sexta-feira, 20 de setembro de 2024

[Review/crítica] Os 13 sobreviventes da caverna - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 43m

Direção Pailin Wedel

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Um time de futebol tailandês conhecido como Javali Selvagens, composta pelo treinador e seus 12 jovens jogadores entre 11 e 16 anos, após terminarem o treino, decidem visitar a caverna Tham Luang. O treinador conhecido como Ake, na época com seus 24 anos, treinava esses jovens com problemas de comportamento e para recompensar o ótimo desempenho do time, decidiu levá-los para visitarem a caverna. 

O ano era 2018, uma manhã de sábado no fim de junho. Animados, com o tempo bom, eles se deparam com uma placa na entrada da caverna com um aviso advertindo os visitantes, que entre os meses de julho a novembro, era proibido entrar devido às chuvas que alagavam os corredores da caverna. Em uma votação unânime, eles decidem entrar. Mas a intenção era ficar pouco tempo, já que um dos jogadores precisava voltar cedo. 

No entanto, ao retornarem a uma bifurcação, ela está inundada e Ake após tentar encontrar uma saída, afirma que estão presos ali. Acontece que inesperadamente começou a chover e alagou essa parte da caverna. Por sorte, um vigia que constantemente verificava a entrada da caverna, se depara com as bicicletas ali e chama reforços. Ao entrarem mais pela caverna, encontram mochilas com celulares e descobrem ser o time de futebol composta de crianças. Começa então a longa jornada pelo resgate dos 13 sobreviventes a caverna. 








Minhas divagações finais 

O documentário é composto por gravações dos sobreviventes e as cenas gravadas dentro da caverna foram feitas por atores, seguindo os depoimentos recebidos. De toda a busca, apenas um mergulhador acabou perdendo a vida. 

Os jovens ficaram 10 dias presos na caverna até serem encontrados mas ainda levou mais de uma semana para todos saírem de lá. Com a caverna alagada, o único meio de saída seria mergulhando, mas todos sentiam medo dos jovens acabarem entrando em pânico durante o percurso de quase três horas e morrendo no caminho. 

Foram várias especulações e planos, até decidirem por sedarem os jovens e transportá-los até a saída. Apesar dos riscos, ainda era a melhor saída. Inocentemente os jovens decidiram quem sairia primeiro por ordem de quem morava mais longe. Na cabeça deles sairiam e voltariam para casa nas bicicletas. Levou três dias para que todos finalmente fossem resgatados. 

Enquanto assistia o desenrolar do drama, me perguntava como conseguiram sobreviver 17 dias na caverna, mas depois entendi. Já os 10 dias foram surpreendente. Não tinham comida mas ainda tinham água e oxigênio. E a coragem do professor que nunca permitiu que seus alunos desabassem ou desistissem. Ake ainda se sentia culpado pelo o que havia acontecido, mas ninguém poderia imaginar que a chuva chegaria antes do previsto. Difícil imaginar o que ambas as partes (pais e alunos) sentiram durante esse processo desesperador até o alívio do resgate. 

Parecia um passeio divertido e sem perigo, ninguém controla a natureza e ninguém imaginaria o que poderia acontecer em algumas horas dentro da caverna. Ake foi impressionante e protegeu e cuidou das crianças até o fim. É uma história emocionante. Vale a pena conferir. 

Nota 10/10

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

[Review/crítica] Olá, Fantasma - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2023

Duração 1h 44m

Direção Pei-Ju Hsieh

Recomendação: COM CERTEZA 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Ah Wei, é um jovem solitário que não vê mais sentido em viver e por essa razão tenta inúmeras vezes tirar sua vida. No entanto, falha em todas as vezes. Porém, na última, ele foi salvo e socorrido por uma técnica de enfermagem que ele enxergou como seu anjo. 

Mas, voltar a vida nem foi o pior trauma e sim que agora ele tem 4 fantasmas literalmente grudados nele. Onde ele vai os fantasmas vão atrás. Então ele descobre que precisa realizar os desejos pendentes desses fantasmas para que eles possam atravessar para o outro lado. Os fantasmas são divididos em uma idosa que queria recuperar um bilhete premiado para dar ao neto quando se casasse, uma criança que só quer brincar, um homem que gosta de fumar e uma mulher que quer cozinhar pela última vez uma deliciosa refeição familiar. 

E por acaso ele ainda acaba reencontrando seu anjo e conforme vai se envolvendo com ela e com os fantasmas, ele não se sente mais sozinho. Apesar dos desejos absurdos de cada um, ele tenta realizar todos e sem perceber, acaba se divertindo também. 








Minhas divagações finais 

Confesso que quando iniciei o filme, pensei que fosse como um antigo do Robert Downey Jr, só que seu personagem via os fantasmas desde bebê. Passou dificuldades quando criança por enxergar algo que ninguém mais via e no fim já adulto, havia se esquecido deles, até que os fantasmas descobrem que estavam com aquele personagem para que ele realizasse o último desejo deles para que seguissem para a luz. Achei que esse fosse parecido, já que uma vez que acordou, via os fantasmas. 

Seu relacionamento com eles era até engraçado, visto que todos tinham personalidades e desejos diferentes e possuíam seu corpo quando queriam fazer algo específico. Eles até tentam ajudar o jovem romanticamente, tentando uní-lo com a técnica de enfermagem, o anjo dele. Porém, ela também seus próprios problemas com seu irmão, que vive endividado e ameaçado por agiotas. Até que uma tragédia acontece e Wei ao passar uma mensagem para seu anjo, precisa lhe contar a verdade, até que em um estalo de memória, ele acaba descobrindo algo sobre ele mesmo.

Confesso que a minha linha de raciocínio era que o filme seguiria para a comédia, principalmente pelo trailer que vi, onde o jovem em questão tentava realizar os desejos dos fantasmas. Juro que não estava preparada para o desfecho que se seguiu. Jamais imaginei algo desse tipo. Talvez quando a Vovó procurava seu bilhete me passou algo mas logo deixei de lado. E quando enfim o desfecho se revelou, chorei um monte. Eu amo quando um filme surpreende assim. Você só conhece metade da história do protagonista mas entende pelo o que está passando. Mas o modo como ele falha em todas as tentativas de se matar, faz você como ele se questionar, que nem isso ele conseguia fazer, mas a explicação para isso no final, te faz se emocionar. 

Tinha achado meio confuso quando ele recebeu o pedido de comida do senhorzinho e depois do que ele disse, achei que Wei fosse mudar de ideia, que pelo senhorzinho também não ter mais ninguém, que ele desistiria de se matar, mas ele continuou tentando até que quase morreu e voltou enxergando enfim os fantasmas. No fim, Wei se divertiu mais nesse período com os fantasmas do que durante sua jornada até ali e ainda conheceu seu anjo. 

Enfim, não quero dar muito detalhes porque recomendo ver e passar o mesmo que eu. Talvez descubram antes, os mais atentos com certeza, eu estava distraída porque não esperava que a história fosse tão profunda. Já estava divertida a sua maneira, mas o desfecho fechou tudo com chave de outro. Eu confesso que não dava muito para essa história, comecei sem compromisso e terminei maravilhada. 

Nota 10/10

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

[Review/crítica] Como vender a lua - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 2h 11m

Direção Greg Berlanti

Elenco Scarlett Johansson (Kelly Jones)

Channing Tatum (Cole Davis)

Anna Garcia (Ruby Martin)

Woody Harrelson (Moe Berkus)

Jim Rash (Lance)

Recomendação: Sim




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Kelly Jones é uma especialista em marketing que é contratada para melhorar a imagem da NASA, que vem decepcionando a todos com suas falhas em mandar o homem para a Lua e os gastos com as verbas em materiais e experimentos são exorbitantes. Seria até fácil para Jones se não fosse pelo diretor de lançamento Cole Davis. Enquanto Jones mente e trapaça para sobreviver, Davis é todo responsável e certinho. 

Mas, para vencer a corrida espacial contra os russos, Moe Berkus instrui Jones com um plano B, encenar um pouso falso a lua. Dividida entre a oferta de limpar seu nome e o dever patriótico e até romântico com Davis, Jones tenta consertar ao máximo suas escolhas para o bem da humanidade e para sua própria consciência, já que o então nomeado Projeto Artemis, era uma mentira forte demais até para seus próprios padrões. 








Minhas divagações finais 

Achei muitos pontos positivos e interessantes com essa história. Ambientada na década de 1960, onde realmente realizou-se a primeira viagem a Lua, o filme retrata com humor o romance entre Jones e Davis, duas personalidades completamente opostas e a história sobre o primeiro passo a Lua.

Jones ganhava a vida vendendo qualquer coisa, mas foi desmascarada por Moe que a contrata para usar esse talento para vender a imagem da NASA de modo positivo. Naquela época, propaganda era tudo. Obviamente que ela conseguiu restaurar a imagem da NASA mas não sem antes bater de frente com Davis. A situação fica constrangedora mais para ele, quando ele a encontra antes sem saber quem era ela e mostra interesse por ela, mas não segue em frente não sem antes elogiá-la achando que nunca mais a veria. 

O atrito inicial entre os dois acontece logo no início do trabalho de Jones, onde ela tenta popularizar a NASA recolhendo entrevistas com os funcionários que Davis proibiu de darem entrevistas. Então ela dá um jeito de contratar atores para fazer isso no lugar deles. A situação entre ela e Davis não poderia piorar até Moe a obrigar a participar do Projeto ultrassecreto Artemis. Mesmo sabendo que seria um enorme golpe de traição para com Davis, quem ela agora conseguia ter mais contato e parecia estar amolecendo aos poucos, ela ainda seguiu em frente na esperança de que no fim, não precisassem usar as filmagens. Mas claro que Moe tinha tudo sob seu controle quando afirmou que não poderiam correr riscos e o que o mundo veria  na verdade seria as imagens que ela gravava secretamente. 

A ambientação e o figurino dos anos 60 estavam impecáveis. Scarlett arrasou como sempre. E curiosamente ela e Channing estão em um filme que não envolve ação com pancadaria e tiros para todo lado. Além de retratar comicamente o pouso a Lua naquela década, real ou encenação?  

E olha só, um tema tão simples, mas com direção, atores e ambientação certos, tornou-se uma história tão interessante e cativante, que só tenho elogios. A secretária de Jones e os dois técnicos de Davis deram um ar mais engraçado a história. E prestem atenção no gatinho, ele não aparece aleatoriamente, óbvio que teria um papel importante no final. Eu poderia seguir falando mais, mas aconselho a desfrutar e se divertir com essa obra. 

Enfim, super recomendo.

Nota 10/10

terça-feira, 17 de setembro de 2024

[Review/crítica] Feios (Uglies) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 1h 42m

Direção McG

Elenco Joe King (Tally)

Chase Stokes (Peris)

Keith Powes (David)

Brianne Tiu (Shay)

Recomendação: mediana 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Tally vive em um mundo onde a aparência é a chave de tudo. Adolescentes ao completarem 16 anos, se submetem a uma cirurgia eliminando qualquer defeito e adquirindo uma aparência perfeita. Tally e Peris, melhores amigos, esperam ansiosos por sua vez. Peris completará seus 16 anos primeiro e prometem se encontrarem um mês depois, para ele dizer como é a nova vida. Logo será a vez de Tally. 

Enquanto isso, durante a espera da tão sonhada cirurgia, os jovens aprendem como a destruição do mundo levou a criação dessa sociedade compostas de seres perfeitos e existe um mito sobre a Fumaça, pessoas que optaram por não fazer a cirurgia e vivem no mundo lá fora sem tecnologia e sem os recursos da comunidade perfeita. No entanto, após Peris mudar, Tally não tem notícias do amigo e decide procurá-lo por conta em uma festa e percebe que ele mudou, não só na aparência. Decepcionada ela foge e quando é quase pega pelos guardas, ela é salva por Shay.

Começa então uma nova amizade, porém Shay é uma rebelde. Seu sonho não é se tornar perfeita, ela quer encontrar os feios que vivem na fumaça e ser livre. Ela convence Tally de ir conhecer o local mas no meio do caminho, ela desiste e volta. Mas a Dra. Cable desconfiada convence Tally a encontrar o esconderijo e diz que eles possuem uma arma perigosa e se ela não fizer isso nunca fará a cirurgia. Inicialmente ela vai para tentar salvar Shay e acaba descobrindo que a cirurgia não muda só a aparência da pessoa e instantaneamente fica ao lado dos feios. Mas ela acaba ativando um localizador e Cable com seus soldados especiais, atacam o esconderijo e levam Shay. 

Tally conheceu os pais de David, os responsáveis pela Fumaça e eles haviam encontrado uma cura para os Perfeitos, porém precisam de alguém para testar o remédio. Tally se oferece como cobaia e termina a história com a cirurgia feita e transformada em Perfeita. 










Minhas divagações finais 

Eu já conhecia a história pelos livros que li, anos atrás. Mas não lembro do desfecho de tudo. Quanto ao filme, infelizmente não me cativou, agradou ou interessou. Talvez, no início ainda me sentisse ansiosa na esperança de que fosse bom, mas além de ter avançado algumas cenas, terminei decepcionada. 

Eu não me lembro de detalhes do livro, mas ainda assim achei o filme meio corrido em algumas partes, os personagens não foram trabalhados direito a ponto de nos conectarmos com eles ou simpatizar. Até mesmo o amor de Peris pela Tally que era bem óbvio foi tão insosso que quebrou qualquer sentimento de empatia por ele. Aí só restou o ódio após sua transformação. 

Tally foi bem ingênua ao acreditar na Cable sobre a Fumaça e achando que não seria seguida ou no mínimo tendo um localizador em algum lugar com ela. Eu diria no mínimo burra se a Fumaça era considerada um mito e depois Cable afirmaria a existência deles e ainda uma arma misteriosa? E Peris que de repente foi transformado em um soldado? 

Na época em que li, era moda esse gênero pois estavam saindo também histórias semelhantes como Maze Runer, Jogos Vorazes e Divergente. Até que demorou para sair a adaptação de Feios, visto que os outros saíram bem antes. E diga-se de passagem, foram muito mais interessantes. Joe King não é uma das minhas atrizes preferidas embora eu acabe vendo a maioria de seus filmes. Acho que o único que não consegui ver foi A barraca do beijo. Enfim, achei a mudança das cirurgias dos feios para perfeitos ridículas. Não achei que mudou muito uma vez que os atores já eram de fato bonitos. Só mudaram a textura da pele, cor de olhos e cabelo. E dizer que é a paranoia das pessoas que nunca estão satisfeitas com a beleza que já tem, não cola para mim. Duvido que a intenção do autor tenha sido essa quando escreveu a história. Hoje em dia isso sim parece uma febre mundial, mas não vejo sentido nessa teoria uma vez que a intenção de Cable era criar super soldados que obedecessem seus comandos. 

Não achei interessante que para se submeterem a cirurgia, eles precisassem viver isolados de suas famílias. Já não havia perspectivas de um futuro promissor onde precisavam esperar completar 16 anos para serem bonitos. Por que até essa idade não poderiam viver com os pais? E quem custeava todo esse projeto? E que vida mais sem graça cheia de tecnologia mas fútil só esperando pela mudança de aparência. Acho que de todas as histórias desse gênero, essa com certeza foi a mais fútil e sem sentido. 

Eu, particularmente não lembro muito dos livros, então não foram marcantes a ponto de serem inesquecíveis e bons. Mas, com certeza para variar, vou ser a única que não gostou muito do filme. Fazer o que né, mas respeito quem gostou. Eu infelizmente não achei satisfatório. Algumas adaptações perdem a essência quando saem das páginas de um livro e vão para as telas.  

Nota 6/10


segunda-feira, 16 de setembro de 2024

[Review/crítica] Green book: o guia - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2018

Duração 2h 10m

Direção Peter Farrelly

Elenco Viggo Mortensen (Tony Vallelonga)

Mahershala Ali (Don Shirley)

Linda Cardellini (Dolores Vallelonga)

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Nos anos de 1962, um segurança de Nova York, conhecido como Tony Vallelonga, um ítalo-americano de sangue quente, procura novos empregos enquanto o local que trabalha entra em reforma. Por sua fama de resolver problemas de forma enérgica, ele é requisitado para uma entrevista de emprego para um músico que sairá em turnê por 8 semanas. No entanto, ao encontrar seu empregador, um pianista de música clássica e negro, ele recusa o trabalho, principalmente pelas atividades que precisava fazer, como além de ser motorista, serví-lo entre outras coisas. Como Don Shirley precisava de alguém como Tony, ele aceita o valor à ser pago exigido por ele e assim Tony encara seu novo trabalho. 

Durante a viagem, os dois sentem dificuldades de se entenderem por um ser sofisticado demais enquanto o outro é completamente relaxado. Mas ao longo da viagem, Tony vai conhecendo melhor Don e vê realmente o músico incrível que ele é e como apesar de ser músico famoso, ele é tratado de modo preconceituoso pelos brancos, que ironicamente o contrataram para tocar para eles. Aos poucos Tony vai percebendo a grande luta de Don contra o racismo e ele mesmo em várias ocasiões toma partido do músico o defendendo. Como em sua última apresentação da turnê, onde lhe deram um quartinho de depósito como camarim e não o deixaram entrar no salão do restaurante para comer, mesmo que depois fosse tocar para essas mesmas pessoas. Tony e Don simplesmente abandonam o local. 

No fim, Don cumpre sua promessa e leva Tony para casa a tempo de comemorar o Natal com sua família. Embora tivesse condições financeiras para um ótimo banquete, Don não tinha mais ninguém e volta para a casa de Tony comemorando assim o início de uma grande amizade. 












Minhas divagações finais 

Essa é uma daquelas histórias que misturam várias emoções, humor, raiva e tristeza. A história foi inspirada em uma amizade real que aconteceu na década de 1960, época que o racismo ainda era extremamente forte. Don era um músico genial e famoso, mas enfrentaria um forte sentimento de racismo durante sua turnê e teria sido pior sem a companhia de Tony. 

O relacionamento inicial entre os dois começa com desavença, uma vez que cada um tem uma personalidade completamente diferente. Enquanto Don esbanja sofisticação e educação, Tony é marrento e malandro. Há vários momentos hilários entre os dois, como eles comendo frango no carro ou Don fazendo Tony retornar com o carro para pegar um copo de plástico que ele jogou pela janela. Mas também há momentos dramáticos quando são presos por Tony desacatar um policial ou quando Tony defende Don na última apresentação, vendo como o músico era tratado injustamente. 

Uma cena que vi em um shorts foi a dos dois presos e depois dos policiais receberem uma ligação, eles são soltos. Porém, apesar da cena parecer top por Don ter contatos como esse, mostra o outro lado dele de ter dependido dessa ligação que poderia ter sido evitado se Tony fosse menos esquentado. Porém no final, mostra que nem todo policial é como aqueles quando foram parados novamente mas para serem alertados do pneu furado. 

Achei três personagens meio fora do tom que apareciam mais para dar um ar mais dramático às cenas, como a mulher de Tony que não teve muito destaque e os dois músicos companheiros de banda de Don. Que apareceram mais para constratar com Tony ou dar mais clareza das atitudes de Don. Porém, ainda assim, tiveram papéis pequenos mas ajudaram na construção dos personagens de Tony e Don. 

Por ser uma história passada mais tempo na estrada, algumas belas paisagens não ficaram de fora mas os melhores momentos foram com certeza quando Don tocou em um bar após terem desistido do último concerto e quando Don apareceu na casa de Tony para o Natal. O modo como Tony foi mudando seu pensamento racista e aceitando Don e vendo as coisas que ele sofria por ser negro, foi algo que dá esperança no ser humano, se alguém como Tony pode mudar, por que você também não pode? 

É o tipo de filme que todos deveriam ver. 

Nota 10/10

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