Olá Divosos leitores. Ao contrário do que Cornwell acredita, para mim, a identidade de Jack ainda continua sendo um mistério.
DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA
Patrícia Cornwell, escritora de livros policiais, acredita ter desvendado um dos maiores mistérios do mundo do crime: a identidade de Jack, o estripador. Com as técnicas modernas de investigação, Cornwell analisa os crimes, reconstrói o ambiente londrino onde as vítimas foram assassinadas e conclui que o assassino seria um pintor inglês chamado Walter Sickert, que nasceu em 1860 e morreu em 1942. Apesar das dificuldades dado ao tempo transcorrido, Cornwell utilizou buscas de DNA pelas cartas de Jack enviadas para a polícia as comparando com cartas escritas pelo pintor Sickert. Como as sequências de DNA mostraram resultados semelhantes e como a escritora também encontrou coincidências marcantes entre os perfis psicológicos entre o assassino e o pintor, ela acredita ter desvendado o mistério de Jack, o estripador.
Ano de publicação 2003
Páginas 358
Autor/a Patrícia Cornwell
Minhas divagações finais
Não nego que não me atentei a ler a Sinopse do livro, apenas imaginei uma história sobre Jack o estripador. Eis então que me deparo com a autora afirmando que descobriu a identidade do assassino. Quando li essa afirmação, fui pesquisar se o livro seria ficção ou não. E também aproveitei para procurar alguma notícia que eu não tinha visto sobre a descoberta oficial de Jack. Como não encontrei nada, as páginas seguintes que li, foi pura tortura.
Que Cornwell seja famosa por escrever livros policiais, talvez tenha utilizado esse caminho para tentar recriar o que se passou naquela época, com relatos e informações repetitivos, já que se ela fez uma pesquisa intensa e procurou nos documentos existentes essa história, qualquer lugar na Internet hoje em dia pode ser encontrada então. Na minha opinião, o que ela fez, foi apenas transformar suas pesquisas em um livro histórico completamente chato e monótono. Eu terminei na força do ódio literalmente.
Se ela explica o que a levou a escrever sobre esse caso, já não me recordo. Achei ela muito convencida ao afirmar que com certeza Sickert era Jack o estripador. Mesmo que ela tivesse certeza, mesmo que todas as provas que reuniu apontassem para o pintor, teria sido mais humilde de sua parte se conduzisse o livro de modo que dissesse que suspeitasse do pintor. Em vários capítulos ela já nomeava o assassino como Sickert e se referia sempre como Sickert. Isso me atrapalhou de admirar seu tempo gasto em pesquisas e aceitar sua suposição do assassino. Em todos os lugares que procurei sobre a possível identidade de Jack, se tinha alguma referência a Sickert, era somente pelo livro escrito de Cornwell. Fora isso, acredito que ninguém jamais associou o assassino com o pintor. Devido ao tempo, não sei qual seria a gratificação em desvendar esse mistério a não ser os holofotes.
O que ficou claro nessa leitura, foi apenas que naquela época, investigações criminosas eram muito precárias. Mesmo que não existisse as tecnologias atuais, o instinto policial de procurar suspeitos, de preservar corpo de vítima e locais de crimes, não existiam. Era uma depravação de perdas de pistas e suspeitos e ainda mais óbvio que pelas vítimas serem prostitutas, ninguém de fato estava preocupado em capturar o assassino. Acho que ficou apenas a curiosidade mórbida de descobrir quem foi esse assassino que conseguiu zombar da polícia por décadas e continua um mistério até hoje.
Não acredito que seja Sickert porque seria fácil demais. Se Jack queria notoriedade mandando cartas para a polícia chamando a atenção do fato de ter estado próximo e ninguém o viu, por que se esconderia atrás da imagem de um pintor perturbado. Eu acredito que ou ele foi preso por outro crime e morreu na prisão, ou teve uma morte repentina e seus segredos foram com ele. Tenho certeza que se fosse Sickert o assassino, por ter vivido até 1942, algum detalhe teria deixado para trás que revelasse ser Jack, mais preciso do que personalidade semelhante ou suas pinturas macabras.
Enfim, não conhecia essa escritora e nem me chamou atenção ler seus outros livros. Como eu disse, se ela tivesse escrito de forma que apenas suspeitasse que Sickert fosse Jack, eu teria aceitado mais. No entanto, não consegui ler já aceitando Sickert na pele do assassino. Talvez se gostar da autora de outros trabalhos e manter a mente aberta, você possa apreciar a leitura. Já eu, só perdi tempo e achei pior que site qualquer que fala sobre o criminoso.
Nota pessoal 0,5/10