terça-feira, 21 de janeiro de 2025

[Resenha/crítica] Forrest Gump (Livro) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago a incrível história de Forrest Gump, mas na forma de livro. Com certeza foi uma leitura cheia de reviravoltas, idas e vindas, perdas e conquistas. E vindo de Forrest, espere por uma jornada completamente bizarra. Vamos lá. 






Ano da primeira publicação 1986

Páginas 228

Autor/a Winstom Groom


Recomendação sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Forrest, é uma pessoa que desde criança foi diagnosticado com QI baixo, considerado com a síndrome de Savant ( distúrbio psíquico onde a pessoa possui grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência). Ele então passa a contar sua trajetória de vida, onde passou por inúmeras situações. 

Começou desde cedo onde foi jogador de futebol americano, embora tenha sido preso por uma confusão com sua amiga e seu verdadeiro amor por toda a vida, Jenny Curran. Forrest foi para a faculdade como jogador, mas acabou sendo expulso por falta de notas em outras matérias. Foi para o exército, viveu o caos e o horror, perdeu um amigo, salvou soldados, conheceu o tenente Dan e depois voltou e reencontrou Jenny. Tocou por um tempo em sua banda mas depois ela foi embora pois não suportava mais ver Forrest se drogando.  

Não lembro muito a ordem dos acontecimentos, mas Forrest ganhou uma medalha por salvar vidas, conheceu o presidente, jogou pingue-pongue na China se não me engano, voltou a reencontrar Jenny mas se separaram novamente quando Forrest foi preso por ter jogado a medalha em algum secretário do estado, foi parar na NASA e embarcou em uma nave junto com uma general e um orangotango que chamaram de Sue. Caíram do espaço e foram parar em uma ilha cheia de canibais, foram resgatados 4 anos depois. Forrest reencontrou Dan, participaram de campeonatos de queda de braço, reencontram Jenny, participaram de lutas arranjadas e Jenny foi embora mais uma vez. 

Forrest perdeu todo o dinheiro e Dan também foi embora. Forrest conhece um homem que o faz participar de campeonato de xadrez, ganha dinheiro e até se envolve em uma filmagem cinematográfica com uma atriz famosa, mas devido a seu histórico de trapalhadas, acabam presos. Ele desiste do xadrez também e decide voltar para casa e encontrar a mãe. Finalmente abre seu negócio de camarão, plano que fez ainda durante a guerra com seu falecido amigo Bubba. Ele havia encontrado Sue e os dois abrem o negócio juntos. Fazem muito dinheiro, Forrest se candita a governador mas seu passado conturbado é exposto e ele desiste e resolve tirar umas férias. Ele e Sue andam sem destino e em uma cidade tocando gaita e montando uma banda de um homem só, eles reencontram Dan. E por incrível que pareça, reencontram Jenny, que está casada, partindo o coração de Forrest. No entanto, ele descobre que ela teve um filho seu. Mas ambos seguem seu caminho, mantendo contato e ele, Dan e Sue continuam perambulando pelo país fazendo música. 



Minhas divagações finais 

Com certeza para quem assistiu o filme primeiro, verá que houve muitas mudanças. Já de início nota-se a maior delas na constituição do físico de Forrest, que no livro ele tem quase 2 metros e pesa mais de 100kg, sendo que Tom Hanks, quem o interpretou no filme, era de estatura e peso medianos. No filme claramente foi escrito outra história acima da original. Muitas coisas ainda são semelhantes, pelo que me lembre, mas a icônica frase do "corra Forrest, corra" infelizmente é só no cinema. 

No livro Forrest viveu coisas inimagináveis para alguém como ele. E se metia em cada confusão. A pior delas foi ainda jovem quando estava no cinema com Jenny. Apesar que depois que eles se reencontraram, ela ter dito que sabia que ele não teve culpa, ainda assim deixou que ele fosse preso. Mas acho que o mais absurdo de tudo, foi ele ter ido para o espaço e depois ter vivido 4 anos com os canibais e a única coisa que os manteve vivos desde então, foi que o chefe da tribo não conseguia vencê-lo no xadrez. Até que esse dia finalmente chegou e eles tiveram que fugir. 

Forrest viveu perdendo e reencontrando Dan e Jenny, embora ela seja o amor de sua vida, acho que o livro termina a história deles melhor do que no filme. Pois Forrest e Dan continuam perambulando pelo país, sem destino, fazendo dinheiro com a banda de um homem só. Depois de tudo que Forrest viveu e realizou, acho que esse final foi satisfatório. No seu negócio de camarão, ele ainda contratou todos aqueles que o abandonaram no passado. Mesmo com todo o dinheiro que fez, ele não se sentia mais como ele mesmo. 

Enfim, apesar das diferenças entre livro e filme, acho que vale a pena conhecer os dois. No livro obviamente as coisas bizarras que Forrest viveu foram bem maiores do que ele passar sei lá quanto tempo correndo como no filme, mas, bizarro por bizarro, os dois são bem divertidos. A vida de Forrest era encontrar e perder Jenny várias vezes. Quão absurdo seria ainda reencontrar Sue e Dan? 

Nota 10/10

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

[Resenha/crítica] Antes que o café esfrie - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Se pudesse voltar no tempo, gostaria de encontrar alguém? Mas no caso, seria impossível mudar o passado. Então, valeria a pena viajar no tempo? Hoje trago essa leitura que me surpreendeu muito. Vamos lá.






Ano da primeira publicação 2022

Páginas 208

Autor/a Toshikazu Kawaguchi


Recomendação sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Um café, localizado em uma rua estreita e silenciosa de Tóquio, chamado de Funiculí Funiculá, é mais conhecido como O café da viagem no tempo, pelas lendas urbanas que dizem que ao se sentar em uma determinada cadeira, você consegue voltar ao passado. Porém, existem algumas regras importantes e mesmo que você consiga voltar ao passado, deve estar ciente que não importa o que faça, não há mudanças no futuro. O que aconteceu não pode ser mudado. E a pessoa que fez a viagem, deve retornar antes que o café esfrie.  


Minhas divagações finais 

Tive conhecimento desse livro apenas porque ganhei no aplicativo do Skeelo. Ao ler a Sinopse, não sei o que imaginei que seria a história, mas comecei a ler sem compromisso. Autores japoneses são bem diferentes dos que estamos acostumados com as leituras estadunidenses. Até mesmo os autores brasileiros sinto pequenas diferenças nas leituras. Eu amo ler coisas diferentes, embora meu gênero preferido ainda seja terror. No entanto, eu gosto de ter outras opções. Essa leitura acabou me impressionando pela história te fazer refletir. 

Não nego que no início me senti confusa com os personagens. Conhecemos primeiramente Fumiko e os donos do café. Fumiko deseja voltar no tempo pois não conseguiu expressar seus sentimentos quando seu namorado terminou com ela pois estava indo para os Estados Unidos a trabalho. O modo como terminaram fez parecer que Fumiko não se importava com ele. 

Depois temos Hirai, que abandonou a família porque não queria gerir os negócios do pai e sim viver por conta própria e como quisesse. No entanto, sua irmã mais nova sempre a procurava na tentativa de conseguir convencê-la a retornar para a família. Porém, uma tragédia acaba fazendo com que Hirai deseje voltar ao passado para ter uma despedida digna antes da tragédia acontecer. 

Depois temos o casal Fusagi e Kohtake. Inicialmente é Fusagi quem espera por uma oportunidade de voltar ao passado, mas é Kohtake quem consegue ir. Devido a uma doença, Kohtake passa a cuidar de Fusagi, já que seu trabalho é de enfermeira, mas essa viagem pode mudar sua situação para melhor, embora o resultado ainda continue o mesmo. 

E por último temos talvez a mais triste das viagens, que é pela própria Kei, que embora seja a quem geralmente traz o café para as pessoas que fazem a viagem, por conta de sua saúde frágil e debilitada, ela quem acaba realizando a viagem também. 

Apesar da maior regra ser que o passado não pode ser mudado, todos que fazem a viagem, podem não mudar o que vai acontecer mas com certeza regressam mudados. Essa pode ser com certeza a maior surpresa da história. Você até se questiona com eles que se não podem mudar nada, para que fazer a viagem então. Mas a cada pessoa que vai e volta tem seu coração mudado e então você entende qual a necessidade para algumas pessoas fazerem essa viagem. 

Existe uma certa tensão e até um pouco entediante enquanto se espera a misteriosa mulher de branco liberar a cadeira que serve como passagem a viagem no tempo. As pessoas só conseguem realizar a viagem se sentarem nessa cadeira. Depois devem tomar um café especial servido pela Kei e devem encontrar somente uma pessoa que já tenha frequentado o café também. E por último, retornar antes que o café esfrie. A espera pela mulher sair da cadeira nos dá oportunidade de ir conhecendo os personagens que esperam por essa oportunidade e saber seus motivos de querer retornar ao passado. Embora a história da mulher seja um mistério. Aparentemente ela é um Fantasma. Ao meu ver, ela foi uma das pessoas que viajou no tempo mas não voltou antes do café esfriar e ficou presa ali desde então. A regra diz que caso você não retorne antes do café esfriar, esse é o seu destino, se tornará um Fantasma. 

Eu, particularmente amei a leitura. É bem diferente do que estava acostumada e no final, você acaba amando os personagens. Vi que tem continuação. Provavelmente irei demorar para ler. Quem me acompanha sabe como dificilmente leio uma sequência em seguida. Mas com certeza irei ler. 

Nota 10/10

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

[Review/crítica] No mundo da lua - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse clássico que infelizmente deveria ter deixado na minha memória. Pois revendo após anos, foi uma verdadeira decepção para mim. Mas vamos lá. 






Ano de lançamento 1991

Duração 1h 39m

Direção Robert Mulligan

Elenco Reese Whiterspoon, Emily Warfield, Jason London


Recomendação não 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Dani é uma jovem de 14 anos despreocupada da vida, que divide o quarto com sua irmã mais velha Maureen. As duas tem uma ligação forte e Maureen está prestes a ir para a faculdade. 

Um dia, enquanto se refrescava no lago vizinho, ela é surpreendida por um rapaz, que a acusa de estar invadindo propriedade particular quando ela descobre que o dono do local, retornou para morar ali. Court é o filho do dono e passa a chamar a atenção de Dani. Court inicialmente quase começa algo romântico com a jovem, até ver Maureen e se apaixonar perdidamente. Mesmo sabendo da paixão de Dani, Maureen se envolve secretamente com Court.  Mas uma tragédia colocará a prova, os sentimentos das irmãs. 







Minhas divagações finais 

Primeiramente gostaria de ressaltar que Reese Whiterspoon, está um arraso, mostrando talento já desde novinha. No entanto, a passagem do tempo não foi boa para mim ao rever esse filme. Na época, talvez com a mesma idade de Dani quando vi a primeira vez, confesso que o filme me tinha sido muito marcante. Só consegui ver uma vez e o que aconteceu com Court foi a única coisa marcante que me lembrava com detalhes. 

Mas, revendo agora mais madura, não vi a mesma beleza e inocência da época. Primeiro porque achei a Maureen oportunista. Até Court aparecer ela saía com um garoto local por falta de opção melhor ( já achei ela uma vadia ). Depois que viu Court e mesmo sabendo que a irmã gostava dele, ficou com ele. (Traição entre irmãs é pior ainda ). Se as duas tinham uma relação tão boa, acho que faltou Maureen ter conversado com Dani a respeito do Court, do que ficar saindo com ele as escondidas e dando logo de cara. Sem contar que a culpa maior foi do próprio Court que se mostrou interessado na Dani para depois lhe trocar pela irmã, só porque a achou mais bonita. De longe sua morte foi a coisa mais ridícula do filme. Quando vi a primeira vez, eu achava que a culpada era a Maureen, talvez por isso eu tenha a odiado desde o início quando comecei a ver o filme. 

A história pode ter várias lições ou simbolismos, como o primeiro amor platônico e inocente, a rivalidade entre irmãs e o perdão, mas convenhamos, quando o pai da Dani lhe deu lição de moral sobre a sua raiva da irmã, não concordei. Exatamente pela Maureen ser a mais velha, o que ela fez teve motivos sim para se odiar a outra. Mas como o garoto morreu, vida que segue e a Dani quem tinha que perdoar a irmã, porque ela também estava sofrendo e talvez ainda mais do que a própria Dani. Mas, e se o imbecil não tivesse morrido? Como a Maureen tentaria o perdão de Dani? 

No fim, só achei a história ridícula por tentar romantizar uma traição entre irmãs só porque o garoto morreu no final. Como eu só tinha visto uma vez, não lembrava muito bem o motivo do moleque ter morrido, eu sinceramente pensei que foi por causa da Maureen. O que não era totalmente errado já que ele estava bobo alegre feliz pensando nela. E no fim, quem tinha mais maturidade entre as duas para mim foi a Dani, que superou sua dor e perdoou a irmã. Não creio que na vida real algo desse tipo seja tão fácil assim. Claro que, se Maureen tivesse conversado a respeito antes de ficar com o moleque, teria mais pontos positivos comigo, mas como preferiu fazer tudo as escondidas e nem se importando com a irmã, não acho que seu sofrimento foi digno de perdão. Ainda mais porque ela viveu um breve romance e as escondidas ainda. Onde estavam seus pais para orientar melhor essa menina? Talvez por isso ela fez tudo as escondidas e como o cara morreu, já era dor suficiente como castigo. 

Não vejo como confiar novamente nela quando isso foi quebrado uma vez. Não vejo como podem seguir como se nada tivesse acontecido. Ou seja, outro filme que não era exatamente como eu me lembrava. Ou era inocente demais para achar que Maureen tivesse razão. Enfim, procurei várias vezes por esse filme e quando finalmente o encontro... não era exatamente o que eu esperava... salvo apenas pela Reese Whiterspoon e as músicas do Elvis Presley. Confesso que posso ter deixado passado algumas coisas pois pulei várias cenas, me perdoem, mas eu já estava de saco cheio dessa Maureen e desse moleque otário.

Nota 4/10

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

[Review/crítica] Close - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago este filme que vi em um shorts no YouTube. Apesar das críticas positivas e da maioria ter terminado a história destruídas, eu particularmente fui imune e talvez a única que não tenha gostado tanto do filme. Mas vamos lá. 






Ano de lançamento 2022

Duração 1h 45m

Direção Lukas Dhont

Elenco Eden Dambrine, Gustav De Waele


Recomendação da minha parte não recomendo porque EU não gostei, mas devido a tantos elogios, é ver e tirar suas próprias conclusões. 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Léo e Rémi, são dois melhores amigos de 13 anos, que após aproveitarem bem um ótimo verão, retornam à escola. Por sempre terem um ao outro, ao se verem na mesma sala, continuam se tratando como sempre. No entanto, aos olhos dos outros estudantes, eles parecem um casal. Léo é o que fica mais incomodado com essa observação e tenta passar uma imagem mais descolada e masculina, como praticando esportes e se afastando de seu amigo. 

Rémi sem entender o afastamento do amigo, tenta conversar com Léo mas acabam brigando. Cada vez mais triste, Rémi acaba tirando a própria vida. Enquanto voltava de um passeio escolar, Léo recebe a triste notícia. E passa seus dias tentando entender o motivo de Rémi ter feito isso. 








Minhas divagações finais 

Fui ver o filme mais pela curiosidade de muitas pessoas falando que terminaram destruídas, que choraram horrores e tals. Realmente, tinha tudo para ser assim mas infelizmente para mim, não funcionou. Primeiro porque entendi que a história se basearia em Léo tentando descobrir o motivo do amigo ter tirado sua vida e ter procurado a mãe dele para ajudá-lo a entender isso. Depois a morte de Rémi aconteceu muito rápido. Não vi tantas cenas deles juntos que pudessem questionar se eram mesmo um casal, não vi tantas cenas dos alunos repudiando ou fazendo bullying contra eles, porque somente Léo ficou incomodado com isso. Sendo que desde o início do filme, quem parecia gostar mais do amigo era ele. 

Teve dois momentos em que confesso me senti emocionada. Quando Rémi chora durante uma refeição e no ônibus, quando Léo recebe a notícia. Porém, achei que Léo enfrentou a perda do amigo com muita frieza. O processo de luto pode ser diferente para cada um, mas por ele ter se afastado do amigo só por causa de comentários homofóbicos, tenho minhas dúvidas se ele via Rémi realmente como um melhor amigo, um irmão. Ainda demorou para ir procurar a mãe de Rémi, achei falta de educação, ainda mais que ele não saía da casa dela. Ela perdeu um filho e ele o melhor amigo, mas não parecia, pois não vi ele sentindo realmente a falta do amigo. 

O que faltou foi o diálogo entre todas as partes. Mesmo que a intenção tenha sido essa, mostrar que a falta de diálogo foi importante nessa história, para mim foi o que acabou prejudicando o desenrolar dos sentimentos dos dois. Acredito que mesmo introduzindo um diálogo de Léo com sua família quando voltou da escola chateado pelos comentários sobre ele e Rémi, com uma orientação quem sabe não teria se afastado do amigo. Ou, pelo menos compreenderia melhor seus sentimentos. E Rémi, se tivesse comentado com a mãe sobre o afastamento do amigo, mesmo que não suportasse esse sentimento, e ainda tivesse feito o que fez, seria impactante da mesma forma, principalmente porque ele chegou a comentar sobre como se sentia. 

A introdução dos amigos brincando, dormindo, comendo juntos não teve nenhum sentido que poderia indicar malícia. Só depois que Léo viu como os outros enxergavam ele e Rémi que passou a evitar contato ou ficar muito próximo do amigo. Aqui também faltou diálogo entre eles. Quem sabe se Léo tivesse conversado sobre como se sentia após os comentários dos outros, não teria chegado a uma solução melhor, do que apenas evitar o amigo. E se fosse uma história da década de 50, 60, eu entenderia a falta de informação sobre sexualidade entre as famílias, mas a história se passa em uma época atual, duas crianças entrando na adolescência terminar dessa forma por comentários homofóbicos, foi meio vazio. Principalmente porque faltou sentimento no personagem de Léo. De início ele parecia se importar tanto com o amigo. Não entendo ele ficar assim. Ou não aceitava a morte ou não era amigo de verdade. Mesmo que eventualmente tenha mostrado alguma cena dele chorando, ainda não me convenceu. 

Eu esperei muito chorar cachoeiras pelos comentários de várias pessoas que assistiram e terminaram destruídas. Ou eu vi errado ou perdi alguma coisa nessa história, pois não senti tudo isso. O início foi sim, muito promissor, mas ainda acho que Rémi poderia ter feito isso mais para o final do filme, poderiam ter mostrado mais dos dois juntos e mais da dor de Rémi ao ver o amigo se afastando. E quando descobrisse o que aconteceu com o amigo, poderia ter demonstrado mais emoção. E por fim, procurado a mãe de Rémi para juntos descobrir o que levou o menino a tomar essa triste decisão. Quando Léo estava no carro com a mãe de Rémi e confessou que achava que a culpa era dele, porque se afastou do amigo e ela sentiu raiva e o mandou sair do carro, gente, que nada a ver. Agora, se ele tivesse contado que se afastou porque ficaram comentando na escola que os dois eram um casal, faria mais sentido. 

Não gostei mesmo do desenrolar dessa história. Eu entendi que não se trata de sexualidade, pois mesmo que no início parecesse que Léo sentisse algo por Rémi, mesmo que não entendesse esse sentimento ainda, o resto da história ficou muito sem graça. Eu fui ver porque achei que a história era que um deles gostava do outro, mas devido aos comentários dos colegas, o outro não gostou e se afastou. Mesmo o outro admitindo e confessando seus sentimentos, por medo, o outro negou e afastou e terminou com o outro depressivo e tirando a vida. Léo foi um personagem muito fraco e sem graça. Enfim, como digo em várias ocasiões, quando muitos elogiam eu sempre sou do contra...

Nota 4/10

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

[Resenha/crítica] E não sobrou nenhum (Agatha Christie) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos leitores. Hoje trago esse maravilhoso suspense da rainha do mistério, Agatha Christie. Realmente não sobrou nenhum e o mistério foi surpreendente. Vamos lá. 







Ano da primeira publicação 1939

Páginas 400

Autor/a Agatha Christie


Recomendação sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Dez pessoas sem nenhuma conexão, são convidadas a passar uns dias de férias em uma ilha particular onde existe apenas uma mansão. O convite veio de alguém chamado Mr. Owen que aparentemente ninguém conhece e cada um foi convidado de uma forma diferente, sendo convencidos então a aceitarem o misterioso convite. Os convidados eram Vera Claythorne,  Anthony Marston, John MacArthur, Lawrence Wargrave, Edward Armstrong, Emily Brent, William Blore e Phip Lombard.

Mas, ao chegarem na ilha, descobrem que o anfitrião ainda não chegou e deixou dois empregados (o casal Rogers) a cargo de os receberem e os acomodarem em seus quartos. Tudo poderia continuar misteriosamente bem, se não fosse por uma gravação que começa a tocar e a listar os crimes cometidos no passado de cada um dos convidados. Ninguém admite nada obviamente, mas o clima começa a pesar quando um deles é morto. E por mais que seja inacreditável, descobrem que as mortes podem ser uma sequência de uma antiga rima infantil. As acusações e a sequência das mortes foram:

Anthony foi acusado de matar duas crianças por atropelamento. Sem remorso pelo crime. 

Ethel Rogers foi acusada de ser cúmplice de seu marido ao matar sua empregadora idosa. Ela sente remorso e vive com medo. 

John MacArthur acusado de durante a guerra, enviar para a morte, o amante de sua esposa. Sente remorso no final, ao sentir que ninguém sairá vivo da ilha. 

Thomas Rogers acusado de matar sua empregadora idosa para receber sua herança. Aparentemente não sente culpa. 

Emily Brent acusada de ter provocado o suicídio de sua empregada. Apesar de ser religiosa, não sente culpa ou remorso. 

Lawrence Wargrave acusado de ter levado para a forca um homem inocente durante um julgamento. 

Edward Armstrong acusado de ter matado um paciente enquanto operava bêbado. 

William Blore acusado de ter dado falso testemunho em um tribunal.

Phillip Lombard acusado de ter matado 32 pessoas, membros de uma tribo africana. 

Vera Claythorne acusada de ter matado uma criança enquanto trabalhava como governanta. 

Ao final, é revelado quem é o responsável pelas mortes. 



Minhas divagações finais 

Eu não havia reconhecido o título por ter mudado de O caso dos dez negrinhos para E não sobrou nenhum. De qualquer forma ainda é um dos livros de Agatha Christie que não havia lido. Amo os livros dessa autora e no geral, em determinado momento podemos deduzir quem de fato seria o culpado. Aqui, confesso que só  conseguia imaginar que só poderia ser um deles, por estarem completamente isolados. Agora, qual deles foi outra história. Principalmente quando chegando no final, meu suspeito foi morto. 

A reviravolta de tudo foi impressionante, poderia ter suspeitado que algo desse tipo seria provável, mas confesso que não me passou pela cabeça que seria possível. O medo e a desconfiança que cada um sentiu pelo outro só mostra a mente vulnerável do ser humano. E o início onde apesar do desconhecido tudo é cheio de festividade e alegria. Até a primeira morte onde já começam a suspeitar um do outro, acusando quem estava mais próximo da vítima naquele momento. 

Entre acusações e suspeitas, no fim, realmente não sobra ninguém vivo. O motivo de tudo? Justiça pelas próprias mãos. Uma vez que os culpados cometeram pequenos ou grandes crimes e no entanto seguiam em liberdade. Acho que a magnitude de tudo, foi o verdadeiro culpado reunir essas pessoas e ainda brincar com suas emoções antes de serem punidas. E escolher um local onde não há meios de fuga e um provável resgate demoraria a chegar, principalmente pelo mau tempo. Mas, talvez alguns não concordem com o real motivo do culpado, talvez se sintam decepcionados. Mas o mais interessante de tudo, com certeza foi o modo como tudo foi construído, desde a escolha das vítimas, o local e como o culpado terminaria como todos os outros.  

Em histórias como essa não há muito o que dizer para não deixar pistas. Livros de investigações são interessantes ir descobrindo conforme for lendo. Em determinado momento não conseguia parar de ler, pois queria muito descobrir esse mistério. Não me decepcionou e foi surpreendente. 

Nota 10/10

Dica de Destaque

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