigo, segue um feroz tiroteio, até que o BOPE chega e acaba com tudo. Admirados, Neto e Mathias acreditam que o BOPE serve melhor ao que acreditam e se candidatam para o treinamento. Fábio também vai mas apenas para fugir do castigo de seus superiores. 

Nascimento lidera o treinamento dos iniciantes ferozmente, eliminando logo de cara os corruptos. Sendo assim, Fábio desiste logo no início, não sem antes ter sofrido horrores. Neto e Mathias continuam e Nascimento fica satisfeito ao encontrar em Neto, seu potencial substituto. Mas, tudo dá errado quando um estudante da faculdade de Mathias ao descobrir que este é policial o dedura para o líder do tráfico na qual compra suas drogas. Sem saber que Mathias é do BOPE, Baiano planeja uma emboscada e tenta eliminar Mathias. 

Uma tragédia acontece e Nascimento perde o controle ao descobrir que seu substituto morreu. Sua esposa não suportando mais, o abandona levando o filho. Nascimento organiza uma busca feroz por Baiano e garante um novo substituto para si. 








Ano de lançamento 2007

Duração 1h 55m

Direção José Padilha

Elenco Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Maria Ribeiro


Trailer 




Minhas divagações finais 

Esse filme foi marcante de várias formas, como a corrupção dentro da polícia, o tratamento dado aos criminosos ou suspeitos, as torturas para conseguirem informações, e claro, o treinamento do BOPE. Mas, nada supera a atuação magnífica e impecável de Wagner Moura. Desde que fazia novelas eu amava esse ator. E aqui, ele deu vida ao Nascimento de modo divino. 

As lutas dentro da história são reflexivas e com uma intensidade marcante. Quando assisti a primeira vez, minha cabeça era outra, então só havia achado o trabalho de Wagner impressionante e o BOPE como os heróis da história. Mas vendo hoje, a luta interna de Nascimento, as ambições e crenças de dois jovens aspirantes, que acreditavam na polícia, se decepcionarem com a realidade, foi outro nível. 

Claro que filmes com temas desse porte, geraria polêmicas e críticas negativas. Mas não é só aqui no Brasil que vemos histórias sobre policiais corruptos, mas não tem como negar que ter um BOPE para limpar a sujeira dos policiais é surreal. Com esse filme poderíamos desfiar uma longa conversa sobre tudo que se passou ali. Mas como o objetivo é falar sobre o filme em si, garanto que assistí-lo é uma experiência feroz. Não lembrava do que acontecia com Neto e Mathias. Na verdade lembrava de poucas coisas. Como Fábio sofrendo no treinamento do BOPE, mas não lembrava como ele havia parado lá, pois claramente não servia nem para ser policial, lembrava da frase icônica do: " PEDE PRA SAIR " , do Nascimento tendo crises de ansiedade, acho que coisas assim. 

Assim como era visível que Fábio não servia para a polícia, Neto por outro lado, gostava da ação e era justo e acreditava na polícia. Por isso foi difícil para ele ver que mesmo ali dentro, a corrupção era terrível. Mathias, não entendi direito porque virou policial se seu maior sonho era ser advogado, tanto que cursava a faculdade de direito e talvez por isso tudo tenha desandado porque ele não teve coragem de dizer que era policial. Pior ainda foi entrar na favela escondendo esse fato. Ainda não sei se ele foi ingênuo ou sensato. 

Mas enfim, falar sobre Tropa de Elite sem levantar questões políticas sem gerar polêmicas é praticamente impossível. Mas, falando sobre a produção e atuação, achei fenomenal. É um filme marcante e inesquecível. Recomendo ver para entender esses sentimentos complexos.

Nota pessoal 10/10

segunda-feira, 21 de abril de 2025

[Review/crítica pessoal] Central do Brasil - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago essa obra prima brasileira. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA

Dora, é uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos. Eles ditam o que querem que ela escreva para familiares ou amigos e ela manda pelo correio. Isso é o que ela diz que faz, mas na verdade ela fica com o dinheiro e joga as cartas fora. 

Um dia, uma mãe com seu filho, lhe pede que escreva uma carta para o pai do menino. Dora escreve e guarda a carta em sua gaveta. No dia seguinte porém, a mãe retorna e pergunta se a carta já havia sido enviada. Dora diz que vai mandar ainda naquele dia. Então a mãe pede para mudar a carta e dita outras palavras. Quando saem do local, a mãe sofre um acidente e morre. O filho, sem ninguém, fica rodeando Dora em busca da carta do pai, dizendo que vai ao seu encontro. Dora o acolhe por uma noite mas depois o acaba vendendo para um casal, que segundo o segurança da estação, acolhe crianças. 

Mas, Irene, sua vizinha e amiga, lhe diz que o casal mata as crianças para vender seus órgãos no mercado negro. Dora, fica incomodada e acaba retornando a casa do casal, engana a mulher e leve o menino de volta. Agora é perseguida pelo segurança e sem poder voltar para casa, pega o menino, que se chama Josué e decide levá-lo para o nordeste, no endereço da carta de sua mãe e deixá-lo com seu pai. 

Se sentindo traído, inicialmente Josué é arredio com Dora, mas conforme vão viajando juntos, enfrentam várias dificuldades pelo caminho, mas vão se aproximando e chegando no endereço da carta, ficam desanimados quando descobrem que o pai não mora mais lá. No entanto, acabam conhecendo alguém que sabe do pai e descobrem mais coisas sobre ele. 









Ano de lançamento 1998

Duração 1h 55m

Direção Walter Salles 

Elenco Fernanda Montenegro, Vinícius de Oliveira, Marília Pera, Othon Bastos, Matheus Nachtergaele, Caio Junqueira


Trailer 





Minhas divagações finais 

Atores brasileiros, filmes brasileiros, sempre me lembram novelas. No entanto, conforme fui crescendo, fui deixando de acompanhar as novelas porque no geral, eram sempre a mesma coisa, fora o apelo sexual para chamar a atenção. Não lembro de muitas novelas com Fernanda Montenegro, mas sei que é uma excelente atriz. Fiquei triste ao constatar que Marília Pera já não está mais entre nós, dela eu lembro de algumas novelas que vi. 

Central do Brasil sempre me deixou curiosa por ter concorrido ao Oscar e por ser muito bem falado. Embora seja uma produção do fim dos anos 90. A história inicialmente parece simples mas acaba com um forte vínculo. Josué era arredio algumas vezes e dava até vontade de deixá-lo em qualquer lugar mesmo, mas Dora apesar de aparentar ser uma doce vovó, também não era flor que se cheire. 

A começar pelos golpes das cartas, em que pegava o dinheiro dos analfabetos e nunca as  mandava. Como ela foi querer ficar responsável por Josué, é um mistério. Sozinho no mundo, ele era até determinado ao dizer que iria ao encontro do pai. E acredito que Dora só foi ajudá-lo mesmo, pelo remorso de tê-lo vendido para aquele casal suspeito e pela solidão. 

Tantas coisas que eles passaram pelo caminho juntos. Dora até se interessou por um homem, que deu carona para eles. Seu erro foi que ele era evangélico e acabou o assustando com suas insinuações e assim ele os abandonou naquele lugar. Apesar de sem dinheiro e com fome, Josué acabou tendo uma ideia, que foi anunciar que Dora escrevia cartas e assim conseguiram um dinheiro. 

Ainda bem que quando chegaram no conjunto habitacional onde disseram que o pai de Josué estava morando, um de seus filhos tomou conhecimento que alguém estava procurando seu pai. Acontece que Josué é filho do segundo casamento de seu pai. Sua mãe havia ido embora ainda grávida dele, por isso seu pai nunca o conheceu. Josué tinha dois meio irmãos mais velhos. 

Vendo isso, Dora então, depois de aceitar a boa hospitalidade dos meninos, durante a noite enquanto todos dormem, ela vai embora. Apesar da missão cumprida e de ver que Josué ficaria bem com seus irmãos, foi um final triste por ela ter ido embora sozinha. Mas creio que a vida seja isso, as vezes estamos apenas de passagem na vida das pessoas. Por mais que desejasse que ela ficasse com eles até o pai voltar, não era a vida dela, por mais triste que fosse sua partida. 

Mais uma vez ressalto que embora seja difícil de acreditar, para pessoas como eu que não valorizava produções brasileiras, afirmo que nem todas são ruins. Central do Brasil foi tocante e inspirador. Era uma época que não tinha Internet, celular e viajar como eles viajaram, ainda podia ser divertido ao invés de assustador como nos dias atuais. Principalmente pegando carona daquela forma. 

Enfim, Fernanda Montenegro entregando mais uma belíssima atuação. E olha só as coincidências, o filme foi indicado ao Oscar na época e o filme Ainda estou aqui, dirigido pelo mesmo diretor, Walter Salles, também foi indicado ao Oscar e ainda teve a interpretação de Fernanda Torres, filha da Fernanda Montenegro. Só confirmando a expressão, tal mãe tal filha. Histórias completamente diferentes mas com uma direção maravilhosa e atuações impecáveis. Por isso tive curiosidade de assistir Central do Brasil. Recomendo. 


Nota 10/10


quarta-feira, 26 de março de 2025

[Review/impressões pessoais] Ainda estou aqui - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme merecedor de Oscar. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a Ditadura militar nos anos 1970, a família Paiva tentava continuar com uma vida normal no Rio de Janeiro. A família é composta pelo ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva (Selton Mello), sua esposa Eunice (Fernanda Torres) e seus filhos Vera (Valentina Herszage), Eliana (Luiza Kosovski), Marcelo (Guilherme Silveira), Ana Lúcia(Bárbara Luz) e Beatriz (Cora Mora).

Um casal de amigos decide ir embora para Londres e leva a filha mais velha dos Paiva junto. Em janeiro de 1971, homens a mando do exército levam Rubens para interrogatório e ele nunca mais volta. Eunice no dia seguinte também é levada junto com Eliana, sua filha de 15 anos. Eunice é interrogada sobre Rubens, se ele era aliado das facções terroristas e fica 5 dias presa, sem notícias do marido. 

Ao ser libertada, volta para casa mas ainda sem notícias do marido. Ela consegue uma carta provando a prisão ilegal de Rubens, mas após uma triste confirmação, Eunice vende a casa e se muda para São Paulo. Volta a estudar e se torna advogada lutando pelos direitos humanos. Mas nunca esqueceu o caso de seu marido e o que sofreram durante a ditadura. 


Ano de lançamento 2024

Duração 2h 15m

Direção Walter Salles

Elenco Fernanda Torres, Selton Mello



Trailer 











Minhas divagações finais 

Há alguns anos eu jamais me interessaria por um filme nacional. Sim, vim daquele preconceito de anos vendo novelas onde o conteúdo sexual era o ponto alto, então não me interessava por produções brasileiras por acreditar que só existia isso. No entanto, atualmente não nego que existe sim, ótimas produções nacionais. E esse com certeza fez jus as indicações ao Oscar. 

A história do Brasil também tem temas muito interessantes e  importantes para o país. A ditadura militar com certeza é um tema forte, comovente e revoltante. O que a família Paiva passou, com certeza existem outras que passaram pela mesma situação. Já li biografias de artistas que viveram a ditadura mas de longe o que Eunice passou com certeza foram os piores anos de sua vida. 

Imagina, seu marido ser levado de sua casa para interrogatório e enquanto isso, sujeitos armados ficam dentro de sua casa te vigiando? E no dia seguinte você é levada para interrogatório e passa cinco dias presa sem saber do seu marido? E além das prisões ilegais, alguns eram mortos e seus corpos jamais foram encontrados. Quem gostaria de reviver uma época cheia de horror como foi a ditadura? 

Agora, quanto ao filme, minha gente, não é a toa que foi indicado ao Oscar na categoria melhor filme e melhor atriz. A ambientação dos anos 70 estavam incríveis. E conforme os anos foram passando o ambiente foi modernizando também. Parecia muito aquela época retratada. Foi excelente. E claro, não posso deixar de comentar a atuação de Fernanda Torres. No quesito humor, sempre achei ela muito engraçada, mas como disse no início, depois de algum tempo, parei de acompanhar produções nacionais. Mas, pelo que me lembre do que vi da Fernanda, era muito engraçada. 

Antes de ver o filme, me questionava como essa história poderia ter rendido uma indicação de melhor atriz para Fernanda e olha, tenho que admitir, não foi a toa não. Ela nem precisou dizer nada em algumas cenas, sua fisionomia dizia tudo. Era tão emocionante que até chorei. E sua mãe, Fernanda Montenegro fez até uma participação no final do filme. 

Para quem tem conhecimento de história e principalmente sobre a ditadura militar, deve saber a história dos Paiva, então acredito que não deve ser nenhum spoiler tudo o que eles passaram. Eunice foi uma mulher forte, onde em nenhum momento deixou que isso afetasse diretamente seus filhos e foi uma guerreira ao criar seus cinco filhos sozinha após perder o marido de forma tão brutal. Mesmo sabendo da história, eu ainda esperava que em algum momento antes dela partir para São Paulo, Rubens fosse aparecer. 

Que filme incrível com uma história chocante sobre um período sombrio do Brasil. Recomendo. 

"Não precisa sorrir.

Por que?

O editor que pediu.

Nós vamos sorrir sim..."






Nota pessoal 10/10





quinta-feira, 9 de maio de 2024

[Review] Meninas não choram - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2021

Duração 1h 45m

Direção Vivianne Jundi

Elenco Letícia Braga (Pipa), Cauã Martins, Alana Cabral, Fernanda Rodrigues, Giuseppe Oristanio, Emilio Orciollo Netto, Duda Matte



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Pipa é uma adolescente de 16 anos, alegre e que ama futebol. Mas, um diagnóstico vira sua vida de cabeça para baixo. Leucemia. 

Pipa é destemida e não gosta de rodeios. Assim ela é com todos, incluindo seu novo médico, conhecido por Dr. Bigode. Infelizmente seu jeito brincalhão não funciona com Pipa e ela começa seu tratamento de quimioterapia. Mas com o tempo a internação é inevitável. 

Seus amigos e colegas de escola, recebem a notícia de seu diagnóstico devido às suas faltas na escola. Heitor, um colega e adversário de Pipa no futebol, fica abalado com a notícia. Pipa, conhece uma garota descontraída no hospital, que vai lhe ajudar a passar por esse momento complicado. Quando ela descobre que sua família não é compatível para ser seu doador, sua amiga de escola tem a ideia de recorrer às redes sociais e fazer uma campanha para incentivar as pessoas a fazerem o teste e serem doadoras para ajudar não só Pipa, mas outros pacientes que também esperam por um doador. 

Heitor consegue encontrar um paciente compatível com ele, e conta sua história de como perdeu seu irmão mais novo. E acaba confessando que toda a rivalidade que tinha com Pipa, tinha outro motivo por trás e os dois passam mais tempo juntos. Pipa consegue um doador, mas...








Minhas divagações finais 

Letícia Braga, quem assistiu a série brasileira infantil Detetives do prédio azul, conhece esse nome. Letícia interpretou a personagem Sol e confesso que a melhor temporada foi com ela e seus dois amigos Bento e Pipo. Então, já podemos imaginar que ela iria brilhar nessa nova história. O filme é um remake de Jogo da Vida” (“Cool Kids Don’t Cry”)


Pelo trailer eu já imaginava que seria triste, já imaginava que iria chorar, mas não tanto quanto chorei. Desidratei... misericórdia. 

Câncer não é uma palavra que escutamos e ignoramos. É algo que faz nosso mundo desabar. O filme teve todos os elementos devastadores dessa doença. A descoberta da doença, o tratamento, a esperança, a revolta, o amor... 

Um diagnóstico desses pode desestabilizar uma família. O paciente pode ter surtos de revolta, mau humor, teve momentos que a mãe da Pipa ficou um caco, não só pela doença, mas como Pipa a tratava. Principalmente quando ela queria ir no acampamento de futebol. 

Gente, pode parecer preconceito mas eu não era muito fã de filme nacional. Mas ultimamente tem saído grandes obras. Eu costumo dizer que nesse tipo de filme se eu chorar cachoeiras é porque é bom mesmo. E eu contando algumas partes para outras pessoas se interessarem em ver, já estava chorando de novo... 

Tem grandes artistas que eu não via a muito tempo, como a Fernanda Rodrigues e o Giuseppe Oristanio. Eu via novela antigamente, mas depois da Internet com filmes e séries a disposição, nunca mais assisti uma. Fernanda interpretando a mãe de Pipa e Giuseppe o médico, foram excepcionais. 

Só digo uma coisa, a cena que mais chorei foi da aposta de Pipa e do médico. Só assistam e vejam se não é de desidratar. E olha, mesmo sendo uma adaptação de outro filme, que obviamente vou procurar para ver e comparar, como eu não conhecia, achei maravilhoso. A interpretação não deixou a desejar e Letícia é uma atriz e pessoa cativante, simpática, cheia de luz e transmitiu tudo isso em sua personagem. Uma menina cheia de luz que jamais perdeu seu brilho. 

Um outro filme nacional que segue a mesma vibe de lágrimas e desidratação é o filme Depois do universo. Se gosta de chorar, recomendo esse também. 

Você deve estar pensando que sabe qual o final de Meninas não choram. Não pense nisso, só assista e chore, porque no final, todo mundo chora...

Nota 10/10

domingo, 27 de novembro de 2022

[Review] Depois do universo - Divagando Sempre

 



Ano de lançamento 2022

Duração 2h 7m

Direção João Cortês, Diego Freitas 

Elenco Giulia Be, Henry Zaga, Viviane Araújo, João Miguel, Othon Bastos, Leo Bahia


Sinopse 

Enquanto espera por um transplante de rim, uma jovem pianista encontra uma conexão inesperada com seu médico e a coragem de realizar seus sonhos musicais.


Trailer 









Divagações, análises e impressões pessoais 

Nina tinha o sonho de ser pianista mas que foi interrompido por uma doença e agora espera por um transplante de rim. Antes de começar sua primeira diálise, ela conhece um residente, que viu antes por acaso quando tocava piano na rua e ele quase a atropelou de bicicleta. Quando os dois se encontram cara a cara no consultório médico, o interesse pelo outro já era mútuo. 

Nina mora com seu avô e apesar da doença são muito próximos. Nina começa a fazer o tratamento sob os cuidados do Dr. Gabriel e acabam se apaixonando. Porém, a política e juramento que médicos fazem ao exercer a profissão, proíbem ter relacionamentos com seus pacientes. Gabriel ainda é filho do diretor do hospital, então sua postura tem que ser exemplar. 

Mesmo sabendo disso, ele não resiste à Nina e acaba fazendo de tudo para que ela seja feliz, mesmo que por pouco tempo. 

Não sou muito fã de produções nacionais, mas confesso que esse filme me conquistou. Não conhecia nenhum dos atores protagonistas muito menos tinha conhecimento que Nina, interpretada por  Giulia Be fosse cantora. Mas a ouvindo cantar, realmente é espetacular. 

Não era muito fã de filmes nacionais porque cresci vendo novelas e chegou um tempo em que no final pareciam todas iguais. E depois que peguei o gosto por ver filmes legendados, ver algo no original brasileiro, parecia novela hahaha mas admito que ultimamente tenha saído ótimas produções brasileiras. 

Desde o início amei a química entre Nina e Gabriel. E fiquei o tempo todo apreensiva com o final dessa história. As vezes não aguento o suspense e vou ver comentários se o filme é bom. Nesse vi alguém dizendo que chorou horrores e que parecia um A culpa é das estrelas. Só fui entender chegando no final. 

Na verdade a culpa é do John Green que começou esse tipo de história e agora é o que mais tem por aí. Misericórdia, como chorei nesse filme...

Chega a ser até injusto um final desses. Se eu esperava? Não desse jeito hahaha fiquei com a mão na cabeça em desespero querendo parar o filme o desejando outro final. Mas... Como não dava, só chorei feito um bebê mesmo. 

As vezes a vida é injusta assim mesmo. E nem sempre é tão lindo como um filme. 

Falando nisso, química perfeita do casal, Gabriel foi um médico maravilhoso. Já passei uns dias acompanhando meu pai no médico e sei que para aqueles que ficam internados, ter enfermeiras e médicos atenciosos dá um certo apoio aos pacientes. Embora um médico como Gabriel, que era a luz na vida dos pacientes, seja difícil de ter na vida real. 

O amigo, Yuri, foi excepcional, amei esse personagem. E gostei do final do pai do Gabriel, essa redenção pelos erros passados é meio clichê, mas foi bem colocado. 

Mas garanto que se soubesse que o final era esse, não teria assistido. Não estou na fase de chorar, estou me preparando para os clichês natalinos hahaha 

E minha maior surpresa foi descobrir que já tinha visto Henry, mas em produções americanas, olha só, por exemplo, Os 13 porquês. Ele também participou de Os novos mutantes, The Stand e Teen Wolf, só vi os 13 porquês e não me lembrava dele hahaha  mas adorei ele, vou tentar ver essas produções com ele. 

Mas já que acabei vendo e me desidratando de tanto chorar, compensa até. O casal é lindo, a história é linda, embora triste, a fotografia é maravilhosa, nem parecia brasileira, a trilha sonora então, incrível. 

Depois do universo, amei essa música. Mas infelizmente foi só essa que curti dela, o gênero musical dela não faz muito meu estilo. 


Minha nota de satisfação pessoal, embora triste, 10/10

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