quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

[Review] Tim Maia (documentário) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2014

Duração 2h 20m

Direção Mauro Lima

Elenco Robson Nunes, Babu Santana, Aline Moraes, Cauã Reymond



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, com um vocal poderoso, enorme talento musical e humor instável. Fez de tudo na vida, desde começar entregando marmita até viajar para os Estados Unidos. Também se envolveu com drogas e uma seita religiosa. Embora tenha vivido altos e baixos em sua vida, infelizmente ele viveu somente até seus 55 anos... 










Minhas divagações finais 

O mais complicado de ver um filme biográfico, é quando você conhece o artista apenas de longe, ou seja, além de conhecer poucas músicas de Tim Maia, não sabia desse tumulto todo que foi sua vida e sua luta pelo sucesso. Achei triste porque a maioria dos artistas, realmente passam por poucas e boas durante a carreira, mas só conhecemos os detalhes após suas mortes. Ou as vezes quando o escândalo é grande, já sabemos no ato...

A única coisa que achei que faltou, foi o que sempre mostram nos documentários, mais sobre a família do artista, mais da sua luta, Tim ajudava a mãe com as marmitas e depois perdeu o pai, mas quão impactante isso foi? Eu não me recordo de já saber sobre seus vícios, mas focaram muito nisso. 

Pelo menos no início da trama, parecia que mostraria um Tim instável, com ares de grandeza nos camarins, mostraria mais de suas músicas e shows, mas... Embora o filme tenha mais de duas horas, a maior parte focou em festas regadas a drogas e depois mais drogas... acho que já tinha dado para entender que ele também fazia parte dos artistas viciados...

E a tal da Janaína? Sempre achei a Aline Moraes lindíssima, quando assistia novela não gostava muito dos seus papéis, porque pelo que me lembre, acho que ela sempre fazia papel de ordinária hahaha e a Janaína não foi diferente. Se bem que, Tim desde o início sabia do caráter dela, mas sempre gostou dela mesmo assim... ela ter abandonado ele, mesmo depois de tudo o que ele fez por ela, foi até compreensível, pois tudo bem ela ficar com ele pelo dinheiro, mas na fase religiosa em que ele não tinha nada, entendo ela querer abandoná-lo,  mas e o bebê? Sair daquele jeito o deixando chorando até o Tim aparecer? Não pode ser verdade isso... porque além de ordinária seria muito sem coração.... pelo menos levasse junto, a não ser que fosse levar uma vida promíscua...

O que ele passou nos Estados Unidos depois de ir preso por roubo e posse de drogas, poderia ter sido uma lição de vida né, mas lição não era o forte do Tim. Embora seja um artista, ele também era humano e do tipo que não sabia controlar seus vícios e nem guardar dinheiro.  

Essas biografias acabam sendo meio corridas e não deixam claro o que aconteceu depois. Por exemplo, meio óbvio que o primeiro filho da Janaína não era do Tim, o próprio Fábio ressalta isso, mas Tim aceitou a Janaína e o filho. Lendo comentários e vendo entrevistas dele, descobri que realmente não era filho dele e como ele não era ligado na justiça, a adoção não foi feita e esse filho não tem o nome do pai que o criou, ou seja Tim Maia. 

Fora outras coisas que eram cobradas judicialmente e ele ignorava todas. O distanciamento de todos durante sua fase religiosa foi tenso, principalmente depois que ele descobriu a verdade sobre o pregador e mandou tudo pelos ares, voltando com tudo para as drogas. Mas o Fábio acabou o abandonando pelo seu egoísmo. E descobri que esse personagem não era nenhum amigo específico e sim uma mistura de vários amigos dele em um só... 

E vendo entrevistas com Tim Maia, o que não vi no filme, foi esse lado carismático e engraçado dele, como eu disse antes, parece que focaram mais no lado do vício....  Bom, não é fácil falar de artista que se degradou e viveu e morreu pelas drogas. Mas poderia ter exaltado também a genialidade dele, a voz dele, os sucessos dele. Acho que o que valeu mesmo foram as interpretações dos atores nas versões jovem e adulta de Tim. Se você não conhece muito sobre a vida dele, vai ficar meio perdido como eu fiquei. 

Mas terá que admitir mesmo não gostando do gênero, que Tim Maia cantava muito... O filme não é de todo ruim, mas para saber melhor sobre ele, melhor através de entrevistas antigas ou outras matérias. Pode ser pior ou melhor... mas talvez seja mais revelador. 

Minha nota de satisfação pessoal 7/10


terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

[Review] Death's game/O jogo da morte ( K-drama) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2023

1 temporada 8 episódios 

Elenco Seo In-Guk, Park So-Dam,Go Yoon-Jung, Kim Mi-Kyung, Choi Shi-Won, Lee Jae-Wook, Lee Do-Hyun, Kim Ji-Hoon 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Yee-Jae tinha uma entrevista de trabalho promissora que poderia mudar sua vida. No entanto, a caminho da entrevista, ele vê um forte acidente e traumatizado não consegue bons resultados com a entrevista. Passam 7 anos em que ele faz trabalhos de meio períodos para pagar sua dívida na faculdade e tenta mais uma vez uma nova entrevista. 

No entanto, ele é mal interpretado e vendo o que sua namorada está perdendo ao seu lado, ele termina com ela. Mas ao chegar em casa ele descobre que foi despejado e ainda não conseguiu a vaga de emprego. Desanimado, não vendo sentido em viver, ele resolve tirar a própria vida. 

Mas, acorda com um corpo diferente e descobre que desrespeitou A Morte e agora ela, vai puní-lo. Como ele desdenhou da vida, ele vai ressuscitar 12 vezes, todas as vezes em um corpo diferente e sofrerá mortes diferentes. A cada morte, ele retorna a um lugar onde A Morte o está esperando. Ela lhe diz que a cada corpo, quando uma luz brilhante aparecer, serão as memórias do corpo que reencarnou. Com as habilidades do corpo, ele deve aprender um meio de sobreviver. Caso consiga, ele poderá viver o resto da vida naquele corpo, caso contrário, ficará no inferno...

Mas a cada vida, apesar de ir descobrindo como viver mais tempo, ele vai enfrentando dificuldades chegando ao extremo de pensar se tudo isso vale mesmo a pena... pois ele não consegue entender o que A Morte quer dele, já que mesmo em corpos diferentes e tentando sobreviver, ele acabou perdendo quem mais amava... era o que achava, até acordar em seu último corpo....







Minhas divagações finais 

Fazia tempo não via um trabalho de Seo In-Guk e com certeza O jogo da morte é impressionante. Yee-Jae tem uma vida realmente desafortunada e mesmo tendo 12 chances de continuar vivendo, casa vida é pior que a própria vida dele. 

A primeira vida "reencarnada", obviamente pensei que ia para outro caminho. Ele estava no corpo do filho do CEO da empresa que o rejeitou, achei que ele ia aproveitar e usar o dinheiro para conquistar sua ex namorada. Mas as duas primeiras vidas foram curtas demais, pois ele ainda estava aprendendo como usar as habilidades dos corpos, para sobreviver. 

A do estudante que sofria bullying foi bem triste. E o mais incrível é ele reencarnar em um corpo onde vai estar perto do assassino do estudante... mas cada vez que vai prolongando aos poucos sua vida em outro corpo, ele vai percebendo que todos eles tiveram alguma relação com uma única pessoa e passa então a planejar um modo de se vingar do sujeito. Mas, obviamente A Morte lhe alertou sobre as regras do jogo e no entanto, foi em sua última chance, seu último corpo, que ele finalmente entendeu o que A Morte queria que ele soubesse o que fez, quando acabou com a própria vida.  

Realmente o último corpo foi golpe baixo, embora eu não esperasse por isso, foi bem pensado. Em todo caso, apesar de desde o início a história parecer sombria, pelas primeiras experiências cheguei a pensar que seria algo voltado para a comédia, mas conforme foi seguindo e uma pessoa estava envolvida em quase todos os episódios de mortes macabros, o negócio foi caminhando para algo bem mais elaborado do que eu poderia imaginar. 

Yee-Jae lutou por sua vida em cada corpo, ironicamente depois do que fez a si mesmo, mas embora nós últimos tenha feito algo realmente bom, ainda não era suficiente para sua redenção. Em todo caso, cada corpo que entrou, já estava destinado a morrer. Mas ele não foi só homens ricos e bem sucedidos, ele foi policial, mendigo e até um bebê ( punição por ele ter mais uma vez desrespeitado A Morte ). Mas a do bebê foi terrível, imaginar que existem pais assim... também foi um terrível assassino... 

Mas os que tiveram um fim mais tristes, foram o do estudante, o bebê e o policial. Claro que nesse ciclo todo, já esperamos pelo menos um pouco do que seria seu desfecho final. Pois, sendo sobre segunda, ou no caso 12 chances de reviver, obviamente se Yee-Jae aprendesse o verdadeiro valor da vida e a quem fez mal, teria um final daqueles... 

Vários atores famosos foram convidados para participarem sendo um corpo em que Yee-Jae reencarnaria. Mas a melhor personagem foi a Kim Mi-Kyung, a ajhuma que aparece em vários doramas. Amo ela em todos e aqui não foi diferente. Mas claro, Seo In-Guk e Park So-Dam arrasaram juntos. Mesmo não sendo um dorama de romance, a química dos dois trabalhando juntos foi espetacular. Ela sendo A Morte e ele uma vítima, que aliás fez todo sentido ela dar uma lição, nas pessoas que não esperavam por ela... mas a triste história de vida de Yee-Jae retrata a verdadeira história de muitos jovens que infelizmente não conseguiram progredir na vida e tiraram suas vidas. Na vida real essas pessoas não tiveram a chance de reviver e procurar o que fez de errado e tentar consertar... mesmo porque, muitas vezes, a pressão social nos impulsiona sempre para um fim trágico... 

No mais, só vi mesmo porque era curtinho e acabei amando. Desde o primeiro episódio, embora o início foi lento e dramático, mas depois que começa o jogo, você quer ver até onde Yee-Jae conseguirá ir e qual será seu verdadeiro final nessa história... 

Super recomendo 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

[Review] Som da liberdade - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2023

Duração 2h 15m

Direção Alejandro Gomez Monteverde

Elenco Jim Caviezel, Mira Sorvino, Bill Camp



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Tim Ballard é um agente federal que prende pedófilos até resgatar um garotinho. Por sua vez, o menino que sofreu abusos e foi separado de sua irmã, pede a Tim que a encontre. 

Tim já vinha sofrendo abalo emocional por seu trabalho pesado, mas passa a questioná-lo quando um colega lhe confessa que não aguenta mais o que eles fazem. E joga a pergunta para Tim de quantas crianças ele salvou? Pois, por mais que prendam os consumidores de pornografia infantil, outros surgem e milhares de crianças seguem desaparecidas. 

Após devolver o jovem ao pai, este lhe faz o mesmo pedido, que inicialmente Tim diz não estar em sua alçada resgatar as crianças. Mas aquela velha pergunta: e se fosse sua filha? Mexe com Tim que decide então tentar o resgate. 








Minhas divagações finais 

Já iniciei o filme muito apreensiva, principalmente porque é inspirada em uma história real. O ser humano é a pior coisa que existe no planeta.

Já desconfiei da bonitona desde o início. Mas que pai na situação dele, negaria algo que parecia promissor diante daquele sorriso de felicidade da filha? E que teste é esse que duraria o dia todo? Eu acamparia na porta do local até ver meus filhos saírem dali no horário marcado. Se bem que, como é uma quadrilha, uma pessoa sozinha não conseguiria impedir nada, capaz de ainda morrer. 

Mas imagina o desespero que é voltar ao local e não encontrar nada, nem vizinhos, nem um sinal de que tinha alguém ali, se sentir enganado, perder os filhos, não ter um sinal de para onde foram... já fiquei desesperada com vontade de chorar nesse início... E com muita raiva do ser humano...

Então, eis que, por coincidência, Tim, um agente federal que trabalha contra a pornografia infantil, acaba resgatando um dos filhos do pai do início da história. Então o pedido de resgate começa aí quando ele pergunta se poderia encontrar a filha mais velha...

Depois de ver o filme, costumo ver outras críticas e me surpreendi com as polêmicas que encontrei. Tráfico sexual e ainda mais infantil é um assunto que nem todos querem falar. Pois se pensarmos na quantidade de crianças exibidas no mercado negro, imagina o número de compradores. E essa doença existe em todo lugar do mundo, infelizmente...

Mas, li de tudo e cheguei a conclusão que já nem tem como mais saber, quando um filme inspirado em uma história real, qual das partes seria a real? Até o verdadeiro Tim Ballard acabou com acusações de colegas de trabalho por assédio, entre outras coisas que foram comentadas. 

Bom, mas e o filme? Não vi ninguém falando das atuações, principalmente das crianças, Jim Caviezel já vi alguns filmes, mas confesso que não lembrava de nenhum... interpretar um personagem dessa magnitude é impressionante. Se foi exatamente assim ou não, pelo menos no filme foi heróico. Tim não teve apoio do trabalho e foi mandado voltar para casa, sem antes conseguir nenhuma prova sobre o tráfico. 

Já havia estourado o orçamento lhe dado e sendo assim, ele se demitiu mas continuou com o plano com ajuda de um conhecido que forneceu o dinheiro. Quando ele consegue encontrar a menina, pensei que fosse embora e ia deixar as outras crianças lá. Mas no final, explica o resto da missão de Tim e como depois de um tempo, finalmente voltou para casa. 

Existe muitas coisas complicadas na lei, e muitas coisas que li, sinceramente? Acho que as pessoas estão misturando os assuntos. O tema é sensível? Com certeza. Não é ficção, é algo que realmente existe. Infelizmente tem muito ser nojento e doente que paga por essas crianças. 

Quanto ao filme, achei forte, tocante e assustador, pois os números são impressionantes... O valor que se ganha com essa ilegalidade faz com que pessoas, mesmo que não tenham desejos pelas crianças, trabalhe para capturá-las... E as vendem sem remorsos e como se fosse um produto qualquer. Isso realmente mexe com nossos sentimentos. 

No mais, a história é extremamente importante para conhecimento geral, não só pelo desaparecimento das crianças, mas também dos métodos usados que são vários, desde um esquema todo elaborado até um simples agarramento da criança e dos pais distraídos na rua. Assim como os traficantes, que podem não parecer suspeitos, mas podem estar próximos. E em relação a produção do filme, achei satisfatória. 10/10

domingo, 4 de fevereiro de 2024

[Review] O gênio do crime (livro) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 1969

Páginas 162

Autor/a João Carlos Marinho 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A moda agora é colecionar figurinhas de futebol e aquele que completar seu álbum, ganhará prêmios. Edmundo e Pituca fazem parte dos garotos que desejam completar seus álbuns. Para Edmundo falta somente uma figurinha, então eles tentam a sorte através de um cambista, visto que estava difícil de encontrar a que faltava. Esse cambista vendia as figurinhas abertas então poderia escolher a que quisesse. 

Após conseguir completar seu álbum, Edmundo e Pituca seguem para a fábrica de figurinhas atrás do prêmio. Uma bola e um jogo de camisa infantil do time de sua escolha. Porém, ao chegarem lá está uma tremenda confusão de vários garotos, todos tristes ou revoltados. Pelo que conseguiu entender, o dono da fábrica estava adiando a distribuição dos prêmios. Então o caos inicia quando um dos meninos joga uma pedra quebrando uma janela. Logo, todos os meninos estavam fazendo o mesmo. Até que, não tendo mais janelas para quebrar, um deles pensa em tocar fogo no lugar. 

É aí que Edmundo acha que já estão no extremo e sugere procurarem um advogado. Assim feito, todos com álbuns completos ganham seus prêmios. No entanto, o dono da fábrica procura Edmundo, pela sua coragem e pede que ele procure a fábrica clandestina que está imprimindo figurinhas falsas, que foi o motivo do dono não ter tido condições de dar o prêmio a tantos garotos. Mas obviamente que os pais de Edmundo acham isso uma loucura. Mas Edmundo que não nega um mistério, junta com seu amigo Pituca e mais o Bolacha, e bolam um plano para começar a investigação. 

Segundo o dono, seu Tomé, o falsário é um gênio do crime, pois até hoje nunca foi pego. Sempre que um cambista é preso, ele muda seus métodos e vendedores e ninguém jamais viu o falsário de perto. Mas Edmundo está disposto a arriscar e encontrar esse bandido. Mesmo que isso implique em mentir para os pais e acampar escondido com os amigos para procurar pistas...


Minhas divagações finais 

Li esse livro muitos anos atrás, quando estava começando a pegar o gosto pela leitura. Mistério, investigação policial, sempre pareceram interessantes e quando se é jovem, quando aparece histórias assim com crianças? É um prato cheio. Mas... ler depois de adulto e vários livros de gênero, meio que acaba perdendo a magia. 

Primeiro que minha memória como sempre é muito falha. Eu só me lembrava do álbum de figurinhas e das crianças investigando. Então entra um gerente do seu Tomé que despede as crianças porque contratou um detetive particular estrangeiro muito famoso. Onde atualmente, um detetive desses permitiria a participação de crianças em uma investigação tão perigosa? Afinal, falsários são capazes de tudo. Mas quando se tem quase a mesma idade quando se lê o livro, pode ter certeza que a história será incrível. 

No entanto, muitas coisas se misturaram, provavelmente com histórias de outros livros e por isso, começo a acreditar que, certas coisas do passado melhor deixar lá, pois aquela lembrança mágica pode acabar sendo destruída. Não que tenha achado a leitura ruim. A escrita é boa de ler, talvez por ser direcionada mais para o público infantil, porém, não é tão exagerada. O tema é interessante e o desfecho frenético, se não fosse esse detetive estrangeiro, talvez teria sido melhor. 

Os planos dos meninos para encontrar o falsário foram geniais, nem mesmo o detetive pensou em algo tão complicado. No entanto ele e as crianças acabaram descobrindo as mesmas coisas. Embora o Bolachão tenha tido mais sorte. Apesar que quase morreu por causa disso.

Na época que li, não lembro quem eu suspeitei que fosse o falsário, mas atualmente, eu achava que era o gerente do seu Tomé e que havia contratado um detetive trapalhão só para despistar. Pois como o falsário fazia as figurinhas falsas muito bem, pensei que poderia ser algum funcionário do seu Tomé e como o gerente apareceu na história, já fui achando que era ele...

E como iniciou com Edmundo, claro que imaginaríamos que ele fosse o herói da história. Embora Bolachão sempre quieto, comendo e pensando, mostrasse que teria mais planos e ideias do que os amigos. 

No mais, a histórinha é curta, muito boa para quem gosta de suspense policial e esteja iniciando o gosto pela leitura. Se fosse para recomendar reler depois de adulto, não o faria. Esse é o tipo de história que é melhor deixar guardado na memória, por mais errônea que seja. Pelo menos será uma memória infantil e a história será interpretada de outra forma. 

Enfim, minha nota de satisfação pessoal para o livro hoje 7/10



sábado, 3 de fevereiro de 2024

[Review] Filho da mãe: um reencontro com Paulo Gustavo - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 51m

Direção Susana Garcia 



Trailer 



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Inicialmente o projeto Filho da mãe, iniciado em 2019, contava com registros dos bastidores e making of da peça homônima, que acabou se transformando em uma belíssima homenagem ao Paulo Gustavo, que veio a falecer em 2021, vítima da Covid 19. 

Paulo Gustavo querendo fazer uma homenagem a sua mãe, sua maior inspiração quando criou dona Hermínia,  começou a sair pelo Brasil fazendo apresentações ao seu lado. Shows repletos de humor, carisma e até música. 

Mesmo com o sucesso, Paulo Gustavo nunca deixou de ser quem era e sua mensagem contra a homofobia foi linda, principalmente quando se casou com Thales e um tempo depois tiveram filhos. 

Com a chegada da Covid e o isolamento, mesmo sem trabalhar, Paulo Gustavo se preocupou com quem trabalhou com ele, ajudou quem precisava, mas no fim... infelizmente seu tempo entre nós foi curto...











Minhas divagações finais 

Incrível como um filme contando a breve passagem de uma pessoa maravilhosa pode te fazer rir e chorar, em questão de minutos. Eu só assisti o primeiro Minha mãe é uma peça, mas vi muitos shorts no YouTube com Paulo Gustavo contando suas histórias em entrevistas, e uma delas foi com Jô Soares,  outra pessoa maravilhosa que também já se foi...

Não imaginava o que Filho da mãe poderia trazer ou contar. Não esperava algo tão puro, lindo, engraçado e ao mesmo tempo tão triste. Paulo Gustavo claramente era um ser com brilho próprio, era um ser apaixonante, era um ser que não conseguia parar quieto. Tanto talento e potencial, com uma breve passagem na Terra, mas que deixou marcas profundas em quem o amava e admirava. 

Até o modo como se revelou para sua mãe ser gay, foi obviamente hilário. Sua vida foi repleta de risadas e tudo era inspiração para se tornar uma piada. O que mais me marcou foi seu casamento e  os filhos. Principalmente porque convenhamos, vivemos em um mundo ainda repleto de preconceito e racismo, e ver uma união tão linda e gerando filhos? Quantos pais que são ausentes e nem se importam com os filhos? 

Mas o mais injusto é um ser tão consciente da bondade, da humanidade, que fazia lives incentivando as pessoas a ficarem em casa, em se cuidarem, a favor da vacina, ser aquele que pegou o vírus... injusto porque teve tanta gente sem noção, se arriscando a toa e no entanto... 

Paulo Gustavo era impressionante sim. Imitando sua mãe e transformando um personagem tão icônico quanto dona Hermínia é algo espetacular. Ver tudo o que ele conquistou e o talento que nós perdemos, é triste demais...

Super recomendo o documentário, se já for fã vai se emocionar e se não for, vai terminar o filme sendo fã. Ri, chorei e amei esse filme. Paulo Gustavo com certeza está em nossos corações para sempre. 

Eu, particularmente só conheci Paulo Gustavo pela comoção de sua morte. Confesso que não sou muito fã de produções brasileiras, mas movida pela curiosidade dessa personalidade tão falada, acabei indo conferir o primeiro filme Minha mãe é uma peça. Não dá para negar que ele, se vestindo de mulher e falando e agindo como uma, foi surpresa enorme, pois ele combinou muito bem com o papel. Eu só tive dificuldade no início porque não curto muito personagens que gostam de falar gritando e a Marcelina era muito insuportável hahaha mas depois que acostuma, a gente acaba entendendo o motivo de tanto sucesso. É fácil imitar a mãe? Pode ser, mas transformar em um personagem tão único, acho difícil. Fazer o que Paulo Gustavo fez, ninguém mais conseguirá. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10

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