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sábado, 29 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] As crianças perdidas - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário emocionante que uniu soldados e indígenas nas buscas pelas 4 crianças desaparecidas na floresta da Colômbia. 






A HISTÓRIA 

As crianças perdidas faz uma reconstituição da busca realizada por voluntários indígenas e forças militares, depois que um avião caiu no meio da floresta amazônica da Colômbia. Havia três adultos e quatro crianças. Quando equipes de resgate chegam ao local, encontram os corpos dos adultos, mas nem sinal das crianças. Lesly, 14 anos, Soleyni 9 anos, Tien 4 anos e Cristin de 11 meses, sobreviveram ao acidente. As crianças viajavam para encontrar o pai Manuel, um líder indígena que havia deixado Araracuara, devido a ameaças das forças armadas. 

Foram 40 dias de buscas intensas e inicialmente os indígenas e os militares trabalhavam separados devido a conflitos de anos. Porém, acabaram juntando forças e dividindo conhecimento para progredirem nas buscas. Apesar dos inúmeros esforços, a força militar recuou após mais de 30 dias de buscas infrutíferas mas os indígenas permaneceram mais alguns dias, tendo decidido que aquele seria o último dia de busca, quando 4 deles que se afastaram do local, acabam encontrando as crianças. 









Ano de lançamento 2024

Duração 1h 35m

Direção Jorge Duran, Lali Houghton, Orlando von Einsiedel



Trailer 





Minhas divagações 

Foi um dos documentários mais emocionantes que já vi. Eu sabia que as crianças tinham sido encontradas, mas só depois de 40 dias. Fato incrivel pelos sobreviventes serem crianças. Até serem encontradas, os relatos são dos soldados e dos indígenas que participaram das buscas, assim como relatos do pai das crianças e da mãe e da irmã da mãe das crianças. O pai demonstrava preocupação e ajudou nas buscas, porém, mais para a frente, a tia das crianças começa a dizer que Manuel não era um bom pai e que batia na irmã. Assim, as crianças que não queriam ficar com ele, se esconderam na floresta. Relato que achei fora de hora, pois ela não havia alertado as autoridades sobre isso antes mas deixou uma questão importante a ser averiguada mais tarde. 

Foram 40 dias tensos, onde nos primeiros, quando encontraram indícios de abrigo, fraldas sujas, acreditavam ainda que as crianças poderiam estar vivas. O exército no início tomavam cuidado com emboscadas na floresta contra guerrilheiros, fora a vida selvagem. Quando procuravam ainda separados, os indígenas começaram a adoecer e os soldados foram até eles com ajuda médica e remédios. A partir de então, com voluntários diminuindo devido a problemas de saúde, juntaram forças com os soldados. 

O mais curioso é saber que não importa o país, os soldados, força militar, policiais, são a maioria das vezes abusivos e por esse motivo, os civis que deveriam se sentir protegidos por essa força, na verdade se sentem ameaçados e não confiam neles. A busca pelas crianças, pelo menos na Colômbia, acabou quebrando esse escudo divisório e unindo as forças pelo resgate. Os soldados tinham armas, equipamentos, preparo físico, mas não conheciam a floresta como os indígenas. Mas de certo modo, cada um aprendeu alguma coisa com o outro. 

O exército deixou o local das buscas com um pouco mais de 30 dias, no entanto um grupo pequeno de indígenas continuaram procurando. Fizeram até uma espécie de sessão espírita para tentar encontrar a localização das crianças e o xamã conseguiu sentir onde elas poderiam estar, mas quando o grupo se dividiu em direções opostas, o primeiro deles voltou sem nada. Decidiram então que assim que o outro grupo retornassem, eles encerrariam as buscas. No entanto, o outro grupo de 4 indígenas, quando estavam desistindo de procurar, escutam o choro de um bebê.

Como tinham câmeras com eles, o reencontro com as crianças foi gravado e foi de partir o coração vê-las desnutridas, sujas e assustadas. No fim do documentário, temos o depoimento de Lesly dado a polícia. Meus olhos se encheram de lágrimas. Lesly acordou após o acidente e viu a mãe morrer. Ela mesma estava machucada, mas cuidou dos irmãos e fez de tudo para mantê-los vivos. Imagina o medo, o cansaço, o desespero dessa menina, pela responsabilidade de manter 3 crianças vivas em um local selvagem? Essa menina foi uma guerreira. Foi um verdadeiro milagre, pois Tien, não sobreviveria mais um dia. 

Claro que quando estava quase terminando o doc, me perguntei sobre a questão do pai. Antes dos créditos finais, ele foi preso para investigações após denúncias sobre seu comportamento abusivo e as crianças estavam sob a guarda do Estado. Eu achei que ficariam com a tia, mas não sei como são as leis lá, pois mencionaram apenas que visitavam a família regularmente. Mas, pesquisando matérias sobre como as crianças estariam após um ano do resgate, apesar de terem vivido de modo privado, sem entrevistas ou aparições na mídia, aparentemente estão sob a guarda do pai. Não li nada sobre ele, o foco está no que seria o milagre da sobrevivência das crianças na floresta e o conhecimento do povo indigena que foi esquecido ao longo dos anos. Os indígenas acreditam que a floresta cuidou das crianças e as devolveram vivas para a comunidade. 

Foi uma história emocionante e cheia de esperança pela humanidade. 


Nota pessoal 10/10

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Friends: The Reunion - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário que reúne o elenco de uma das séries mais inesquecíveis e amada de todos os tempos. 






A HISTÓRIA 

Após quase 20 anos do término da série Friends, os atores Jennifer Aniston, Matthew Perry, Matt LeBlanc, Courteney Cox, David Schwimmer e Lisa Kudrow, se reúnem em um encontro emocionante no agora restaurado cenário da série, trazendo lembranças daqueles 10 anos em que trabalharam juntos. O apresentador James Corden faz perguntas ao antigo elenco e todos se emocionam mais uma vez com a despedida. Os criadores da série Kevin S. Bright, Marta Kauffman e David Crane contam como escolheram os atores para interpretar Rachel, Chandler, Joey, Monica, Ross e Phoebe e como tiveram as ideias para a série. Personagens que passaram pela série fizeram uma aparição surpresa mas pequena e muitas lembranças e risadas rechearam essa reunião, que infelizmente foi a única e última depois do fim da série, com a morte de Matthew em 2023...











Ano de lançamento 2021

Duração 1h 44m

Direção Ben Winston



Trailer 





Minhas divagações 

Quando saiu esse filme, eu sinceramente pensei que fosse a continuação do fim da série, tipo, mostrando como os seis amigos estavam depois de alguns anos. Só agora fui ver que não tinha nada a ver e que era um doc reunindo o elenco. Mas, apesar de atrasada, fico feliz de ter visto agora e depois de ler a autobiografia de Matthew Perry, podemos observar como apesar dele ser o mais engraçado de todos, ele parece ser o mais desconfortavel e o mais isolado ali. Confesso que só soube de seus vícios, após sua morte e após ler sua biografia. Então, revendo alguns momentos da série, percebemos as mudanças no físico de Matthew, que segundo ele mesmo, quando estava acima do peso era o vício em bebida, quando muito magro, era os remédios. Ele menciona na biografia sobre a gravação da Reunião, porque ele estava internado em reabilitação, mas pôde sair para gravar e depois voltava para a clínica. Nessa época se não me engano, ele estava lutando contra o vício em opioides. 

Mas vamos começar de forma menos depressiva. Friends foi uma série que com certeza ajudou muitos que passaram por períodos desgastantes em suas vidas, mas que esqueciam dos problemas quando assistiam a série. A primeira vez que vi para mim, foi assim. Eu ria com esses seis amigos e esquecia dos meus problemas pelo menos por algumas horas. Mas só fui ver toda a série mesmo anos mais tarde. Maratonei todos os episódios em um tempo recorde para mim. Mas também por pressão, pois na época ia sair do catálogo da Netflix. Eu assistia de 6 a 7 episódios por dia, as vezes foi meio desgastante, mas valeu a pena. Sempre quis saber como a série terminava. 

Foi nostálgico e divertido ver todos reunidos novamente, embora agora já mais velhos. Dos seis, quem continuou mais na atuação foram a Jennifer e a Courteney. James Corden pergunta se os criadores fizessem uma continuação, se eles fariam seus papéis novamente. Segundo Lisa, anos atrás, ela havia escutado os criadores dizendo que o fim da série era o ponto final para os personagens e acredito que foi um excelente. Lisa garantiu que já está velha demais para encarnar uma Phoebe louca. Acho que não teria sentido mesmo querer uma continuação com eles já tão velhos, não teria a mesma essência das loucuras da juventude. E principalmente porque agora está faltando um deles. 

Acho que as meninas envelheceram muito bem. Já os meninos... Quando alguns atores que passaram pela série fizeram uma breve participação, pensei no Brad Pitt e por coincidência James fez a pergunta sobre relacionamentos na série atrás dos bastidores. Jennifer e David confessaram que tiveram uma paixão um pelo outro, mas como estavam em outros relacionamentos, deixaram passar. Em sua biografia Matthew também revela que se sentiu atraído por Jennifer, mas que ela o teria afastado dizendo ser impossível misturar trabalho e vida pessoal. Porém, comentaram sobre a passagem de Julia Roberts que namorou Matthew por um tempo e Brad Pitt com quem Jennifer acabou se casando. Mas, Matthew, na sua insegurança de ser insuficiente para qualquer um, acabou terminando com Julia e Jennifer separou de Brad porque ele a traiu com Angelina Jolie. Compreensível que nenhum dos dois participasse da Reunião. Mas achei desnecessário colocar os dois na conversa. Mas enfim.

Foi divertido esse reencontro e doloroso ao mesmo tempo. James pergunta se todos manteram contato depois do fim da série e Lisa diz que sim, que ao menos uma vez por ano se falavam e quando James pergunta à Matthew quem dos 5 demorava para responder, ele diz que nenhum atendia ele. Em sua biografia ele diz que depois da série, cada um seguiu seu caminho, mas acho que a única que se importava com ele, foi a Lisa. Dá para entender que por mais que você trabalhe 10 anos com alguém, no fim, cada um vai atrás do seu próximo sustento. E Matthew tinha um problema que acredito que ninguém queria se envolver e ele também tinha o hábito de afastar as pessoas. E na vida real não é como na série. 

Mas enfim, apesar de Friends ter algumas críticas negativas, que toda série daquela época tem, para mim foi marcante e inesquecível. O reencontro vale a pena para resgatar essas memórias boas e para ver Matthew uma última vez. 


Nota pessoal 10/10


quarta-feira, 26 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Quem é você Charlie Brown? - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário mais que especial, de uma das minhas animações preferidas. Charlie Brown. 






A HISTÓRIA 

Lupita Nyong'o narra o documentário sobre a turma do Charlie Brown e Charles M. Schulz. Fãs famosos como Drew Barrymore, Kevin Smith e Al Roker, contam a influência do Snoopy em suas vidas e Charlie Brown ganha uma nova aventura na escola, onde precisa fazer uma redação falando sobre si mesmo. 










Ano de lançamento 2021

Duração 54m

Direção Michael Bonfiglio



Trailer 





Minhas divagações 

Snoopy é uma das animações que amo desde que descobri o desenho. Acho que foi um especial de Natal, na verdade não me lembro como conheci Snoooy, para mim, faz parte da minha vida desde sempre. O fato é, assistia os desenhos e amava o menino Charlie Brown. Em determinados momentos me identificava muito com ele. Ao longo dos anos, conforme fui crescendo, nunca deixei de amar esse personagem. Tudo que eu via que tinha eles, se pudesse comprava. Copos, lenços, adesivos, borrachas... quando meu filho nasceu, comprei tudo o que encontrei para bebês do Snoopy. Já tive snoopy de pelúcia e até hoje guardo o Charlie Brown, uma vez que devido a mudanças acaba se perdendo ou tendo que deixar coisas para trás. 

O doc conta com pequenas entrevistas da época com Charles M. Schulz, o criador de Snoopy. Cada personagem tem um pouco de si mesmo e cada história foi inspirado em acontecimentos de sua vida real. Charlie Brown obviamente é o próprio Schulz. Eu amava o Charlie porque ele era todo tímido e tudo que fazia sempre dava errado. Embora as outras crianças zombassem dele, no final, tudo sempre dava certo e ele era amado de um jeito ou de outro. Mesmo após tantos anos, Snoopy e sua turma tem um lugar especial no meu coração. 

Mas, como todo desenhista, Schulz não alcançou o sucesso de um dia para o outro, levou alguns anos para ele ser reconhecido e ter a turminha elaborada como acabou acontecendo. Schulz criou um grupo de crianças, que tem problemas de crianças, mas as vezes acabam tendo reflexões adultas. Fora o diferencial de ter um cachorro que não se comporta como um. Sei que não é nenhuma surpresa quando temos o Scooby-Doo, que é um cachorro que fala né. Mas, Snoopy é carismático e divertido levando as crianças e principalmente seu dono Charlie à loucura. Os episódios de quando Snoopy ia para a escola ou aquele filminho em que ele dirigia, era surreal, porém divertidos. 

Nesse doc, além de apresentar a história profissional de Schulz, também fomos agraciados com uma historinha de Charlie Brown na escola, onde ele precisa fazer uma redação falando sobre si mesmo. O que para ele é um grande problema, uma vez que tendo a auto estima baixa, ele não sabe expressar o que ele pode ter de bom que valeria a pena ser escrito. Assim, ele procura ajuda de seus amigos para buscar inspiração, mas como Lucy que sempre adora apontar seus defeitos, ele descobre que não vai ser fácil escrever sobre si mesmo. Nessa jornada de busca, só Linus mesmo que consegue apontar algo inspirador para ajudar Charlie. 

Então, além de termos a história do criador, também nos divertimos com Charlie e sua busca. Também temos participações de famosos de idades diferentes que tiveram a turma do Charlie em suas vidas e que também amam esse desenho e cada um tem seu personagem preferido. Eu amo praticamente todos, mas Charlie, Linus e Patty Pimentinha são meus preferidos. A Patty é aquela personagem cômica que sente algo pelo Chucky, como ela gosta de chamá-lo, ou de Minduim na dublagem brasileira e é tão resolvida consigo mesma, que mesmo ele não demonstrando o mesmo, ela interpreta o contrário. Várias situações cômicas já aconteceram com esses dois. Fora que a Patty é aquela menina que é boa nos esportes mas está sempre dormindo nas aulas. E a Marcy a chamando de Sir? Muito engraçado. 

Conheci o Snoopy pelas animações, algumas tirinhas já vi em livros da escola, mas conheço mesmo pelos filmes. Fiquei com saudades, talvez vá procurar para rever todos novamente. Foi triste quando Schulz fala sobre se aposentar por problemas de saúde. Infelizmente ele faleceu nos anos 2000. Mas com certeza deixou um legado que permanecerá ainda por várias gerações. 

O doc é curtinho mas vale a pena com certeza. É sempre interessante saber como os criadores se inspiraram em suas obras. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 25 de novembro de 2025

[Review/crítica pessoal] Meu Ayrton por Adriane Galisteu - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse documentário que foi lindo de ver. Ninguém melhor do que Adriane para contar sua história com Senna.






A HISTÓRIA 

Adriane Galisteu conta sua história de quando conheceu Ayrton Senna, seu relacionamento com ele e como viveu após sua morte. Como a família de Ayrton não quis participar, o doc contém depoimentos de amigos que acompanharam o casal durante esse curto tempo. Adriane fala sobre sua vida antes e sobre o que sofreu depois com a morte de Senna. Quando começou seu relacionamento com ele, naquela época já era julgada erroneamente. Hoje, abrindo seu coração, as pessoas admitem que agiram de modo errado com ela naquela época. Adriane deu a volta por cima e conquistou seu lugar no mundo. 











Ano de lançamento 2025

1 temporada 2 episódios 



Trailer 





Minhas divagações 

Tudo relacionado a história de Ayrton Senna é interessante. Menos a série que saiu recentemente. Eu, particularmente prefiro documentários com depoimentos de amigos e familiares ou registros de entrevistas e arquivos da época, do que uma história contada encenada por atores. Por mais que fosse a história do Senna, essa série enrolei tanto para ver que acabei nem vendo quando soube que o tempo de tela sobre Adriane foi ridícula de curta. Ainda bem que fizeram a versão sob os olhos de Adriane, já que não contaram sua história, agora está aí e foi tocante de se ver. 

Vendo suas entrevistas do passado, podemos ver que ela não mudou praticamente nada. E com tudo o que lhe aconteceu, só serviu para seu crescimento e amadurecimento pessoal. O que fizeram com ela é triste demais de se ver. Uma menina que perdeu o namorado, o companheiro, o amigo, ser tratada daquela maneira? E não é algo inventado, é algo registrado pelas câmeras. Hoje, muitos concordam a injustiça que ela sofreu, mas na época, a julgaram e criticaram como todos. Em entrevistas lhe perguntavam na cara dura se ela não estava sendo oportunista usando o nome de Senna para subir na vida. Mas é fácil julgar né. Ela não era casada com ele, ela não tinha nada, nem onde morar, já que a família dele a mandou sair da casa dele dias após o enterro dele, como ela poderia se manter? 

Eu era adolescente quando Senna morreu, mas eu vivi esse momento histórico, vivi aquela manhã de domingo que mudou o modo como muitos curtiam Fórmula 1. Vivi a esperança da notícia que ele estava vivo e vivi a tristeza de ouvir que ele havia morrido. Vivi para ver o dia que o país parou com a chegada de seu corpo. Mas como qualquer pessoa, não parei para pensar o que havia acontecido com quem era próximo a ele. A nossa vida continua, embora tivéssemos perdido um ídolo, um herói. 

Saber o que Adriane enfrentou depois da morte de Senna, é triste mas também um conto de fadas. Embora ela tivesse ficado sozinha, já que instantaneamente a família dele a descartou, por outro lado ela teve o Braga e sua esposa, grandes amigos do Senna que sabiam que era isso que ele iria querer que fizessem por ela. Braga a ajudou até que ela pudesse se recompor e caminhar com suas próprias pernas. Hoje, ela continua linda, casada com um companheiro que entende o que Senna significou na vida dela, tem filhos lindos e uma vida de superação incrível. E o melhor de tudo, muita gente sente carinho e respeito por ela. Ao contrário de outras pessoas que está sempre envolta de polêmicas do passado e do presente. Não entendi seu posicionamento ao lado da família no dia do velório de Senna. Se ficasse apenas a família, ainda é compreensível. E se a família e essa pessoa não quiseram participar do doc da Adriane, fica óbvio o motivo. 

Como eu disse, a série parecia interessante por ser sobre o Ayrton, mas como é produzida pelos olhos da irmã dele, fico feliz que procrastinei tanto para ver que acabou saindo um doc melhor. Quem mais poderia contar sobre Ayrton do que a própria Adriane? Pelo menos aquele tempo em que ela passou com ele, merecia ser contada. E vale muito a pena. Adriane é uma pessoa de bem com a vida, com ela mesma, não guarda rancor e sabe lidar com haters, já que desde novinha teve que conviver com esse tipo de gente. Seu carinho pelo Ayrton é lindo demais. Aquele dia da corrida será sempre carregado pelos E SE... mas, nada poderá mudar o que realmente aconteceu. Rever aqueles momentos é algo extremamente doloroso, mas pelos olhos de Adriane, foi tocante e apaixonante. Ela é um exemplo de mulher guerreira. Simpática, divertida e muito elegante. Se tivessem dado uma chance à ela naquela época, hoje a família de Senna poderia ser vista de outra forma. Pois para mim, é muito triste que ele fosse tão humilde e a família ser desse jeito. Quem a segue nas redes sociais, pode até achar que agora ela ostenta dinheiro, mas ela merece e seus vídeos são sempre divertidos. 

Vale muito a pena. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 19 de novembro de 2024

[Review/crítica] Pra sempre Paquitas - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

1 temporada 5 episódios 

Recomendação: não muito 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta a trajetória das meninas que começaram aos 9 anos como ajudante de palco do Xou da Xuxa adquirindo o nome de Paquitas depois. As meninas ainda crianças, ajudavam no programa a controlar outras crianças que participavam das brincadeiras durante as gravações. 

Conforme o sucesso do programa e a fama da Xuxa foi aumentando, as Paquitas também começaram a ter notoriedade e atraía milhares de meninas de todo o Brasil que sonhavam em um dia ficarem próximas da Xuxa e serem Paquitas. Após várias gerações e separações, denúncias de abusos vindo da empresária de Xuxa, Marlene Mattos começaram a vir a tona e as meninas começaram a expor os sofrimentos que passaram durante o período em que foram Paquitas e em como o sonho acabou. 








Minhas divagações finais 

Gente, é muita Paquita, são muitos nomes, não lembro da maioria mas confesso que enquanto assistia, senti empatia por elas. Me coloquei no lugar delas ainda crianças ou adolescentes sendo julgadas por cor de pele e estética corporal. Sendo que essa é uma fase da nossa vida em que passamos por transições que não precisamos de um adulto nos julgando pela nossa aparência. Mas, depois vem a questão. Se não estamos satisfeitos, se não somos valorizadas, se não estamos felizes, não podemos sair? Você ama tanto ser Paquita ou ama o sucesso? O salário? 

Já vimos que a indústria televisiva é cheio de problemas e aparecem várias denúncias décadas após o ocorrido. Quantas meninas eram Paquitas? Quantas delas os pais acompanhavam o trabalho? Não é possível que nenhuma delas tenham confidenciado a um pai ou uma mãe o que estavam sofrendo? E se teve todos se calaram? Por que eram menores e mesmo que aquela década, como Xuxa disse, parecia ser normal, que pai ou mãe iria aceitar sua filha menor sofrendo abusos? Sofrendo bullying pela aparência? Bom, quando se trata de dinheiro, já vimos como vários atores mirins, sofreram nas mãos dos próprios pais, então deixa para lá. 

Tenho visto muitos comentários de pessoas defendendo a Marlene e taxando a Xuxa como falsa, mentirosa e que ignorava o que acontecia e agora se faz de vítima, dizendo que não sabia de muita coisa que aconteceu nos bastidores. Eu, particularmente, não acho que ninguém está certo. Também acho que apesar de toda a problemática, todos fizeram o que queriam e seguiram com a vida. Acho que todos pensaram somente no próprio umbigo, sucesso e ganho particular. Marlene fazia o que queria porque era a empresária, tinha o poder da decisão nas mãos. Ninguém ia contra, ela continuava. E querendo ou não, os envolvidos tiveram sucesso. Xuxa começou cedo e sempre ao lado de Marlene. Deixou tudo nas mãos dela na maior confiança, mas conforme foi crescendo e mexendo com sua própria vida pessoal, ela começou a enfrentar a empresária. Mas jamais pensou no que as meninas passavam. Talvez não se importasse mesmo, porque o "xou" era dela e as meninas estavam adquirindo sucesso independente dela. Já as Paquitas, não é estranho que nenhuma delas falou com os pais? Não queriam preocupá-los porque muitas ali, que eram o sustento da família não poderiam sair assim, mas não poderiam sair porque não queriam ou por que os pais as obrigavam a continuar?

Eu acompanhei os programas da Xuxa até os anos 1995, talvez um pouco até 1997, quando já adolescente começava a ter outros interesses. Nunca me perguntei por que mudava as Paquitas, por que mudava o nome do programa, por que acabou a Xuxa, eu achava que era o curso natural das coisas, onde tudo tem início e um fim. Jamais me passou pela cabeça tanto drama em um programa só. Não nego que para aquelas meninas ainda tão jovens vendo o sonho acabar de forma abrupta e injusta, naquela época possa ter sido traumático. Mas me pergunto o que levou a ser revelado tudo isso, décadas depois e só agora?

Algumas delas se tornaram atrizes, como Letícia Spiler, Juliana Baroni, Bárbara Borges, que são as que mais me recordo. Letícia Spiler era minha preferida desde paquita e como atriz depois. Não vi ainda o documentário só da Xuxa, que me parece nesse, a Marlene participou. Mas é difícil alguém que você admirou quando criança, ser revelado que no fim, nada mais era do que um ser humano cheio de falhas. Claro, muitas coisas podem ser reais, mas quando existe três lados diferentes, fica meio confuso, embora pelo que vi na Internet, a Marlene não negue tudo o que fez, mesmo que para nós pareça chocante. 

Não nego que se não fosse pela Marlene, a Xuxa e as Paquitas poderiam não ter sido o que foram e ser sucesso, mesmo com toda a polêmica, quem viveu aquela época nunca esqueceu delas. Então, repito, para mim não acho que exista um lado certo ou errado, acho que sempre existe uma escolha e cada uma delas tiveram a sua. O livro foi polêmico? Foi a causa da demissão em massa? Por que levaram décadas para mostrar isso? Normalmente esse tipo de documentário é sobre assassinos e as vítimas querem justiça, ou sobre abusos mas de novo, exigem justiça, prisão do suspeito, mas no caso das Paquitas elas queriam o que? Chamar a atenção para elas novamente? Indenização da Marlene pelos danos psicológicos? Não entendi. Se fosse só mostrar aquela época, do surgimento das Paquitas, para mim, teria sido mais interessante. A partir do momento que virou um xororô sobre a Marlene, perdeu totalmente a graça. Mas, cada um tem sua opinião e recomendo que assistam para tirar suas próprias conclusões. Para mim, valeu a pena só os momentos da nostalgia. Depois que virou dramalhão ficou sem graça. Antes eu achava que a Marlene tinha culpa no cartório e por isso não apareceu no doc, mas depois de terminar, acho que ela fez bem em não participar. Pelo menos ela continua autêntica em suas afirmações enquanto que, mesmo que Xuxa tenha participado e dado sua versão da história, parece mais que se faz de vítima. De qualquer forma, não fixo do lado de ninguém, não senti empatia por ninguém, no início até fiquei chocada com o que disseram sobre as coisas que a Marlene exigia, mas não entendi ainda o por que do doc. De qualquer forma, guardo para mim as imagens dos tempos em que parecia que nada de ruim acontecia. 

Nota 6/10

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

[Review/crítica] Três estranhos idênticos - Divagando Sempre

 

Mais um título mofando na minha lista e resolvi conferir, principalmente porque está saindo do catálogo de streaming, pode ser que volte ou não, mas quando é assim gosto de já assistir e se estava na minha lista, algo chamou minha atenção, embora eu nunca lembre os motivos na verdade. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2018

Duração 1h 36m

Direção Tim Wardle

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Robert Shafran, aos 19 anos se muda para uma nova faculdade, não conhece ninguém e sabe como será difícil seu início. No entanto, ao chegar no local, estranhamente, todos que passam por ele o cumprimentam até ele descobrir que possivelmente o estão confundindo com outra pessoa, já que seu nome não é Eddy.

Assim que encontra seu dormitório, um rapaz bate a sua porta e pergunta se ele foi adotado e qual a data de seu nascimento. Robert, mais conhecido como Bobby, descobre então que tem um irmão gêmeo. Ele e o melhor amigo de Eddy, percorrem uma curta viagem até a casa de Eddy para comprovarem se era mesmo possível serem irmãos. A partir de então, os dois viram notícia de jornal. 

David Kellman foi procurado por sua amiga para lhe informar que dois garotos parecidos com ele saíram no jornal. Eis então que os trigêmeos descobrem a existência um do outro. Eddy, Bobby e David viram praticamente celebridades, estão em jornais, revistas e aparecem na televisão em programas de entrevistas. 

Com 19 anos, estão mais do que felizes em saber que são trigêmeos, e passam a fazer tudo juntos para compensar o tempo perdido. Mas, como cada um viveu em um lar diferente, seus pais foram atrás de saber o que tinha acontecido na casa de adoção para terem separado os irmãos. O que parecia uma descoberta incrível, passou a ser um pesadelo quando a verdade vem a tona. 







Minhas divagações finais 

A história começa até divertida, então jamais imaginei o rumo sombrio no final. Bobby acaba encontrando Eddy sem querer (ou não) e a reunião de gêmeos que se encontram após 19 anos separados quando bebês vira notícia, até um terceiro idêntico aparecer. Aí você pensa, tudo muito divertido, estão ficando famosos, qual será o drama que a Sinopse implica? Jamais, imaginei algo desse tipo.

Cheguei até a pensar que quando fossem atrás da mãe biológica, ela vendo o sucesso dos filhos, iria queria ficar com eles ou quem sabe pedir algum dinheiro. Mas jamais imaginei que... dessa vez tem SPOILERS

Onde foram adotados, a agência participava de um programa experimental onde separavam gêmeos após o nascimento entregando cada um para lares diferentes. Dizendo aos pais que precisavam acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças adotas, sempre iam nas casas fotografar e fazer pequenos testes de QI entre outras coisas. O intuito do teste não foi esclarecido pois não chegou a ser concluído e nem publicado, como o criador afirmava que um dia seria. 

O responsável pela criação desse teste faleceu antes das conclusões mas embora os trigêmeos não tenham sido os únicos separados, não se sabe ao certo quantos mais podem ter por aí, que não sabem que tem um irmão perdido. Sabe-se que o teste vai ainda mais além. Os pais biológicos sofriam algum tipo de doença neurológica que talvez pudesse ser hereditário. Infelizmente, atingiu um dos trigêmeos que não suportou mais e tirou a própria vida. 

Só fui me dar conta quando começaram a falar sobre ele no passado. O documentário começa divertido e termina totalmente devastador e triste. Mais duas irmãs se encontraram inesperadamente como os trigêmeos, vindo da mesma casa de adoção e embora estivessem separadas, também apresentaram semelhanças nas vidas que tiveram e doenças neurológicas que provavelmente teve origem na mãe biológica. 

A morte de um dos trigêmeos foi um baque para a família. Apesar do sucesso e tals, um deles não se sentia mais confortável com toda essa agitação e acaba se afastando de todos. Após a morte do irmão, os dois sobreviventes, tentam descobrir mais sobre a adoção, os testes e as consequências dessa separação que podem afetar o futuro das crianças. Quem criou esse projeto foi desumano e morreu sem ser acusado de nada. Felizmente pararam com as pesquisas, mas não se sabe quantas crianças foram separadas e quantas podem estar sofrendo sem saber os motivos. 

Enfim, achei o doc muito bem conduzido. Dividido nos momentos certos, proporcionando a surpresa e divertimento, para o choque e devastação. Não foi entediante, as entrevistas com os gêmeos sobreviventes foram emocionantes e acabamos percebendo que naquela época, aconteciam muitos casos bizarros, me lembrou do médico que fazia inseminação artificial no doc chamado Pai nosso. Essas coisas aconteceram entre os anos de 1960 a 1980. Imagina o que fariam com a tecnologia de hoje em dia.

No mais, história interessante embora tenha um desfecho triste. 

Nota 10/10

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

[Review/crítica] Os 13 sobreviventes da caverna - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 43m

Direção Pailin Wedel

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Um time de futebol tailandês conhecido como Javali Selvagens, composta pelo treinador e seus 12 jovens jogadores entre 11 e 16 anos, após terminarem o treino, decidem visitar a caverna Tham Luang. O treinador conhecido como Ake, na época com seus 24 anos, treinava esses jovens com problemas de comportamento e para recompensar o ótimo desempenho do time, decidiu levá-los para visitarem a caverna. 

O ano era 2018, uma manhã de sábado no fim de junho. Animados, com o tempo bom, eles se deparam com uma placa na entrada da caverna com um aviso advertindo os visitantes, que entre os meses de julho a novembro, era proibido entrar devido às chuvas que alagavam os corredores da caverna. Em uma votação unânime, eles decidem entrar. Mas a intenção era ficar pouco tempo, já que um dos jogadores precisava voltar cedo. 

No entanto, ao retornarem a uma bifurcação, ela está inundada e Ake após tentar encontrar uma saída, afirma que estão presos ali. Acontece que inesperadamente começou a chover e alagou essa parte da caverna. Por sorte, um vigia que constantemente verificava a entrada da caverna, se depara com as bicicletas ali e chama reforços. Ao entrarem mais pela caverna, encontram mochilas com celulares e descobrem ser o time de futebol composta de crianças. Começa então a longa jornada pelo resgate dos 13 sobreviventes a caverna. 








Minhas divagações finais 

O documentário é composto por gravações dos sobreviventes e as cenas gravadas dentro da caverna foram feitas por atores, seguindo os depoimentos recebidos. De toda a busca, apenas um mergulhador acabou perdendo a vida. 

Os jovens ficaram 10 dias presos na caverna até serem encontrados mas ainda levou mais de uma semana para todos saírem de lá. Com a caverna alagada, o único meio de saída seria mergulhando, mas todos sentiam medo dos jovens acabarem entrando em pânico durante o percurso de quase três horas e morrendo no caminho. 

Foram várias especulações e planos, até decidirem por sedarem os jovens e transportá-los até a saída. Apesar dos riscos, ainda era a melhor saída. Inocentemente os jovens decidiram quem sairia primeiro por ordem de quem morava mais longe. Na cabeça deles sairiam e voltariam para casa nas bicicletas. Levou três dias para que todos finalmente fossem resgatados. 

Enquanto assistia o desenrolar do drama, me perguntava como conseguiram sobreviver 17 dias na caverna, mas depois entendi. Já os 10 dias foram surpreendente. Não tinham comida mas ainda tinham água e oxigênio. E a coragem do professor que nunca permitiu que seus alunos desabassem ou desistissem. Ake ainda se sentia culpado pelo o que havia acontecido, mas ninguém poderia imaginar que a chuva chegaria antes do previsto. Difícil imaginar o que ambas as partes (pais e alunos) sentiram durante esse processo desesperador até o alívio do resgate. 

Parecia um passeio divertido e sem perigo, ninguém controla a natureza e ninguém imaginaria o que poderia acontecer em algumas horas dentro da caverna. Ake foi impressionante e protegeu e cuidou das crianças até o fim. É uma história emocionante. Vale a pena conferir. 

Nota 10/10

terça-feira, 6 de agosto de 2024

[Review] The last days (documentário 1998) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1998

Duração 1h 27m

Direção James Mall




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Cinco sobreviventes húngaros, contam sobre os horrores do holocausto. Depoimentos comoventes sobre como foi o início da perseguição aos judeus aos últimos dias. Após quase 4 décadas, os sobreviventes voltam aos campos de concentração e emocionados relatam como chegaram perto da morte. 

Nesse período, os nazistas, ao ver seus aliados serem derrotados, concentraram suas forças em assassinar o maior número possível de judeus do que reagrupar seu próprio exército. Com isso, milhares de judeus foram presos, torturados e mortos nos campos de concentração. O início da identificação dos judeus, era o uso da estrela amarela. Depois contavam mentiras sobre trabalhos que esperançosos fazia os judeus embarcarem nos trens em longas viagens até descobrirem seu verdadeiro destino. Alguns eram imediatamente separados de suas famílias e mortos nas câmaras de gás. O pesadelo só teve fim quando os americanos entraram na guerra e descobriram os campos de concentração. Entre eles, o mais famoso se tornaria o de Auschwitz. Tendo também os campos de Bunchenwald, Dachau e Bergen-Belsen.






Minhas divagações finais 

Esse documentário me surpreendeu de várias formas. Primeiro que eu não tinha visto a data de lançamento, então pensava ser mais atual, dos anos 2010 pra frente. Fiquei surpresa quando vi que é de 1998. Talvez por isso o corte de cabelo e a maquiagem de algumas mulheres, eram diferentes. Mas pensei que era porque eram de outro país. Depois a produção conta com a participação de Steven Spielberg e eu tinha ficado surpresa com esse documentário ser dele e tão atual. Mas acho que como vi remasterizado, não percebi que já era meio antigo. 

Qualquer história relatada sobre o holocausto que vi desde então, todos me arrancaram lágrimas dos olhos, mas esse, foi o mais forte que já vi, por ter mostrado exatamente fotos e filmagens dos prisioneiros judeus nos campos de concentração. Após os Estados Unidos invadirem o local e resgatar os judeus, vários deles foram encontrados em condições sobre humanas. Pele e osso. Feridos. Uma cena traumatizante e de partir o coração. Pensar que seres humanos foram capazes de fazer tamanha atrocidade com outros seres humanos é incompreensível. 

Já li e já vi vários relatos e filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e cada novo filme ou documentário que vejo, aprendo mais sobre aqueles tempos terríveis. A primeira vez que entrei em contato com a história dos judeus, foi através do livro tirado do diário de Anne Frank. Mas no caso dela, apesar dos horrores da guerra, seus relatos são dentro do esconderijo, seu dia a dia nos anos escondida. Após serem descobertos e levados aos campos de concentração, já não sabemos mais os horrores que ela vivenciou naquele local. 

Os soldados eram agressivos e não viam diferenças entre crianças, adultos ou idosos. Sendo judeus, eles matavam sem dó nem piedade. Tudo por um idealismo sem sentido. Os relatos dos sobreviventes são tensos e tristes. Eles, como sobreviventes, sabem melhor do que ninguém o que se passava nos trens que levavam os judeus aos campos, como era a viagem, já sofrendo fome, sede, passando horas em condições de falta de higiene, para chegarem ainda em outro local pior, onde as vezes eram levados diretamente para a morte. 

Enfim, por mais que já tenha visto sobre, ver fotos reais dos sobreviventes após a rendição dos nazistas foi chocante. Nenhum ser humano merece viver naquelas condições muito menos serem julgados daquela forma só por serem judeus. É uma dor horrível o que eles passaram e o que deixaram para a história desse ato tão abominável. O doc é curtinho mas consegue nesses 90 minutos de tela, impressionar, emocionar e se revoltar com o que o ser humano é capaz de fazer. Embora a luta por um recomeço foi o maior passo para esses sobreviventes. 

Super recomendo. Melhor doc que já vi sobre o holocausto. 

Nota 10/10

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