Dica de Destaque

[Review/crítica] A substância - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme que na minha opinião, merecia um Oscar. 






Ano de lançamento 2024

Duração 2h 20m

Direção Coralie Fargeat

Elenco Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis Quaid


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Elisabeth Sparkle, é demitida de um programa de aeróbica ao completar 50 anos. Ao analisar sua vida sendo trocada por gente jovem, ela sofre um acidente. No hospital, ela recebe um cartão misterioso com um anúncio sobre um laboratório que oferece uma substância que pode te transformar em uma versão melhorada de si mesma. 

Inicialmente Elisabeth não dá atenção ao anúncio, mas seu desespero faz com que entre em contato e acabe recebendo a substância. Existem regras a serem seguidas, coisa que Elisabeth tenta manter, porém, sua versão jovem e melhorada chamada Sue, passa a querer mais tempo para si, prejudicando Elisabeth, que após perceber que sua versão está acabando com ela, tenta se vingar. 









Minhas divagações finais 

Só vi o filme por indicação de um amigo e também porque queria saber e ver, os motivos de Demi Moore ser indicada ao Oscar. Não vi os outros ainda, principalmente o que desbancou Demi na categoria melhor atriz, mas pelo menos agora entendo melhor os memes sobre ter acontecido o tema do filme de Demi. Ou seja, a vencedora foi alguém jovem... para quem assistiu o filme, vai entender a referência. Não nego que Demi entregou uma atuação esplêndida. Porém também não posso deixar de pontuar que o final do filme foi extremamente bizarro, até para meus padrões. Mas vamos lá. 

Não tinha visto o trailer antes de iniciar o filme, então na minha cabeça, a história seria a seguinte: não sei porque imaginei que Elisabeth ao injetar a substância, teria mudanças em seu próprio corpo, rejuvenescendo. Jamais, me passou pela cabeça que algo grotesco aconteceria ao seu corpo. Aceitando o fato que praticamente nasceu outra pessoa, mais uma vez, na minha cabeça, achei que a Elisabeth jovem compartilharia da mesma consciência. 

Mas ok, foi tudo completamente diferente do que imaginei e talvez a história original seja melhor, já que faria mais sentido a Sue no fim, querer continuar mais tempo com seu corpo jovem, fazendo sucesso. Mas, ainda acho que também seria interessante se tivesse seguido minha linha de raciocínio. Elisabeth trocando de corpo mas mantendo sua consciência, se vingando de Harvey que a demitiu, estando no centro das atenções novamente e claro, o final daria para ser o mesmo, já que como ela não respeitou a troca,  aconteceria aquilo mesmo. 

De início achei uma crítica perfeita a vaidade feminina. No entanto, não é de hoje que muitas mulheres e homens também, se submetem a cirurgias estéticas para parecerem mais jovens e acabam ficando piores. Realmente é muito triste você dedicar metade de sua vida a algo e de repente ser trocada por um brotinho. Toda sua experiência não conta, em uma sociedade que só vê o exterior. Mas, a bizarrice no final, tirou qualquer lição de moral séria que poderia ter sido transmitido ali. Vou considerar um final a moda terror com comédia. Fazia tempo não via um filme tão bizarro que me fizesse sentir náuseas. O último foi Terrifier e o primeiro ainda por cima, nem tive coragem de ver as sequências. 

No mais, além de Demi, Dennis Quaid entregou um empresário machista detestável. A direção foi excelente e o modo como a câmera e o som foram trabalhados, foram ótimos. Parecia que estávamos no lugar de Elisabeth vivenciando tudo aquilo. O som de Harvey comendo, a seringa de Elisabeth aplicando, Sue "nascendo ", foram tantos momentos marcantes,  mas confesso que no final, da Elisabeth se rastejando na calçada e parando em sua estrela da fama, eu ri. Gente, achei isso muito cômico. Não falei nada da Sue, porque Margaret Qualley tenha atuado razoavelmente bem, sua personagem estereotipada não era lá grande coisa. 

No mais, já vi outros filmes em que sabemos que no quesito beleza, injetar coisas estranhas no corpo e ter um quase clone de si mesma, nunca termina bem. Nós já sabemos como vai terminar, só não imaginei que seria tão bizarro. Ainda prefiro minha teoria da Elizabeth ficando jovem em seu próprio corpo e passado os 7 dias, ela voltava a envelhecer, tendo assim que se esconder. Nem precisava voltar a ser o seu próprio rosto jovem, já que seria inexplicável ela rejuvenescer e impossível dizer que era sua filha. Poderia mesmo ser um rosto jovem diferente, porque o propósito da substância era criar uma versão de si mesmo, melhorada. Sua consciência ficaria ali diante da mudança e isso subiria a sua cabeça, fazendo com que sua vontade de permanecer no corpo jovem e ser o centro das atenções novamente, a levasse a exagerar no tempo, desrespeitando seu corpo velho, prejudicando a si mesma. Seria uma luta interna bem mais pesada e no final, ela exagerando nas doses, poderia se transformar no que se tornou no final da mesma forma. Mas, de qualquer forma, foi um filme interessante. 

Nota 9/10

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