domingo, 30 de novembro de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Se a casa 8 falasse - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Hoje trago essa leitura leve e divertida. 






A HISTÓRIA 

Narrada pela casa número 8 da Rua Girassol, conta três histórias de décadas diferentes entre três familias que moraram nela nesse período. Anos 2000, Ana e seu pai moraram ali desde que Ana nasceu, agora, terão que se mudar devido ao novo trabalho do pai de Ana. Seria menos dramático se Ana não tivesse que deixar para trás, além de boas memórias, também sua namorada. No ano 2010, Greg vai passar uns dias com sua tia Catarina e seu cachorro chamado Keanu Reeves, enquanto seus pais decidem o divórcio. Além de cidade pequena, Greg não sabe o quanto a tia o quer ali além dele ser gay e achar que sua família não sabia. Porém, seus dias se transformam quando sua tia que possui uma locadora de vídeo em sua garagem o põe para trabalhar e assim ele conhece Tiago. Em 2020, Beto que sonhava em sair de casa e ser fotógrafo, se vê preso com sua mãe protetora e sua irmã perfeita devido a pandemia de covid. 



Ano de publicação 2021

Páginas 440

Autor Vitor Martins 



Minhas divagações 

Vitor Martins nunca me decepciona. Seus livros são sempre divertidos e seus personagens apaixonantes. Em Se a casa 8 falasse, temos 3 personagens distintos, Ana, Greg e Beto. Três adolescentes vivendo em épocas diferentes na mesma casa, onde esta quem narra a história por ter observado seus moradores durante essas 3 décadas diferentes. 

No início, não havia gostado muito de Ana, havia achado ela egoísta e mesmo tendo perdido a mãe quando nasceu, claramente seu pai havia tentado fazê-la feliz sendo pai solo. O fato dela ser lésbica e não conseguir falar com o pai sobre e sua namorada ter uma família conservadora e morar em uma cidade pequena, fazia com que as duas namorassem em segredo. Porém, com o desenrolar de sua história, Ana acabou sendo interessante no final. 

Greg, desde o início foi meu preferido. Ele foi passar uns dias na casa da tia que não tinha muito contato e que tinha uma locadora de vídeo em plena era da Internet. Tendo que trabalhar na locadora ele acaba conhecendo Tiago, um gay emo por quem ele instantaneamente se sente atraído. Ele então passa os dias tentando ter seu primeiro beijo além de criar ideias para ajudar a tia a ter mais lucro com a locadora. Só não esperava que sua passagem de volta para casa estava mais próxima do que imaginava. 

Beto foi o menos interessante dos três, pois vivendo na era da pandemia, seu romance foi meio sem graça porque ele conheceu alguém pela Internet mas devido a pandemia não tinha como se verem pessoalmente. No início, Beto tratava mais como amigo mas seus sentimentos foram aumentando até acabar se declarando para o amigo. As dificuldades de morarem em cidades diferentes foram um fator importante para deixar Beto na dúvida se havia estragado a amizade ao se declarar assim. 

No fim, os três que moraram na mesma casa acabam tendo uma ligação e apesar de parecer que nada teria dado certo para nenhum deles, nosso amiguinho doguinho Keanu Reeves, narra os eventos finais sob seu ponto de vista canino, onde podemos ver que os caminhos de Ana, Greg e Beto se cruzaram no final. 

Achei interessante a narrativa sob o ponto de vista de uma casa. E todo personagem de Vitor vive um romance de início totalmente cômico, como o de Greg, que teve momentos hilários e fofinho, assim como amo seu modo de escrita. É fluída, nem via a hora passar e muito divertida. Vale a pena a leitura. 


Nota pessoal 10/10

sábado, 29 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] As crianças perdidas - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário emocionante que uniu soldados e indígenas nas buscas pelas 4 crianças desaparecidas na floresta da Colômbia. 






A HISTÓRIA 

As crianças perdidas faz uma reconstituição da busca realizada por voluntários indígenas e forças militares, depois que um avião caiu no meio da floresta amazônica da Colômbia. Havia três adultos e quatro crianças. Quando equipes de resgate chegam ao local, encontram os corpos dos adultos, mas nem sinal das crianças. Lesly, 14 anos, Soleyni 9 anos, Tien 4 anos e Cristin de 11 meses, sobreviveram ao acidente. As crianças viajavam para encontrar o pai Manuel, um líder indígena que havia deixado Araracuara, devido a ameaças das forças armadas. 

Foram 40 dias de buscas intensas e inicialmente os indígenas e os militares trabalhavam separados devido a conflitos de anos. Porém, acabaram juntando forças e dividindo conhecimento para progredirem nas buscas. Apesar dos inúmeros esforços, a força militar recuou após mais de 30 dias de buscas infrutíferas mas os indígenas permaneceram mais alguns dias, tendo decidido que aquele seria o último dia de busca, quando 4 deles que se afastaram do local, acabam encontrando as crianças. 









Ano de lançamento 2024

Duração 1h 35m

Direção Jorge Duran, Lali Houghton, Orlando von Einsiedel



Trailer 





Minhas divagações 

Foi um dos documentários mais emocionantes que já vi. Eu sabia que as crianças tinham sido encontradas, mas só depois de 40 dias. Fato incrivel pelos sobreviventes serem crianças. Até serem encontradas, os relatos são dos soldados e dos indígenas que participaram das buscas, assim como relatos do pai das crianças e da mãe e da irmã da mãe das crianças. O pai demonstrava preocupação e ajudou nas buscas, porém, mais para a frente, a tia das crianças começa a dizer que Manuel não era um bom pai e que batia na irmã. Assim, as crianças que não queriam ficar com ele, se esconderam na floresta. Relato que achei fora de hora, pois ela não havia alertado as autoridades sobre isso antes mas deixou uma questão importante a ser averiguada mais tarde. 

Foram 40 dias tensos, onde nos primeiros, quando encontraram indícios de abrigo, fraldas sujas, acreditavam ainda que as crianças poderiam estar vivas. O exército no início tomavam cuidado com emboscadas na floresta contra guerrilheiros, fora a vida selvagem. Quando procuravam ainda separados, os indígenas começaram a adoecer e os soldados foram até eles com ajuda médica e remédios. A partir de então, com voluntários diminuindo devido a problemas de saúde, juntaram forças com os soldados. 

O mais curioso é saber que não importa o país, os soldados, força militar, policiais, são a maioria das vezes abusivos e por esse motivo, os civis que deveriam se sentir protegidos por essa força, na verdade se sentem ameaçados e não confiam neles. A busca pelas crianças, pelo menos na Colômbia, acabou quebrando esse escudo divisório e unindo as forças pelo resgate. Os soldados tinham armas, equipamentos, preparo físico, mas não conheciam a floresta como os indígenas. Mas de certo modo, cada um aprendeu alguma coisa com o outro. 

O exército deixou o local das buscas com um pouco mais de 30 dias, no entanto um grupo pequeno de indígenas continuaram procurando. Fizeram até uma espécie de sessão espírita para tentar encontrar a localização das crianças e o xamã conseguiu sentir onde elas poderiam estar, mas quando o grupo se dividiu em direções opostas, o primeiro deles voltou sem nada. Decidiram então que assim que o outro grupo retornassem, eles encerrariam as buscas. No entanto, o outro grupo de 4 indígenas, quando estavam desistindo de procurar, escutam o choro de um bebê.

Como tinham câmeras com eles, o reencontro com as crianças foi gravado e foi de partir o coração vê-las desnutridas, sujas e assustadas. No fim do documentário, temos o depoimento de Lesly dado a polícia. Meus olhos se encheram de lágrimas. Lesly acordou após o acidente e viu a mãe morrer. Ela mesma estava machucada, mas cuidou dos irmãos e fez de tudo para mantê-los vivos. Imagina o medo, o cansaço, o desespero dessa menina, pela responsabilidade de manter 3 crianças vivas em um local selvagem? Essa menina foi uma guerreira. Foi um verdadeiro milagre, pois Tien, não sobreviveria mais um dia. 

Claro que quando estava quase terminando o doc, me perguntei sobre a questão do pai. Antes dos créditos finais, ele foi preso para investigações após denúncias sobre seu comportamento abusivo e as crianças estavam sob a guarda do Estado. Eu achei que ficariam com a tia, mas não sei como são as leis lá, pois mencionaram apenas que visitavam a família regularmente. Mas, pesquisando matérias sobre como as crianças estariam após um ano do resgate, apesar de terem vivido de modo privado, sem entrevistas ou aparições na mídia, aparentemente estão sob a guarda do pai. Não li nada sobre ele, o foco está no que seria o milagre da sobrevivência das crianças na floresta e o conhecimento do povo indigena que foi esquecido ao longo dos anos. Os indígenas acreditam que a floresta cuidou das crianças e as devolveram vivas para a comunidade. 

Foi uma história emocionante e cheia de esperança pela humanidade. 


Nota pessoal 10/10

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Friends: The Reunion - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário que reúne o elenco de uma das séries mais inesquecíveis e amada de todos os tempos. 






A HISTÓRIA 

Após quase 20 anos do término da série Friends, os atores Jennifer Aniston, Matthew Perry, Matt LeBlanc, Courteney Cox, David Schwimmer e Lisa Kudrow, se reúnem em um encontro emocionante no agora restaurado cenário da série, trazendo lembranças daqueles 10 anos em que trabalharam juntos. O apresentador James Corden faz perguntas ao antigo elenco e todos se emocionam mais uma vez com a despedida. Os criadores da série Kevin S. Bright, Marta Kauffman e David Crane contam como escolheram os atores para interpretar Rachel, Chandler, Joey, Monica, Ross e Phoebe e como tiveram as ideias para a série. Personagens que passaram pela série fizeram uma aparição surpresa mas pequena e muitas lembranças e risadas rechearam essa reunião, que infelizmente foi a única e última depois do fim da série, com a morte de Matthew em 2023...











Ano de lançamento 2021

Duração 1h 44m

Direção Ben Winston



Trailer 





Minhas divagações 

Quando saiu esse filme, eu sinceramente pensei que fosse a continuação do fim da série, tipo, mostrando como os seis amigos estavam depois de alguns anos. Só agora fui ver que não tinha nada a ver e que era um doc reunindo o elenco. Mas, apesar de atrasada, fico feliz de ter visto agora e depois de ler a autobiografia de Matthew Perry, podemos observar como apesar dele ser o mais engraçado de todos, ele parece ser o mais desconfortavel e o mais isolado ali. Confesso que só soube de seus vícios, após sua morte e após ler sua biografia. Então, revendo alguns momentos da série, percebemos as mudanças no físico de Matthew, que segundo ele mesmo, quando estava acima do peso era o vício em bebida, quando muito magro, era os remédios. Ele menciona na biografia sobre a gravação da Reunião, porque ele estava internado em reabilitação, mas pôde sair para gravar e depois voltava para a clínica. Nessa época se não me engano, ele estava lutando contra o vício em opioides. 

Mas vamos começar de forma menos depressiva. Friends foi uma série que com certeza ajudou muitos que passaram por períodos desgastantes em suas vidas, mas que esqueciam dos problemas quando assistiam a série. A primeira vez que vi para mim, foi assim. Eu ria com esses seis amigos e esquecia dos meus problemas pelo menos por algumas horas. Mas só fui ver toda a série mesmo anos mais tarde. Maratonei todos os episódios em um tempo recorde para mim. Mas também por pressão, pois na época ia sair do catálogo da Netflix. Eu assistia de 6 a 7 episódios por dia, as vezes foi meio desgastante, mas valeu a pena. Sempre quis saber como a série terminava. 

Foi nostálgico e divertido ver todos reunidos novamente, embora agora já mais velhos. Dos seis, quem continuou mais na atuação foram a Jennifer e a Courteney. James Corden pergunta se os criadores fizessem uma continuação, se eles fariam seus papéis novamente. Segundo Lisa, anos atrás, ela havia escutado os criadores dizendo que o fim da série era o ponto final para os personagens e acredito que foi um excelente. Lisa garantiu que já está velha demais para encarnar uma Phoebe louca. Acho que não teria sentido mesmo querer uma continuação com eles já tão velhos, não teria a mesma essência das loucuras da juventude. E principalmente porque agora está faltando um deles. 

Acho que as meninas envelheceram muito bem. Já os meninos... Quando alguns atores que passaram pela série fizeram uma breve participação, pensei no Brad Pitt e por coincidência James fez a pergunta sobre relacionamentos na série atrás dos bastidores. Jennifer e David confessaram que tiveram uma paixão um pelo outro, mas como estavam em outros relacionamentos, deixaram passar. Em sua biografia Matthew também revela que se sentiu atraído por Jennifer, mas que ela o teria afastado dizendo ser impossível misturar trabalho e vida pessoal. Porém, comentaram sobre a passagem de Julia Roberts que namorou Matthew por um tempo e Brad Pitt com quem Jennifer acabou se casando. Mas, Matthew, na sua insegurança de ser insuficiente para qualquer um, acabou terminando com Julia e Jennifer separou de Brad porque ele a traiu com Angelina Jolie. Compreensível que nenhum dos dois participasse da Reunião. Mas achei desnecessário colocar os dois na conversa. Mas enfim.

Foi divertido esse reencontro e doloroso ao mesmo tempo. James pergunta se todos manteram contato depois do fim da série e Lisa diz que sim, que ao menos uma vez por ano se falavam e quando James pergunta à Matthew quem dos 5 demorava para responder, ele diz que nenhum atendia ele. Em sua biografia ele diz que depois da série, cada um seguiu seu caminho, mas acho que a única que se importava com ele, foi a Lisa. Dá para entender que por mais que você trabalhe 10 anos com alguém, no fim, cada um vai atrás do seu próximo sustento. E Matthew tinha um problema que acredito que ninguém queria se envolver e ele também tinha o hábito de afastar as pessoas. E na vida real não é como na série. 

Mas enfim, apesar de Friends ter algumas críticas negativas, que toda série daquela época tem, para mim foi marcante e inesquecível. O reencontro vale a pena para resgatar essas memórias boas e para ver Matthew uma última vez. 


Nota pessoal 10/10


quarta-feira, 26 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Quem é você Charlie Brown? - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário mais que especial, de uma das minhas animações preferidas. Charlie Brown. 






A HISTÓRIA 

Lupita Nyong'o narra o documentário sobre a turma do Charlie Brown e Charles M. Schulz. Fãs famosos como Drew Barrymore, Kevin Smith e Al Roker, contam a influência do Snoopy em suas vidas e Charlie Brown ganha uma nova aventura na escola, onde precisa fazer uma redação falando sobre si mesmo. 










Ano de lançamento 2021

Duração 54m

Direção Michael Bonfiglio



Trailer 





Minhas divagações 

Snoopy é uma das animações que amo desde que descobri o desenho. Acho que foi um especial de Natal, na verdade não me lembro como conheci Snoooy, para mim, faz parte da minha vida desde sempre. O fato é, assistia os desenhos e amava o menino Charlie Brown. Em determinados momentos me identificava muito com ele. Ao longo dos anos, conforme fui crescendo, nunca deixei de amar esse personagem. Tudo que eu via que tinha eles, se pudesse comprava. Copos, lenços, adesivos, borrachas... quando meu filho nasceu, comprei tudo o que encontrei para bebês do Snoopy. Já tive snoopy de pelúcia e até hoje guardo o Charlie Brown, uma vez que devido a mudanças acaba se perdendo ou tendo que deixar coisas para trás. 

O doc conta com pequenas entrevistas da época com Charles M. Schulz, o criador de Snoopy. Cada personagem tem um pouco de si mesmo e cada história foi inspirado em acontecimentos de sua vida real. Charlie Brown obviamente é o próprio Schulz. Eu amava o Charlie porque ele era todo tímido e tudo que fazia sempre dava errado. Embora as outras crianças zombassem dele, no final, tudo sempre dava certo e ele era amado de um jeito ou de outro. Mesmo após tantos anos, Snoopy e sua turma tem um lugar especial no meu coração. 

Mas, como todo desenhista, Schulz não alcançou o sucesso de um dia para o outro, levou alguns anos para ele ser reconhecido e ter a turminha elaborada como acabou acontecendo. Schulz criou um grupo de crianças, que tem problemas de crianças, mas as vezes acabam tendo reflexões adultas. Fora o diferencial de ter um cachorro que não se comporta como um. Sei que não é nenhuma surpresa quando temos o Scooby-Doo, que é um cachorro que fala né. Mas, Snoopy é carismático e divertido levando as crianças e principalmente seu dono Charlie à loucura. Os episódios de quando Snoopy ia para a escola ou aquele filminho em que ele dirigia, era surreal, porém divertidos. 

Nesse doc, além de apresentar a história profissional de Schulz, também fomos agraciados com uma historinha de Charlie Brown na escola, onde ele precisa fazer uma redação falando sobre si mesmo. O que para ele é um grande problema, uma vez que tendo a auto estima baixa, ele não sabe expressar o que ele pode ter de bom que valeria a pena ser escrito. Assim, ele procura ajuda de seus amigos para buscar inspiração, mas como Lucy que sempre adora apontar seus defeitos, ele descobre que não vai ser fácil escrever sobre si mesmo. Nessa jornada de busca, só Linus mesmo que consegue apontar algo inspirador para ajudar Charlie. 

Então, além de termos a história do criador, também nos divertimos com Charlie e sua busca. Também temos participações de famosos de idades diferentes que tiveram a turma do Charlie em suas vidas e que também amam esse desenho e cada um tem seu personagem preferido. Eu amo praticamente todos, mas Charlie, Linus e Patty Pimentinha são meus preferidos. A Patty é aquela personagem cômica que sente algo pelo Chucky, como ela gosta de chamá-lo, ou de Minduim na dublagem brasileira e é tão resolvida consigo mesma, que mesmo ele não demonstrando o mesmo, ela interpreta o contrário. Várias situações cômicas já aconteceram com esses dois. Fora que a Patty é aquela menina que é boa nos esportes mas está sempre dormindo nas aulas. E a Marcy a chamando de Sir? Muito engraçado. 

Conheci o Snoopy pelas animações, algumas tirinhas já vi em livros da escola, mas conheço mesmo pelos filmes. Fiquei com saudades, talvez vá procurar para rever todos novamente. Foi triste quando Schulz fala sobre se aposentar por problemas de saúde. Infelizmente ele faleceu nos anos 2000. Mas com certeza deixou um legado que permanecerá ainda por várias gerações. 

O doc é curtinho mas vale a pena com certeza. É sempre interessante saber como os criadores se inspiraram em suas obras. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 25 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Meu Ayrton por Adriane Galisteu - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário que foi lindo de ver. Ninguém melhor do que Adriane para contar sua história com Senna.






A HISTÓRIA 

Adriane Galisteu conta sua história de quando conheceu Ayrton Senna, seu relacionamento com ele e como viveu após sua morte. Como a família de Ayrton não quis participar, o doc contém depoimentos de amigos que acompanharam o casal durante esse curto tempo. Adriane fala sobre sua vida antes e sobre o que sofreu depois com a morte de Senna. Quando começou seu relacionamento com ele, naquela época já era julgada erroneamente. Hoje, abrindo seu coração, as pessoas admitem que agiram de modo errado com ela naquela época. Adriane deu a volta por cima e conquistou seu lugar no mundo. 











Ano de lançamento 2025

1 temporada 2 episódios 



Trailer 





Minhas divagações 

Tudo relacionado a história de Ayrton Senna é interessante. Menos a série que saiu recentemente. Eu, particularmente prefiro documentários com depoimentos de amigos e familiares ou registros de entrevistas e arquivos da época, do que uma história contada encenada por atores. Por mais que fosse a história do Senna, essa série enrolei tanto para ver que acabei nem vendo quando soube que o tempo de tela sobre Adriane foi ridícula de curta. Ainda bem que fizeram a versão sob os olhos de Adriane, já que não contaram sua história, agora está aí e foi tocante de se ver. 

Vendo suas entrevistas do passado, podemos ver que ela não mudou praticamente nada. E com tudo o que lhe aconteceu, só serviu para seu crescimento e amadurecimento pessoal. O que fizeram com ela é triste demais de se ver. Uma menina que perdeu o namorado, o companheiro, o amigo, ser tratada daquela maneira? E não é algo inventado, é algo registrado pelas câmeras. Hoje, muitos concordam a injustiça que ela sofreu, mas na época, a julgaram e criticaram como todos. Em entrevistas lhe perguntavam na cara dura se ela não estava sendo oportunista usando o nome de Senna para subir na vida. Mas é fácil julgar né. Ela não era casada com ele, ela não tinha nada, nem onde morar, já que a família dele a mandou sair da casa dele dias após o enterro dele, como ela poderia se manter? 

Eu era adolescente quando Senna morreu, mas eu vivi esse momento histórico, vivi aquela manhã de domingo que mudou o modo como muitos curtiam Fórmula 1. Vivi a esperança da notícia que ele estava vivo e vivi a tristeza de ouvir que ele havia morrido. Vivi para ver o dia que o país parou com a chegada de seu corpo. Mas como qualquer pessoa, não parei para pensar o que havia acontecido com quem era próximo a ele. A nossa vida continua, embora tivéssemos perdido um ídolo, um herói. 

Saber o que Adriane enfrentou depois da morte de Senna, é triste mas também um conto de fadas. Embora ela tivesse ficado sozinha, já que instantaneamente a família dele a descartou, por outro lado ela teve o Braga e sua esposa, grandes amigos do Senna que sabiam que era isso que ele iria querer que fizessem por ela. Braga a ajudou até que ela pudesse se recompor e caminhar com suas próprias pernas. Hoje, ela continua linda, casada com um companheiro que entende o que Senna significou na vida dela, tem filhos lindos e uma vida de superação incrível. E o melhor de tudo, muita gente sente carinho e respeito por ela. Ao contrário de outras pessoas que está sempre envolta de polêmicas do passado e do presente. Não entendi seu posicionamento ao lado da família no dia do velório de Senna. Se ficasse apenas a família, ainda é compreensível. E se a família e essa pessoa não quiseram participar do doc da Adriane, fica óbvio o motivo. 

Como eu disse, a série parecia interessante por ser sobre o Ayrton, mas como é produzida pelos olhos da irmã dele, fico feliz que procrastinei tanto para ver que acabou saindo um doc melhor. Quem mais poderia contar sobre Ayrton do que a própria Adriane? Pelo menos aquele tempo em que ela passou com ele, merecia ser contada. E vale muito a pena. Adriane é uma pessoa de bem com a vida, com ela mesma, não guarda rancor e sabe lidar com haters, já que desde novinha teve que conviver com esse tipo de gente. Seu carinho pelo Ayrton é lindo demais. Aquele dia da corrida será sempre carregado pelos E SE... mas, nada poderá mudar o que realmente aconteceu. Rever aqueles momentos é algo extremamente doloroso, mas pelos olhos de Adriane, foi tocante e apaixonante. Ela é um exemplo de mulher guerreira. Simpática, divertida e muito elegante. Se tivessem dado uma chance à ela naquela época, hoje a família de Senna poderia ser vista de outra forma. Pois para mim, é muito triste que ele fosse tão humilde e a família ser desse jeito. Quem a segue nas redes sociais, pode até achar que agora ela ostenta dinheiro, mas ela merece e seus vídeos são sempre divertidos. 

Vale muito a pena. 


Nota pessoal 10/10

Dica de Destaque

[Review/crítica pessoal] It: Bem-vindo à Derry (episódios 3 e 4) - Divagando Sempre

  Olá Divosos do terror. A maratona de Halloween acabou mas a série tão temida ainda não. Seguindo com os episódios 3 e 4, conhecemos u...