quinta-feira, 1 de agosto de 2024

[Review] O pálido olho azul - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 2h 8m

Direção Scott Cooper

Elenco Christian Bale, Harry Melling, Gillian Anderson, Lucy Boynton, Robert DuVall




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Augustus Landor é um investigador aposentado, após o desaparecimento de sua filha. No entanto, ele é procurado pelos militares de uma escola, onde um de seus cadetes foi encontrado enforcado. Mas o mistério não foi o caso que poderia ser considerado suicídio, mas sim seu corpo ter sido profanado e seu coração retirado. 

Landor então pede a ajuda de um jovem cadete, Edgar Allan Poe,  para investigar o caso de seu colega. Mas, quando mais um corpo aparece, Landor suspeita que essas mortes pode ter algo como o ocultismo envolvido e a família do médico legista da região é seu principal suspeito. 









Minhas divagações finais 

Logo que saiu o filme, eu queria muito ter visto na época porque estava sendo muito comentado. Principalmente por ter Christian Bale no elenco. Não é novidade que Bale se transforma em qualquer papel que ele pegue. Mas, não fazia ideia do que se tratava o filme. 

Inesperadamente, me senti enganada por ser um daqueles suspenses do tipo O sexto sentido. Todos os sinais estavam ali, mas eu ignorei todos eles. A reviravolta me deixou de queixo caido. Confesso que não esperava por isso.

A história segue a investigação de Landor atrás de um suspeito responsavel pelas mortes. Várias vezes desconfiei de Poe, porque sua morbidez e seu interesse no caso, era muito suspeito. Mas como Landor disse em uma conversa com Poe: com muita paciência, o suspeito muitas vezes interroga a si mesmo. E foi aqui que desconfiei de Poe. Por que? Também não faço ideia. Mas quando terminei o filme e vi o trailer, caiu a ficha da pista que estava bem na minha frente e eu ignorei. 

Foi uma boa jogada e eu, particularmente, mesmo depois de ver várias críticas negativas, confesso que terminei o filme deslumbrada. Bale incorporou um personagem sombrio, que buscava a verdade quando escondia seus próprios segredos. E a escolha em pedir ajuda ao jovem Poe, não foi ao acaso. A única parte que não gostei, foi a do Poe acusando Landor, do mal que causou a jovem Lea, por quem acabou tendo sentimentos. E mesmo depois de tudo o que ela fez, ficou fazendo drama por causa dela. Eu desconfiei dela desde que começou a interagir com Poe e revelou ser muito doente. Mas a virada nessa história toda foi surreal. 

Sempre vai ter alguém que vai dizer que sabia tudo desde o início. Não, eu jamais desconfiei desse desfecho. Que tinha alguma coisa errada na história de Landor sobre sua filha ter fugido, era bem óbvio, mas não vi nenhuma pista do que aconteceria em seguida. Ou seja, eu, me surpreendi e achei tudo satisfatório. Depois descobri que o filme é uma adaptação de livro e como não o li, não tenho nenhuma base de comparação e não afirmar se o livro é melhor. Geralmente prefiro o livro, mas o filme foi de um entendimento razoável, a fotografia espetacular e o personagem ainda jovem baseado no escritor Edgar Allan Poe foi fenomenal. 

Não vou dar spoilers dessa vez, por mais que queira comentar com, porque a graça do filme é descobrir tudo conforme a história for desenrolando. Cheguei a conclusão que sou completamente do contra. Quando eu gosto de um filme, chove críticas negativas e quando não gosto, é cheio de elogios... vai entender.

No mais, claro, super recomendo. 

Nota 9/10

quarta-feira, 31 de julho de 2024

[Review] A Bailarina (K-Movie) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2023

Duração 1h 33m

Direção Lee Chung-Hyeon

Elenco Jeon Jong-Seo, Kim Ji-Hoon, Shin Se-Hwi, Park Yu-Rim





Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Jang Ok-Joo é uma ex guarda costas, que agora vive uma vida sem incidentes depois de rever uma antiga colega de escola e firmar a amizade. Min-Hee é cheia de vida e seu sonho é ser bailarina. Uma noite Ok-Joo recebe uma ligação da amiga para beberem juntas e ela vai até a casa de Min-Hee. Quando esta não atende a porta, Ok-Joo entra e encontra uma caixa deixada para ela. Ali tem um par de sapatilhas e um bilhete, pedindo que vingue sua morte e um nome. 

Arrasada, Ok-Joo vai atrás desse nome e pelo telefone de Min-Hee descobre um homem, Choi Pro. Após seguí-lo, ela encontra em sua casa, pen-drive, vários deles, e ela vê o da bailarina e encontra um vídeo de sua amiga. Ok-Joo descobre então essa organização que ameaçava as vítimas em expor seus vídeos na Internet, as tornando suas "escravas", como vieram a ser chamadas. Enquanto tentava dar uma lição em Choi Pro, uma garota acaba escapando e se juntando a Ok-Joo em seu plano de vingança. 











Minhas divagações finais 

Minha nossa, não fazia ideia de como esse filme era bom. Provavelmente só coloquei na minha lista, pela atriz que fez La casa de papel: Coréia. Mas desde o início do filme, já foi eletrizante e me prendeu. Ok-Joo impede um assalto em uma loja de conveniência, apesar que destruiu muita coisa, mas já deu para ver o quão maravilhosa ela era. 

Ok-Joo não tinha muita perspectiva de seu futuro, até reencontrar sua antiga colega e se tornarem melhores amigas. Fizeram várias coisas juntas que seu trabalho pesado não permitia. E teve que voltar para ele, quando sua amiga morreu. Inicialmente eu havia pensado que alguém a tivesse matado diretamente. Apesar de esperar que Ok-Joo fosse vingá-la, achei esse método da Min-Hee meio extremo. Mas depois de ver pelo o que ela passou e como era perseguida, não dá para julgá-la. 

Agora, seu bilhete misterioso com apenas um nome, foi genial. Embora, eu ache que Ok-Joo só conseguiu mesmo descobrir Choi Pro pelo telefone da amiga. Mas o melhor de tudo, é que estamos acostumados em ver filmes de vingança onde o protagonista é homem e ver esse derramamento de sangue causado por uma mulher, foi incrível. 

E o diferencial que amei, não sei se é mas pode ser SPOILERS foi quando Ok-Joo encontrou o chefão e antes mesmo de esperar por qualquer explicação, típico desses filmes de ação, ela simplesmente atirou nele. Entre chocada e admirada, foi minha reação e não parava. Ela sozinha acabou com todos da organização procurando respostas para sua pergunta, que era onde estava a garota. Eu achei que ela não fosse voltar pela menina e depois de encontrá-la, pensei que fossem viver juntas. Mas talvez ela tivesse família né. 

Mas aquele casal de idosos que vendiam armas clandestinas, gente, que comédia. Mas também, quem iria desconfiar deles né. Mas a última arma que Ok-Joo usou em Choi Pro sem hesitar, foi a cereja do bolo. Ele merecia ter sofrido mais. Pensar em como o homem pode ser nojento com esse tipo de tráfico. Doente é pouco né. Tanto quem vende e abusa, quanto quem compra esse tipo de serviço. E o ator que interpreta o Choi Pro é perfeito para esse tipo de papel, psicopata pervertido perturbado da cabeça. 

No mais, melhor estilo de vingança a la John Wick. Recomendo. 

Nota 10/10

terça-feira, 30 de julho de 2024

[Review] Operação: arma secreta - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2023

Duração 1h 40m

Direção Daniel Marcowicz




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Um grupo de mercenários é contratado para obter fotos comprometedoras de uma jornalista em uma ilha remota. Porém, antes que pudessem fugir, uma arma ainda  experimental é acionada e dois de seus companheiros são atingidos. Ficam selvagens e atacam as cegas. Infelizmente um dos atingidos é o irmão de um dos soldados, que para se proteger, acaba o matando. Agora, além de vingança, ele se vê envolvido em uma rede de traição e a arma, Apanhador de almas, como foi chamada construída inicialmente para curar o câncer, agora virou uma máquina de destruição. 







Minhas divagações finais 

Não fazia ideia do que se tratava o filme, principalmente porque eu claramente havia me enganado. Pelo cartaz eu vi uma soldado que confundi com a Ursula Corberó, de La casa de papel e sem ver mais nada já coloquei na minha lista. Eis que começo a ver o filme e percebo que não tem nada a ver, principalmente que já começa no idioma que é completamente diferente, polonês.

Mas, de qualquer forma, mesmo após ter percebido meu erro, continuei a ver o filme. A história inicialmente parecia ter muito potencial. Um grupo de mercenários ex militares, recebem uma missão clandestina de receber fotos através de uma jornalista e acabam vendo uma arma experimental que muda o comportamento das pessoas. 

Mas depois fica meio confuso quando o protagonista reúne sua equipe para pegar a arma e o grupo festeja e acabam bebendo. Ou mais pra frente quando o protagonista se interessa pela jornalista, que vem a ser filha do homem que criou a máquina, chamada de Apanhador de almas. O que quero dizer é que esses momentos não combinou muito com a temática geral da história. 

A arma em si não era grande coisa, mas o cientista que a construiu, não queria que ela fosse usada para o mal, pois seu intuito sempre foi para curar as pessoas. Ele foi raptado e obrigado pelo General, a melhorar a máquina para ser vendida. Mas como seus planos foram atrapalhados, ele tentou usar a arma contra seus inimigos. 

Confesso que lá pela metade do filme já tinha perdido o interesse e por isso não prestei muita atenção em detalhes e como podem ver, em nomes. O idioma não foi o problema, eu gosto de ver os variados tipos de filmes de qualquer lugar do mundo, mas acho que a história se perdeu um pouco. A ação foi razoável. 

Nota 7/10

segunda-feira, 29 de julho de 2024

[Review] Wonderland - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 1h 53m

Direção Kim Tae-Yong

Elenco Bae Suzy (Jeong-In)

Park Bo-Gum (Tae-Joo)

Tang Wei (Bai Li)

Gong Yoo 




Trailer 





DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Wonderland é um programa de simulação virtual onde você pode continuar se comunicando com pessoas que você ama, mas que morreram. Com exceção de Jeong-In, onde seu namorado está apenas em coma. Mas, sentindo sua falta, ela simulou Tae-Joo e passou seus dias com ele, até que o verdadeiro acordou. Enquanto Bai Li trabalha viajando longe da filha e não sabe que ela é uma simulação...








Minhas divagações finais 

Um filme com uma história que trabalha o psicológico das pessoas. Um mundo onde você pode continuar interagindo com quem já morreu, mas, pode não proporcionar a satisfação esperada. 

Duas mulheres são o foco principal da história. Uma mãe e uma jovem. A diferença é que uma delas é uma IA. Jeong-In sentia tanta falta do namorado que optou pelo programa enquanto Tae-Joo estava em coma. Para amenizar sua solidão, ela conversava com a IA enquanto esperava o namorado acordar. 

Bai Li foi um caso diferente porque mostrou a perspectiva vista pelo seu ponto de vista, então por um momento fiquei confusa se era ela ou a filha que era IA. Também não havia entendido o que o personagem de Gong Yoo era. Ele apareceu para Bai Li em seus momentos críticos, então pensei que ele era como ela, um defeito no sistema que sabia o que eles eram. 

Parecia confuso porque após conversar com sua filha no aeroporto e descobrir o que era, ela retorna ao início do filme, quando fala com Gong Yoo a primeira vez. Depois vi um vídeo supondo o que ele poderia ser e faz até sentido. 

Mas o mais triste foram dois casos, o da vovó que trabalhava feito condenada para dar tudo do bom e do melhor para seu neto, IA, que por algum motivo estava ficando mimado e ela se sacrificava por ele. E o caso da Jeong-In, que antes do coma de Tae-Joo, eles eram felizes e se davam bem, mas depois que acordou, ele não era mais o mesmo e a IA era a única coisa mais perto de quem Tae-Joo foi um dia. Apesar de amá-lo,  não ficou claro se no final ficaram juntos. 

O caso da Bai Li foi triste porque a avó mentiu para a neta e a criança achava que a mãe estava viva trabalhando longe. Depois de um tempo você acabava percebendo que aqueles que conversavam com alguém por vídeo, provavelmente era uma IA. Confesso que não sou fã de IA, então não achei o filme tão impressionante quanto imaginei que seria. 

Claro que para variar, imaginei que o rumo da história fosse outro. Não sei porque, mas imaginei que Tae-Joo era um astronauta que morreu no espaço e por isso Jeong-In manteve sua IA com essa essência. Óbvio que não foi nada disso. 

O filme não explica muita coisa, aos poucos você vai encaixando as peças e descobrindo o que precisa. O mais trabalhado aqui são as emoções humanas. O quanto a tecnologia pode ser boa e ruim ao mesmo tempo. Como as vezes essa ilusão pode ser mais prejudicial do que ajudar psicologicamente. Ou, como pode atrapalhar mais como no caso de Jeong-In que tinha a IA perfeita e não conseguiu lidar com as falhas do verdadeiro Tae-Joo. 

Para mim só valeu mesmo pelos breves momentos em que Gong Yoo apareceu. Gosto dos doramas da Suzy, mas esse seu personagem não me cativou. Park Bo-Gum não conheço muito seu trabalho, então meu interesse pelo filme não foi tanto pelos atores dessa vez. Mas acho que vale a pena dar um confere.

Eu, particularmente prefiro aceitar o curso natural da vida. Nós fomos criados para interagir com outras pessoas de carne e osso. Por mais que seja triste e difícil perder alguém, pelo menos para mim, seria completamente estranho continuar interagindo com alguém, através de uma tela, sabendo que essa pessoa já morreu. Seria no mínimo assustador. Principalmente porque tenho pavor de IA e tudo que envolve que essa tecnologia...

Nota 8/10

domingo, 28 de julho de 2024

[Review] Confissões/Kokuhaku - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2010

Duração 1h 46m

Direção Tetsuya Nakashima

Elenco Takako Matsu (Moriguchi)

Yukito Nishii ( Shuya)

Kaoru Fujiwara (Naoki)

Ai Hashimoto (Mizuki)




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Moriguchi em seu último dia de aula como professora, anuncia sua demissão antes das férias escolares. Seu motivo poderia ser a perda da filhinha Manami de 4 anos, mas, ela revela que sua morte não foi acidental e sim assassinato, cometido por dois alunos daquela turma. Agora, ela vai se vingar. 







Minhas divagações finais 

Quando iniciei o filme, estava achando a adaptação perfeita, pelo menos no capítulo da confissão de Moriguchi. Mas, obviamente, como qualquer adaptação, houve algumas mudanças. Embora o livro tenha sido curto, o filme conseguiu até que colocar todas as partes nele. 

Entre ler e imaginar e ver como realmente seria, sempre preferi o ato de ler e imaginar. Fora que o livro por mais curto que seja, me parece que expõe o assunto muito mais explicado que um filme. Que acho que é mais bonito visual, mas dependendo da cena, precisamos raciocinar o que quer dizê-la. 

Após Moriguchi sair da escola e dar início a sua vingança, pode parecer meio confuso, porque as confissões seguinte, seguem pela perspectiva de outros envolvidos. Começa com Mizuki, que apesar de ser uma aluna exemplar, tem outra personalidade escondida e acaba se envolvendo com um dos suspeitos e por isso, teve um final trágico. Não sem antes servir de informante, mesmo que sem querer, para Moriguchi, que usou o que descobriu para o ato final de um dos assassinos de sua filha. 

As mudanças foram sutis e pode-se até ser consideradas irrelevantes, já que o rumo que tomou teve a mesma finalidade do livro. Não nego que as atuações para esse tipo de história, principalmente da parte juvenil, foram excepcionais. Mas meus elogios vão para Moriguchi.  Ao iniciar sua história antes de revelar o resultado final, seu tom de voz soa sinistro por ela sempre falar calmamente, mesmo quando revelou a causa da morte de Manami. Se tivesse mostrado ódio ou elevasse a voz, não teria o mesmo efeito. Foi muito bem conduzida. 

A forma como Moriguchi manipulou todos para a realização de seus propósitos, foi coisa de profissional. O que a morte de alguém que amamos não nos leva a fazer. De todos os tipos de vingança, esse, com certeza é o melhor de todos. Visto de fora, não daria para imaginar que Moriguchi fosse a culpada. A não ser pelo diário da mãe de um dos culpados que conta tudo o que passou e descobriu sobre seu filho e seu envolvimento no incidente. 

Claro, a forma como termina e o que Moriguchi fez no final, achei no livro mais interessante porque ficamos apenas imaginando se aquilo realmente é verdade. Enquanto que no filme, já mostra ela aparecendo para o aluno e lhe mostrando realmente do que ela era capaz. No fim, como eu disse no livro, esse aluno causou sua própria sentença. Mas Mizuki ainda lhe disse algo real, ele não precisava ter feito tudo isso só para chamar a atenção da pessoa que ele queria, ele poderia ter ido procurá-la de outras formas. Tudo isso foi porque ele teve medo de ser rejeitado. Infelizmente escolheu o pior caminho. Só não gostei muito do professor substituto da Moriguchi, muito animado tentando ser legal para conquistar os alunos. Acho forçado demais. 

No mais, filme e livro acabaram desenvolvendo temas muito mais profundos do que aparentava. Recomendo. 

Nota 10/10

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