domingo, 3 de março de 2024

[Review] Café com lichia ( livro ) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2023

Páginas 321

Autor/a Emery Lee




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Theo Mori e Gabi Moreno. Dois garotos completamente diferentes, inimigos declarados, mas com uma coisa em comum: uma loja concorrente atrapalha os sonhos dos dois. 

Theo, de família oriental, mora com a família e trabalham em um café, cujo proprietário é tio de Theo. Mas, se já não bastasse a concorrência com os Moreno, agora o novo café, sensação do momento, põe em risco o café da família Mori, onde sem muitos clientes, o tio de Theo pensa em reformar o local e transformar em um spa. Apesar de querer sair dessa cidade, Theo não quer deixar os pais desamparados. 

Por sua vez, Gabi, que desejava continuar o legado da família, vê seu sonho desabar quando seus pais decidem vender o café, uma vez que não está mais dando lucros. E ao contrário de Theo, Gabi é péssimo nos esportes e ainda não saiu do armário. Eis que então, os dois, que não se davam bem, na verdade Theo que era sempre mais hostil com Gabi, passam a trabalhar juntos para conseguirem manter o café de suas respectivas famílias. 

Quando Theo descobre que Gabi também é gay e não o homofóbico que parecia ser, ele passa a ver o inimigo com outros olhos. E além de tentarem salvar seus sonhos, acabam se aproximando cada vez mais...


Minhas divagações finais 

Esse é o primeiro BL que leio que não me cativa tanto quanto outros. Primeiro porque Theo foi insuportávelmente chato no início. Segundo porque não focou tanto nos sentimentos dos meninos e por último, não teve aquela química mágica que geralmente acontece entre eles. Principalmente porque a narração é a partir do ponto de vista dos dois. 

Começou com Theo odiando Gabi sem motivo real e focado em manter o café dos pais. O mesmo para Gabi. O ponto alto da história foram as respectivas famílias parecerem horríveis com os filhos. Pela visão de Theo, ele era inútil para seus pais. Na de Gabi, jamais poderia se assumir para seus pais que eram homofóbicos a ponto de chatear até Theo que já estava acostumado com isso. 

Foi bom trabalhar os amigos de ambos, embora meio que superficialmente. Mas o que faltou mesmo foi o romance entre os dois. Foi nós lermos os sentimentos iniciais entre eles, daqueles que aquecem nossos corações. Gostei como Theo foi mudando aos poucos, mas faltou mais detalhes dessa paixão. 

Por exemplo, Theo era gay assumido, ok. Já Gabi ainda não tinha saído do armário e mesmo sabendo que era gay, poderia ter tido mais dúvidas sobre seus sentimentos, ou poderia ter tido mais situações para os dois se aproximarem, mais batidas de corações acelerados, mais beijos...

Achei algumas coisas meio lentas e desnecessárias e outras corridas demais. Apesar que, o final pelo menos foi satisfatório embora previsível. O que aconteceu com as lojas dos pais de Theo e Gabi, dessa vez, eu acertei na minha teoria. Os dois foram fofinhos não há de negar, mas senti que faltou química entre eles. Já as duas famílias de alguma forma foram um pouco detestáveis mas se redmiram no final. 

Enfim, o título parecia não ter nada a ver com a história, mas acabou sendo interessante embora não tão trabalhado como deveria. O lado bom é que a escrita é gostosa de se ler e não é cansativa. Como já disse um milhão de vezes, só faltou mesmo a química entre o casal. Gosto quando termino a história apaixonada pelos dois. Infelizmente terminei esse como se o casal fossem dois colegas qualquer...

Nota 7/10

sábado, 2 de março de 2024

[Review] Pecados de guerra - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1989

Duração 1h 59m

Direção Brian De Palma

Elenco Sean Penn, Michael J. Fox, John C. Reilly, Don Harvey, John Leguizamo



Trailer




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a guerra no Vietnã, o soldado novato Eriksson, se depara com um dilema quando durante um reconhecimento, um soldado é abatido. Revoltado com a situação o sargento Meserve decide sequestrar uma camponesa e faz todos estuprá-la,  a exceção de Eriksson que além de negar o ato, ainda tentou ajudá-la, mas ela acabou sendo assassinada. 

Eriksson tenta denunciar a equipe, mas além de nenhum superior dar a mínima, ele ainda foi atacado pelos colegas. Só depois de muito tempo, ele conseguiu que os soldados fossem julgados e condenados. 









Minhas divagações finais 

" Só porque podemos morrer pensamos que temos o direito de fazer qualquer coisa. Mas eu acho que é o contrário. O importante é o oposto. Porque já que vamos morrer inesperadamente... deveríamos vigiar mais o que fazemos. Porque talvez seja mais importante..." Eriksson

O filme foi inspirado em eventos reais e por essa razão é totalmente impactante e revoltante. É  como Eriksson desabafou, mas acho que foi mais no caso do sargento que perdeu a sanidade e acabou cometendo as atrocidades contra civis, distorcendo os acontecimentos. Depois que perdeu o amigo e viu que qualquer um deles poderiam morrer inesperadamente, achou que não teria problemas sequestrar uma garota. Como eles não poderiam mais sair para procurar mulheres, o sargento decidiu sequestrar uma para eles a usarem como quisessem. 

Eriksson de início achou que fosse uma brincadeira, mas quando percebeu que o sargento realmente estava levando uma garota com eles, ele decidiu que não faria parte da atrocidade imposta pelo líder. No entanto, o novato (John Leguizamo) que de início havia combinado com Eriksson que também não faria nada, com medo dos colegas, acabou participando. Como a garota foi violentada, acabou ficando doente e Eriksson tentou ajudá-la. No entanto, no final, um deles acabou atirando nela. 

Revoltado com tanta violência, ainda mais por uma civil que nem tinha arma, Eriksson tentou fazer a coisa certa, mas os superiores não quiseram saber. Porém, no final, ele conseguiu a condenação dos soldados, mas ainda tinha medo deles serem libertados e eles vierem atrás dele por vingança. 

O filme apesar do tema ser guerra, se trata mais dos horrores vividos pelos soldados. Como algo pode desencadear a loucura de um homem. Meserve era um homem carismático e bom soldado. Depois da morte do amigo, instigou outros na sua loucura em só matar o inimigo e fazer o mal não importando se eram civis, para ele eram todos inimigos e traidores. 

Eu não esperava pela cena de violência, por isso fiquei muito chocada. Filmes de guerra geralmente são pesados não só pela guerra em si, ou seja, dos soldados atirando uns nos outros e morrendo. O horror está em todo lugar. Civis morrendo sem culpa, sem tempo para fugir ou se proteger. Mulheres sendo constantemente violentadas. Esse lado da história, onde um grupo sequestra uma garota para violentá-la em grupo, deve ser a ponta do iceberg do que acontecia dentro da guerra, onde se não fossem pessoas como Eriksson, seriam casos reais jamais conhecidos. O código de honra entre os soldados, os impedia de relatar anormalidades, como Eriksson por exemplo, Meserve lhe salvou a vida e por isso todos acharam traição ele ter denunciado o líder daquela forma. 

Mas Eriksson ainda tinha seu lado humano, sendo novato no pelotão ou não, para ele violentar uma garota indefesa não fazia parte da guerra.  Meserve acreditava que o que fez, nada mais era do que vingança, só expôs seu ódio na pessoa errada. 

Tirando o lado trágico e horrível da história, as atuações de Sean Penn e Michael J. Fox foram espetacular. Uma pena que Michael tenha adoecido ainda jovem e por isso parou de atuar, mas seus poucos filmes com certeza são marcantes e inesquecíveis. Principalmente seu maior sucesso De volta para o futuro. 

Filmes de guerra não recomendaria para qualquer um. Apesar de achar uma atrocidade, não tem como negar que as filmagens são incríveis, reproduzir aquele momento tão terrível de modo fiel, é surpreendente. Mas é preciso estômago e psicológico para ver. 

Nota 8/10

sexta-feira, 1 de março de 2024

[Review] Máquina mortífera 4 - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1998

Duração 2h 8m

Direção Richard Donner 

Elenco Mel Gibson, Danny Glover, Jet Li, Joe Pesci, Rene Russo, Chris Rock 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Roger e Martin estão pescando tranquilamente no barquinho de Roger, junto com Leo. Mas nada com esse trio termina bem quando se deparam com um navio suspeito cheio de chineses ilegais. 

Roger e Martin então, conhecem o novato policial Lee Butters, que imediatamente puxa o saco de Roger ( com um motivo que ele nem imagina ) e junto de Leo,  vão investigar uma quadrilha que promove a entrada de chineses ilegalmente e os vendem como escravos. 

Porém, existe um mafioso chinês que tem outros planos e é capaz de eliminar os próprios cúmplices para realizá-los. Segue-se então uma perigosa caçada onde as famílias de Roger e Martin correm perigo. 









Minhas divagações finais 

Misericórdia, se Leo já era barulhento, imagina juntar com Buttler. Só porque falei em Jogos Mortais que não sabia se já tinha visto um filme de Chris Rock, eu havia me enganado. Diga-se de passagem, Chris não mudou nada, só envelheceu...

Esse com certeza foi o melhor da franquia e talvez um ótimo encerramento de carreira para a dupla Martin e Roger. E ainda contou com participações do Chris que já mencionei e do Jet Li. 

Não tem como negar que onde Roger e Martin estão, a encrenca sempre os alcança. Pois imaginem só, saíram para uma noite tranquila de pesca e se depararam com um caso de tráfico de chineses. E o mais engraçado e comovente, é Roger encontrando uma família e os escondendo em sua casa. Quão surreal isso pode ser, para um policial levar uma família clandestina e sua família aceitar casualmente? Mas ele entende sobre serem escravos pelo que seus antepassados também passaram. 

E, finalmente Martin toma jeito na vida agora que vai ser pai. Mas Lorna entrando em trabalho de parto, misericórdia, existe alguém assim na vida real? Foi muito cômico. Mas, não achei realmente Chris Rock grande coisa. Minha experiência com ele até agora foi esse filme e Jogos mortais, onde ele coincidentemente interpreta um policial, embora sejam histórias completamente diferentes. Em Máquina mortífera ele é mais engraçado e muito barulhento. Em Jogos Mortais tentou ser um policial mais sério e cheio de drama. A mudança foi grande, tenho que admitir, mas não foi suficiente para admirar seu trabalho. 

Jet Li é famoso pelos seus filmes sempre envolvendo lutas e embora esse seja meio antigo e ele seja um vilão, sempre gostei dos trabalhos dele. 

No mais, esse é o tipo de filme sem mistério, simples, mas divertido e só vendo para saber mesmo. A dupla Martin e Roger sempre envolvidos em confusão e explosões. Na época poderia até ter tido o 5, mas acho que terminar a franquia aí foi melhor. E depois vi que tem um série, que talvez eu veja um dia desses...

Esse último foi bom porque reuniu grandes nomes e o tema foi bem construído. 

Nota 9/10



quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

[Review] Máquina mortífera 3 - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1992

Duração 1h 58m

Direção Richard Donner 

Elenco Mel Gibson, Danny Glover, Rene Russo, Joe Pesci



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Martin e Roger atendem um chamado onde possivelmente pode ser um atentado a bomba. Martin, sempre impulsivo, tem certeza que sabe o que está fazendo e acaba explodindo o prédio. Desde então, ele e seu parceiro Roger são rebaixados a guardas de rua. Roger está a poucos dias de se aposentar e fica revoltado com a nova situação. 

Porém, quando acabam encontrando sem querer um jovem armado, eles desconfiam de que o jovem conseguiu a arma de forma ilegal. Junto com Lorna, da corregedoria, Martin e Roger passam a investigar e acabam descobrindo que possivelmente alguém da polícia está fazendo o trabalho sujo.







Minhas divagações finais 

Tenho que admitir que maratonar qualquer tipo de filme, chega um ponto em que você ou acaba amando ou odiando o filme. No meu caso, comecei empolgada, mas descobri que alguns clássicos no fim não eram o que eu acreditava ser mas, no fim, foi ficando interessante. 

Esses filmes policiais antigos, que misturam comédia e suspense policial, eram muito famosos nos anos 80. E Martin era o tipo de personagem bonitão, mulherengo, imprudente e bom no que fazia, embora acabava sempre destruindo alguma coisa. No início, eu me lembrava que ele ficava com uma mulher mas tinha medo que fosse a filha do Roger. Ufa, ainda bem que era a Lorna. 

E como funcionou a parceria com Joe Pesci, ele permanece com seu tão barulhento personagem quanto Martin, Leo. Por mais que seja maltratado sendo constantemente afastado das investigações, tem até suas utilidades. 

E quem não achou óbvio o romance entre Martin e Lorna? Apesar de que no início não gostei muito dela, mas depois ela ficou maravilhosa. Pelo menos colocou Martin em seu lugar hahaha 

Aqui o drama maior foi para Roger que acabou matando um jovem delinquente, que era amigo de seu filho, que apenas foi para o caminho errado. Ele quase desiste de ser policial por ver alguém tão jovem e armado. E pior de tudo, morrer tão cedo. Embora ele tenha tido que atirar para se defender, ninguém o culpou pela morte do jovem a não ser ele mesmo. Então decidido a pegar o responsável por armar essas crianças, ele volta ao trabalho. 

Claro que sempre com altas explosões e destruição em massa. Roger sempre detonando seu carro... 

Nota 8/10


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

[Review] Máquina Mortífera 2 - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1989

Duração 1h 58m

Direção Richard Donner 

Elenco Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Joss Ackland, Patsy Kensit



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Martin e Roger, recebem a tarefa de vigiar um contador corrupto que vai testemunhar em uma comissão federal. O que parecia ser mais um simples caso de rotina, acaba se tornando a maior caçada, quando descobrem que o acusado fazia lavagem de dinheiro para o mesmo cartel de drogas que estão tentando combater. 

Após perseguirem um carro suspeito e descobrirem um carregamento de moedas de ouro sul-africanas, Martin e Roger conhecem Leo, que agora é perseguido pela gangue sul-africana e ficando sob proteção dos dois policiais. Embora Leo seja extremamente irritante, acompanhou a dupla nas investigações e foi até útil para o desdobramento dos acontecimentos.









Minhas divagações finais 

Esses filmes antigos, são nostálgicos e marcantes, embora desse eu só me lembrasse de Roger com a bomba embaixo de sua privada. De resto é tudo nebuloso. 

A dupla já era incrivelmente hilária e barulhenta, mas quando conhecem Leo, a coisa duplica de tamanho. Leo foi o ingrediente que faltava para deixar a dupla ainda mais engraçada. 

Roger, por ter família e já ser de meia idade, desde o primeiro sofre mais ataques pelos bandidos. E se não fosse ele sentado na privada, já imaginou outra pessoa de sua família? 

Ele já tinha sido motivo de piada por causa do comercial de sua filha, achei que seria por causa da privada também. Mas essa dupla entravam nos lugares e sempre destruíam tudo. Ou alguém morria...

Agora, Martin descobrindo como sua mulher morreu e vendo seu novo interesse romântico morrendo também, foi triste demais. Ele já sofria psicologicamente e ter passado por isso mais uma vez... deixou ele muito mais suicida... perseguiu os bandidos no modo tô nem aí e quase morreu. 

Mas não dá para negar que a dinâmica da família de Roger o cativou além de o ter acolhido como alguém da família também. E Leo, por mais irritante que seja, acaba obviamente fazendo parte dessa louca família. Mas o que Martin fazia com seu ombro, misericórdia, muita agonia...

Nota 8/10

Dica de Destaque

[Review/crítica pessoal] Presença - Divagando Sempre

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