sexta-feira, 25 de outubro de 2024

[Review/crítica] Monstro/Monster (2023 Indonésio) - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

O diferencial do filme, foi que apesar do terror e da tensão, não há diálogos. Achei incrível. Algo tão simples e tão tenso e assustador. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2023

Duração 1h 26m

Direção Rako Prijanto

Elenco Marsha Timothy, Alex Abbad, Anantya Kirana, Sulthan Hamonagan

Recomendação: SIM



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Dois amigos, Alana e Rabin, ao saírem da escola, não percebem que estão sendo seguidos e param em um local para se divertirem. Alana percebe que Rabin sumiu e ao procurá-lo acaba sendo sequestrada também. Os dois são amarrados e jogados no porta malas do carro de seu sequestrador. Ele os leva para uma casa isolada e leva Rabin para um quarto enquanto Alana permanece presa no porta malas. 

Desesperada, ela consegue se soltar e fugir, mas não consegue deixar seu amigo para trás e volta. Segue então momentos tensos enquanto ela tenta encontrar o amigo e se esconder de seu perseguidor. Se já não bastasse um, ela acaba se deparando com seu cúmplice, uma mulher, que mostra ser tão letal quanto seu sequestrador. 






Minhas divagações finais 

Acho que jamais veremos algo em que as opiniões serão unânimes. E com Monster não foi diferente. Eu, particularmente achei incrível. Se for ficar comparando com outras obras, jamais teremos algo bom para ver. Um lugar silencioso, também é um filme que presa o silêncio, mas o diferencial aqui é que além de não ter nenhum diálogo, parece um jogo onde você anda pela casa e abre portas para se esconder do perseguidor. Sem contar que é uma criança que faz de tudo para se salvar e salvar seu amigo. 

Enquanto anda pela casa se escondendo em armários cheios de baratas (para quem tem medo de barata, seria difícil não gritar ali), encontrando um corpo ou um quarto com câmera, vamos supondo o que o sequestrador faz. Ele não é apenas um serial killer pedófilo como imaginei a principio. Ele deve fazer parte de algo maior, já que existe um número de entregadores que passam pela sua casa e Alana ainda encontrou várias fotos de crianças, que podemos supor que são para satisfação do próprio sequestrador ou são para exibição. 

Supondo que trabalham com tráfico infantil, já que a casa é grande, cheio de quartos e portas trancadas, poderia ter sido interessante, se no início mostrasse fotos ou cartazes de crianças desaparecidas, se bem que, eu mesma não me atentei se apareceu alguma foto antes. Embora fosse óbvio que sequestrar as crianças jamais teria um bom propósito, ficaria mais claro se seria por se tratar de um serial ou uma rede tráfico. 

A única falha em  não ter diálogos, é quando Alana encontra um telefone antigo. Ela consegue chamar a polícia? Só vamos descobrir depois. No entanto, a falta de diálogo também pode atrapalhar quando chega alguém na casa e confronta a cúmplice. Mas, nada que altere a tensão de todo o momento. Principalmente quando Alana se livra do sequestrador mas descobre que ainda tem mais uma pessoa. E quando finalmente encontra seu amigo? Nada de falas, de gritos ou planos para saírem dali. Apenas vão seguindo extintos. 

A parte que a cúmplice com um machado quebra uma porta, lembra muito do filme O iluminado, até esperei ela enfiar a cara ali e dizer algo com um sorriso macabro. Algumas coisas ficam na dedução mesmo. Me questionei apenas em como Alana poderia saber o endereço do local se ela veio vendada no porta malas do carro. Será que ela viu algo que indicasse o endereço e eu que não percebi? E no final? Como poderiam ser encontrados se se afastaram da casa na fuga? Podemos supor que a polícia fez uma busca no local onde seu parceiro foi investigar e não voltou mais. Mas calculando o tempo seria possível chegarem a tempo de salvar as crianças? 

Sempre que passava os olhos nesse título achava que poderia ser inspirado em uma história real, mas me parece que é um remake de um outro filme, O menino atrás da porta. Com certeza irei conferir. Temos que admitir, que a atriz que interpretou Alana fez um ótimo trabalho. Toda a tensão do momento, sua determinação em salvar o amigo, para uma criança foi muito bem interpretada. Fora os sons na hora certa nos passando sensações tensas e perigosas. Nesse caso realmente qualquer diálogo seria desnecessário. Uma vez que toda a cena já fala por si só. 

Nota 9/10


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

[Review/crítica] O tarô da morte - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Como sempre, sou do contra em se tratando de filmes. Dessa vez, apesar dos clichês, eu gostei desse filme. Mais uma vez ressalto que em vista do que tenho visto ultimamente, não me admira que esse chegou pelo menos um pouquinho perto do tipo de terror que aprecio. Não que seja perfeito ou nota 10, mas foi no mínimo satisfatório, embora um deles ter sobrevivido de modo meio cômico, tenha quebrado um pouco da magia do horror. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 32m

Direção Anna Halberg, Spencer Cohen

Elenco Harriet Slater, Adain Bradley, Larsen Thompson, Humberly Gonzales, Wolfgang Novogratz, Avantika, Jacob Batalon, Olwen Fouéré 

Recomendação: SIM



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A aniversariante Elise, comemora seu aniversário com seus amigos em uma casa alugada isolada de tudo. Quando acaba as bebidas, eles decidem procurar pela casa caso tenha algo esquecido por ali, encontrando então o porão. Uma caixa de madeira com cartas de baralho atrai a atenção do grupo e Haley que tem conhecimento emTarô, apesar de reticente, concorda em ler a sorte de todos.

Haley contradiz as regras de leitura ao ler os baralhos que não eram dela, mas proporcionando revelações hilarias para seus amigos. Cada carta tem seu significado e por isso Elise recebe A alta Sacerdotisa, Lucas O Eremita, Madeline O enforcado, Page O mago, Paxton O louco, Grant O Diabo e Haley A Morte. 

Mesmo com a leitura das cartas, o grupo só acredita nelas quando dois de seus amigos morrem em seguida. Ainda assim, Paxton, talvez o mais covarde de todos, se separa do grupo alegando que prefere se esconder a procurar soluções para o que está acontecendo. 

Pesquisando na Internet, Page encontra pistas sobre uma mulher que pode entender sobre as cartas de Tarô, então eles correm para a casa dela. No entanto, a história que escutam não são animadoras e a morte continua os perseguindo. Só terá fim, quando descobrirem um modo de parar a maldição que veio junto com o baralho. 










Minhas divagações finais

Embora surpreendentemente eu tenha visto várias críticas negativas quanto ao filme, eu terminei satisfeita. Não foi perfeito confesso, mas me diverti muito. E também temos no elenco o melhor amigo do herói da vizinhança Jacob Batalon, o Ned de Homem Aranha do Tom Holland. Únicos atores que conheço foram ele e a Olwen Fouéré que vi recentemente em Os Observadores. 

Quanto aos personagens, temos um grupo grande até, 7 pessoas. Geralmente são 4 ou 5. E eu sabia desde o início quem sobreviveria. Tirando um deles que me surpreendeu no final, achei que seria apenas dois, mas acabou sendo três. Ainda fiquei esperando algo mais acontecer, porque não acreditava que seria assim tão fácil. 

Houve vários momentos que poderiam ser evitados, sendo o primeiro deles, jamais terem usado o baralho de outra pessoa. Fica a dica, não mexa em objetos que não lhe pertence, ainda mais quando estão trancados em um porão onde supostamente os donos já morreram. Existem razões para porões serem trancados. 

A primeira vítima eu dou um desconto pois tinha que começar de alguma forma né. Já o segundo foi exatamente como o previsto. Mas chegando no final, como vimos que houve uma sobrevivente de um grupo anterior, então podemos concluir que tudo é possível. Embora achei mais cômico que alívio, mas combinou muito bem com o final para esse personagem. 

Embora Haley foi perdendo seus amigos, não achei que fossem tão importantes assim para ela, ou já tinha sofrido tanto que ver os amigos morrendo não a afetava tanto, ou a atriz só é ruim na atuação mesmo. Agora, a história do baralho amaldiçoado, achei muito bom. Teve um começo horrendo, depois séculos de vingança até finalmente a paz. Eu gosto assim, com início, meio e fim. 

Algo que não prestei atenção foi se as mortes estavam seguindo a ordem das leituras, se foi assim aí tem meu respeito. As aparições foram até bem produzidas embora as mortes fossem clichês dos clichês. A partir do momento que você percebe como seus amigos estão morrendo conforme uma leitura de tarô, eu já teria surtado e corrido atrás logo de uma solução. A do enforcado morreu de precipitada, pois estava óbvio que saindo em disparada daquele jeito, morreria da forma que lhe foi descrito. 

Achei que a Olwen Fouéré teve mais impacto nessa personagem, apesar de aparentar ser mais a culpada do que vítima, embora essa parte tenha ficado aquela incógnita no por que apenas ela sobreviveu da leitura anterior, foi ela que fez a leitura para seus amigos? Não lembro desse detalhe. Talvez tenha sobrevivido porque somente ela não teve uma leitura. O que não fez sentido uma vez que um deles teve a leitura e quase chegou ao seu destino, mas no final apareceu vivo. Eu aceitaria se fosse porque talvez naquela hora crítica, Haley jogou as cartas no fogo e talvez por esse segundo, possa ter anulado a maldição daquele sobrevivente. Faria mais sentido pelo menos. 

No geral, foi divertido e satisfatório. 

Nota 9/10

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

[Review/crítica] Os observadores (The watchers) - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Bom, já me conformei que esse ano minha maratona de Halloween se resume a filmes ruins, nada assustadores ou apenas terror psicológico. Mas, as vezes entre eles encontro algo mediano. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 42m

Direção Ishana Night Shyamalan 

Elenco Dakota Fanning, Georgina Campbell, Olwen Fouéré, Oliver Finnegan

Recomendação: mediana



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Mia, uma jovem americana que mora na Irlanda, trabalha em um pet shop sem muita perspectiva na vida. As vezes ela passa as noites em bares usando uma peruca fingindo ser outra pessoa. Até que um dia, seu chefe lhe pede para entregar um pássaro novo que chegou, para um cliente que mora do outro lado do país. No caminho, ela precisa atravessar uma floresta mas seu carro acaba falhando. Sem sinal de rádio ou celular, ela pega o pássaro e tenta atravessar o local a pé, na esperança de encontrar alguém.

Mas, ela começa a ouvir barulhos estranhos e ela sente algo terrível se aproximando. De repente uma mulher aparece e elas entram em uma cabana com porta reforçada. Então Mia descobre que o local só tem um cômodo com uma parede de vidro. Por ser nova, ela se alinha em frente ao espelho, onde do outro lado, seres gostam de passar a noite os observando. O único modo de sobreviver é seguir as regras. Os outros moradores são Madeleine, Ciara e Daniel. 

Madeleine é a que está mais tempo naquele lugar, mas Mia, que não gosta de regras, tanto que por causa disso vive um trauma de infância onde sua desobediência causou um acidente, desencadeia a desordem ao local ao investigar um buraco onde viu algo ameaçador. Isso gera revolta nos Observadores que tentam invadir o abrigo e assim eles acabam descobrindo um esconderijo abaixo deles. Lá, eles encontram relatórios da pessoa que construiu o local, das experiências que fez, do mito sobre as criaturas e que fim a pessoa acabou levando. Mas que ainda deixou esperança de uma rota de fuga com uma pista que ele deixou. 








Minhas divagações finais 

Não tive grandes esperanças mesmo o trailer parecendo promissor. Mas não nego que a ideia foi interessante. No entanto, imaginei que os Observadores fossem outra coisa. Na verdade pensei que fosse algo mais sobrenatural. Tipo, espíritos de pessoas que morreram na floresta e acabaram ficaram presas ali e assim assombrando os visitantes indesejados. Como não conseguiram sobreviver ali, eles passavam a observar os que por acaso ficavam presos ali, vendo como eles poderiam sobreviver ao local. 

Embora no início ficasse meio implícito sobre a existência desses seres, no fim são revelados e não achei grande coisa. O mito sobre esses seres até que foi bem usado no modo como os transformaram em seres malignos, mas o sentido de tudo foi meio confuso. E como um deles poderia saber exatamente como as coisas funcionavam a ponto de manter os outros vivos? E como o bunker foi construído tão bem em tão pouco tempo mesmo que a pessoa contratasse ajudantes sem famílias para deixá-los ali ao cair da noite? Por que não podiam sair do esconderijo a noite e serem atacados pelas criaturas se o alimento deles não era carne humana? Se o objetivo dos observadores eram outros, por que ficar observando pessoas aleatórias que se perdiam na floresta e não teriam nada para mostrar além de medo de estar ali? 

Por Mia ter tido um passado trágico e pela história de Daniel, eu cheguei a pensar que a floresta atraía pessoas com traumas, depressivas ou com tendências suicidas ou que sofreram abusos. E que se alimentavam do medo delas de estarem presas naquele lugar. Na verdade era outra teoria minha quando Daniel contou sua história. 

Por Madeleine ser a mais velha no local, como saber se as regras eram mesmo impostas pelos Observadores como Daniel suspeitou uma vez e comentou com Mia. Mas não nego que apesar de algumas inconsistências, foi uma história interessante. Não foi assustadora infelizmente. Até cheguei a pensar que as criaturas fossem animais da floresta que não gostavam dos seres humanos porque destruíam o planeta. Sim, foi bem confuso para mim até esclarecer toda a história. E no final, ainda cheguei a pensar que a Mia ou sua irmã, eram um deles, porque elas eram estranhas demais. Mas seria uma reviravolta incrível se a Mia fosse uma Observadora sem saber. Pensem nas possibilidades. 

Bom, Ishana é filha de ninguém menos que do excêntrico M. Night Shyamalan e ficou claro que está seguindo os passos do pai. Mesmo que ela seja filha dele, acho que querer comparar seus trabalhos seria muita exigência de nossa parte, ainda mais que ela está começando na carreira e que M. tem seus filmes para lá de estranhos, pelo menos para mim sempre foram. Mas, como um início, acredito que entre erros e acertos, foi bem interessante. Infelizmente só não gostei muito da atuação da Dakota Fanning,  não sei se era para sua personagem ser assim, mas embora tudo o mais fosse misterioso e sinistro, ela definitivamente não se encaixava em nenhum lugar. Por isso imaginei no final, que talvez ela fosse uma Observadora. 

Mas enfim, foi uma boa experiência no entanto, se usado e abusado de outros elementos, talvez seria bem mais arrepiante. 

Nota 7/10

terça-feira, 22 de outubro de 2024

[Review/crítica] Tin & Tina - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Mais um título que pensei que fosse dar um medinho, mas apesar da estranheza das crianças, o terror mesmo era na crença cega delas ou demonstravam psicopatia desde cedo. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2023

Duração 1h 59m

Direção Rubin Stein

Elenco Jaime Lorente, Milena Smit, Anastasia Russo, Carlos G. Morollón

Recomendação: NÃO 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Na Espanha dos anos 80, um casal, Lola e Adolfo, sofrem a perda dos filhos gêmeos ainda durante a gestação. Ainda mais traumático é Lola saber que devido às complicações, não poderá mais ter filhos. Deprimida, Adolfo não suporta mais ver a esposa nessa situação e sugere adotarem crianças em um orfanato do convento próximo a cidade. 

Eles então adotam os gêmeos Tin e Tina. Porém, como foram criados desde bebês pelas freiras, eles levam os ensinamentos bíblicos muito a sério, o que cria pequenos atritos com Lola, que após perder os filhos durante a gestação, perdeu a fé em Deus. No entanto, a cada dia que passa, as crianças cometem atos que aos olhos de Lola e Adolfo, parecem exagerados. Até que, Lola engravida. Mas, após dar a luz, os gêmeos tentam batizar o bebê, o que leva Lola a crer que a religião foi longe demais e devolve as crianças ao orfanato. O que acaba desencadeando uma tragédia em sua família. 








Minhas divagações finais 

É,  os tempos mudaram. Terror hoje em dia não é mais aqueles jump scare ou sobre espíritos assombrando casas ou pessoas. Hoje em dia é tudo terror psicológico. Não é ruim, pois apesar desse não ter mostrado nada assustador, só a intenção valeu um pouco a pena. Por que um pouco? Bom, no final, infelizmente deixou muito a desejar. Para falar a verdade, já fiquei um tantinho insatisfeita no início, já na adoção. 

Não mostraram outras crianças, não falaram nada sobre os gêmeos, o casal foi no orfanato e já saiu com as crianças. Embora já fossem grandinhos, no primeiro dia já vão chamando o casal desconhecido de mamãe e papai? E Adolfo? Queria tanto adotar as crianças mas devido ao trabalho nem parava tanto em casa. Embora Lola quisesse ter filhos, adotar assim meio a contragosto, porque quem insistiu foi o marido né. Por mais que fosse difícil superar o luto ou a ideia de jamais conceber uma criança, melhor a mulher triste pela casa do que adotar crianças desconhecidas que não vai amar como suas e maltratá-las né. 

Eu não gosto muito desses filmes sobre religião, não que eu seja religiosa, mas quanto mais vemos esse tipo de história, mais me afasta da religião. Convenhamos, as freiras sempre tem aparência assustadora, com semblante rígido, como se sorrir fosse pecado, a igreja ou o convento são sempre escuros. As estátuas de anjos, santos e até mesmo Jesus são sempre sombreados, aparecem no escuro e todo filme de terror acontece dentro desses lugares, sugerindo que nem na casa do Senhor estamos protegidos de todo mal. 

Enfim, não era disso que eu queria falar. Mudei o rumo dos pensamentos. Tin e Tina conheciam os mandamentos da Bíblia e para não serem castigados, levavam tudo ao pé da letra. Literalmente. Acontece que nessa parte eu ainda achei uma tirada de gênio. Mas é como Lola disse, acho que foi ela ou em algum comentário que li sobre o filme, e se, as crianças estivessem praticando essas maldades e usassem a Bíblia como desculpa? Adolfo era tão ignorante nessa parte, que convenceu Lola de que eram inocentes e não sabiam ao certo o que era certo ou errado, devido a criação no orfanato. Será? Mas ele só foi perceber seu erro, quando seu próprio filho quase pagou pelas suas escolhas.

Mas o que me desanimou mesmo foi aquele final. Não vi sentido nenhum nessa resolução. Eu esperava qualquer coisa menos essa hipocrisia da Lola. Podemos ou pelo menos eu concluí dessa história, que não teve nada sobrenatural e sim caso de psicopatia desde a infância. E por esse final, desmereceu qualquer satisfação com a obra que eu poderia ter tido. Salvo apenas pela língua que amo.  No quesito terror, apesar de não ser sobrenatural e não ter nenhuma relação com possessão ou Demônios, ainda conseguiu passar um ar meio assustador pelas atitudes das crianças, que como eu disse, ou eram alienadas demais pela religião ou eram apenas psicopatas mesmo. 

Enfim, poderia ter terminado de várias formas, mas essa que escolheram não foi muito agradável para mim. 

Nota 5/10

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

[Review/crítica] Os horrores de Caddo Lake - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Apesar do título no Brasil implicar que seria terror, na verdade foi mais um suspense digno da série Dark, quem assistiu sabe do que estou falando. Embora no início tenha tido uns momentos tensos, a reviravolta é de dar nó no cérebro. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 39m

Direção Celine Held, Logan George

Produção M. Night Shyamalan

Elenco Dylan O'Brien, Eliza Scalen,  Eric Lange, Caroline Falk. Lauren Ambrose

Recomendação: COM CERTEZA 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Paris, ao perder a mãe, fica obcecado com o diagnóstico de sua misteriosa doença. Enquanto trabalhava no lago, ele encontra algo que supostamente parece ser de sua mãe. Ele leva sua amiga até lá mas ela não sente o mesmo que ele. Inconformado, ele continua voltando ao local até que de repente, algo acontece e ele embora esteja no mesmo lago, o mesmo parece diferente. Ele percorre o local ouvindo uma voz, mas encontra uma garotinha ferida e a leva para umas pessoas que trabalhavam na represa. Confuso, ele pode ter voltado ao passado. 

Ellie, nunca aceitou a perda do pai e muito menos o novo marido de sua mãe. Anna é sua meia irmã mais nova e esta sempre a segue por todo lugar. Até que um dia ela desaparece. Ellie percorre o lago onde supostamente Anna poderia ter se perdido e sente algo estranho no local. Quando ela volta para casa, ela percebe que voltou no tempo. Ela então retorna para o lago continuando a procura por Anna. 

É então que Paris e Ellie descobrem que alguma na floresta do lago, abre algum tipo de passagem e eles são transportados para outra época, embora não se encontrem, os dois têm uma conexão que Ellie acaba descobrindo ao ir para o passado. 







Minhas divagações finais 

Admito que não estava muito empolgada e que só fui conferir pelo Dylan O'Brien. Também só o reconheci pelo nome. Estava acostumada com ele em Maze Runer de rosto limpinho, colocou barba e bigode já não reconheço mais. Já ficou claro que não dá para depender de mim em fazer retrato falado ou identificar algum suspeito. E confesso que terminei o filme perplexa e já considerando o melhor dessa maratona, embora eu reforce minha opinião que não vi terror de fato ali. No máximo um suspense. E minha gente, é de fazer refletir e usar a cabeça para entender esse desfecho. 

A história começa com Paris sofrendo um acidente de carro com sua mãe, mas só ele consegue sobreviver. Inconformado com sua perda, ele tenta entender as causas de sua doença misteriosa e sempre que pode, retorna ao local do acidente. Em paralelo, temos a jovem Ellie, que é revoltada por não ter um pai e não considera o novo marido de sua mãe, sua família. Com exceção de sua meia irmã mais nova Anna. 

Conforme você vai vendo o desenrolar da história, pelo menos eu, pensei que ambos viviam na mesma época. E embora Ellie procurasse a irmã e Paris alguma ligação com sua mãe, eles têm muito mais em comum do que jamais poderíamos imaginar. E os dois andando pela floresta do lago, esperamos que em algum momento eles vão se encontrar, mas isso nunca acontece, embora Paris descubra mais sobre sua mãe e Ellie sobre seu pai e o desaparecimento de Anna. 

No início, naquela floresta estranha, realmente pensei que fosse se tratar de algo sobrenatural. O terror no título poderia dizer qualquer coisa, como um monstro, um demônio, um serial killer, mas, jamais imaginaria um portal que mandasse os desavisados para outro ano no tempo. Paris foi para o passado e o futuro. Mas só descobriu sobre sua mãe. 

Já Ellie, pode não ter viajado tanto ou talvez até mais que Paris, mas com certeza suas descobertas foram bem mais impactantes. No entanto, a revelação sobre o que é ou o que causou essa anomalia no lago, não é mencionado e muito menos explicado. Também achei muita sorte de Anna, Paris e Ellie terem sobrevivido a passagem do tempo quando mostrou que quando o portal se fechava, quem estivesse no caminho seria cortado como o jacaré que encontraram perto da  casa de Ellie ou a corda que ela usou para marcar o local de onde veio. 

Quando entendi quem era o Paris fiquei de queixo caído, mas ainda assim, em um primeiro momento parece tudo muito confuso na verdade. E não dá para aceitar aquele final para ele. No entanto fica a questão, a mãe de Ellie reconheceu, lembrou ou aceitou o que ela viu quando Ellie era um bebê? Ela entendeu o que a aconteceu com o pai de Ellie? Não vou negar que ainda ficou muitas perguntas e se possivelmente tivesse uma sequência, será que tudo seria explicado? Se bem que, se tem o dedo de M. Night Shyamalan no meio, sempre será mais dúvidas do que revelações. E não tem como negar que ele sempre consegue surpreender com as pontas soltas sendo depois, devidamente amarradas. 

Tentei não dar spoilers e espero que se surpreendam como eu. Primeiro filme que termino devidamente satisfeita nessa maratona de Halloween. 

Nota 10/10

Dica de Destaque

[Review/crítica pessoal] Presença - Divagando Sempre

  Olá Divosos do terror. Hoje trago esse filme que tinha um tema muito promissor, mas... A HISTÓRIA  A família Payne, Rebekah, Chr...