Dica de Destaque

[Review] O gênio do crime (livro) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 1969

Páginas 162

Autor/a João Carlos Marinho 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A moda agora é colecionar figurinhas de futebol e aquele que completar seu álbum, ganhará prêmios. Edmundo e Pituca fazem parte dos garotos que desejam completar seus álbuns. Para Edmundo falta somente uma figurinha, então eles tentam a sorte através de um cambista, visto que estava difícil de encontrar a que faltava. Esse cambista vendia as figurinhas abertas então poderia escolher a que quisesse. 

Após conseguir completar seu álbum, Edmundo e Pituca seguem para a fábrica de figurinhas atrás do prêmio. Uma bola e um jogo de camisa infantil do time de sua escolha. Porém, ao chegarem lá está uma tremenda confusão de vários garotos, todos tristes ou revoltados. Pelo que conseguiu entender, o dono da fábrica estava adiando a distribuição dos prêmios. Então o caos inicia quando um dos meninos joga uma pedra quebrando uma janela. Logo, todos os meninos estavam fazendo o mesmo. Até que, não tendo mais janelas para quebrar, um deles pensa em tocar fogo no lugar. 

É aí que Edmundo acha que já estão no extremo e sugere procurarem um advogado. Assim feito, todos com álbuns completos ganham seus prêmios. No entanto, o dono da fábrica procura Edmundo, pela sua coragem e pede que ele procure a fábrica clandestina que está imprimindo figurinhas falsas, que foi o motivo do dono não ter tido condições de dar o prêmio a tantos garotos. Mas obviamente que os pais de Edmundo acham isso uma loucura. Mas Edmundo que não nega um mistério, junta com seu amigo Pituca e mais o Bolacha, e bolam um plano para começar a investigação. 

Segundo o dono, seu Tomé, o falsário é um gênio do crime, pois até hoje nunca foi pego. Sempre que um cambista é preso, ele muda seus métodos e vendedores e ninguém jamais viu o falsário de perto. Mas Edmundo está disposto a arriscar e encontrar esse bandido. Mesmo que isso implique em mentir para os pais e acampar escondido com os amigos para procurar pistas...


Minhas divagações finais 

Li esse livro muitos anos atrás, quando estava começando a pegar o gosto pela leitura. Mistério, investigação policial, sempre pareceram interessantes e quando se é jovem, quando aparece histórias assim com crianças? É um prato cheio. Mas... ler depois de adulto e vários livros de gênero, meio que acaba perdendo a magia. 

Primeiro que minha memória como sempre é muito falha. Eu só me lembrava do álbum de figurinhas e das crianças investigando. Então entra um gerente do seu Tomé que despede as crianças porque contratou um detetive particular estrangeiro muito famoso. Onde atualmente, um detetive desses permitiria a participação de crianças em uma investigação tão perigosa? Afinal, falsários são capazes de tudo. Mas quando se tem quase a mesma idade quando se lê o livro, pode ter certeza que a história será incrível. 

No entanto, muitas coisas se misturaram, provavelmente com histórias de outros livros e por isso, começo a acreditar que, certas coisas do passado melhor deixar lá, pois aquela lembrança mágica pode acabar sendo destruída. Não que tenha achado a leitura ruim. A escrita é boa de ler, talvez por ser direcionada mais para o público infantil, porém, não é tão exagerada. O tema é interessante e o desfecho frenético, se não fosse esse detetive estrangeiro, talvez teria sido melhor. 

Os planos dos meninos para encontrar o falsário foram geniais, nem mesmo o detetive pensou em algo tão complicado. No entanto ele e as crianças acabaram descobrindo as mesmas coisas. Embora o Bolachão tenha tido mais sorte. Apesar que quase morreu por causa disso.

Na época que li, não lembro quem eu suspeitei que fosse o falsário, mas atualmente, eu achava que era o gerente do seu Tomé e que havia contratado um detetive trapalhão só para despistar. Pois como o falsário fazia as figurinhas falsas muito bem, pensei que poderia ser algum funcionário do seu Tomé e como o gerente apareceu na história, já fui achando que era ele...

E como iniciou com Edmundo, claro que imaginaríamos que ele fosse o herói da história. Embora Bolachão sempre quieto, comendo e pensando, mostrasse que teria mais planos e ideias do que os amigos. 

No mais, a histórinha é curta, muito boa para quem gosta de suspense policial e esteja iniciando o gosto pela leitura. Se fosse para recomendar reler depois de adulto, não o faria. Esse é o tipo de história que é melhor deixar guardado na memória, por mais errônea que seja. Pelo menos será uma memória infantil e a história será interpretada de outra forma. 

Enfim, minha nota de satisfação pessoal para o livro hoje 7/10



Comentários