segunda-feira, 28 de outubro de 2024

[Review/crítica] Não fale o mal - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Esse foi o filme que só vi pelo James McAvoy mas já tinha visto críticas para lá de negativas quanto a obra. Não esperava muito de qualquer forma, pois já no trailer não me senti intrigada pela história e olha que nem vi o original para poder dizer que esse foi um fiasco. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 50m

Direção James Watkins

Elenco James McAvoy, Mackenzie Davis, Aisling Franciosi, Scoot McNairy, Dan Hough, Alix West Lefleir

Recomendação: depende do que você espera 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Uma família constituída pelo casal Ben e Louise com sua filha Agnes, passam uns dias de férias em um hotel na Itália. Lá eles conhecem outra família constituída por Paddy e Ciara e o menino Aunt. Apesar das diferenças sutis entre as famílias, eles se dão bem e acabam se divertindo juntos. Até que Ben e Louise recebem um convite de Paddy, para passarem um fim de semana em sua casa de campo no interior de Londres. 

Louise está reticente em aceitar mas pelo marido ela concorda. Quando chegam ao local, reparam que a casa é bem isolada de tudo. Mas passam um início de dia agradável embora estranho. Mas com o passar do tempo, as estranhezas do novo casal de amigos começam a incomodar Louise e quando descobrem a verdadeira intenção do casal, segue uma luta sangrenta pela sobrevivência. 









Minhas divagações finais 

Assim que descobri que esse Não fale o mal era um remake procurei o original para ver antes e não encontrei. Então comecei a ver esse mesmo mas já no início estava entediada. Fui pesquisar mais sobre o filme para ver se em algum momento ficaria mais interessante e só encontrei críticas negativas. Como já havia começado não consegui ignorar e deixar de lado. Tive que continuar. Confesso que pulei muitas partes e só queria chegar ao final logo para ver como tudo terminava. 

Em histórias assim fica claro que não se pode confiar em qualquer um hoje em dia. Mesmo em um casal simpático com "um filho". Que claramente não estava a vontade com "seus pais". A chatice do casal Ben e Louise podia até ser contrastante com o casal Paddy e Ciara, que diga-se de passagem, eram muito estranhos. Eles definitivamente jamais fariam parte de qualquer círculo de amigos meus. 

Inicialmente pensei que Paddy violentaria Louise enquanto Ciara torturava Ben e quanto a Agnes, ficaria igual Aunt. Pensei que a família ficaria presa na casa sofrendo torturas até conseguirem um meio de fugirem. No entanto, só para o final que teve alguma emoção. E apesar de não ter curtido o filme, não nego que James McAvoy atuou muito bem, já que Paddy era um personagem que nos deixava desconfortável com seu jeito hora simpático, hora explosivo, hora assustador. 

O casal Ben e Louise foram chatíssimos. Pelo que entendi enfrentavam um problema conjugal e Agnes ainda dependente de um ursinho de pelúcia que a ajudava a se sentir segura, embora seus pais desejassem que ela deixasse isso de lado. Por causa desse ursinho algumas coisas poderiam ter sido evitadas. Confesso que por ter pulado algumas partes, eu posso ter deixado de ver algum detalhe importante que responderia minhas dúvidas que ficou. Mas pelo que entendi, já foi suficiente mesmo assim. 

Como não vi o original, não posso comparar mas de qualquer forma, dizem que houve mudanças no final e que o remake foi bem levinho. De qualquer forma, não achei interessante. Esperei mais. No entanto o desenvolvimento foi lento demais, se Ben tivesse escutado Louise desde o início e ido embora ou nem aceitado o convite para início de conversa, nada disso teria acontecido. Se bem que, apesar dos traumas, tiveram um final feliz, ao contrário do original, que pelo que entendi alguém não sobreviveu. Enfim, fiquei curiosa para saber, mas quem sabe na próxima maratona eu o encontre para ver. 

No mais, não foi divertido, não foi assustador, não foi interessante, mas, para um suspense leve com final vingativo, acho que compensa o mínimo. Ver o que Aunt fez não era o que eu esperava, mas foi muito bom.

Nota 5/10

domingo, 27 de outubro de 2024

[Resenha/crítica] Ao cair da noite ( contos de Stephen King ) - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Contos escritos pelo mestre do horror, alguns são curtos e outros mais longos. E ainda existe um bônus, um capítulo no final onde King comenta sobre cada conto, de onde tirou a inspiração para escrevê-las. Vamos lá. 




Ano da primeira publicação 2008

Páginas 400

Autor/a Stephen King

Recomendação: SIM



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

São contos escritos pelo meu rei do terror Stephen King. Não lembro se já li, mas os contos são esses: 

_ Willa

David se encontra na estação de trem e o trem em que estava descarrilou. Um novo está para vir mas ele percebe que sua noiva Willa não se encontra ali. Contrariando as opiniões dos outros passageiros, ele sai a sua procura. Quando finalmente a encontra, descobre a verdade sobre sua condição. 



_ A corredora 

Após perder a filha, Emily passa a correr para se distrair da dor. Ela se afasta de todos por uns dias e se isola em uma casa na praia. Por não ser a estação própria para turistas, ela se encontra praticamente sozinha. Até que se depara com um vizinho conhecido por trazer "sobrinhas" a sua casa. Mas ela vai perceber o seu significado da pior forma possível. 



_ O sonho de Harvey

Ao fazer o café da manhã, Jen se depara com o marido sentado à mesa silenciosamente. Nem havia percebido a hora que ele havia se sentado ali. No entanto, ele passa a lhe contar sobre um sonho, na verdade um pesadelo que teve e ao terminar, o telefone toca. Jen não quer acreditar no que aquilo pode significar. 



_ Posto de parada

Rick Hardin ou John Dykstra, dependendo do trabalho, resolve parar em um posto de gasolina antes de chegar em casa. Estava apertado e foi direto para o banheiro. Mas, chegando perto ouve uma discussão de casal e aparentemente a mulher acaba apanhando. Ele fica uns bons minutos ali ponderando se vira as costas e vai embora ou se intervém. Sua consciência lhe mostra depois o remorso de ver alguma notícia no jornal e ele ali não fez nada. Mas também sua consciência lhe mostra se estaria em desvantagem dependendo do tamanho do homem ali dentro. No fim, decide no impulso e acaba gostando do resultado. 



_ A bicicleta ergométrica 

Richard, ao ir ao médico, recebe um alerta do mesmo sobre o nível de seu colesterol. Ele então compra uma bicicleta ergométrica e coloca no porão do prédio onde mora. Sem um TV ou outra coisa que o distraia enquanto se exercita, ele decide pintar parte da parede com uma paisagem para se distrair, mas conforme decorrem os dias, a paisagem parece tão realista como se ele de fato estivesse nela. 



_ As coisas que eles deixaram para trás 

Conta sobre um sobrevivente do 11 de setembro que passa a encontrar em sua casa, objetos que pertenceram a outras pessoas e não importa o que faça, como jogá-los fora, no dia seguinte eles aparecem novamente em seu apartamento. Ele só descobre o que precisa fazer quando conversa sobre isso e deixa um objeto com sua vizinha que ao devolvê-lo, está transtornada com as coisas que descobriu. 



_ Tarde de formatura 

Janice namora Bruce, mas não vê muita perspectiva nesse relacionamento. Enquanto tenta falar com ele sobre isso, ele e sua família se preparam para sua formatura. No entanto, algo inesperado está para acontecer e ela então não precisa mais se preocupar com nada. 



_ N

Dr. Bonsaint era um psiquiatra que cuidava de um paciente que o chamou de N. N tinha Transtorno obsessivo compulsio e vivia contando e organizando as coisas. Mas, tudo piorou quando foi a um certo local e viu algo inimaginável e assustador.  E se ele não fizesse algo, sentia que a humanidade estava perdida. Agora Bonsaint ficou com o peso de N.



_ O gato dos infernos

Halston é um assassino de aluguel e tem a fama de ser competente e nunca falhar. Ele recebe um trabalho estranho mas não questiona, matar um gato. Apesar de parecer fácil, ele vai notar que dessa vez, pode falhar em seu trabalho pela primeira e última vez. 



_ The New York Times a preços promocionais imperdíveis 

Annie recebe uma ligação que poderia tê-la deixado feliz dois dias antes, porém, ela acha inicialmente que é uma brincadeira de mau gosto mas a voz e as coisas que a pessoa diz, soa muito com seu marido. O problema é que ele morreu em um acidente de avião dois dias atrás. 



_ Mudo

Monnette é um vendedor ambulante que ganha a vida viajando. Em uma dessas viagens, aceita dar carona para um homem que carrega uma plaquinha dizendo ser surdo e mudo. Aproveitando disso, ele passa a desabafar sobre sua vida e sua esposa. Ao final, ele ficará na dúvida se o homem era realmente surdo. 



_ Ayana

Pai e filho estão em sua casa, onde o pai sofre de câncer no pâncreas. Uma mulher com uma menina, que vem a se chamar Ayana, entra na casa e esta da um beijo no homem doente e saem sem falar mais nada. O homem se recupera milagrosamente mas seu filho, tocado pela menina, fica com uma responsabilidade enorme após esse evento. 



_ No maior aperto 

Johnson é um investidor da bolsa bem sucedido que mora em um local cheio de mansões. Ele tem um vizinho, Grunwald, que o processou pela morte de sua cachorrinha. Grunwald no entanto, falido, perdeu a esposa e descobriu um câncer nos pulmões, decide voltar toda sua ira para seu vizinho Johnson, o culpando pela sua desgraça o atraindo em seu terreno, já que também havia uma disputa sobre ele. Assim, ele engana seu vizinho e o prende em um dos banheiros químicos abandonado pela construção e o deixa para morrer. 

 


Minhas divagações finais 

Eu, particularmente não sou muito fã de contos. Mas, em se tratando de Stephen King eu sempre me arrisco a ler. A bem da verdade, o primeiro livro que li dele, eram contos. Teve contos tão curtos que mal começou e já terminou. Teve outros mais longos e por isso talvez tenham sido mais interessantes. Eu particularmente, gostei daqueles com final em que o protagonista sai ganhando. Por exemplo, A corredora, Mudo e No maior aperto. 

Willa achei surpreendente pela realidade dos protagonistas e eles não saberem de imediato o que tinha lhes acontecido. O sonho de Harvey pode ser o mais curto de todos. Assim que começou já terminou. Apesar de algo sobrenatural naquela situação, eu passei por ele sem entender de imediato, assim como Tarde de formatura. 

Posto de parada é algo que realmente podemos encontrar nos banheiros de postos de gasolina. Mas a pergunta sempre é: será que devemos intervir? Podemos ajudar? A bicicleta ergometrica, As coisas que deixaram para trás e The NewYorkTimes, foram meio sobrenaturais, mas nada de fato tão assustadores, assim como Ayana. 

Já Gato dos infernos, teve um ar meio sombrio. Parecia um trabalho fácil para o assassino, apesar de doloroso já que ele gostava de gatos, mas ele sabia separar trabalho e vida pessoal. No entanto poderia ter dado sinais se o gato voltou para o mandante de sua morte. N, foi interessante pela história contada através de seu psiquiatra, sentimos certa apreensão quando eles vão até o local mas nada tão assustador, embora consegui sentir tudo descrito por King nessa história.

Mas o meu preferido é No maior aperto. O protagonista viveu momentos literalmente na merda. Confesso que foi nojento e não recomendo ler enquanto come, mas o final foi muito satisfatório. Infelizmente os contos não chegam perto do horror que estou acostumada a ver de King, mas algumas histórias valem a pena serem lidas. 

Nota 9/10

sábado, 26 de outubro de 2024

[Review/crítica] O menino atrás da porta - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

O filme que inspirou Monster da Indonésia. Confesso que achei os dois muito bons, apesar das diferenças. Vamos lá. 





Ano de lançamento 2020

Duração 1h 28m

Direção David Charbonier

Elenco Lonnie Chavis, Erza Dewey, Micah Hauptman, Kristin Bauer

Recomendação: SIM



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Bobby e Kevin são melhores amigos e prometem crescerem juntos e nunca abandonarem o outro. Em uma tarde relaxando em um campo, eles jogam bola e quando ela vai longe, Kevin vai buscá-la mas demora para voltar. Bobby preocupado com a demora pois precisam voltar, vai atrás do amigo e acaba sequestrado. 

Enquanto Kevin é levado para o interior da casa, Bobby é deixado no porta malas do carro. Ele consegue se libertar e fugir, mas quando estava se afastando da casa, escuta os gritos do amigo e não consegue abandoná-lo, voltando para ajudá-lo.

Enquanto percorre pela casa procurando o amigo, vai descobrindo mais sobre seu sequestrador e o que fazem com as crianças sequestradas. Porém, Bobby é encontrado pelo sequestrador e segue uma perseguição pela casa, acabando com o homem morto. Mesmo traumatizado, Bobby tenta se recompor e procura pelo amigo. Ele encontra um telefone antigo e tenta ligar para a polícia pedindo socorro.  O que ele não esperava era que uma mulher também vivia ali. 

Um policial até vai a casa para investigar o chamado, mas a mulher dá um jeito nele e as crianças precisam tentar sobreviver sozinhas. No entanto, Bobby tenta chamar ajuda pelo rádio do carro do policial, mas a ajuda chegará a tempo? 







Minhas divagações finais 

Esse foi o filme original que inspirou o remake indonésio Monster. O diferencial é que no indonésio é uma menina e um menino e não há diálogos. Apesar de ter achado isso incrível, tenho que admitir que O menino atrás da porta foi bem mais comovente. Vemos pelos diálogos como os meninos são amigos, as promessas de nunca abandonar o outro. Bobby ao sair da casa, olhou ao redor e viu algo como referência, por isso ao conseguir contato disse o que viu ao redor e por isso a casa foi encontrada. 

Apesar de em Monster sempre pairar o silêncio, a tensão do sequestrador chamando pelo Bobby, mentindo que não faria nada com ele, ou até mesmo Bobby conversando através de uma grade com Kevin, foram momentos muito mais tensos do que se passassem em silêncio. Eu achei que seria o mesmo que Monster, mas essas mudanças foram bem interessantes. Da parte de Monster foi o silêncio claro, e a história toda depender da menina. Vendo os dois filmes em comparação, podemos supor que o tráfico infantil seria mais de meninos, já que ela quem ficou abandonada no porta malas e de O menino atrás da porta, talvez por preferirem meninos brancos. Já que a mulher disse para Bobby que esperava que ele tivesse morrido no porta malas. Mas, depois disse que talvez os interessados poderiam gostar dele, um lutador, em vez de um chorão como o amigo dele.

Claro que como todo filme, vai haver críticas negativas quanto a história. E como eu já disse inúmeras vezes, dependendo da história eu ignoro todas elas. Por exemplo, sei que deve parecer impossível um menino como Bobby puxar o corpo do sequestrador e ainda limpar aquele sangue em menos de um minuto enquanto a mulher entra na casa. O mesmo vale para Monster, que analisando então, seria até pior por ser uma menina. Na questão do telefonema, Bobby ainda teve referências do lugar mas e Alana? Fora que imaginei mesmo que tentariam rastrear a ligação e concluímos que conseguiram, já que a polícia chegou ao local. Embora inútil, uma vez que foram sozinhos e abatidos pela mulher louca com o machado incorporando Jack de O iluminado

Mas, apesar de tudo e ignorando como sempre que sou contrária a todos, eu achei o filme muito bom. Claro que, Bobby poderia ter fugido e buscado ajuda, já que aparentemente nenhum dos sequestradores estavam preocupados com ele, mas até ele encontrar alguém naquele lugar isolado, vai saber o que poderia ter acontecido com Kevin. E, como uma criança e com seu melhor amigo gritando, quem conseguiria seguir em frente sem tentar procurar o amigo primeiro? 

Já ficou claro que nos filmes, não há como exigir coerência quando na vida real não sabemos qual será nossa reação diante de determinada situação. Além de sermos imprevisíveis, depende da situação do momento e muitas vezes podemos escolher a pior delas. Eu gosto de apenas curtir o filme. Não achei as escolhas tão absurdas assim e apesar que Monster foi bem mais tenso por ser o primeiro que vi, as duas obras, apesar das diferenças, conseguiu me prender, me manter tensa e aflita pela vida dos meninos. Por ser bem curtinho, vale a pena  ver. 

Nota 9/10

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

[Review/crítica] Monstro/Monster (2023 Indonésio) - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

O diferencial do filme, foi que apesar do terror e da tensão, não há diálogos. Achei incrível. Algo tão simples e tão tenso e assustador. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2023

Duração 1h 26m

Direção Rako Prijanto

Elenco Marsha Timothy, Alex Abbad, Anantya Kirana, Sulthan Hamonagan

Recomendação: SIM



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Dois amigos, Alana e Rabin, ao saírem da escola, não percebem que estão sendo seguidos e param em um local para se divertirem. Alana percebe que Rabin sumiu e ao procurá-lo acaba sendo sequestrada também. Os dois são amarrados e jogados no porta malas do carro de seu sequestrador. Ele os leva para uma casa isolada e leva Rabin para um quarto enquanto Alana permanece presa no porta malas. 

Desesperada, ela consegue se soltar e fugir, mas não consegue deixar seu amigo para trás e volta. Segue então momentos tensos enquanto ela tenta encontrar o amigo e se esconder de seu perseguidor. Se já não bastasse um, ela acaba se deparando com seu cúmplice, uma mulher, que mostra ser tão letal quanto seu sequestrador. 






Minhas divagações finais 

Acho que jamais veremos algo em que as opiniões serão unânimes. E com Monster não foi diferente. Eu, particularmente achei incrível. Se for ficar comparando com outras obras, jamais teremos algo bom para ver. Um lugar silencioso, também é um filme que presa o silêncio, mas o diferencial aqui é que além de não ter nenhum diálogo, parece um jogo onde você anda pela casa e abre portas para se esconder do perseguidor. Sem contar que é uma criança que faz de tudo para se salvar e salvar seu amigo. 

Enquanto anda pela casa se escondendo em armários cheios de baratas (para quem tem medo de barata, seria difícil não gritar ali), encontrando um corpo ou um quarto com câmera, vamos supondo o que o sequestrador faz. Ele não é apenas um serial killer pedófilo como imaginei a principio. Ele deve fazer parte de algo maior, já que existe um número de entregadores que passam pela sua casa e Alana ainda encontrou várias fotos de crianças, que podemos supor que são para satisfação do próprio sequestrador ou são para exibição. 

Supondo que trabalham com tráfico infantil, já que a casa é grande, cheio de quartos e portas trancadas, poderia ter sido interessante, se no início mostrasse fotos ou cartazes de crianças desaparecidas, se bem que, eu mesma não me atentei se apareceu alguma foto antes. Embora fosse óbvio que sequestrar as crianças jamais teria um bom propósito, ficaria mais claro se seria por se tratar de um serial ou uma rede tráfico. 

A única falha em  não ter diálogos, é quando Alana encontra um telefone antigo. Ela consegue chamar a polícia? Só vamos descobrir depois. No entanto, a falta de diálogo também pode atrapalhar quando chega alguém na casa e confronta a cúmplice. Mas, nada que altere a tensão de todo o momento. Principalmente quando Alana se livra do sequestrador mas descobre que ainda tem mais uma pessoa. E quando finalmente encontra seu amigo? Nada de falas, de gritos ou planos para saírem dali. Apenas vão seguindo extintos. 

A parte que a cúmplice com um machado quebra uma porta, lembra muito do filme O iluminado, até esperei ela enfiar a cara ali e dizer algo com um sorriso macabro. Algumas coisas ficam na dedução mesmo. Me questionei apenas em como Alana poderia saber o endereço do local se ela veio vendada no porta malas do carro. Será que ela viu algo que indicasse o endereço e eu que não percebi? E no final? Como poderiam ser encontrados se se afastaram da casa na fuga? Podemos supor que a polícia fez uma busca no local onde seu parceiro foi investigar e não voltou mais. Mas calculando o tempo seria possível chegarem a tempo de salvar as crianças? 

Sempre que passava os olhos nesse título achava que poderia ser inspirado em uma história real, mas me parece que é um remake de um outro filme, O menino atrás da porta. Com certeza irei conferir. Temos que admitir, que a atriz que interpretou Alana fez um ótimo trabalho. Toda a tensão do momento, sua determinação em salvar o amigo, para uma criança foi muito bem interpretada. Fora os sons na hora certa nos passando sensações tensas e perigosas. Nesse caso realmente qualquer diálogo seria desnecessário. Uma vez que toda a cena já fala por si só. 

Nota 9/10


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

[Review/crítica] O tarô da morte - Divagando Sempre

 

Maratona de Halloween 🎃 

Como sempre, sou do contra em se tratando de filmes. Dessa vez, apesar dos clichês, eu gostei desse filme. Mais uma vez ressalto que em vista do que tenho visto ultimamente, não me admira que esse chegou pelo menos um pouquinho perto do tipo de terror que aprecio. Não que seja perfeito ou nota 10, mas foi no mínimo satisfatório, embora um deles ter sobrevivido de modo meio cômico, tenha quebrado um pouco da magia do horror. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 32m

Direção Anna Halberg, Spencer Cohen

Elenco Harriet Slater, Adain Bradley, Larsen Thompson, Humberly Gonzales, Wolfgang Novogratz, Avantika, Jacob Batalon, Olwen Fouéré 

Recomendação: SIM



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A aniversariante Elise, comemora seu aniversário com seus amigos em uma casa alugada isolada de tudo. Quando acaba as bebidas, eles decidem procurar pela casa caso tenha algo esquecido por ali, encontrando então o porão. Uma caixa de madeira com cartas de baralho atrai a atenção do grupo e Haley que tem conhecimento emTarô, apesar de reticente, concorda em ler a sorte de todos.

Haley contradiz as regras de leitura ao ler os baralhos que não eram dela, mas proporcionando revelações hilarias para seus amigos. Cada carta tem seu significado e por isso Elise recebe A alta Sacerdotisa, Lucas O Eremita, Madeline O enforcado, Page O mago, Paxton O louco, Grant O Diabo e Haley A Morte. 

Mesmo com a leitura das cartas, o grupo só acredita nelas quando dois de seus amigos morrem em seguida. Ainda assim, Paxton, talvez o mais covarde de todos, se separa do grupo alegando que prefere se esconder a procurar soluções para o que está acontecendo. 

Pesquisando na Internet, Page encontra pistas sobre uma mulher que pode entender sobre as cartas de Tarô, então eles correm para a casa dela. No entanto, a história que escutam não são animadoras e a morte continua os perseguindo. Só terá fim, quando descobrirem um modo de parar a maldição que veio junto com o baralho. 










Minhas divagações finais

Embora surpreendentemente eu tenha visto várias críticas negativas quanto ao filme, eu terminei satisfeita. Não foi perfeito confesso, mas me diverti muito. E também temos no elenco o melhor amigo do herói da vizinhança Jacob Batalon, o Ned de Homem Aranha do Tom Holland. Únicos atores que conheço foram ele e a Olwen Fouéré que vi recentemente em Os Observadores. 

Quanto aos personagens, temos um grupo grande até, 7 pessoas. Geralmente são 4 ou 5. E eu sabia desde o início quem sobreviveria. Tirando um deles que me surpreendeu no final, achei que seria apenas dois, mas acabou sendo três. Ainda fiquei esperando algo mais acontecer, porque não acreditava que seria assim tão fácil. 

Houve vários momentos que poderiam ser evitados, sendo o primeiro deles, jamais terem usado o baralho de outra pessoa. Fica a dica, não mexa em objetos que não lhe pertence, ainda mais quando estão trancados em um porão onde supostamente os donos já morreram. Existem razões para porões serem trancados. 

A primeira vítima eu dou um desconto pois tinha que começar de alguma forma né. Já o segundo foi exatamente como o previsto. Mas chegando no final, como vimos que houve uma sobrevivente de um grupo anterior, então podemos concluir que tudo é possível. Embora achei mais cômico que alívio, mas combinou muito bem com o final para esse personagem. 

Embora Haley foi perdendo seus amigos, não achei que fossem tão importantes assim para ela, ou já tinha sofrido tanto que ver os amigos morrendo não a afetava tanto, ou a atriz só é ruim na atuação mesmo. Agora, a história do baralho amaldiçoado, achei muito bom. Teve um começo horrendo, depois séculos de vingança até finalmente a paz. Eu gosto assim, com início, meio e fim. 

Algo que não prestei atenção foi se as mortes estavam seguindo a ordem das leituras, se foi assim aí tem meu respeito. As aparições foram até bem produzidas embora as mortes fossem clichês dos clichês. A partir do momento que você percebe como seus amigos estão morrendo conforme uma leitura de tarô, eu já teria surtado e corrido atrás logo de uma solução. A do enforcado morreu de precipitada, pois estava óbvio que saindo em disparada daquele jeito, morreria da forma que lhe foi descrito. 

Achei que a Olwen Fouéré teve mais impacto nessa personagem, apesar de aparentar ser mais a culpada do que vítima, embora essa parte tenha ficado aquela incógnita no por que apenas ela sobreviveu da leitura anterior, foi ela que fez a leitura para seus amigos? Não lembro desse detalhe. Talvez tenha sobrevivido porque somente ela não teve uma leitura. O que não fez sentido uma vez que um deles teve a leitura e quase chegou ao seu destino, mas no final apareceu vivo. Eu aceitaria se fosse porque talvez naquela hora crítica, Haley jogou as cartas no fogo e talvez por esse segundo, possa ter anulado a maldição daquele sobrevivente. Faria mais sentido pelo menos. 

No geral, foi divertido e satisfatório. 

Nota 9/10

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