quarta-feira, 24 de setembro de 2025

[Review/crítica pessoal] A Família Addams - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Hoje trago essa horripilante família divertida. 






A HISTÓRIA 

Mortícia e Gomez realizam seu casamento com uma cerimônia macabra com toda a família, incomodando os moradores locais que decidem expulsá-los da cidade. O casal foge de carro dirigido por Mãozinha que ao chegar em Nova Jersey, acaba atropelando Tropeço, um paciente fugitivo de um manicômio abandonado que instantaneamente vira o lar dos Addams. 

A família Addams aumenta com o nascimento de Wandinha e Feioso, que crescem na mansão protegidos por uma neblina, os impedindo de ver ao redor. Wandinha começa a dar sinais de curiosidade sobre o que tem do outro lado enquanto Feioso precisa se preparar para a Mazurka, um rito de passagem que todos os membros da família Addams realizam. 

Logo abaixo da colina, uma cidade é construída pela apresentadora de um reality Margaux Needler, que apresenta o programa sobre uma cidade planejada perfeita chamada Assimilação. Ao notar pela primeira vez a mansão dos Addams no alto da colina e depois de conhecê-los e estes negarem reformar a casa como ela quer, decide convencer a comunidade a expulsar a família, espalhando boatos de que seriam monstros. 

Enquanto isso, sua filha Parker faz amizade com Wandinha e após as duas desabafarem suas frustrações, acabam mudando seu visual onde Parker fica mais gótica e Wandinha mais colorida, deixando suas mães horrorizadas, com Margaux jurando destruir os Addams enquanto Mortícia deixa Wandinha de castigo. Com a chegada de parentes para a Mazurka e a pressão para o ritual, claramente Feioso acaba falhando no teste, mas com seu amor por bombas, acaba salvando a família do ataque de Margaux e da comunidade. Porém, quando as pessoas veem que os Addams são uma família percebem o mal que fizeram ao destruir sua casa. Margaux tenta ainda persuadí-los dizendo que são estranhos mas Wandinha e Parker a desmascara expondo seu segredo e revoltando a comunidade. Parker ainda gravou a revolta de sua mãe ao vivo e ela perde seu emprego. A comunidade então ajuda os Addams a reformar a casa e trabalham juntos para viverem próximos apesar das diferenças. 










Ano de lançamento 2019

Duração 1h 29m

Direção Conrad Vernon, Greg Tiernan

Elenco de dublagem Oscar Isaac, Charlize Theron, Chloë Grace Moretz, Finn Wolfhard



Trailer 





Minhas divagações 

A Família Addams tem várias versões de sua história, como filmes, animações e série. Cada uma especial a sua maneira. Essa animação em particular, ou eu já vi um tempo atrás e me esqueci, ou vi tanto shorts de algumas cenas que parece que já vi o filme, mas de qualquer forma foi divertido. 

Essa família, embora obviamente macabra, apenas mostra como as pessoas julgam apenas pelas aparências quando na verdade os Addams, nunca fizeram nada para ninguém. Mortícia ficou tão traumatizada com a violência das pessoas no dia de seu casamento, que decidiu proteger seus filhos deles, os isolando na mansão. Claro que eventualmente teriam curiosidade sobre o que existe além da colina. Fora os parentes que vem de todo lugar do mundo. Wandinha teria curiosidade um dia sobre isso. 

Parker contando à Wandinha como é a escola, deixaria qualquer um amedrontado, menos Wandinha claro, que se sentiria em casa com tanto horror. Já no primeiro dia que ela vai, já taca o terror na menina que fazia bullying com a Parker. Fantástico. Quem não amaria a Wandinha. E ela chegando em casa com uma presilha de unicórnio rosa no cabelo. A reação da Mortícia é hilária. Dá para entender o medo de Mortícia não querer se envolver com as pessoas novamente. Mas quanto mais você proíbe sem qualquer explicação, mais curiosos os filhos ficarão. 

Como todo clichê familiar, quando você espera que seu filho vai ser como você, é aí que ele sempre acaba sendo diferente. Desde o início Feioso demonstrava que não seria páreo no ritual da Mazurka, Gomez só não queria ver que o filho tinha potencial para outras coisas. Seguir uma tradição é complicado quando você tem outro talento mas é obrigado a seguir o que já vem de várias gerações. 

E Wandinha é a clássica adolescente invertida. Sua rebeldia ao desafiar a mãe, é usar coisas coloridas. Cômico demais. Para uma animação curta, a história foi recheada de momentos divertidos, emocionantes e mensagens sobre as diferenças de crenças e personalidades. Muitos personagens da família aparecendo mas sem muito destaque. Talvez quem já conheça a família de longa data não precise de apresentações, porém, quem me acompanha sabe do meu problema de memória, então tirando o casal e seus filhos, Mãozinha, Tropeço e tio Chico, não lembrava de mais ninguém. Mas nada que atrapalhe a história. Muito divertido. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 23 de setembro de 2025

[Review/crítica pessoal] A Família do Futuro - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Hoje trago essa animação muito subestimada da Disney. Para mim, é do tempo em que saía coisas boas ainda.






A HISTÓRIA 

Lewis, é um jovem órfão de 12 anos que está cansado de várias entrevistas para adoção, mas nenhum casal conseguir aceitá-lo como ele é. Lewis adora inventar coisas, mas quase sempre resulta em explosões. Quando ele inventa uma máquina de scanner de memória, com a intenção de encontrar o rosto de sua mãe, durante a apresentação de seu trabalho em uma feira escolar, um garoto misterioso o aborda lhe fazendo perguntas sobre um homem usando um chapéu coco. 

Wilbur tenta convencer Lewis de que veio do futuro e que ele corre perigo. Que o homem do chapéu coco roubou uma máquina do tempo e voltou ao passado para destruir Lewis. Para fazer o jovem acreditar nele, Wilbur leva Lewis até o futuro e conhece a família Robinson. Apesar das diferenças, Lewis é recebido com muito carinho e ele se sente feliz em encontrar uma família. Mas quando Wilbur revela quem é Lewis, ele precisa voltar ao passado e enfrentar o homem do chapéu coco. 



Ano de lançamento 2007

Duração 1h 35m

Direção Stephen J. Anderson



Trailer 





Minhas divagações 

Eu vi essa animação anos atrás e das poucas críticas que li, apenas uma foi negativa. Na época que vi achei maravilhoso e revendo agora, continua maravilhoso. Lewis teve vários momentos importantes em sua vida, mas ele ficou obcecado em encontrar sua mãe biológica e entender por que o abandonou. O fato de ser rejeitado por mais de 100 casais também pode ter contribuído para sua decisão de desistir da adoção. 

Lewis pode ter sido responsável por um futuro brilhante, mas também foi responsável pela queda e amargura de seu colega de quarto que passava as noites insone, porque Lewis madrugava inventando coisas. A ironia de tudo isso é em como é fácil criar um vilão, partindo de um momento tão simples como esse. Lewis, tão cego por seus objetivos, não prestava atenção em mais nada.

E, ainda Lewis foi responsável por uma criação sua se rebelar e se juntar ao homem de chapéu coco. Ironicamente a dupla teria ressentimentos contra Lewis. No entanto, Doris, o que aparentava ser ajudante do vilão, na verdade o usava para conquistar seus próprios objetivos e realizar sua vingança. O homem de chapéu coco não era maligno, só amargurado pela sua vida cheia de derrota e culpava Lewis disso. 

A família Robinson era completamente maluca. Acho que o único normal ali era Wilbur. E muito cômico que todos só reconheceram Lewis quando Wilbur tirou seu disfarce mostrando seu cabelo. A trama da primeira vez que vi foi surpreendente, pois eu não tinha associado a família ao Lewis. E foi como ver O Exterminador do futuro para crianças, sem muita violência claro. Embora Lewis tenha ficado mais no futuro do que no seu tempo. Também existe o fato de Lewis ter quebrado todo o paradoxo sobre viagens no tempo quando interagiu com toda a família de Wilbur e ainda descobriu sobre seu futuro. Mas detalhes né, cada ficção trabalha sua própria viagem no tempo. 

No mais, foi uma história emocionante, divertida e terminei com lágrimas nos olhos. A Família do Futuro com certeza é e sempre será inesquecível para mim. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Robô Selvagem - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago essa emocionante história de uma robô que aprende a viver no mundo dos animais selvagens e adota um ganso. 






A HISTÓRIA 

Uma nave encalha em uma ilha desabitada e um robô utilitário Rozzum ainda inteiro, é ativada pela vida selvagem local. Roz, para abreviar, procura alguém para cumprir suas tarefas da qual foi designada a fazer mas não encontra ninguém. E ao tentar ajudar os animais, ela encontra mais hostilidade. Sentindo dificuldade na comunicação, ela então entra em modo de aprendizagem aprendendo a língua de todos os animais. 

Ainda assim, sem nenhuma tarefa para cumprir, ela tenta entrar em contato com seu fabricante e acidentalmente destrói um ninho de ganso. Um ovo é tudo o que restou. Uma raposa tenta pegar o ovo e Roz decide cuidar até que ele choca. Uma gambá mãe acaba dando uma missão para Roz: alimentar o bebê, ensinar a nadar e voar para ele migrar com as aves no inverno. Com uma missão pela frente, ela nomeia o bebê de Bico-Vivo e junto da raposa Astuto, acabam formando uma família inusitada. 

Mas, conforme Bico-Vivo cresce, eventualmente ele descobre outros gansos e o que aconteceu a sua família. Ressentido se afasta de Roz. Porém, Pescoçudo, o ganso mais velho, diz a Roz para ensinar Bico-Vivo a voar que ele irá aceitá-lo em seu grupo para a migração. Então, mesmo com o clima estranho entre os dois, Bico-Vivo aprende a voar e vai embora. Roz fica triste e também preocupada como desafiou sua programação e ativa por um segundo o módulo de comunicação com a sede Universal Dynamics mas logo desliga.

Enquanto Bico-Vivo ajuda Pescoçudo a liderar o bando dentro de uma estufa futurista onde se abrigaram de uma tempestade, Roz recolhe todos os animais da floresta levando para seu abrigo por causa de uma tempestade de neve. Pelo seu esforço, antes de se desligar para carregar sua energia, ela pede que todos os animais se comportem juntos, já que presa e predador estão no mesmo local. Astuto afirma ainda que se não fosse por ela, todos teriam morrido congelados. Assim, ela se desliga e o tempo passa. Quando acorda, Bico-Vivo está de volta. Mas antes que possa vê-lo, uma nave da Universal Dynamics chega e a robô Vontra está determinada a levar Roz para ser estudada, por conta de suas mudanças em sua programação. Quando Bico-Vivo chega na nave, Roz já havia sido desligada e sua memória apagada. Porém, seu amor por Bico-Vivo a traz de volta. Vontra não desiste e manda seus robôs destruir tudo. Roz e Bico-Vivo e com a ajuda dos animais da floresta, conseguem destruir Vontra, mas sabendo que não desistirão de encontrá-la, Roz acha melhor ir embora. 













Ano de lançamento 2024

Duração 1h 42m

Direção Chris Sanders 

Elenco de dublagem Lupita Nyong'o, Pedro Pascal, Kit Connor, Mark Hammil



Trailer 





Minhas divagações 

Comecei a assistir sem compromisso. Não sabia nada da história e não tinha conhecimento nenhum desse filme. Embora todas as críticas que vi, fossem positivas. Onde eu estava que não tinha visto esse filme? Terminei com lágrimas nos olhos. Parece clichê, mas o fato de um robô burlar sua programação para cuidar e amar um ganso, foi sensacional. Senti raiva do Bico-Vivo por um momento, mas descobrir que sua família foi morta por quem te criou? É,  meio complicado. 

E o Astuto?  Raposa safada mas que no fundo só era solitária. O modo como Bico-Vivo foi crescendo e aprendendo as coisas foi divertido de ver. E seu crescimento, superação e liderança, convenhamos, foi tudo graças a Roz. Embora quem me acompanha sabe que não gosto de robôs, Roz foi diferente. No entanto, quando os animais a ligaram sem querer, eu teria morrido de medo se do nada, um robô daquele tamanho surgisse na minha frente. Jamais aceitaria ter um robô na minha casa para fazer minhas tarefas. Já sabemos onde e como isso termina. 

Mas, voltando ao filme, interessante como Roz pôde aprender a se comunicar com os animais. A vida deles foi tranquila até chegar o momento em que Bico-Vivo teria que aprender a voar para migrar em breve. A partir daí começa os conflitos. Depois que ele parte, cumprida sua missão, Roz e Astuto se separam, embora era evidente que ele não queria ficar sozinho. E com a tempestade, todos acabam ficando juntos. Achei que Roz iria desistir de viver depois de salvar todos e Bico-Vivo voltaria e a ligaria novamente. Não sei se ele teria ido logo ao seu encontro se não fosse pelo fato dela ter sido levada. Por um momento o achei egoísta pela sua conquista mas talvez seu amor por ela tenha superado o trágico acidente de sua família. Se não fosse por ela, nem ele teria sobrevivido.

Chris Sanders já vem de uma longa história de direção, com ótimos filmes no currículo. Então, não tinha como ser ruim. A fotografia é maravilhosa. A diferença no visual entre os animais e o robô são incríveis. A dinâmica da conivência na floresta, Roz aprendendo a viver em um ambiente onde tecnicamente ninguém precisava dela e no final foram salvos por ela. Assim como eles a salvaram também. A amizade e confiança conquistada ao longo da convivência. Lembrando que no início Roz era desajeitada no mundo selvagem criando hostilidade entre eles. E no final, todos a amavam. 

Enfim, foi uma animação incrível e emocionante. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

domingo, 21 de setembro de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Minha Amiga Anne Frank - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Hoje trago a visão de Hannah, melhor amiga de Anne Frank, sobre a ocupação nazista. Sua amizade com Anne, a separação, o breve encontro e os momentos terríveis vividos nos campos de concentração. 






A HISTÓRIA 

Hannah Goslar e sua família, em 1933 buscaram refúgio em Amsterdã, fugindo da Alemanha nazista. Foi lá que ela conheceu e fez amizade com Anne Frank. Suas famílias se tornaram íntimas e Hannah e Anne por um periodo de alguns anos, crescerem juntas se tornando melhores amigas. Embora vissem muitas famílias partindo e outras desaparecendo, as duas amigas jamais imaginaram que o viveriam a seguir. 

Em 1942, a ocupação nazista na Europa se intensificava e um dia, Anne e sua família simplesmente desapareceram. Hannah acreditou no que o vizinho de Anne lhe disse sobre a família terem conseguido partir para a França, na casa de um parente e ela ficou tranquila de saber que Anne estaria segura, embora não pudessem ter se despedido. Porém, ela tinha suas próprias preocupações com o destino de sua família. 

Hannah precisou cuidar de sua irmã mais nova enquanto foram deslocadas para Bergen-Belsen, um campo de concentração que a violência era menor do que a de Auschwitz, onde Anne havia ficado. Hannah e sua irmã Gabi, ficaram 14 meses nos campos de concentração e perderam o pai e os avós maternos por doenças adquiridas no local. Hannah também ficou doente mas lutou com todas as suas forças para se recuperar e cuidar de sua irmã. 

Hannah ainda conseguiu encontrar Anne que havia sido transferida para o campo próximo ao seu e pela cerca ouviu a voz da amiga e descobriu que antes de serem levados para os campos, ela e sua família viveriam escondidos em um complexo de um conhecido de seu pai. Anne não sabia onde estava o pai e sua irmã Margot estava muito doente. Hannah conseguiu passar para Anne através da cerca um pouco de comida, mas descobriu que uns dias depois ela havia falecido devido a doenças. 

Pouco antes da libertação, Hannah e Gabi foram colocadas em um trem, com mais inúmeras pessoas e passaram dias no escuro, desconfortáveis, com fome e sede, até o trem parar e descobrirem que estavam livres. 



Ano de publicação 2023

Páginas 272

Autor/a Hanneli Goslar



Minhas divagações 

A história completa a visão de Anne sobre a amizade entre ela e Hannah e vemos um outro lado dos horrores que a família de Hannah passou. No início, como a visão é de Hannah, vemos uma Anne completamente diferente do que a própria relata como seria sua pessoa em seu diário. Mas o fato dela gostar de escrever sempre esteve ali, em sua personalidade. Hannah menciona um diário que Anne teria e que ela o procurou quando descobriu que a amiga havia ido embora. Sendo encontrado anos depois no complexo onde viveram e que Anne teria deixado quando foram denunciados e presos. 

Hannah conta sua vida desde o início em que conheceu Anne e depois quando ela desapareceu. Em seu coração, ela acreditava que a amiga estava bem e segura. Embora a família de Hannah tivesse um passaporte seguro e conseguissem ficar fora dos campos durante um tempo, no final, eles acabaram sendo enviados para Bergen-Belsen, um campo de concentração horrível, mas que conseguiram sobreviver por um tempo, sendo mandados para outro lugar quando a lotação era demais ou sendo mortos por doenças. 

Quase no final da guerra, os soldados, colocaram os últimos sobreviventes em um trem superlotado com a intenção de deixaram morrer no destino final, porém, apesar dos dias sofrendo na viagem, muitos conseguiram sobreviver e foram enfim libertados. Hannah agora só tinha sua irmã, mas mesmo sendo livres, não tinham mais família nem casa. Hannah ainda conseguiu encontrar o pai de Anne e descobriu como viveram e que a amiga havia morrido pouco antes da libertação. Ele lhe mostrou o diário de Anne que havia encontrado e Hannah emocionada leu como a amiga havia vivido aqueles anos escondida. Otto Frank então decide publicar o diário da filha, que veio a se tornar um dos relatos mais famosos durante a ocupação nazista. 

Hannah pode parecer meio inocente no início da ocupação, mas conforme a gravidade das coisas vão acontecendo, conforme vai perdendo família e amigos, sua coragem e força para viver e cuidar da irmã, foram impressionantes. Seu relato durante sua estadia no campo de concentração, os horrores que viu ali, a viagem de trem, foram dolorosas demais. E a luz de esperança ao reencontrar Anne foi devastador. Pois no diário de Anne ela não poderia terminar contando como foi viver nos campos já que não possuíam nada.

O Diário de Anne Frank e Minha Amiga Anne Frank, com certeza são leituras que todos precisam ter conhecimento. São experiências diferentes mas que levaram quase ao mesmo destino no final. É emocionante e devastador. Qualquer relato de sobreviventes ao Nazismo é de partir o coração. Por causa de um ser maluco e covarde, milhares de inocentes perderam a vida. 

Conhecer mais essa jovem que foi amiga de Anne é emocionante. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

sábado, 20 de setembro de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Corações Feridos (Louisa Reid) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos leitores. Hoje trago essa história forte e chocante. 






A HISTÓRIA 

Hephzibah e Rebecca, são irmãs gêmeas, porém, completamente diferentes uma da outra. Enquanto Hephzibah é linda e espirituosa, Rebecca é mais recatada por sofrer da Síndrome de Treacher Collins, que deformou todo seu rosto. Apesar das diferenças, as duas brigam, se defendem e se amam como qualquer irmã. O diferencial, é a prisão em que elas vivem. 

O pai, um fanático religioso e pastor da comunidade, controla a casa do seu jeito e a mãe é totalmente submissa ao marido. Rephzi e Rebecca cresceram praticamente isoladas, tendo recebido aulas da mãe em casa e ajudado o pai com as coisas da igreja. Até que, Rephzi quer porque quer estudar na escola como qualquer adolescente normal. E por um tempo ela consegue se sentir assim, mas, por sentir vergonha da aparencia de sua irmã, ela a evita na escola a deixando sozinha e acaba se apaixonando por um garoto. Suas mentiras e sua inocência quanto a relacionamentos acabam culminando em uma tragédia e Rebecca agora precisa encontrar um modo de se libertar das garras do pai. 



Ano de publicação 2013

Páginas 256

Autor/a Louisa Reid



Minhas divagações 

A história em si é extremamente forte, aborda sentimentos e situações complexas, porém, a autora não soube trabalhar muito bem com suas personagens. A maior parte da leitura, embora sabemos que as gêmeas sejam vítimas, Hephzibah era a irmã linda totalmente clichê. Quando foi para a escola e fez amigos, abandonou totalmente a irmã e ainda a usava para encobrir suas fugas para sair e se encontrar com o menino por quem se apaixonou. Típica menina linda mas burra demais. Passei a maior parte do livro odiando essa menina. 

A leitura é dividida entre o presente, na visão de Rebecca e no passado, antes de sua morte, na visão de Hephzibah. O mistério não era sua morte em si, mas em COMO ela teria morrido. Ficava implícito que teria sido o pai, devido a seus atos de violência. Mas ainda ficava em como ela teria morrido sem ninguém culpar o pai. E confesso que tudo foi meio decepcionante no final. Tanta dor, sofrimento, perda da infância e adolescência e no entanto, o casal teve aquele final. Acho que mereciam muito mais. 

Confesso que demorei meses para terminar a leitura. Primeiro porque o sofrimento das meninas era triste demais, depois porque a Hephzibah era meio insuportável. Entendo a novidade de ir para a escola e fazer amigos, se apaixonar, mas ela sempre teve somente a irmã e depois que foi para a escola a abandona assim? Não é a toa que teve aquele final. Tudo bem que era ingênua, mas acreditar que o namorado a acolheria em sua casa só por serem namorados? Ela nem tinha coragem de contar o que passava em casa. 

Da mesma forma que Rebecca. Teve tanto medo de pedir ajuda depois da morte da irmã, teve tanto medo que o pai fosse encontrá-la se fugisse. Mas quando ficou sobre a proteção do amigo que trabalhava com ela e que tinha família, o pai não foi atrás dela. Achei que talvez a autora não soube trabalhar bem essa parte, ou foi proposital, querendo mostrar o que o isolamento e a violência por parte do pai fizeram com o psicológico dela, que mesmo estando livre, sentia que ele poderia levá-la e agredí-la novamente. Vamos acreditar que seja a última opção. 

Agora, não nego que a revelação da mãe foi chocante. Fez muito sentido toda essa vida de sofrimento, embora as meninas não tivessem culpa de suas escolhas. O crescimento de Rebecca, sua superação e como decidiu viver sua vida foi a melhor coisa da história toda. Só acho que o pai deveria ter tido um final mais satisfatório para tudo o que fez. Achei meio decepcionante depois de sentir ódio e nojo deles durante toda a leitura. E com certeza Rebecca é a heroína da história, por tudo o que passou e por sua inteligência mesmo sendo isolada do mundo, descobriu e aprendeu mais coisas do que sua irmã. Que foi ingênua demais achando que seria fácil fugir do pai se tivesse um namorado. 

Não lembro se chorei em algum momento, mas se chorei, provavelmente foi com a coragem de Rebecca. Desde o início nunca gostei da Hephzibah, mesmo antes dela ir para a escola já era meio insuportável. Acho que se ela tivesse uma personalidade melhor, sua morte teria sido muito mais impactante. Mesmo Rebecca sendo diferente, se a irmã a tivesse mantido junto na escola, se a protegesse, sua perda teria sido bem mais triste. Rebecca tentou avisar a irmã de seus erros, a protegeu até o final, acho que faltou um pouco mais de determinação nessas meninas para conseguirem ajuda ou serem livres. Realmente é difícil convencer alguém que segue um pastor que vive de aparências, mas no corpo de Rebecca estava todos os sinais de violência. Qual seria a explicação do pai para as agressões? Acho que faltou isso, elas terem tentado denunciar o pai e falhado. Em nenhum momento isso aconteceu. Elas tinham certeza que ninguém acreditaria. Talvez a autora queria mostrar então o quão inocente eram para não buscar ajuda. 

No mais, foi a leitura mais dolorosa da minha vida. O maior sentimento foi ódio, tanto pelo pai e pela mãe,  como pela Hephzibah. Somente nos capítulos finais que a leitura finalmente decolou e consegui terminar de ler porque queria descobrir como Hephzibah morreu. Enfim, não recomendo se for sensível ao assunto. Tem muita agressão física, psicológica... o que para mim valeu a leitura foram as revelações finais. 


Nota pessoal 8/10

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