segunda-feira, 10 de março de 2025

[Review/crítica] Believer (2018/K-movie) - Divagando Sempre

  

Anyong Divas e Divos. Hoje trago esse K-movie surpreendente. A reviravolta no final pode não ter surpreendido muitos, mas para mim, me deixou de queixo caído. 






Ano de lançamento 2018

Duração 2h 4m

Direção Lee Hae-Young

Elenco Ryu Jun-Yeol, Jo Jin Woong, Cha Seung-Won, Kim Jo-Ryuck


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Won-Ho é um detetive policial que vem procurando por um líder de um poderoso cartel de drogas conhecido como Sr. Lee. Como ninguém jamais viu o rosto dessa pessoa, muitos traficantes tentam se passar por ele, para expandir seus negócios ilegais. 

Um dia, Yeon-Ok sobrevive a uma explosão, onde alguns funcionários trabalhavam para o Sr. Lee. A equipe de Won-Ho vai investigar o local e encontram um sobrevivente. Antes de dar mais informações, Yeon-Ok morre enquanto comia, dentro da delegacia. Agora resta o sobrevivente. 

Seo Young-Rak trabalhava para o Sr. Lee e também nunca viu quem era. Como perdeu a mãe na explosão e seu cachorro ficou gravemente ferido, ele se junta ao detetive Won-Ho para se vingar de sua perda. Como ninguém sabia que ele estava no local da explosão, ele continua com seu trabalho, que seria um encontro com Ha-Rim, que se passa pelo Sr. Lee. Won-Ho aprende seu modo de falar e seus planos para o verdadeiro encontro com Park Sun-Chang, que deseja trabalhar com o Sr. Lee. Fingindo ser Ha-Rim, Won-Ho encena todo o encontro anterior, mas para fechar o acordo, ele tem que provar a própria droga. Antes que ele sofra os efeitos colaterais, sua equipe consegue salvá-lo. 

Com isso, eles conseguem os materiais para a fabricação da droga e levam para dois fabricantes, fiéis a Young-Rak, Dong e Joo-Young, dois irmãos mudos. Ao iniciarem a fabricação, um novo indivíduo aparece no local e se apresenta como Brian. Ha-Rim sequesfra Won-Ho e Young-Rak, mas segue uma luta mortal, onde Won-Ho acaba gravemente ferido e Ha-Rim é morto por Young-Rak. Enquanto isso, o local onde os irmãos mudos fabricavam as drogas explode e um membro da equipe de Won-Ho morre. 

Decidido, Won-Ho mobiliza uma perseguição atrás de Brian, pois ele tem certeza que ele é o Sr. Lee. Porém, o verdadeiro Sr. Lee sequestra Brian e o fere gravemente o deixando para Won-Ho, que descobre quem é o verdadeiro Sr. Lee e parte atrás dele. Em um confronto cara a cara, só um deles sai vivo. 










Minhas divagações finais 

Quando estamos acostumados com K-drama de comédia romântica e nos deparamos com histórias de suspense policial, sempre nos mostra um mundo completamente diferente e as vezes até chocante, nos fazendo esquecer que são bem mais reais que os romances. Ao sair dessa bolha, entramos em um submundo perigoso digno de Hollywood. 

A busca insana de um policial por um líder famoso porém desconhecido de um cartel de drogas foi excepcional. A construção dessa caçada, os traficantes que se aproveitavam para se fazerem passar pelo Sr. Lee para ganhar prestígio usando o nome dele, já que ninguém o conhecia, foi surreal. Cada suspeito era eliminado sem conhecer o verdadeiro Sr. Lee. 

E, amei a dupla improvável Won-Ho e o Rak. Mas tiro meu chapéu para a interpretação de Kim Jo-Ryuck, que infelizmente esse foi seu último trabalho, falecendo em um acidente antes do filme ser lançado. Mesmo que Won-Ho tenha imitado seu jeito para outro cliente tentando enganá-lo, Jo-Ryuck tinha uma essência fenomenal. 

Mas, minha maior surpresa foi o jovem Rak. Após ter sobrevivido a explosão, seu maior apego foi seu cachorro. Ele perseguiu o Sr. Lee com Won-Ho e mostrou tantas facetas diferentes, que admiro demais esse ator. E Bryan? Felizmente é um dos poucos atores que conheço nesse filme. E sempre que o vejo, com certeza a produção vai ser no mínimo interessante. 

Mas, a surpresa maior mesmo, foi a reviravolta no final. E poderia ter terminado daquela forma, com o mistério de quem teria levado o tiro, mas, depois que vi que tinha sequência, criei minhas teorias para esse final. 

O meu lado bom, é que como gosto de ver um pouco de tudo, posso sempre me surpreender com produções de outros países e sair dessa bolha estadunidense. E olha, tem muita coisa boa também por esse mundo afora. Não se prendam também só nos K-drama românticos. Já vi de terror, de suspense policial e são todos tão bons quanto os de romance. 

De início, eu não estava muito empolgada e estava um pouco confusa quanto a história. Mas depois que fui entendendo e o círculo foi se fechando naquele final extraordinário, terminei sem palavras e ansiosa para ver a sequência. 

Nota 10/10

sexta-feira, 7 de março de 2025

[Resenha/crítica] Depois daquele verão - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. É com pesar que termino a semana de leitura com um livro que não gostei. Eu, particularmente não recomendo, mas, ele merece uma chance de ser lido e tirem suas próprias conclusões. 






Ano da primeira publicação 2022

Páginas 288

Autor/a Carley Fortune


Recomendação não (da minha parte)



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Persephone Fraser recebe uma notícia triste envolvendo a mãe de Sam Florek. Então, depois de anos sem se falarem, ela retorna a Barry's Bay, onde costumava passar as férias com a família e onde conheceu Sam, seu melhor amigo e primeiro amor. 

Temerosa desse encontro, memórias de seus anos passados ali com Sam, sua mãe e seu irmão Charlie, Percy volta ao passado e apesar dos dois terem mudado, tanto física quanto mentalmente, talvez seus sentimentos um pelo outro continuem o mesmo. 



Minhas divagações finais 

Quando iniciei o livro, não tinha muitas expectativas, ainda mais porque era em audiobook. Talvez por isso a história tenha sido chatíssima para mim. A narração era horrível, tanto que acelerei um pouco só para terminar logo, não suportava mais aquela voz. Depois, sinceramente? Percy foi uma personagem muito sem graça e Sam um covarde. Acho que de todos o meu preferido é o Charlie. 

Mas vamos lá. Inicialmente a história parece até fofinha quando começa a contar a infância de Percy e Sam. Aquele clichê dos melhores amigos de infância, que crescem juntos mas temem acabar com a amizade se sentirem algo mais do que isso. Mas, mesmo acompanhando o crescimento dos dois, alguns momentos de ciúmes, cada um ficando com alguém diferente, quando estava óbvio que eles queriam ficar juntos e quando finalmente acontece, Sam é um covarde. 

Percy não fica para trás pela traição, mas, de qualquer forma odiei esses personagens. E para que colocar uma amiga da Percy para ir junto passar as férias em Barry's Bay e ser uma atirada daquele jeito? Duvido que ela não fez nada com Sam quando ele tentou algo com ela. Mas acho que o pior de tudo, foi terem feito sexo durante o velório da Sue. Fora que depois que esses dois descobriram o sexo, cenas Hot detalhadas que não faltaram né. 

E claro que para minha surpresa, enquanto odiei o livro, cada critica que li, todos amaram. Devo ter algum problema, não é possível. Muitos elogiaram o desenvolvimento dos personagens, o crescimento, comparando com a vida real. Talvez por isso mesmo eu não tenha achado graça. Foi real e cansativo demais. A cada férias que Percy passava com Sam, foi ficando cada vez mais chato e quando finalmente ficam juntos, Sam vai estudar fora e fica dias sem entrar em contato com Percy. Meu amigo, achei ele muito covarde e mereceu mesmo a traição. 

Enfim, não sei se realmente faz diferença audiobook, será que se eu tivesse lido normal teria gostado mais? Acho que não mudaria o fato de não ter gostado dos personagens. Apesar de tudo, aparentemente, Sam não mudou muito, tirando seu físico onde evidentemente Percy ficou babando quando o viu. E aquele final? Não achei digno. Me desculpem... no mais, provavelmente somente eu devo ter odiado o livro. 

Nota 3/10


quinta-feira, 6 de março de 2025

[Resenha/crítica] Beco dos mortos - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Nessa semana de leitura trouxe conteúdos bem diferentes um do outro. E agora trago um suspense policial. 






Ano da primeira publicação 2014

Páginas 536

Autor/a Ian Rankin


Recomendação mediana



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O inspetor Rebus investiga um caso misterioso de esqueletos encontrados em uma adega de bar, onde o dono faria uma reforma. Em paralelo, sua colega Siobhan, a pedido dos pais, investiga o desaparecido da filha mais nova deles, Ishbel. 

Rebus ainda investiga o caso de um imigrante assassinado em um beco, que o leva para lugares sombrios e perigosos. Os esqueletos revelaram serem falsos e Siobhan segue um rastro atrás de Ishbel, uma vez que um condenado pelo abuso de sua irmã que lhe causou sua morte, foi solto. 

As investigações em paralelo de Rebus e Siobhan, podem acabar tendo conexões ou não. Mas tudo acaba levando eles para o mesmo lugar. 



Minhas divagações finais 

Confesso que pelo título, imaginei que os detetives fossem caçar um serial killer que deixava os corpos nos becos. O modo de investigação foi meio diferente do qual estou acostumada. Não gostei muito da Siobhan, por ser uma policial mulher, gostaria que ela tivesse tido mais personalidade. Rebus então, não ficou claro para mim se era um detetive já de idade ou no meio termo. Mesmo que tenha especificado isso, segui lendo sem conseguir imaginar com clareza como seria sua aparência. A não ser que fosse um homem alto e forte. Só isso me vinha a mente em relação a ele. Siobhan aparentava ser daquelas mulheres polícias bonitas e que tinha que lutar o dobro para mostrar seu valor no trabalho. 

Como achei o modo investigativo diferente, foi meio difícil para mim acompanhar com a devida atenção os acontecimentos. Me pareceu que Rebus fosse do tipo sentimental, que pensava mesmo que seu trabalho era promover a justiça, já que tentou ajudar de algum modo a família do imigrante morto. Já o caso da Siobhan, achei que o pior erro da Ishbel, foi simplesmente desaparecer. Claro que seus pais colocariam a polícia atrás dela. Porém, sua atitude só reforça os casos em que a polícia não move um dedo para procurar jovens desaparecidas porque a maioria dos casos, são como o dela, que simplesmente fugiram de casa. 

Todos os envolvidos, me refiro a suspeitos em potencial ou apenas testemunhas, quando são abordados por policiais, respondem de uma forma tão mal educada, que me admiro não serem presos. No entanto, pela atitude dos próprios policiais, deve ser algo corriqueiro serem tratados assim. Claro que muitas vezes os civis têm razão em não confiar neles, uma vez que não existe justiça em meio a corrupção. 

Bom, de qualquer forma, foi uma leitura interessante. 

Nota 8/10

quarta-feira, 5 de março de 2025

[Resenha/crítica] Anne de Green Gables - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago mais uma dica de leitura. Quem já conhece a série sabe quem é Anne com E, eu não conhecia, mas amei a leitura. 






Ano da primeira publicação 1908

Páginas 320

Autor/a L. M. Montgomery


Recomendação sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Anne Shirley é uma órfã que foi enviada por engano para um casal de irmãos que queriam na verdade adotar um menino. Na estação quando Mathew foi buscar a criança, não soube o que fazer quando descobriu o engano e não querendo deixar a menina sozinha na estação, a levou para casa na esperança de que sua irmã Marilla soubesse o que fazer. 

Durante o caminho da estação para a casa de Mathew, Anne, que até então achava que ele e sua irmã a queriam, foi tagarelando sobre a beleza das paisagens e sobre tudo e qualquer coisa que via de diferente, deixando Mathew encantado, já que de seu lado, ele era uma pessoa calada. Quando chegaram na fazenda, Anne descobre o engano e instantaneamente fica arrasada. Ela passa a noite no local mas com o coração partido sabendo que não ficará ali. 

No entanto, vendo como Mathew pela primeira vez se interessou por algo além de seu trabalho na fazenda e sem querer admitir também, Marilla acaba aceitando a ideia de ficar com Anne. Assim, em meio a trapalhadas da menina, Anne passa a crescer em Green Gables e faz uma melhor amiga Diana e um inimigo Gilbert. Anne é diferente não só pela sua aparência (seu cabelo vermelho marcante), mas também por sempre falar demais e principalmente por se meter em problemas. 



Minhas divagações finais 

Aqui conta os anos de Anne com os irmãos Cuthbert dos seus 13 aos 16 anos mais ou menos. Desde seu encontro com Mathew, já era claro como ele a amou desde o início. Suas interações com Marilla e Anne eram sempre divertidas, porque Mathew era o tipo antissocial e Marilla a rabugenta. E Anne tagarela do jeito que era, só criaria diversão nessa família. 

Por um instante achei que Diana não fosse gostar de Anne, mas que bom que tudo deu certo e elas se tornaram melhores amigas. Agora, o relacionamento de Anne e Gilbert, era claro desde o início que ele tinha sentimentos por ela, então desde que ele se arrependeu do que fez e pediu perdão à ela dizendo que queria ser seu amigo, eu torcia para que eles ficassem juntos quando crescessem. 

A trajetória de Anne foi mais divertida do que eu poderia imaginar. Conhecia o título pela série, que ainda não vi mas só fui tomar conhecimento do livro e ter vontade de ler mesmo, depois dele ser mencionado em outro livro que li O clube de leitores dos corações solitários. Um dos personagens amava esse livro e eu queria descobrir o por que. E agora entendi. 

Sem querer, peguei um spoiler e mesmo chocada e triste, segui adiante. Geralmente não ligo para spoilers, mas esse me destruiu. Então, quando cheguei nele, chorei horrores. Eu sinceramente não esperava por isso. 

Pelo que vi, são uns 13 volumes, mas com Anne como a protagonista são cinco. Dependendo como terminará, talvez eu só leia esses cinco. Já acho trilogias longas demais, mas sempre pego histórias com mais volumes porque nunca presto atenção se tem sequências. Depois descubro que tem mais de 10 volumes. 

Enfim, Anne nos passa exatamente o que está sentindo e apesar de sua tagarelice, ela encanta a quase todos. Logicamente que no período escolar, sempre vai ter aquela menina que faz de tudo para te humilhar. 

Mas o mais inacreditável são as confusões que Anne acaba se envolvendo. Com ou sem intenção, são sempre inacreditáveis, culpa de sua imaginação, que sempre acaba a distraindo da realidade. 

Talvez pela época em que foi escrita, não gostei muito do primeiro professor de Anne. Nos tempos atuais acredito que ninguém aceitaria que um professor tratasse uma aluna preferida como ele tratava, sem ver ali segundas intenções. Ainda bem que ele saiu e entrou uma ótima professora. E nota-se que seja da época mesmo, quando Anne questiona as atitudes do professor e ainda é repreendida por isso. Naqueles tempos, os adultos sempre sabiam o que faziam, mas acredito que se ele tivesse feito outras coisas questionáveis, seria condenado não? Espero que sim. Tirando essa parte, de resto fluiu muito bem. 

Mas sabendo que os irmãos Cuthbert já tem certa idade, uma hora uma triste notícia aconteceria em algum volume. E pelo que percebi pelas capas dos outros livros, vai acompanhar o crescimento de Anne. Será que ela continuará tagarela? E sua amizade com Diana?  Crescerá com o tempo também? Será que teremos um romance entre Anne e Gilbert? Não estava muito interessada em continuar a saga, mas depois dessas questões, estou curiosa para ver como será a vida de Anne. 

Por hora, esse primeiro volume me surpreendeu, achei divertido, triste no final, mas com certeza foi uma ótima leitura. Recomendo. 

Nota 10/10

terça-feira, 4 de março de 2025

[Resenha/crítica] Senhora (José de Alencar ) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago esse clássico brasileiro, que em algum momento de nossas vidas estudantis, fomos obrigados a ler, mas que com certeza com idade mais madura a leitura será mais agradável. 






Ano da primeira publicação 1875

Páginas 248

Autor/a José de Alencar 


Recomendação sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Aurélia Camargo, órfã de pai, passa uma vida de miséria ao lado de sua mãe, que lutou sozinha para criar a filha. Desejosa de vê-la casada, Aurélia passa a se mostrar a sociedade, atendendo o desejo de sua mãe e acaba se apaixonando por Fernando Seixas. No entanto, ele que passava por dificuldades financeiras, acaba decidindo trocar Aurélia, que era pobre, por Adelaide Amaral, que por direito lhe daria um dote. 

Enquanto isso, Emilia, mãe de Aurélia, tinha uma história do seu passado e antes de morrer fez as pazes com o pai de Pedro, que contra o relacionamento do filho com Emilia, o deserdou.  Mas muito doente Emilia vem a falecer e após esse período o avô de Aurélia tem o mesmo destino. No entanto, em segredo de toda sua família, ele deixou sua herança para Aurélia. 

Da pobreza para a riqueza, Aurélia imediatamente colocou seu plano a tona, que foi oferecer um dote maior que o de Adelaide, não deixando outra escolha para Seixas, desesperado por dinheiro, a não ser aceitar o dote maior, sem saber quem seria sua noiva, como era o desejo da misteriosa mulher. 

Assim, Seixas acaba sendo comprado por Aurélia e o casal passa meses fingindo perante a sociedade que são um casal feliz. Mas quando estão sozinhos, embora se amem, nenhum dos dois dá o braço a torcer e trocam farpas o tempo todo. Até que Seixas consegue um dinheiro para devolver a Aurélia pelo dote e ser livre novamente. 



Minhas divagações finais 

Nada como ler um livro sem obrigações escolares e com a mente mais madura. Jamais poderia imaginar o quão bom seria essa história. O que me faz pensar que talvez seria interessante reler tantos outros títulos que li por obrigação, apenas para fazer um resumo sobre histórias que não compreendia muito bem. 

Aurélia assim como sua mãe, sofreu muito com a pobreza, mas sua mãe foi fiel ao amor de seu pai, embora este tenha escolhido um caminho covarde e trágico. Por sorte, antes de morrer, seu avô voltou atrás, embora meio tarde, já que a mãe de Aurélia estava muito doente e também veio a falecer. Embora tenha enriquecido e pôde se vingar de Seixas, eu preferia que ela terminasse com Eduardo de Abreu, que ainda na miséria, ele a ajudou quando sua mãe morreu. 

Seixas deveria ter terminado pobre e sozinho. Claro que Aurélia não foi lá muito madura ao casar com ele o comprando. Pois foram meses de solidão e sofrimento, mesmo estando casados. Não sei se valeria a pena passar por tudo isso por alguém que te menosprezou por dinheiro. Não nego que algumas partes foram bem monótonas mas para a época em que foi escrita, foi bem ousado em colocar como Aurélia sendo a protagonista rica que casa com um homem pobre. 

Mesmo se quiséssemos que após Seixas descobrir que sua noiva era Aurélia demonstrasse alegria e amor, a mesma ao expor seu plano de vingança, apenas assinou sua sentença de solidão. Se tudo corresse bem, pois inicialmente cheguei a pensar que eles seriam felizes já de início, e não por todo aquele tempo de amargura, foi muito penoso ler. Não concordo com o plano de Aurélia, mas se tivesse sido diferente não teria história para contar. 

Não é um livro longo e a edição que li foi bem tranquila. Na época havia achado a leitura difícil e sem graça. No entanto agora, terminei refletindo sobre as perdas da vida, dinheiro, vingança e amor.

Nota 10/10

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