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[Review/crítica] É assim que acaba - Divagando Sempre

 

Confesso que estava receosa de ver o filme porque Colleen Hoover me traumatizou profundamente com Verety, último livro dela que consegui ler. Ainda bem que É assim que acaba tinha lido antes. Confesso que só vi o filme pela Blake Lively que amo essa atriz. E apesar de tudo, até que fiquei satisfeita com o filme. E diga-se de passagem, amei o Atlas. Que voz minha gente. Que homem. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 2h 11m

Direção Justin Baldoni

Elenco Blake Lively (Lily)

Justin Baldoni (Ryle)

Brandon Sklenar (Atlas)

Jenny Slate (Allysa)

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lily acaba de perder o pai e por isso retorna a sua cidade natal para o velório, onde como uma boa filha, falaria algumas coisas boas sobre ele. Infelizmente ela não consegue, pois ela cresceu vendo seu pai sendo abusivo com sua mãe e esta sempre lhe perdoando. Incapaz de ver coisas boas nele, ela deixa o local e vai parar no telhado de um prédio onde ela acaba conhecendo um neurocirurgião chamado Ryle. Apesar de se sentirem atraídos um pelo outro, ele é incapaz de manter um relacionamento sério e por isso, eles se separam ali. 

Lily segue com sua vida e decide abrir uma floricultura. Quando ainda estava arrumando o local, uma mulher entra e oferece seus serviços para trabalhar com Lily. Allysa então apresenta seu marido Marshall e seu irmão Ryle. Sim, o mesmo Ryle neurocirurgião que ela havia conhecido no telhado naquele dia. Os dois então começam a se envolver, uma vez que Ryle não consegue tirar Lily da cabeça e por ela quer tentar manter um relacionamento. 

Um dia, jantando com sua mãe para apresentar Ryle a ela, no restaurante que foram, ela reconhece um dos garçons, que vem a ser Atlas, um garoto que ela conheceu ainda adolescente por quem teve fortes sentimentos. Mas, ela jamais imaginaria que isso afetaria Ryle de uma forma que se mostrasse completamente diferente do que aparentou ser até então. Apesar de receosa por estar começando a viver o que sua mãe vivia, após um incidente muito grave, ela acaba procurando Atlas que a ajuda por uma noite. Assim, ela toma uma decisão. 








Minhas divagações finais 

Esse livro ainda não foi tão traumático quanto outro que li da Colleen Hoover, mas não me lembrava exatamente da história. Mas lendo minha resenha de É assim que acaba, descobri que amei o livro e chorei com ele, embora no filme não achei tão amocionante a ponto de chorar. Mas gostei do final. 

Não é de hoje que digo que amo  Blake Lively embora nesse filme, tenha gerado várias polêmicas em torno dela. Eu já não estava muito disposta a ver o filme, então ignorei as campanhas e tudo o mais sobre o filme para não desistir. Só sei que o ator que interpreta Ryle também é o diretor do filme. 

Quando Lily conhece Ryle no telhado do prédio tendo um ataque de raiva, será que já poderia se esperar a violência dele? As transições das memórias de Lily jovem com Atlas, a primeira vez me deixou confusa porque não estava esperando a memória mas depois de já conhecer os dois jovens, foi interessante. Embora não me lembre se os motivos de Atlas ter partido foram os mesmos entre livro e filme. 

A primeira vez que vi o trailer, foi dublado em português e não tinha gostado muito do Atlas, mas vendo o filme, amei ele. Na minha imaginação Ryle era completamente diferente de Justin Baldoni e tanto livro quanto filme, embora ele demonstrasse ser apaixonado por Lily, acho que como no livro era a primeira vez que o conhecia e no filme já sabia o que ele se tornaria, talvez tenha quebrado um pouco do encanto. Nos casos de violência doméstica é difícil saber o que prende o casal nesse ciclo de dor. Quem bate acha o que? Que está dando uma lição a esposa para ela lhe obedecer? Quem apanha e perdoa acha que nunca mais vai acontecer? Visto de fora sempre é mais fácil julgar, por isso não entendemos as decisões que são tomadas. Vemos pela mãe da Lily que até o final, não reconhece que poderia ter deixado o marido. 

Não me lembrava que Lily conversava com Allysa sobre o irmão. Suspirei quando ela apoiou totalmente Lily. No livro achei a Allysa muito mais interessante. Não sei se porque o diretor era o ator principal, não vi muito destaque nos personagens de Atlas e Allysa, que pelas minhas memórias, foram marcantes e fundamentais para as decisões de Lily. Embora Ryle não tenha aparecido tanto desde o início, a violência que ele causava em Lily me pareceu amenizada, como se não fosse para odiá-lo. 

Enfim, adaptações literárias nunca são completamente satisfatórias, pois cada um que lê o livro, tem sua imaginação para cada personagem, embora meu Atlas fosse completamente diferente, gostei da escolha do ator. E claro, Lily ficou perfeita na Blake. Justin Baldoni como diretor é impecável em filmes que ele não é o ator principal, como A cinco de passos de você. Esse filme foi lindo, emocionante e meu preferido entre adaptações de livros. Justin conseguiu passar as dificuldades de ser adolescente com uma doença que não permite o toque entre  um casal apaixonado. Mas em É assim que acaba, o drama principal que é a violência doméstica, como eu disse anteriormente, me pareceu amenizada quando no livro a dor, a vergonha, o medo de Lily foram bem mais retratadas e detalhadas. Ryle ficou com aquela imagem de quem errou mas arrependido merecia uma segunda chance. 

Enfim, foi uma experiência mediana, já que eu não esperava muito do filme, só acho que faltou mostrar a real mesmo e menos romantização na violência. Bateu, violentou, nem que seja uma vez, termina, separa, denuncia. Quem ama não agride. 

Nota 7/10


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