sexta-feira, 8 de novembro de 2024

[Review/crítica] É assim que acaba - Divagando Sempre

 

Confesso que estava receosa de ver o filme porque Colleen Hoover me traumatizou profundamente com Verety, último livro dela que consegui ler. Ainda bem que É assim que acaba tinha lido antes. Confesso que só vi o filme pela Blake Lively que amo essa atriz. E apesar de tudo, até que fiquei satisfeita com o filme. E diga-se de passagem, amei o Atlas. Que voz minha gente. Que homem. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 2h 11m

Direção Justin Baldoni

Elenco Blake Lively (Lily)

Justin Baldoni (Ryle)

Brandon Sklenar (Atlas)

Jenny Slate (Allysa)

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lily acaba de perder o pai e por isso retorna a sua cidade natal para o velório, onde como uma boa filha, falaria algumas coisas boas sobre ele. Infelizmente ela não consegue, pois ela cresceu vendo seu pai sendo abusivo com sua mãe e esta sempre lhe perdoando. Incapaz de ver coisas boas nele, ela deixa o local e vai parar no telhado de um prédio onde ela acaba conhecendo um neurocirurgião chamado Ryle. Apesar de se sentirem atraídos um pelo outro, ele é incapaz de manter um relacionamento sério e por isso, eles se separam ali. 

Lily segue com sua vida e decide abrir uma floricultura. Quando ainda estava arrumando o local, uma mulher entra e oferece seus serviços para trabalhar com Lily. Allysa então apresenta seu marido Marshall e seu irmão Ryle. Sim, o mesmo Ryle neurocirurgião que ela havia conhecido no telhado naquele dia. Os dois então começam a se envolver, uma vez que Ryle não consegue tirar Lily da cabeça e por ela quer tentar manter um relacionamento. 

Um dia, jantando com sua mãe para apresentar Ryle a ela, no restaurante que foram, ela reconhece um dos garçons, que vem a ser Atlas, um garoto que ela conheceu ainda adolescente por quem teve fortes sentimentos. Mas, ela jamais imaginaria que isso afetaria Ryle de uma forma que se mostrasse completamente diferente do que aparentou ser até então. Apesar de receosa por estar começando a viver o que sua mãe vivia, após um incidente muito grave, ela acaba procurando Atlas que a ajuda por uma noite. Assim, ela toma uma decisão. 








Minhas divagações finais 

Esse livro ainda não foi tão traumático quanto outro que li da Colleen Hoover, mas não me lembrava exatamente da história. Mas lendo minha resenha de É assim que acaba, descobri que amei o livro e chorei com ele, embora no filme não achei tão amocionante a ponto de chorar. Mas gostei do final. 

Não é de hoje que digo que amo  Blake Lively embora nesse filme, tenha gerado várias polêmicas em torno dela. Eu já não estava muito disposta a ver o filme, então ignorei as campanhas e tudo o mais sobre o filme para não desistir. Só sei que o ator que interpreta Ryle também é o diretor do filme. 

Quando Lily conhece Ryle no telhado do prédio tendo um ataque de raiva, será que já poderia se esperar a violência dele? As transições das memórias de Lily jovem com Atlas, a primeira vez me deixou confusa porque não estava esperando a memória mas depois de já conhecer os dois jovens, foi interessante. Embora não me lembre se os motivos de Atlas ter partido foram os mesmos entre livro e filme. 

A primeira vez que vi o trailer, foi dublado em português e não tinha gostado muito do Atlas, mas vendo o filme, amei ele. Na minha imaginação Ryle era completamente diferente de Justin Baldoni e tanto livro quanto filme, embora ele demonstrasse ser apaixonado por Lily, acho que como no livro era a primeira vez que o conhecia e no filme já sabia o que ele se tornaria, talvez tenha quebrado um pouco do encanto. Nos casos de violência doméstica é difícil saber o que prende o casal nesse ciclo de dor. Quem bate acha o que? Que está dando uma lição a esposa para ela lhe obedecer? Quem apanha e perdoa acha que nunca mais vai acontecer? Visto de fora sempre é mais fácil julgar, por isso não entendemos as decisões que são tomadas. Vemos pela mãe da Lily que até o final, não reconhece que poderia ter deixado o marido. 

Não me lembrava que Lily conversava com Allysa sobre o irmão. Suspirei quando ela apoiou totalmente Lily. No livro achei a Allysa muito mais interessante. Não sei se porque o diretor era o ator principal, não vi muito destaque nos personagens de Atlas e Allysa, que pelas minhas memórias, foram marcantes e fundamentais para as decisões de Lily. Embora Ryle não tenha aparecido tanto desde o início, a violência que ele causava em Lily me pareceu amenizada, como se não fosse para odiá-lo. 

Enfim, adaptações literárias nunca são completamente satisfatórias, pois cada um que lê o livro, tem sua imaginação para cada personagem, embora meu Atlas fosse completamente diferente, gostei da escolha do ator. E claro, Lily ficou perfeita na Blake. Justin Baldoni como diretor é impecável em filmes que ele não é o ator principal, como A cinco de passos de você. Esse filme foi lindo, emocionante e meu preferido entre adaptações de livros. Justin conseguiu passar as dificuldades de ser adolescente com uma doença que não permite o toque entre  um casal apaixonado. Mas em É assim que acaba, o drama principal que é a violência doméstica, como eu disse anteriormente, me pareceu amenizada quando no livro a dor, a vergonha, o medo de Lily foram bem mais retratadas e detalhadas. Ryle ficou com aquela imagem de quem errou mas arrependido merecia uma segunda chance. 

Enfim, foi uma experiência mediana, já que eu não esperava muito do filme, só acho que faltou mostrar a real mesmo e menos romantização na violência. Bateu, violentou, nem que seja uma vez, termina, separa, denuncia. Quem ama não agride. 

Nota 7/10


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

[Review/crítica] O caso dos irmãos Menendez (documentário) - Divagando Sempre

 

Vi que tem a série sobre o caso dos irmãos, mas preferi ver o documentário primeiro. Nesses casos de crimes reais, sempre prefiro ver o documentário antes. E aqui, foram usadas gravações de ligações dos irmãos na prisão e imagens do julgamento na época. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 56m

Direção Alejandro Hartmann

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Erik e Lyle Menendez, dois irmãos, filhos de Jose e Kitty Menendez, no ano de 1989, fazem uma ligação perturbadora pedindo socorro, pois encontraram os pais mortos a tiros. Inicialmente as suspeitas jamais recaíram nos filhos, devido a fama do pai, a fortuna, o meio onde viviam, a educação, a imagem da família perfeita que demonstravam e a arma naquela época ainda não tinha sido encontrada, as autoridades pensavam ser caso de máfia ou algo do tipo. 

Porém, passado uns dias, os meninos começam a gastar o dinheiro da família como se não houvesse amanhã. Os irmãos alegaram que era uma forma de luto, uma válvula de escape para fugir da dor da perda. No entanto, acabaram sendo investigados e culpados pelas mortes dos pais. 

Então, a defesa imaginando que um caso desses não poderia ser simplesmente motivado pelo dinheiro, busca a verdadeira história por trás dos assassinatos. Os jovens então confessam que não suportavam mais os abusos que sofriam pelo pai e como a mãe fingia não saber de nada, com medo do que o pai poderia fazer com eles, eles resolveram agir primeiro. 

Tendo a confissão, Erik e Lyle foram a julgamento, que virou atração midiática mas sendo condenados a prisão perpétua. Passaram 22 anos em prisões separadas até voltarem a se reencontrarem novamente. Embora ainda permaneçam presos, muitos acham que eles já cumpriram a pena que mereciam e esperam um novo julgamento para quem sabe obterem a liberdade. 






Minhas divagações finais 

Amo documentários. De qualquer tipo. Mas os de crimes infelizmente são os mais interessantes. O que levaria dois irmãos ricos a matarem os próprios pais? Dinheiro? Eles praticamente eram os únicos herdeiros. A não ser, que o pai negasse veementemente que seus filhos não mereciam herdar sua fortuna. Não fosse pelo dinheiro, claro, só restaria algo que o pai fizesse aos filhos que mexesse com a cabeça deles a ponto de cometer um crime tão hediondo. 

É sempre chocante quando alguém mata a sangue frio um membro da própria família, imagina dois e que ainda foram aqueles que te geraram e criaram. Ninguém pode negar que as investigações desde o início foram falhas. Pois geralmente nesses casos, os principais suspeitos automaticamente giram em torno dos familiares. Ninguém checou o álibi dos irmãos, eles mesmos falaram anos depois, nas ligações gravadas na prisão, que se fossem pressionados confessionariam o crime ali mesmo. E só prenderam os meninos pelas atitudes suspeitas de estarem gastando muito dinheiro e pela denúncia do psicólogo de um dos irmãos que havia confessado ter matado os pais. 

Por aí fica a questão do sigilo desses profissionais. Se um assassino confessa um crime para eles, eles devem manter sigilo mesmo? Sabendo que um serial killer por exemplo, lhe conta que já matou tantas pessoas e está planejando a próxima vítima, ele não pode denunciar? Claro que no caso dor irmãos, eu senti que o psicólogo fez isso mais por proveito próprio. Para ser talvez um herói ou querer ganhar fama e dinheiro com esse caso. 

Em qualquer época, questões de abusos vindo de dentro da própria família é algo perturbador, mas antes dos anos 2000, essas questões eram tratadas de modo bem piores. Ainda mais alguém tão influente quanto Jose. E quando se tem ameaças, a vítima sempre sente medo de denunciar, ainda mais quando a mãe sabe o que está acontecendo e finge que é normal. Não defendendo que matar os pais nesse caso seja a solução. Talvez houvesse outros modos de resolver o caso. 

Mas eu acredito que sim, a história deles é verdadeira. Só não concordo no modo como tentaram resolver isso. Agora, em se tratando do documentário, achei que foi bem conduzido. Mais uma vez repito, não vi a serie ainda, li elogios quanto a obra, mas assim como o caso de Dahmer, eu só vi o documentário. Histórias de criminosos, inspirados em histórias reais não me atraem tanto. Eu prefiro ver entrevistas com familiares, sobreviventes ou gravações da época dos acontecimentos do que ver atores interpretando os assassinos. Mas, talvez um dia eu veja, quem sabe.

Agora, se eu acredito em uma segunda chance para quem tira a vida de outra pessoa? Difícil responder. Porque o ser humano é imprevisível. Se matou uma vez, não importa os motivos, o que o impedirá de matar outra vez. No caso dos irmãos, sofreram abusos desde pequenos, tiveram uma criação distorcida, mataram os pais ainda jovens, passaram anos presos, o que tudo isso poderia influenciar em seus psicológicos? No entanto, perderam metade da vida isolados. Valeu a pena acabar com os abusos mas vivendo presos? Continuaram sem liberdade de qualquer forma. 

Enfim, o documentário apresentou a história bem narrada, com partes do primeiro julgamento, gravações dos irmãos depois de anos, para um filme e uma história tão horrenda, foi impressionante. 

Nota 8/10

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

[Review/crítica] Corte no tempo - Divagando Sempre

 

Eu e o resto do mundo jamais estraremos em acordo. Quando gosto de um filme, as críticas são tão negativas que penso que vi errado. Eu, particularmente gostei desse, embora tivesse alguns furos, não achei que foi tão abominável assim. Ainda mais com a trilha sonora que foi nostálgica pela época. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 32m

Direção Hannah Macpherson

Elenco Madison Bailey, Antonia Gentry, Griffin Gluck

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lucy, vive com seus pais que apesar de a terem tido, não conseguem superar a morte de sua filha mais velha Summer, 20 anos atrás. Vivendo a sombra da irmã, ela sente que não pertence a esse lugar. 

Certo dia, ao se afastar dos pais que continuam indo ao local onde Summer morreu para homenageá-la, Lucy entra no celereiro onde viu algo estranho. Ao entrar vê uma máquina que aciona sozinha a levando para o ano de 2003. Lá, ela descobre que voltou no tempo e conhece sua irmã falecida. 

Para poder voltar para seu ano, ela conta com a ajuda de Quinn, um estudante do ano de Summer que entende de viagens no tempo. Lucy não pretendia mudar o passado, mas após conhecer sua irmã, ela entende porque seus pais jamais conseguiram superar sua perda. Mas ela vive um impasse momentâneo, quando descobre que se salvar Summer ela não nascerá, já que seus pais decidiram ter outro filho após a morte da irmã. Fora que descobriram que o assassino é alguém que também viaja no tempo, que seria o dono da máquina que Lucy encontrou. 





Minhas divagações finais 

Não nego que alguns detalhes ficaram meio duvidosos, mas gostei como a história foi conduzida. Jamais imaginei quem poderia ser o assassino, pois nem havia me atentado nas dificuldades que essa pessoa tinha, embora não tenha reparado como estaria no futuro de Lucy. 

No início achei meio confuso pois não havia entendido que Lucy e Summer não haviam se conhecido. Pois não tinha ficado claro que ano Summer morreu. Pelo menos para mim. Como mostrou a história de Summer na festa e depois morrendo, pensei que a linha do tempo fosse a mesma. Que Lucy estava no memorial com os pais após Summer ter morrido. Mas então Lucy vai para o passado e conhece Summer que não faz ideia de quem ela seja. Só depois entendi que Lucy nasceu depois que a irmã morreu. Por isso a diferença de idade, já que quando ela contou para Summer que voltou 20 anos no tempo, quando ela morreu na festa então, teria uns 40 anos na época de Lucy. Por isso não estava entendendo essa parte. O início da Summer foi só contando como ela morreu. 

Agora gente, muitos SPOILERS daqui pra frente. 

Muito conveniente Lucy conhecer justo Quinn que entendia de viagem no tempo. E se, ela encontrou a máquina, com certeza pertencia a alguém. Na minha distração do momento, jamais imaginei que a máquina poderia ser usada pelo assassino. Eu queria saber quem era, até cogitei a ideia de ser a própria Lucy depois de ficar cansada de ser invisível e de descobrir que só nasceu porque a irmã morreu. Mas aí não faria sentido ela matar a própria irmã só para nascer e viver infeliz. Então essa teoria foi completamente descartada. 

Acho que amei o filme pelas músicas da Hilary Duff e Avril Lavigne. Eu amava essas duas e sempre ouvia as músicas nessa época. E vi muita gente criticando o filme pela viagem no tempo ser em 2003, mas tipo assim, gente, 20 anos atrás, não parece mas é muita coisa sim. E teve várias mudanças ao longo desses 20 anos. E outra coisa que vi questionarem foi o fato de que ela voltou para o futuro depois de salvar a irmã e seus pais não sabiam quem ela era, já que não nasceu uma vez que Summer não morreu. Eu acredito que quem criou a história, possa fazer o que quiser com seus personagens ignorando qualquer lógica, mesmo porque, viagem no tempo nem existe na vida real, então não vejo necessidade de ter lógica. Para mim, assim que ela salvou a irmã, naquele mundo Summer continuou vivendo e Lucy acabou sendo uma anomalia, podendo escolher onde viver. Criar uma nova identidade não é difícil em nenhum filme. Pelo menos ela encontrou seu lugar e foi feliz. 

Agora, no quesito terror, mesmo sendo um filme adolescente, não vi nada demais. Suspense talvez. E ela tendo a chance de conhecer a irmã, se divertir com ela, mesmo que acreditar que Lucy tenha vindo do futuro fosse algo inimaginável, acho que ela mereceu essa chance de pertencer a algum lugar e ser feliz. Não foi perfeito, mas satisfatório. Depois de vários filmes de terror ruins que vi, qualquer coisa depois que me divirta é bem vindo. Mas cheguei a conclusão de que realmente sou contrária em relação às outras pessoas. Enquanto ninguém gostou eu terminei toda alegre e satisfeita. Muitos compararam com o filme 16 facadas ou algo assim, eu ainda não vi então não posso concordar. Só recomendo assistir e tirar suas próprias conclusões. 

Nota 8/10


terça-feira, 5 de novembro de 2024

[Review/crítica] A grande muralha - Divagando Sempre

 

Encontrei esse filme por acaso. Fui conferir principalmente pelo Pedro Pascal. Mas a história foi muito além do que imaginei que seria. Gente, que mundo você enfrentaria aquelas criaturas parecendo ter vindo de Jurassic Park? Mas enfim, foi estranho embora divertido. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2016

Duração 1h 43m

Direção Zhang Yimou

Elenco Matt Damon, Pedro Pascal,  Willem Dafoe, Jing Tian, Andy Lau

Recomendação: sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

William e Tovar são dois ladrões que sobrevivem ao ataque de uma misteriosa criatura. Próximos a Muralha da China, eles são capturados e questionados sobre o monstro que William enfrentou e matou. A dupla descobre que aqueles guerreiros vem lutando contra criaturas que querem dominar o mundo. Enquanto o muro separa os monstros do mundo afora, eles vêm enfrentando essas criaturas em segredo. Mas com o passar dos anos, elas vão ficando mais inteligentes. 

William acaba sentindo empatia por esse povo e passa a ajudar a comandante em planos para destruir as criaturas chamadas de Tao Tei. Tovar por sua vez, só quer pegar o que eles inicialmente buscavam, pólvora e sair dali o mais rápido possível. Então eles conhecem Ballard, que está nesse local a vários anos e que inicialmente também veio com um grupo atrás de pólvora, restando apenas ele. 

Os três se juntam para roubar a pólvora dos chineses e fugirem, no entanto, William decide que esse é justamente o momento certo para mudar e resolve ficar para lutar contra as criaturas. Tovar e Ballard no entanto, seguem com o plano e fogem. Tovar é traído e enquanto William luta contra as criaturas, Tovar é capturado por roubo. 









Minhas divagações finais 

Jamais imaginaria o rumo dessa história. Achei que William e Tovar enfrentariam outro tipo de inimigos, mas até que foi divertido. Não foi muito falado porque ninguém achou interessante. Encontrei várias críticas negativas principalmente  sobre o roteiro. Minha única crítica é que aceitaram William e Tovar rápido demais para ajudar no combate às criaturas. Ballard ficou todos esses anos preso, porque não deixaram ele partir para que não espalhasse o segredo deles pelo mundo afora. Mas foi só William chegar, mostrar certo manejo com as armas e já é praticamente um herói? Ele poderia ter provado mais seu valor. 

E Tovar? Eu sinceramente pensei que a decisão de permanecer na Muralha lutando contra as criaturas, iria partir dos dois, mas era óbvio que William sentiu um interesse na comandante e vice-versa,  embora inicialmente ela só desejasse que os dois fossem eliminados. Mas depois de um bom banho e de cara lavada, ela não resistiu ao charme de William. 

Não nego que a história não é lá grandes coisas, mas, com certeza para distração, vale a pena. Ver Matt Damon, Pedro Pascal e Willem Dafoe juntos é magnífico. Agora, se for exigente quanto ao roteiro, não recomendo. Foi fraco para mim no quesito de que as criaturas apareciam a cada tantos anos para se alimentarem e assim, cada vez iam evoluindo. Mas se os guerreiros confrontavam essas criaturas a séculos, e se elas evoluíram, os guerreiros também não evoluíam? Já que esperavam pelo despertar das criaturas depois de tantos anos? Foi só chegar um forasteiro e ele é justo o herói? Tá bom né. 

Falando em herói, pelo menos na parte dramática acertaram. Um dos jovens guerreiros, claramente medroso, fez seu maior sacrifício para salvar William e alguns de seus colegas no intuito de atrasar algumas das criaturas. Achei triste essa parte. No entanto, luta que segue né. Agora, no quesito idiotice, claro que o pessoal da cidade que não sabe nem empunhar uma faca, seria estúpido o suficiente para fazer idiotices. Mas enfim, é um filme típico de sessão da tarde, mas divertido por não ser exatamente o que se esperava dessa história. 

Nota 7/10

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

[Review/crítica] O colecionador de ossos - Divagando Sempre

 

Um dos clássicos de suspense policial, adaptação de livro, com atores em seu auge da juventude e iniciando sua carreira de sucesso, como Denzel Washington e Angelina Jolie.  Vamos lá. 





Ano de lançamento 1999

Duração 1h 58m

Direção Phillip Noice

Elenco Denzel Washington, Angelina Jolie, Queen Latifah, Michael Rorker, Luis Guzmán, Ed O'Neill

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O perito criminalista Lincoln Rhyme, fica tetraplégico após um acidente em um caso em que trabalhava. Inconformado com seu estado e com medo de piorar ficando em estado vegetativo, ele pensa na eutanásia. Ele consegue convencer seu médico a ajudá-lo com isso. Ele também conta com Thelma, sua cuidadora particular. Seus planos iam bem, até que seus colegas invadem seu apartamento para lhe mostrar um caso curioso. 

Um corpo foi encontrado enterrado parcialmente, com a mão para fora próximo a uma estação de trem. Amélia, foi a primeira policial a chegar no local e tomou todas as providências para manter o local intacto para as investigações. Rhyme vê potencial em Amélia e a recruta mesmo contra sua vontade, para ser seus olhos e ouvidos nos locais dos crimes. 

A cada novo corpo, Amélia investiga o local e sempre encontra pequenas pistas que o criminoso deixa, indicando um novo alvo. Embora seja competente no que faz, o assassino tem um alvo específico e seus crimes são apenas brincadeiras para chegar ao verdadeiro alvo. 






Minhas divagações finais 

Revi esse filme pela segunda vez depois de anos. Uns três anos atrás havia lido o livro e mesmo assim, eu confundi os assassinos. Aqui no filme temos um jovem Denzel Washington mas já com um excelente talento artístico, interpretando um tetraplégico. Angelina infelizmente caiu no clichê da policial bonitona. Odiei ela no início, talvez porque não foi trabalhada devidamente. Ou talvez porque a insistência em tê-la na equipe de modo forçado e ela não querendo aceitar, era muito irritante. 

Geralmente nessas histórias, as policiais femininas sempre tem que se esforçar mais principalmente pelo machismo dentro da equipe. Apesar de Rhyme ver grande potencial nela, achei que com apenas uma missão ele foi rápido demais em julgar que ela era tão boa assim. Depois, quando descobriram que o caso tinha relação com outros do passado, com pistas deixadas como os mais recentes, como que esses casos não foram solucionados?

Agora alguns SPOILERS

Eu, sinceramente acreditei que o Capitão da divisão Howard fosse o culpado. Gente, ele não queria Rhyme investigando, ele não aceitava Amélia obedecendo ordens de Rhyme ao invés da dele, ele desfez a força tarefa na casa de Rhyme e tirou ele totalmente das investigações e sempre que ele desaparecia o assassino aparecia pegando alguma vítima. Mas, ele só era incompetente no seu trabalho mesmo e acho que não aceitava um tetraplégico ser mais inteligente que ele. Ou, queria aproveitar que Rhyme estava impossibilitado de andar para se tornar alguém melhor que ele. Mas de novo, ele só era incompetente mesmo. 

Só pensei que fosse ele porque nas minhas memórias do livro, o assassino era alguém próximo a Rhyme e o Capitão era muito suspeito. Mas continuando com o spoiler, fiquei extremamente triste com a perda de Thelma. Ela era competente em seu trabalho, gostava de Rhyme e prezava por sua vida, não aceitei seu fim. No entanto, apesar de algumas inconsistências, sabemos que adaptações literárias são difíceis de serem fiéis aos livros, então, temos que ver pelo lado independente da coisa. Sendo assim, o filme é ótimo como suspense investigativo. E eu adoro ver o trabalho dos atores quando eram jovens. Embora na minha memória esse filme fosse excepcional, achei apenas satisfatório. Apesar que, julgando o tempo que o assassino levou para Rhyme entrar no caso e como desde o início de seus assassinatos deixou pistas que foram ignoradas, o final foi meio sem graça pois Amélia chegou a descobrir quem o assassino queria, mas Rhyme só descobriu quando o assassino se mostrou para ele. Mas ainda assim foi tenso e interessante. 

Nota 9/10

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