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terça-feira, 22 de abril de 2025

[Review/crítica pessoal] A vítima invisível: o caso Eliza Samudio - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Um dos casos mais sinistros que aconteceu no Brasil, principalmente porque o corpo de Eliza nunca foi encontrado...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta o caso de desaparecimento de Eliza Samudio. Uma jovem mulher que se envolveu com o ex goleiro do Flamengo Bruno. No doc vemos entrevistas e depoimentos de Eliza, que conta como se envolveu com Bruno e como descobriu que na verdade ela era só mais uma na vida dele, ao contrário do que acreditava pensar, que era a namorada dele. Ao descobrir estar grávida que tudo desmorona em sua vida. 

Bruno não reage bem a notícia e passa a ameaçar Eliza, que procura ajuda em vários meios, polícia, mídia, amigos, mas todos a ignoraram, pois consideravam Bruno uma boa pessoa por ser um jogador famoso e pelo passado de Eliza, foi considerada interesseira e de má índole. Após várias tentativas de pedidos de socorro, ela decide se esconder por um tempo. Mas acaba aceitando a ajuda de Bruno, que prometeu que a ajudaria e reconheceria o filho. No entanto ela desaparece e só encontram a criança. 

Após algumas investigações e uma confissão de um primo de Bruno, conseguiram descobrir o que houve com Elisa. Mas, Bruno jamais admitiu que foi o mandante do crime e o corpo de Eliza nunca foi encontrado. 








Ano de lançamento 2024

Duração 1h 41m

Direção Juliana Antunes


Trailer 




Minhas divagações finais 

A Eliza foi um desses casos onde a mulher se apaixona por um famoso jogador de futebol e acha que o cara é perfeito. Bruno só poderia ter assumido o filho e pagado pensão, para que fazer todo esse processo macabro desnecessário. Mas duas coisas que sempre me incomoda nesses casos de assassinato são: os criminosos, não importa o grau do crime, eles nunca cumprem a pena até o fim e o que nunca entendi é como tem mulheres que se interessam por esses criminosos e ainda se casam com eles, mesmo sabendo que crime cometeram... doentio. Eu jamais conseguiria dormir tranquila sabendo que o homem já matou alguém. O que impede de fazê-lo novamente? 

Bruno estava no auge da carreira. Passou dificuldades na vida. Era só ter pensado na criança, não custava nada ter assumido o filho, mesmo que Eliza fosse julgada como interesseira, ele seria julgado como um bom homem ao assumir o filho. Mas não, teve que arquitetar se livrar da mulher e ser preso. Mas o pior é que hoje em dia está livre, enquanto que Eliza segue sem sinal de onde seu corpo possa estar. 

Documentários criminais apesar de serem fascinantes, se mal dirigidos podem chegar a ser maçantes. Muitas vezes são resumos ou relatos de casos, que se forem muito conhecidos, todos já estão cientes e como no caso de Eliza, o que esperam é uma conclusão do caso. Naquela época, no início da febre da Internet, já podemos observar como a opinião pública é tóxica e destrutiva. Por preconceitos ou inveja, julgaram mal a Eliza e quando Bruno foi preso para interrogatório, as mulheres ainda o cobiçavam. Nojento. 

Bruno ainda por cima, nunca admitiu que foi o mandante do crime, sabia o que tinham feito com ela mas afirmou que nunca ordenou que a matassem. Pelo menos foi preso, mas a julgar pela justiça aqui, era de se esperar que estivesse em liberdade hoje em dia. Mas o maior alívio de tudo, foi que pelo menos a criança sobreviveu a tudo isso. Embora não imagino como seria crescer sabendo que seu pai matou sua mãe. 

Documentários criminais podem ser cansativos as vezes pela investigação ser demorada, por ficar repetindo alguns fatos ou suspeitas. Também contam a história da vítima e do criminoso. Mas acho que esse caso foi triste porque foi em uma época em que mulheres como Eliza não eram ouvidas, ainda mais contra alguém famoso e que tinha a mídia e os fãs ao seu lado. Também reforça o fato de que muitas mulheres são agredidas, sequestradas e assassinadas mas não são ouvidas quando acusam homens que levam uma vida de aparências e ninguém acredita que podem ser violentos ou assassinos. Acho que qualquer tipo de denúncia deve ser investigado. Mas também entendo que o que dificulta, são denúncias falsas por mulheres que querem se aproveitar, chamar a atenção, é um mundo complicado na verdade. A gente nunca sabe o que a outra pessoa é capaz de fazer...

Nesse caso, não dá para aceitar os pensamentos das pessoas contra Eliza, não dá para aceitar que ela nem teve um enterro digno, não dá para aceitar que Bruno nunca revelou onde Eliza está e nunca aceitarei a ideia que ele anda livremente no meio de nós. Não só ele, mas tantos outros criminosos que tiraram a vida de outras pessoas e nem cumpriram metade de suas penas e já estão livres. Eles podem seguir em frente enquanto que a vítima não? Que justiça é essa... e o pior é ver comentários de pessoas que ainda culpam a Eliza pelo seu próprio destino, que acusam dela ter procurado a própria morte. Oi? Sério isso? O ser humano realmente é desprezível. 


Nota pessoal 8/10

quarta-feira, 16 de abril de 2025

[Review/crítica pessoal] Homicídio nos EUA Gabby Petito - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário com a história trágica de Gabby.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Conta a história de Gabby Petito, uma jovem influenciadora que saiu de viagem em uma Van com o namorado Brian, com o intuito de gravar esses momentos da viagem e postar nas redes sociais. Mas, durante a viagem, o relacionamento do casal era diferente do que mostravam em fotos e vídeos, parecendo um casal alegre e perfeito. 

Em Utah de passagem pela cidade, uma pessoa faz uma denúncia de Brian por violência doméstica ao vê-lo agredindo a companheira. Policiais encontram a Van e abordam o casal. No entanto, inicialmente, pelas gravações de equipamento dos policiais, os relatos foram tratados como desentendimento do casal e foram separados por uma noite. Só depois analisando melhor, ali poderia ter sido um alerta do que estaria acontecendo com o casal. 

Depois do incidente Gabby e Brian seguem viagem, mas, em 1⁰ de setembro Brian retorna sozinho para casa e os pais de Gabby denunciam seu desaparecimento oficial no dia 11. Porém, fazia dias que a mãe de Gabby não conseguia contato com a filha e a confusão do que poderia ter acontecido só aumenta quando Brian retorna sozinho. O que não ajudou foi sua família que não quis dar relatos do por que Brian voltou sozinho e quando policiais foram questionar sobre a Van, a família disse que era para falar com seu advogado. Por esse motivo, a família de Gabby passou a suspeitar de Brian e o caso tomou proporções enormes quando se espalhou pela Internet. Muitos que acompanham a história do casal no Instagram começaram a procurar pistas do que teria acontecido e onde estaria Gabby.

Um pouco antes do corpo de Gabby ter sido encontrado, Brian desaparece. Seus pais sabiam onde ele poderia ter ido, pois costumava ir para esse lugar quando se sentia estressado. O próprio casal foi procurá-lo e então encontraram seus restos mortais. A autópsia de Gabby revelou que ela morreu por estrangulamento. Brian por sua vez, se suicidou com um tiro, deixando uma carta explicando o que tinha acontecido com Gabby. Porém seus motivos na carta não condiziam com o modo como ela morreu. A família de Gabby processou a de Brian, mas chegaram a um acordo e ninguém foi preso. 








Ano de lançamento 2025

1 temporada 3 episódios 

Direção Julia Willoughby Nason, Michael Gasparro


Trailer 




Minhas divagações finais 

Podemos tirar várias conclusões dessa experiência vivida por Gabby. Primeiro, entendemos que estava apaixonada por Brian, mas o tempo de relacionamento seria o suficiente para viajar juntos, sozinhos em uma Van? Acredito que pode até ser que Brian realmente a amava, mas passando 24 horas ao seu lado durante toda a viagem, foi uma provação? Ele percebeu coisas que não o fazia feliz e não aprovava o que Gabby fazia? Qual teria sido o gatilho para que ele a matasse e a deixasse naquele local e ainda voltasse sozinho para casa? 

Outro ponto seria, tudo bem que Gabby era maior de idade e sabemos que quando os filhos tomam decisões, dificilmente vão escutar os pais, mas Brian era assim tão de confiança que a mãe de Gabby não a aconselhou em nenhum momento se confiava mesmo nele para ir nessa viagem? Embora não dá para culpá-la. Aparentemente, Brian parecia realmente boa gente, sua verdadeira face começa a aparecer em alguns momentos dos vídeos. 

Será que a polícia que parou os dois naquele dia se arrependem pelo desfecho? Se tivessem insistido com Gabby sobre o que estava acontecendo, se tivessem convencido ela a votar para casa, será que o desfecho seria outro? Será que se arrependeram por insinuar que a agressora na verdade parecia ser ela? 

Nós mulheres, precisamos tomar cuidado com violência doméstica, mas nunca dá para saber antes de ficar com o companheiro, se ele será desse tipo, até que você cometa um erro que na cabeça do homem é imperdoável. No entanto, embora apenas a briga na Van tenha sido documentada e os dois realmente tenham se exaltado e se ferido, em nenhum outro momento em vídeos ou fotos, pudemos ver mais ferimentos em Gabby. Então, o que levou Brian a realmente matar a namorada? 

Mas nada supera o ódio que sentimos pelos pais de Brian. Foram frios até mesmo no momento em que o próprio desapareceu. Não achei essa justiça satisfatória no caso dele, foi uma atitude covarde e com certeza seus pais também mereciam ser julgados, por não terem colaborado com informações sobre Gabby, já que aparentemente sabiam o que o filho havia feito, caso contrario, para que teriam acionado um advogado se não fossem culpados? 

Mas, o que mais me surpreendeu foi a repercussão negativa do documentário, sendo criticado que todos os esforços de investigação, aconteceram porque a vítima era branca. Que existem muitos casos de meninas negras e indígenas desaparecidas, mas a mídia não dá a mínima, porque só se importam com famílias brancas e ricas. Bom, eu não levei por esse lado porque estava focada na história de Gabby. Imagina, você sair em uma viagem com a pessoa que você ama e nunca mais voltar? Ser morta e abandonada por alguém que você confiava? Então, me surpreendi com as críticas negativas. 

Eu entendo o fato de mostrar esse lado. Com certeza se Brian fosse negro, obviamente seria suspeito no momento em que voltou para casa sozinho e preso imediatamente. Mas não acho que a família de Gabby tenha culpa na repercussão do caso ou a própria Gabby. Talvez tenha chamado mais atenção por ela ser influencer e a maioria acompanhar suas redes sociais. A culpa mesmo seria da mídia que escolhe o assunto para focar e de quem escolheu esse caso para fazer um documentário. 

Não acho que tenha pontos negativos, e também acho importante esse alerta sobre prestar atenção nos sinais de quem você convive lado a lado. E se não estiver segura, mesmo que ame a pessoa, sofrer abusos não é amor. Denuncie, se afaste, antes que seja tarde demais. No mais, como a maioria dos documentários, foi até bem conduzido, mas embora seja um caso triste, ainda não entendi o motivo de Brian ter feito isso. 


Nota pessoal 8/10

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

[Review/crítica] O assassino do baralho - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Sempre trago algum documentário criminal mas nem todos acabam sendo interessantes, os crimes claro são terríveis, mas a forma como o doc foi conduzido, foi muito cansativo. 






Ano de lançamento 2023

1 temporada 3 episódios

Direção Amanda Sans Partling


Recomendação talvez 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Em 2003 em Madrid, entre janeiro e março, Alfredo Galán matou seis pessoas e deixou dois feridos. A polícia  associou às vítimas a Alfredo devido às balas utilizadas na arma em que atirou em suas vítimas e em cartas de baralho deixadas no local. No entanto, só descobriram quem era o assassino porque ele mesmo se entregou em uma noite de bebedeira. Após ficar sóbrio ainda tentou negar ser o culpado mas encontraram a arma que correspondia as balas encontradas nos corpos das vítimas. Entre uma de suas vítimas, foi um pai na frente do filho de dois anos. 



Minhas divagações finais 

Documentário criminal sempre me prende devido ao horror que alguém pode ser ao tirar a vida de outra pessoa. E Alfredo foi um assassino terrível porque simplesmente matava pessoas aleatórias, então acredito que se não fosse por ele mesmo ter se entregado, a polícia jamais encontraria o assassino. Não havia padrão entre as vítimas e a única coisa que tinham em comum, seria as cartas de baralho deixadas no local do crime. 

Geralmente esse tipo de documentário chama minha atenção, mas ultimamente são tão mal conduzidos que tem me dado sono. Eu quis ver muito esse primeiro pela língua espanhola que acho linda, depois porque o fato de um serial killer deixar cartas de baralhos como sua assinatura parecia interessante. Mas, lendo mais sobre o assunto, as cartas ele só passou a deixar no local, depois que associaram uma carta aleatória encontrada perto do corpo. Pensei que as cartas levariam até o culpado, mas pelo visto, eles ainda estariam procurando o assassino. 

Achei o documentário cansativo porque deu muitas voltas até finalmente entregar a verdade, só descobriram o culpado porque o mesmo se entregou. Ele não tinha motivos, não tinha um tipo de vítima, acontecia de encontrar tal pessoa e atirar. Claro que assim, torna mais difícil as investigações, quando ele não segue um padrão e os investigadores estavam confiantes de que uma hora ele iria cometer um deslize, ninguém pensaria que ele mesmo fosse se entregar. Também não era fama que ele buscava aparentemente. E embora tenha confessado e depois negado, só foi comprovado quando encontraram a arma, que era um modelo muito raro de se ter no país. Obviamente ele entrou com ela escondido depois que voltou da guerra. Mas nada justifica sua vontade de sair matando por aí. 

Eu pensei que fosse um caso onde as cartas deixavam pistas do assassino. Mas enfim, ele foi preso e condenado mas logo sairá da prisão. 

Nota 6/10



terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

[Review/crítica] A queda de P. Diddy (Documentário/ The Fall of Diddy) - Divagando Sempre

 

Documentário sobre o maior caso polêmico do P. Diddy, envolvendo várias denúncias, entre elas abusos sexuais relatadas por algumas vítimas. 






Ano de lançamento 2025

1 temporada 5 episódios 


Recomendação para quem curte qualquer tipo de documentário 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário com relatos de vítimas que sofreram abusos do magnata da música Sean Combs, acusado de violência e abusos, entre festas ilegais e de como o poder e a influência impediram várias vítimas de denunciá-lo antes. 






Minhas divagações finais 

Documentários criminais podem ser subestimados devido a maneira como os casos são conduzidos. Quando o acusado em questão é alguém com poder e influência que viveu anos cometendo esses atos abusivos, a história segue sendo chocante e as vezes repetitivas por parecer que não há mais o que contar. Embora no caso de Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, foram anos de crimes onde ele arranjava um modo de calar suas vítimas. 

Eu só conhecia ele por uma única música e quando usava o nome de Puff Daddy. Então, quando a notícia estourou, fiquei confusa se era ele mesmo, porque nem sabia que havia mudado de nome. Essa história dele me lembra muito a do empresário Epstein, que também usava seu poder e influência para cometer crimes sexuais. 

Essas atitudes só ressaltam a realidade de quanto mais dinheiro e poder, mais idiota o ser humano é. E o mais ridículo é ver que tem gente que apoia esse tipo de monstruosidade. Tem gente que defende homens como P. Diddy. Nojo. 

Os depoimentos são chocantes, mas apesar dos 5 episódios, nem chega perto das denúncias e especulações soltas na mídia. Mas, apesar das acusações serem pesadas, ainda existe muito mais por trás desse sinistro império que Combs criou. Apesar de tudo ter explodido com a acusação de sua ex Cassie, fico admirada que depois de tudo o que ela passou, ela tenha conseguido fugir dele sem mais consequências. Digo, ele tinha seus meios de silenciar suas vítimas, qual foi o preço para Cassie conseguir viver longe dele, sabendo de tudo o que ele fazia? 

Eu entendo que muitas vítimas mais famosas, não queiram se expor no caso de Combs, mas se as teorias estiverem certas em vários casos de artistas que morreram sem um culpado aparente, eu suspeitaria dele sim. Confesso que pensei que o documentário fosse trabalhar essas suspeitas, ou mencionar algo sobre, mas só trabalharam em cima dos casos que eram certeza. O que não está errado. Mas que ainda deixa muitas perguntas sem respostas. Sem contar que todo final de episódio, aparecia uma nota sobre a defesa de Combs alegando que ele se dizia inocente de todas as acusações. Bom, diferente de Epstein, Combs até que está aguentando bem na prisão. 

Enfim, é complicado quando alguém tão poderoso, se perde no poder para cometer atrocidades. E pior ainda é se julgar inocente desses atos. Mas, só nos resta esperar que ainda exista justiça nesse mundo e que ele pague pelo que fez. O que ainda é o mínimo que pode lhe acontecer diante de tanto horror e trauma que deixou em várias vítimas ao longo desses anos...

Quanto ao documentário em si, achei que foi mal conduzido, faltou muita coisa embora pareça que tenha muito. 

Nota 7/10

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

[Review/crítica] O caso dos irmãos Menendez (documentário) - Divagando Sempre

 

Vi que tem a série sobre o caso dos irmãos, mas preferi ver o documentário primeiro. Nesses casos de crimes reais, sempre prefiro ver o documentário antes. E aqui, foram usadas gravações de ligações dos irmãos na prisão e imagens do julgamento na época. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 56m

Direção Alejandro Hartmann

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Erik e Lyle Menendez, dois irmãos, filhos de Jose e Kitty Menendez, no ano de 1989, fazem uma ligação perturbadora pedindo socorro, pois encontraram os pais mortos a tiros. Inicialmente as suspeitas jamais recaíram nos filhos, devido a fama do pai, a fortuna, o meio onde viviam, a educação, a imagem da família perfeita que demonstravam e a arma naquela época ainda não tinha sido encontrada, as autoridades pensavam ser caso de máfia ou algo do tipo. 

Porém, passado uns dias, os meninos começam a gastar o dinheiro da família como se não houvesse amanhã. Os irmãos alegaram que era uma forma de luto, uma válvula de escape para fugir da dor da perda. No entanto, acabaram sendo investigados e culpados pelas mortes dos pais. 

Então, a defesa imaginando que um caso desses não poderia ser simplesmente motivado pelo dinheiro, busca a verdadeira história por trás dos assassinatos. Os jovens então confessam que não suportavam mais os abusos que sofriam pelo pai e como a mãe fingia não saber de nada, com medo do que o pai poderia fazer com eles, eles resolveram agir primeiro. 

Tendo a confissão, Erik e Lyle foram a julgamento, que virou atração midiática mas sendo condenados a prisão perpétua. Passaram 22 anos em prisões separadas até voltarem a se reencontrarem novamente. Embora ainda permaneçam presos, muitos acham que eles já cumpriram a pena que mereciam e esperam um novo julgamento para quem sabe obterem a liberdade. 






Minhas divagações finais 

Amo documentários. De qualquer tipo. Mas os de crimes infelizmente são os mais interessantes. O que levaria dois irmãos ricos a matarem os próprios pais? Dinheiro? Eles praticamente eram os únicos herdeiros. A não ser, que o pai negasse veementemente que seus filhos não mereciam herdar sua fortuna. Não fosse pelo dinheiro, claro, só restaria algo que o pai fizesse aos filhos que mexesse com a cabeça deles a ponto de cometer um crime tão hediondo. 

É sempre chocante quando alguém mata a sangue frio um membro da própria família, imagina dois e que ainda foram aqueles que te geraram e criaram. Ninguém pode negar que as investigações desde o início foram falhas. Pois geralmente nesses casos, os principais suspeitos automaticamente giram em torno dos familiares. Ninguém checou o álibi dos irmãos, eles mesmos falaram anos depois, nas ligações gravadas na prisão, que se fossem pressionados confessionariam o crime ali mesmo. E só prenderam os meninos pelas atitudes suspeitas de estarem gastando muito dinheiro e pela denúncia do psicólogo de um dos irmãos que havia confessado ter matado os pais. 

Por aí fica a questão do sigilo desses profissionais. Se um assassino confessa um crime para eles, eles devem manter sigilo mesmo? Sabendo que um serial killer por exemplo, lhe conta que já matou tantas pessoas e está planejando a próxima vítima, ele não pode denunciar? Claro que no caso dor irmãos, eu senti que o psicólogo fez isso mais por proveito próprio. Para ser talvez um herói ou querer ganhar fama e dinheiro com esse caso. 

Em qualquer época, questões de abusos vindo de dentro da própria família é algo perturbador, mas antes dos anos 2000, essas questões eram tratadas de modo bem piores. Ainda mais alguém tão influente quanto Jose. E quando se tem ameaças, a vítima sempre sente medo de denunciar, ainda mais quando a mãe sabe o que está acontecendo e finge que é normal. Não defendendo que matar os pais nesse caso seja a solução. Talvez houvesse outros modos de resolver o caso. 

Mas eu acredito que sim, a história deles é verdadeira. Só não concordo no modo como tentaram resolver isso. Agora, em se tratando do documentário, achei que foi bem conduzido. Mais uma vez repito, não vi a serie ainda, li elogios quanto a obra, mas assim como o caso de Dahmer, eu só vi o documentário. Histórias de criminosos, inspirados em histórias reais não me atraem tanto. Eu prefiro ver entrevistas com familiares, sobreviventes ou gravações da época dos acontecimentos do que ver atores interpretando os assassinos. Mas, talvez um dia eu veja, quem sabe.

Agora, se eu acredito em uma segunda chance para quem tira a vida de outra pessoa? Difícil responder. Porque o ser humano é imprevisível. Se matou uma vez, não importa os motivos, o que o impedirá de matar outra vez. No caso dos irmãos, sofreram abusos desde pequenos, tiveram uma criação distorcida, mataram os pais ainda jovens, passaram anos presos, o que tudo isso poderia influenciar em seus psicológicos? No entanto, perderam metade da vida isolados. Valeu a pena acabar com os abusos mas vivendo presos? Continuaram sem liberdade de qualquer forma. 

Enfim, o documentário apresentou a história bem narrada, com partes do primeiro julgamento, gravações dos irmãos depois de anos, para um filme e uma história tão horrenda, foi impressionante. 

Nota 8/10

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

[Review/crítica] O fotógrafo e o carteiro: o crime que parou a Argentina - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 45m

Direção Alejandro Hartmann

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta a investigação do assassinato do fotojornalista Jose Luis Cabezas, um crime que chocou a Argentina e expôs uma conspiração política e financeira. 

Tudo começa em 1997 quando o colega de Cabezas, após deixá-lo em uma festa, o procura no dia seguinte para continuarem o trabalho. No entanto a esposa de Cabezas diz que o marido ainda não tinha retornado para casa. Mais adiante, um carro é encontrado incendiado com um corpo dentro. Após identificarem o corpo, começa a história do fotojornalista que acabou ficando famoso mundialmente pelo seu brutal assassinato. 

Investigações levaram a um empresário poderoso que nunca tinha revelado seu rosto, até Cabezas conseguir tirar uma foto e publicar no jornal Notícias, onde trabalhava, um dos jornais mais populares da Argentina. O que ninguém suspeitava era seu relacionamento com o governo do país. 

Após negar qualquer envolvimento com Cabezas, descobriu-se que seus capangas haviam sequestrado, torturado e matado o fotojornalista. Seu envolvimento político mudou o rumo das eleições presidenciais e antes de ser condenado, Alfredo Yabrán cometeria suicídio. 






Minhas divagações finais 

Já falei várias vezes que amo documentários e esse mais ainda pela língua que amo, embora a história tenha sido muito mais interessante do que realmente parecia. Aborda o assassinato de um fotojornalista que foi encontrado queimado junto ao seu carro. A autópsia revelaria que teria levado dois tiros na cabeça e espancado durante o trajeto até o local do crime. Além de ter sido algemado enquanto o carro pegava fogo. 

Um crime desses obviamente teria que ter um motivo muito forte para alguém a sangue frio, cometer um ato tão hediondo desses. E uma simples foto de alguém que vivia no anonimato, custou uma vida embora tenha revelado uma teia de corrupção. 

Fazia um tempo que esse título estava na minha lista, provavelmente por ser documentário criminal e achei uma história surpreendente. Quem poderia imaginar que uma foto exposta causaria tudo isso? Geralmente não gosto muito da imprensa, mas ninguém merece o que houve com Cabezas. E seu amigo que passou a vida no E se...? E se ele tivesse ficado com Cabezas? Teria o mesmo fim? Teria feito alguma diferença e os dois sairiam ilesos? Uma pena que culpado ou não, Yabrán teve uma saída conveniente ao cometer suicídio, o que aumentava as suspeitas sobre ele. 

E como em todo lugar do mundo, os criminosos por mais que a sentença seja prisão perpétua, sabemos que nunca é de fato perpétua pois passado um tempo, eles estão em liberdade... E as vítimas nunca mais podem voltar e tudo o que resta são memórias e histórias para contar. 

Se gosta de investigação criminal recomendo o documentário. Gostei de como tudo foi conduzido e como chegaram ao empresário. 

Nota 9/10

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

[Review] O assassino da minha filha (Documentário) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 23m

Direção Antoine Tassin




Trailer (dublado em português)




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

André Bamberski lutou por justiça durante quase 30 anos. Sua filha Kalinka morreu aos 14 anos de modo suspeito e André tentou a todo custo provar que sua morte foi assassinato. 

Na época, André já era divorciado e sua ex mulher se casou com o médico Dieter Krombach, com quem mantinha um caso antes do divórcio. Kalinka foi "socorrida" por Dieter, mas já estava morta ao chegar no hospital. André sempre suspeitou do padrasto de sua filha, ainda mais após receber o relatório da autópsia que achou inconclusiva. Dieter jamais foi interrogado e por ser médico e bem sucedido, jamais foi considerado suspeito. 

Até André insistir em sua culpa, divulgar sua história e acabar tendo testemunhas que alegavam terem sido dopadas e estupradas pelo médico. Mas sem provas, Dieter seguiu em liberdade até em um plano arriscado, André conseguir sequestrar o médico e levar para França onde poderia ser julgado. 






Minhas divagações finais 

Esse com certeza é o tipo de história onde um pai sempre é desacreditado diante de um médico. Ainda mais porque André era o ex marido e muitos poderiam julgar que ele queria culpar o médico pela traição da esposa. Mas André foi persistente e embora tenha demorado décadas, a justiça foi feita. Embora o médico tenha sido preso, não ficou muito tempo condenado mas veio a falecer uns anos atrás. O que é totalmente injusto diante do crimes que cometeu ao longo da vida. 

Enquanto André tentava provar e condenar o médico, este continuava exercendo a profissão em outro país como médico substituo e continuando cometendo seus crimes. Muitas mulheres não denunciaram na hora, pelo motivo de sempre, vergonha e por ele ser rico e influente, quem acreditaria nelas? 

Muito triste e nojento pensar que um profissional da saúde, utilize de uma profissão tão bonita, que é salvar pessoas, para violentá-las. O que André fez com Anton, parecia coisa de filme. André deu permissão para Anton sequestrar o médico mas nunca disse que queria que o ferissem, embora seja a palavra dele, de qualquer forma, a justiça feita com as próprias mãos, sempre tem consequências, como Anton e André sendo condenados pelo sequestro. Mesmo que fosse em regime aberto ou por um ano, se não fosse por eles, quem sabe onde o médico estaria e quantas outras vítimas ainda teria feito? 

Se a ex mulher de André não fosse tão cega pelo médico, quem sabe já não teria sido preso muito antes? Imagina a dor de ser mãe e descobrir que o assassino de sua filha esteve ao seu lado esse tempo todo? E mais um caso onde a justiça demora mas acontece. Os métodos que o médico usava em todas as mulheres, já deveria ser considerado suspeito e uma prova de como ele se aproximava delas para conquistar a confiança e depois abusá-las. Faltou como sempre, uma investigação minuciosa após encontrar Kalinka morta. Um civil, acabou desvendando todo o caso. Até onde um pai é capaz de ir para encontrar a sua própria paz? 

Como todo documentário criminal, foi chocante e emocionante. Recomendo. 

Nota 10/10

segunda-feira, 6 de maio de 2024

[Review] Scream: a verdadeira história por trás do filme - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 29m



Trailer




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Em meados dos anos 1990, em Gainesville, na Flórida, Danny Rolling foi preso e condenado a morte pelo homicídio de 8 pessoas. Na qual três deles foram casos não solucionados em sua cidade Natal onde após ser preso por roubo, ele tenha confessado os 8 assassinatos. Durante seu julgamento ele confessou os crimes, alegando que queria ser tão famoso quanto o serial killer Ted Bundy.

Durante sua prisão, ele conheceu uma escritora onde namoraram e quase casaram. Durante esse período, Danny supostamente havia contado a escritora que cometeu os crimes por estar possuído pelo demônio. 

Steve, um investigador paranormal se junta a médium Cindy, para investigarem os locais onde Danny teve mais acesso para tentar entrar em contato com seu espírito e desvendar o mistério se ele realmente foi possuído por algo. O maior contato foi em sua antiga residência, agora com um novo morador, um casal que alega ser assombrado por algo durante anos. Barulhos, coisas se movendo, o casal vive assustado mas não tendo para onde ir, permanecem na casa. 

Após passarem uma noite assustadora, Steve e Cindy decidem chamar ajuda de um demonologista chamado Michael Salerno que faz um exorcismo na casa. 






Minhas divagações finais 

Quem não conhece o filme icônico Pânico com o assassino usando aquela máscara? Agora, de onde surgiu essa ideia? De um assassino real chamado Danny Rolling. Agora, dizer que o cara confessou estar possuído? Se bem que, depois dos casos dos Warren, não é novidade surgir um assassino que vai alegar estar possuído. 

Mas, o que me incomodou nesse doc, não foi o fato de Danny alegar isso, mas sim de dois investigadores tentarem entrar em contato com o sujeito. Digo, Danny foi executado em 2006, ele confessou ter matado 8 pessoas, por que alguém iria querer procurar o espírito do sujeito para confirmar se foi mesmo possuído? 

Agora, se a dona da casa onde ele morou e cresceu, tivesse procurado ajuda por passar momentos assustadores na casa, aí sim teria um motivo para investigar, mas me pareceu totalmente ao acaso. E o método que usaram para tentar entrar em contato com Danny, que é um dos momentos que mais gosto, que é quando a pessoa fica vendada, com fone de ouvido sem escutar nada ao redor e vai falando o que escuta dos espíritos. Obviamente conheço esse método pelos youtubers que investigam casas assombradas e usam os mesmos aparelhos do doc. 

No entanto, o método da Cindy foi um pouco diferente, pois o que estou acostumada é com os youtubers ouvindo nos fones um chiado alto e que as vezes capta palavras recebidas de ondas de rádio ou até palavras de música. A Cindy ficou totalmente no silêncio e o que ela repetia ou falava eram frases longas e completas. Aí fica meio estranho né. Pelo menos eu achei. 

Muito conveniente toda essa história. Geralmente eu amo documentário, mas esses sobre possessões, demônios e tals, eu só gosto dos amadores, me divirto mais. Acho que o único ponto interessante foi a inspiração dos assassinatos de Danny e seus métodos para transformar no filme tão famoso que foi o Pânico.  Steve foi atrás da história de Danny e cavou até o fundo, especulando se talvez essa possessão não seria algo passado de pai para filho, já que o pai de Danny tinha um histórico de violência com o filho. Mas obviamente, para mim, nada foi conclusivo. 

Após o exorcismo, a dona da casa ligou para Steve para dizer que depois da visita deles, não sentiram mais nada estranho, agradecendo a visita e dizendo que agora seu marido consegue dormir bem durante a noite. Não sei, acho que se não fosse a parte da possessão, a história de Danny seria comum, um assassino que observava suas vítimas, entrava em suas casas e as matava a facadas. Dependendo de onde você pesquisar a história dele, não há referências sobre a possessão. E não foi como no caso do Arne que durante o julgamento já alegaram possessão. Acho que no caso de Danny, só depois de preso, que ele quis contar sua história e falou sobre isso. O que em nenhum lugar que pesquisei sobre ele, menciona possessão, então não imagino de onde surgiu essa ideia. 

Acho que se o doc tivesse sido focado na inspiração dos crimes para fazer o filme, teria sido mais interessante. Danny tinha vários problemas, tentou matar o pai, só foi pego por roubo e por coincidência alguém o denunciou e a polícia acabou associando os crimes com ele. Eu vi os filmes mas não lembro os motivos do assassino. Mas vendo sobre os crimes de Danny, as semelhanças estão no método, máscara, faca, vítimas jovens estudantes, ataques durante a noite e na casa das vítimas. 

Apesar de gostar do paranormal, nesse caso, achei a investigação sem sentido. Como eu disse, se fosse um caso como o de Arne, teriam motivos para tentar entrar em contato, mas, nesse caso, Danny só havia falado que queria ser famoso tanto quanto Bundy, ninguém em seus vídeos ou blogs falando sobre Danny, comenta algo sobre ele ter sido possuído. Então, o que me desanimou nesse doc foi isso, não vi sentido em procurar o espírito do sujeito e não vi sentido onde isso tinha a ver com o filme Pânico. A não ser que o assassino mascarado também alegasse ser possuído pelo demônio...

Pela primeira vez achei um doc fraquinho. 

Nota 5/10


sexta-feira, 19 de abril de 2024

[Review] Ice cold: o caso Jessica Wongso

 

Ano de lançamento 2023

Duração 1h 26m

Direção Rob Sixsmith



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Duas amigas. Um encontro em um café. Uma morte. Esse é o tema desse documentário. 

Jéssica, que estava morando na Austrália, faz uma passagem na Indonésia e marca de reencontrar algumas amigas, entre elas, Mirna. As duas estudaram juntas na Austrália e se tornaram melhores amigas. 

Mirna se casa e Jessica ao contar sobre seu namorado, recebe conselhos de Mirna, que desaprova o relacionamento. Segundo o documentário, supostamente, esse foi o motivo que a fez matar a amiga. 







Minhas divagações finais 

Eu normalmente gosto de casos que tenham solução e principalmente o motivo. Eu sei que muitos assassinos mataram por menos que isso, mas não acredito que esse seja o único motivo. Teve sinopses que li que dizia que Jéssica havia matado a amiga por inveja de seu casamento. Eu tinha até pensado que ela tinha um caso com ele. Embora a irmã gêmea e o pai de Mirna tenham participado do doc, o marido dela foi apenas mencionado. 

Acho que o diferencial é que o caso tomou proporções altas devido a mídia. Hoje em dia é comum acompanhar os julgamentos ao vivo. Ou poder ver detalhes filmados depois. As vezes nem parece real. Eu acredito inteiramente na culpa de Jéssica, mas confesso que minha mente divagou para outro desfecho. O que seria digno de um verdadeiro suspense policial.

Mas vamos ao caso real. Jéssica aparece nas câmeras do café, horas antes do horário combinado com as amigas. Isso já cria aquele ar de suspeita de que provavelmente ela estaria inspecionando o local. Depois, ao chegar e escolher uma mesa, convenientemente coloca várias sacolas em cima dela, escondendo parcialmente o local onde ficariam as bebidas? Não poderia ser mais óbvio. 

E em toda a situação, pessoas como ela que se passaram por vítimas, em nenhum momento durante entre o acontecido, velório e julgamento, demonstraram sentimentos de perda. Como o caso da Jolly, do Curry com cianeto, da Jennifer com os pais. Arrependimento então, nenhum. 

Agora, os outros casos, achei o documentário vago, com várias inconsistências, mas o da Jéssica? Ela foi presa porque não encontraram outro culpado mais óbvio do que ela. Porque não tinham provas. Seu advogado lutou para provar sua inocência, tanto que no meio do julgamento, as pessoas começaram a acreditar mesmo que ela pudesse ser inocente. 

A justiça é algo contraditório. Quantas pessoas são presas porque alguém plantou provas e incrimou inocentes? Mas foram julgadas culpadas por causa das provas. Quantas pessoas culpadas são libertadas por falta de provas, mesmo que tudo indique que ela seja a culpada? É extremamente complicado. Eu só queria saber mesmo qual foi o verdadeiro motivo da Jéssica. 

Eu acredito que ela seja culpada sim. Mas, o que faltou mesmo foi uma investigação mais detalhada. No caso de Jolly, que tbm usou cianeto para matar suas vítimas, pelo menos ao fazer uma autópsia, foi encontrado resquícios do veneno no organismo. No caso de Mirna, a quantidade encontrada foi mínima, então como que chegaram a conclusão que ela morreu envenenada por cianeto?

Realmente teve muitas falhas nas investigações e no julgamento. Que culparam Jéssica por falta de outro suspeito. Não acredito que ela seja inocente, mas se conhecêssemos melhor a história das duas amigas e como estavam vivendo recentemente, talvez daria para criar um perfil delas e quem sabe, teria um desfecho surpreendente desse caso. 

No entanto, o que se sabe é que Mirna morreu e Jéssica continua presa. 

Nota 7/10


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