quarta-feira, 5 de junho de 2024

[Review] Evidências do amor - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 1h 45m

Direção Pedro Antônio 

Elenco Sandy, Fábio Porchat, Evelyn Castro



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Laura e Marco Antônio se conhecem em um karaoke cantando a música Evidências. A partir daí, começam um relacionamento. Até o momento em que Marco, cego para o que acontecia ao seu redor, pede Laura em casamento e ela acaba terminando o relacionamento por mensagem. 

Inconsolável e sem entender o motivo, passa um ano desde que Marco viu Laura pela última vez. Até que, passando por um local onde tocava a música Evidências, ele teve um momento perturbador, onde foi parar no passado, em uma memória ruim que teve com Laura. 

Até conseguir entender que era a música em específico que fazia isso, ele passou a evitar ouvir a música até conseguir entender o que tudo isso significava e como eventualmente parar essa maldição. Até que decidiu procurar Laura. Mas aparentemente ela tinha seguido com sua vida, realizado seus sonhos e estava noiva, o que o deixa mais desesperado ainda por não conseguir resolver esse mistério.










Minhas divagações finais 

Não é novidade, para quem me acompanha ao longo das resenhas, que não sou muito fã de filmes nacionais. Mas, as vezes é preconceito da minha parte vindo de quando era mais jovem e o que mais tinha em novelas brasileiras era sacanagem. Embora, deva admitir, que as novelas tinham até uma trama surreal de interessante. Pois não é a toa que prendia a maioria dos telespectadores em frente a TV principalmente no último capítulo. No entanto, fiquei com essa ideia de que qualquer coisa nacional, ia ser apelativo para o sexo. Não que outros países também não usem esse artifício para chamar a atenção, mas eu que não sou muito fã de ver gente trocando fluídos, acho mais sugestivo quando fica apenas implícito o que vai acontecer do que de fato mostrar acontecendo. Acho que algumas intimidades devem ficar apenas entre o casal. Mas, a maioria gosta de ver né, então só me resta pular essas partes.

Enfim, Evidências do amor não teve nada disso, muito obrigada, o que me fez dar uma chance maior ao filme. Não lembro se já vi Fábio Porchat atuando, já vi a Sandy em uma novela muitos anos atrás e me julguem, mas sempre gostei dela cantando, ainda quando era Sandy e Jr. Vi, o que também não é novidade, muitas críticas negativas com o filme. Ultimamente eu tenho lido as críticas depois de terminar o filme. Gosto da surpresa de ver que quando eu não gostei de algo, é muito elogiado ou quando eu gosto, tem muita negatividade. Esse foi um dos casos em que até gostei do filme mas foi detonado por várias pessoas. 

Bom, eu raramente sou influenciada por outras opiniões, eu prefiro conferir e decidir por mim mesma se achei bom. Claro que se gostei, vou indicar, mas a gente sabe que nesse mundão de Deus, não tem como algo ser 100% bom para todos. Sempre vai ter alguém para criticar alguma coisa. Evidências do amor pode não ser grande coisa, mas com certeza foi divertido e adorei a referência de um outro filme com Leonardo Di Caprio que foi muito útil para a história. Pois eu não conseguia imaginar como Marco poderia resolver seu problema. 

O interessante foi acompanhar com as memórias ruins de Marco, alguns motivos de terem feito Laura terminar com ele. Da mesma forma que pudemos ver os motivos de Laura se arrepender do mesmo, pois não tiveram só momentos ruins, no entanto, os ruins foram bons para Marco perceber no que errou, que ele não era tão bom e perfeito como pensava que era. 

Novamente, me julguem, mas achei a história tão despretensiosa que foi bom. Me diverti, me emocionei, porque ver casais desabando pelos mesmos motivos tem de monte por aí, mas claro que ninguém desmaia ouvindo a música do casal e voltando no tempo para poder perceber o que errou e tentar arrumar as coisas. Mas, se todos pudessem ter a chance de poder ver os erros, com certeza teria menos separações hoje em dia. 

Enfim, apesar de ter achado Laura uma personagem um pouco sem emoção, não sei ao certo se é da personagem ou da atuação da Sandy, porque pelo menos Marco foi um personagem marcante e muito a vontade com tudo, parecendo até que realmente estava passando por aquilo. E o Plot twist da Júlia gente, quando ela falou o que acontecia quando ouvia a música Brincar de ser feliz, a gente acha que ela tá fazendo piada com a situação do Marco né, se bem que, pode ser possível pois ela foi a única que o ajudou, embora no início foi cômica demais. Daria até uma sequência com ela sendo a protagonista. Amei ela. 

Recomendo. 

Nota 8/10

terça-feira, 4 de junho de 2024

[Review] Ingresso para o paraíso - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 41m

Direção Ol Parker

Elenco Julia Roberts (Georgia), George Clooney (David), Kaitlyn Dever (Lily), Maxime Bouttier (Gede), Lucas Bravo (Paul), Billie Lourd (Wren)



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lily, após se formar viaja para Bali, lá ela encontra sua alma gêmea. Agora, resta convencer os pais, que se casar com Gede, um nativo de Bali, com apenas um mês após se conhecerem não é loucura. 

Mas, não é o que Georgia e David pensam. Com um casamento de 5 anos, após se separarem, se tornaram inimigos. Eles tentam não estar no mesmo local que o outro, embora agora, com o casamento da filha, passam mais tempo juntos. Querendo evitar que Lily sofra uma decepção após se casar como eles, Georgia e David se unem, para sabotar o casamento da filha. 








Minhas divagações finais 

Senti uma pequena semelhança com um filme que vi recentemente. A mãe da noiva. A semelhança está na noiva se casando jovem e a mãe reencontrando o ex. Apesar de lembrar muito a história, acho que gostei mais desse, Ingresso para o paraíso. A noiva parecia realmente apaixonada e gente, Julia Roberts, não importa a idade, continua maravilhosa. E George Clooney como par romântico? Deu muito certo. 

Para uma comédia romântica, muitos clichês óbvios. A gente já sabe como iria terminar. Só me admira que David estivesse solteiro, pois aparentava ser um garanhão, ou talvez seja a imagem que temos dele. Me lembrei de outra semelhança com o filme A mãe da noiva, quando o casal fica preso em um local sem acesso fácil. Daria para dizer que A mãe da noiva foi inspirado no Ingresso para o paraíso. 

Obviamente por ser clichê, vi muitas críticas negativas falando principalmente do roteiro ruim. Eu, particularmente, achei o roteiro condizente com a história. As cenas de brigas entre Georgia e David eram muito divertidas. E aquele namorado da Georgia? Ainda ser piloto? Hilário. De todos os momentos que Lily conseguiu ser irritante, a pior foi quando ela quis convencer a mãe a não se casar com Paul. Dizendo coisas que a mãe poderia pontuar sobre o próprio casamento da filha. 

Acho que a única parte desagradável foi o casal tentar sabotar o casamento da filha. Ninguém sabe se vai dar certo ou não. Se não desse certo, existe o divórcio e vida que segue. Acho que teria sido mais divertido se não tivesse essa parte. Talvez em vez disso o foco poderia ter sido em o casal tentar conviver juntos sem brigar, passando por várias situações que indicavam que estavam ainda apaixonados pelo outro, tendo que passar vários momentos sozinhos. E aquela amiga da Lily também foi meio nada a ver. 

E falando em Lily, por que será que nesses filmes de casamento dos filhos, eles geralmente são meio chatinhos? A Lily até parecia apaixonada, mas o modo como tratava os pais. Bom, nem tudo foi perfeito e que bom que o foco maior foi no casal Goergia e David. Recomendo, apesar que é satisfatório no momento. 

Nota 9/10

segunda-feira, 3 de junho de 2024

[Review] Relatos selvagens - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2014

Duração 2h 2m

Direção Damián Szifron



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

São seis histórias de vingança, contada de modo perturbador e as vezes sem muita noção. Impactante com certeza.

Temos a história de um homem que reuniu todos que odiava em um avião, sendo ele mesmo o piloto. Depois de uma garçonete que atende um cliente intragável e a cozinheira lhe dá ideias de como dar uma lição no homem. O próximo é de dois motoristas que se estranham na estrada e resolvem na violência. Temos o do engenheiro que teve o carro apreendido por estacionar em local proibido, porém não havia nenhuma sinalização indicando isso. Ele resolveu a sua maneira. Teve ainda um jovem que atropelou uma mulher grávida e fugiu do local, seu pai então tenta arrumar outra pessoa para levar a culpa e por fim, uma noiva descobre que é traída na festa de casamento. 








Minhas divagações finais 

Não é novidade que alguns filmes eu descubro pelo shorts do YouTube e esse não foi diferente. Porém, a cena que vi foi sobre o Gabriel Pasternak, que todos dentro do avião conheciam e não tinham terminado bem com ele. Como o início do filme já é essa parte, eu pensei que o filme todo seria sobre isso. Que quando terminou daquela forma, contaria então como todos chegaram ali. Eu não tinha visto Sinopse nem trailer, por isso fiquei bem confusa quando foi para a próxima história. 

Como não havia mostrado o tal do Gabriel, pensei que estava contando a história de alguém que estava no avião que havia o conhecido no restaurante. Mas quando foi para a próxima história e não tinha como os dois estarem no avião, pelo final deles, tive que parar o filme e pesquisar, porque não estava entendendo nada. Foi assim que descobri que eram seis histórias sobre vingança. 

Vi que foi muito elogiado, porém, a última história estragou tudo. Se tivesse seguido a lógica dos anteriores, acho que terminaria com chave de ouro. A do Gabriel foi interessante porque o final, quando o terapeuta diz que  ninguém ali tem culpa, que a culpa é dos pais dele, foi chocante porém interessante. 

Acho que a história que menos gostei, foi o último, da noiva traída. Ficou tudo muito louco, mas quando ela feriu a mulher, ainda estava caminhando na mesma direção dos outros, mas o final? Aiaiai não gostei. Assim como a do jovem que atropelou a mulher grávida e fugiu. O final foi chocante porém esperado, já que o homem na entrevista havia dito que iria se vingar do assassino. 

Se eu soubesse que seria uma Coletânea de contos, talvez não teria assistido. Daí a importância de as vezes ver um trailer ou ler uma Sinopse. Ou, quem sabe, sabendo que seria contos, preparada, talvez teria aproveitado mais. No fim, tudo se resume a natureza humana, que parte para a agressão para resolver pequenos problemas. Como a do motorista que se talvez tivesse ficado quieto ao ultrapassar o outro carro, nada daquilo teria acontecido. 

Acho que os mais interessantes foram a do Gabriel e da mulher do restaurante. Talvez a do engenheiro também seja interessante. Quando chegamos no limite, as vezes coisas assim podem acontecer, diante de uma burocracia absurda. Já do jovem que atropelou a mulher, já se vê como foi sua criação quando seu pai tenta colocar a culpa em outra pessoa. A da noiva nem vou comentar porque foi a menos interessante para mim. 

Não sei se recomendo, pois confesso que terminei meio que decepcionada. Apesar das críticas positivas, não achei grande coisa. 

Nota 7/10

domingo, 2 de junho de 2024

[Resenha] Moby Dick - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 1851 (li a edição publicada em 2008)

Páginas 656

Autor Herman Melville



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

A história é contada sob a perspectiva de Ishamael, um marinheiro que participou da última viagem do navio baleeiro Pequod, saído de Nantucket. O Capitão Ahab, passou a viagem inteira obcecado em perseguir a baleia branca, que no passado lhe arrancou a perna. 


Minhas divagações finais 

Segunda vez que tento ler esse livro. Da primeira vez me cansava e eu sentia muito sono. Mas dessa vez consegui terminar. Pelo que me lembrava, era cansativo pelas descrições detalhadas da pesca. Nem me lembrava de Ishmael e seu companheiro Queequeg. Achei o início muito interessante, pois o modo como Ishamel conheceu Queequeg, foi muito promissor. Até encontrarem o Pequod e fazerem parte da tripulação. Ainda ficou aquele mistério porque o capitão Ahab demorou para dar as caras. 

Depois, quando estavam já no mar, comecei a achar a leitura cansativa e confusa. Mas nada que deixe a obra sem graça. No entanto, se tivesse menos detalhes que não achei muito importantes, tanto que nem lembro mais, talvez mais pessoas teriam oportunidade de ler, já que suas mais de 600 páginas pode assustar quem não gosta de ler livros longos. 

As atitudes de Ahab podem ser vistas em alguns filmes de pescadores, por sua obsessão em caçar Moby Dick, ignorando até pedidos de ajuda de outros navios, quando encontravam algum, sendo que a primeira coisa que Ahab perguntava era se tinham visto a baleia branca. 

Queequeg e Ishmael tiveram momentos hilários juntos, pena que a bordo do Pequod isso foi apagado. A leitura chegou a ficar um pouco maçante, por isso várias coisas não me recordo mais. Agora, chegando para o final, foi eletrizante, embora seu final seja triste. A descrição da baleia branca na história não foi muito satisfatória, principalmente quando finalmente a encontraram. Talvez seja porque outros livros ou filmes, dão certo destaque a baleia. 

Sempre achei que Moby Dick só tinha uma história, que era contada por Herman Melville, e me confundi com a história de No coração do mar, que relata um navio baleeiro, Essex, que também estava atrás de Moby Dick mas que veio a afundar, deixando os tripulantes divididos nos botes salva vidas a deriva no mar. Mas esse foi escrito por Nathaniel Philbrick e bem mais recente do que Herman, então entendi quem se inspirou em quem. 

Eu acho que a diferença das épocas na escrita, faz uma enorme diferença. Apesar que a edição de Herman que li, foi bem agradável até. No entanto, o foco de Herman era a caça das baleias e a descrição de como caçá-las, assim como seus meios de navegação. Muitas palavras fiquei sem entender, apesar de ter um glossário no final, mas fiquei com preguiça de ficar procurando o que cada coisa significava. A única palavra que procurei foi o significado de ostaxa, que sinceramente, nunca tinha ouvido falar. 

Bom, no mais, eu gosto de um desafio e essas leituras de autores antigos, são incríveis, embora alguns cansativos de se ler. Mas o que vale é a experiência. Recomendo. 

Nota 10/10

sábado, 1 de junho de 2024

[Review] Túmulo dos vagalumes ( Hotaru no haka ) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1988

Duração 1h 29m

Direção Isao Takahata



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Em meio a Segunda Guerra Mundial, os irmãos Seita e Setsuko procuram um abrigo durante um bombardeio. O pai, foi convocado pela Marinha e a mãe acabou se separando durante o bombardeio. 

Seita consegue protegê-lo e sua irmã e procuram pela mãe. Seita descobre a mãe muito ferida, mas não resiste e vem a falecer. Como combinado entre as famílias, Seita e Setsuko ficam com uma tia. 

Assim que descobre que a mãe morreu, a tia que já não tratava tão bem os irmãos, só implica e reclama deles. Cansado, Seita reúne suas coisas e vai embora com Setsuko.

Os dois passam a morar em uma mina abandonada, mas com o avanço da guerra, fica difícil arranjar comida. Seita aproveita os momentos de bombardeio para saquear as casas abandonadas. 

Apesar de seus esforços, a fome agrava a saúde dos irmãos. 












Minhas divagações finais 

A primeira vez que vi esse anime movie, chorei horrores. Dessa vez, não chorei tanto quanto imaginei que choraria. Mas também, já vi inúmeras vezes. Se bem que, já faz um tempo desde a última vez que vi. Estava receosa pois pelo que me lembrava, era uma história extremamente triste. 

Acho que é o segundo ou terceiro anime movie que vejo que fala sobre a Segunda Guerra Mundial. E por ser uma animação, achei algumas cenas bem fortes. O Japão foi rendido e assim Seita descobre porque nunca obteve respostas de suas cartas para seu pai. 

Não sei se é spoiler, já que o filme inicia contando o final. Nós já sabemos o que acontece com Seita, o filme em si, conta como ele chegou até ali. 

Seita foi um ótimo irmão mais velho e fez o que pôde para cuidar da irmã. Só não entendi porque durante o bombardeio, a mãe se separou deles. Será que se tivessem ficado juntos, o final seria outro? Já que assim, acho que mesmo que se ficassem com a tia, ela não trataria os irmãos mal e eles não fugiriam para o abrigo abandonado. 

Não importa qual tipo de filme a história será contada, mas o ser humano nunca muda diante de uma tragédia. Seita apanhou e foi levado para a polícia quando um homem descobriu que ele vinha roubando a comida das pessoas. E mesmo com Setsuko ali, uma criancinha e que era óbvio que ele fazia isso para alimentá-la, não houve perdão do homem. 

Bom, já começa com o tratamento frio da tia que nem cuidou direito desses dois. E no hospital também, quando o médico examinou Setsuko e só deu o diagnóstico como se aquela vida não importasse e chamou o próximo. Nessas condições, nem criança toca o coração dessas pessoas. 

Não me recordo onde estava quando vi pela primeira vez, mas morando no Japão, fui atrás daquelas balinhas que Setsuko tanta amava. Também quando vi a primeira vez, eu sabia sobre a Segunda Guerra Mundial, mas só anos depois, após ver e ler muito sobre essa guerra, que entendi que infelizmente esse país estava do lado errado da guerra. Mas não há como negar o fato de inúmeras mortes de civis inocentes. 

Não entendi muito bem também, porque Seita não foi para um abrigo, quando lhe ofereceram refúgio, após a morte da mãe. Com certeza seria melhor do que a vida na casa da tia e quem sabe o que teria acontecido com eles no final? Mas, por mais que especulamos ou desejamos outras alternativas, não tem como mudar a trajetória final da história. Sem contar que é produzido pelo Studio Ghibli, então já é de se esperar algo incrível. Mas o mais triste, é saber que o filme foi inspirado em uma história real.

Super recomendo.

Nota 10/10

Dica de Destaque

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