Dica de Destaque

[Review/impressões pessoais] Ainda estou aqui - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme merecedor de Oscar. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a Ditadura militar nos anos 1970, a família Paiva tentava continuar com uma vida normal no Rio de Janeiro. A família é composta pelo ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva (Selton Mello), sua esposa Eunice (Fernanda Torres) e seus filhos Vera (Valentina Herszage), Eliana (Luiza Kosovski), Marcelo (Guilherme Silveira), Ana Lúcia(Bárbara Luz) e Beatriz (Cora Mora).

Um casal de amigos decide ir embora para Londres e leva a filha mais velha dos Paiva junto. Em janeiro de 1971, homens a mando do exército levam Rubens para interrogatório e ele nunca mais volta. Eunice no dia seguinte também é levada junto com Eliana, sua filha de 15 anos. Eunice é interrogada sobre Rubens, se ele era aliado das facções terroristas e fica 5 dias presa, sem notícias do marido. 

Ao ser libertada, volta para casa mas ainda sem notícias do marido. Ela consegue uma carta provando a prisão ilegal de Rubens, mas após uma triste confirmação, Eunice vende a casa e se muda para São Paulo. Volta a estudar e se torna advogada lutando pelos direitos humanos. Mas nunca esqueceu o caso de seu marido e o que sofreram durante a ditadura. 


Ano de lançamento 2024

Duração 2h 15m

Direção Walter Salles

Elenco Fernanda Torres, Selton Mello



Trailer 











Minhas divagações finais 

Há alguns anos eu jamais me interessaria por um filme nacional. Sim, vim daquele preconceito de anos vendo novelas onde o conteúdo sexual era o ponto alto, então não me interessava por produções brasileiras por acreditar que só existia isso. No entanto, atualmente não nego que existe sim, ótimas produções nacionais. E esse com certeza fez jus as indicações ao Oscar. 

A história do Brasil também tem temas muito interessantes e  importantes para o país. A ditadura militar com certeza é um tema forte, comovente e revoltante. O que a família Paiva passou, com certeza existem outras que passaram pela mesma situação. Já li biografias de artistas que viveram a ditadura mas de longe o que Eunice passou com certeza foram os piores anos de sua vida. 

Imagina, seu marido ser levado de sua casa para interrogatório e enquanto isso, sujeitos armados ficam dentro de sua casa te vigiando? E no dia seguinte você é levada para interrogatório e passa cinco dias presa sem saber do seu marido? E além das prisões ilegais, alguns eram mortos e seus corpos jamais foram encontrados. Quem gostaria de reviver uma época cheia de horror como foi a ditadura? 

Agora, quanto ao filme, minha gente, não é a toa que foi indicado ao Oscar na categoria melhor filme e melhor atriz. A ambientação dos anos 70 estavam incríveis. E conforme os anos foram passando o ambiente foi modernizando também. Parecia muito aquela época retratada. Foi excelente. E claro, não posso deixar de comentar a atuação de Fernanda Torres. No quesito humor, sempre achei ela muito engraçada, mas como disse no início, depois de algum tempo, parei de acompanhar produções nacionais. Mas, pelo que me lembre do que vi da Fernanda, era muito engraçada. 

Antes de ver o filme, me questionava como essa história poderia ter rendido uma indicação de melhor atriz para Fernanda e olha, tenho que admitir, não foi a toa não. Ela nem precisou dizer nada em algumas cenas, sua fisionomia dizia tudo. Era tão emocionante que até chorei. E sua mãe, Fernanda Montenegro fez até uma participação no final do filme. 

Para quem tem conhecimento de história e principalmente sobre a ditadura militar, deve saber a história dos Paiva, então acredito que não deve ser nenhum spoiler tudo o que eles passaram. Eunice foi uma mulher forte, onde em nenhum momento deixou que isso afetasse diretamente seus filhos e foi uma guerreira ao criar seus cinco filhos sozinha após perder o marido de forma tão brutal. Mesmo sabendo da história, eu ainda esperava que em algum momento antes dela partir para São Paulo, Rubens fosse aparecer. 

Que filme incrível com uma história chocante sobre um período sombrio do Brasil. Recomendo. 

"Não precisa sorrir.

Por que?

O editor que pediu.

Nós vamos sorrir sim..."






Nota pessoal 10/10





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