segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

[Review/crítica] Pousando no amor (K-drama/ Crash, Landing on you) - Divagando Sempre

 

Anyong Divas e Divos. Eu amo doramas, mas as vezes acontece de eu ver um que não me cativa por completo. Ser 100% satisfatório é difícil, mas sempre tem as partes maravilhosas que supera as ruins. No entanto, Pousando no amor não me foi tão incrível quanto gostaria que fosse. Mas vamos lá. 






Ano de lançamento 2019

1 temporada 16 episódios 

Elenco Hyun Bin, Son Ye-Jin, Lee Shin-Young, Kim Young-Min, Yang Kyung-Won, Yoo Su-Bin, Tang Jun-Sang


Recomendação talvez



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Yoon Seri, é CEO e herdeira de um conglomerado da Coreia do Sul e Ri Jeong Hyeok é capitão, filho de um militar de alta patente da Coreia do Norte. Os dois acabam se conhecendo quando Yoon Seri literalmente cai do céu indo parar na Coreia do Norte. Acontece que ela muito fã de parapente, acaba enfrentando uma tempestade que acaba a levando para outras terras. Jeong Hyeok acaba a encontrando e por inúmeros motivos, acaba a acolhendo até conseguir mandá-la de volta para seu lado do país. 

No entanto, a cada tentativa, há uma falha obrigando Seri a continuar escondida com Hyeok. Assim, ela conhece as mulheres da vizinhança e os soldados subordinados de Hyeok. Mas as coisas não são tão fáceis assim. Devido às diferenças culturais, todo o conforto que Seri tinha em sua casa, no Norte ela é privada de quase tudo. Mas, ela acaba recebendo mais calor e carinho com esses desconhecidos do que com sua família, já que seus dois irmãos mais velhos estavam disputando o seu lugar nos negócios da família. Seu pai iria dar  a empresa da família para Seri, mas com seu desaparecimento, seus irmãos e suas esposas, tentaram de tudo para que ela permanecesse desaparecida até um deles conseguir a herança. 

Além de tudo isso, sua permanência no Norte era perigosa tanto para ela quanto para Hyeok. Mas, mesmo quando ela consegue voltar para casa, ela ainda corria perigo, fazendo com que ele fosse atrás dela. 







Minhas divagações finais 

Apesar de ter sido muito bem falado, confesso que desde o primeiro episódio não consegui me conectar com o dorama. Isso também aconteceu com A rainha das lágrimas. Então, sabia que ia demorar para conseguir terminar e foi o que aconteceu. Levei meses para chegar ao fim mas consegui e ainda por cima para ver um final compreensível mas não tão satisfatório. 

Confesso que Seri e Hyeok tiveram uma química linda desde o início e que Son Ye-Jin é maravilhosa, tanto que o casal protagonista realizou meu sonho de fim de dorama na vida real. Hyun Bin não é meu ator preferido, nem acho um galã, embora tenha visto seus principais doramas, mas, até que tem seu charme. 

A história dos dois não é meu tipo de romance preferido. Já começa que eles vem de mundos completamente diferentes, onde pela posição de Hyeok não tinha uma solução romântica como ele se casando com Seri. Além do que, ele ainda tinha uma noiva antes de abrigar a Seri em sua casa. E no início as hostilidades dos soldados do Hyeok contra a Seri, foram injustificáveis, embora fosse compreensível uma vez que viviam em um país fechado, onde quase tudo era proibido. 

Inicialmente pensei que a noiva de Hyeok, Seo Dan, fosse uma daquelas vilãs que transformaria a vida de Seri em um inferno. Mas a ironia do dorama, foi fazer ela se encontrar com o vigarista e olha só, ex pretendente de Seri, Seung-Jun e se apaixonarem. Embora Dan tivesse resistido ao máximo protegendo seu amor de 10 anos pelo Hyeok.  Gente, esperar 10 anos por alguém que nunca demonstrou um mínimo de afeto por ela? Que falta de amor próprio. 

Mas o melhor personagem muito bem trabalhado foi Jeong Man-Bok, que conhecia a verdade por trás da morte do irmão de Hyeok e que trabalhava escutando as conversas que acontecia na casa de Hyeok. Ele teve seus motivos para no fim ajudar Hyeok e ainda participou da busca pelo mesmo com os soldados de Hyeok em plena Coreia do Sul. O que claro foi surreal. A realidade entre Norte e Sul pode até ter sido próxima do que realmente acontece por lá, mas temos que manter em mente que o dorama foi bem fictício. 

Apesar de tantos elogios pela obra, eu assisti me arrastando pelos episódios e pulando muitas partes porque estava muito sem graça. Eu quis amar muito esse dorama como a maioria amou, mas infelizmente não vingou para mim. Embora tenha tido um dos clichês que sempre afirmo que a maioria que os doramas possuem, que é o casal protagonista já terem se conhecido quando crianças ou em algum momento de suas vidas. Que foi o que aconteceu e pelo menos isso foi satisfatório para mim. Mais uma vez reitero que o final foi compreensível mas claro que esperava mais. Então para mim, não valeu a longa jornada para chegar a esse desfecho. 

Sem contar que não entendi muito bem porque a mãe (que acabei descobrindo depois de ler alguns comentários) era na verdade madrasta. Mas então era mãe dos irmãos mais velhos ou era uma terceira esposa? O modo como tratava Seri desde pequena era muito confuso. Principalmente depois do que quase fez com ela e depois sua explicação do porquê agia daquela forma somente com ela. Comecei e terminei sem entender essa relação. E quem não gostaria que o casal improvável mas que acabou sendo fofo, Dan e Seung-Jun não merecessem um final diferente? Embora, fosse o mesmo caso de Seri e Hyeok que estavam em lados opostos do país. 

Mas enfim, me estendi demais e acho que posso dizer que as partes que realmente valeram a pena, foram as que Seri e Hyeok tiveram na Coreia do Sul. Fora isso, infelizmente para mim, o dorama não foi grande coisa. 

Nota 6/10

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

[Resenha/crítica] O diário da empregada - Divagando Sempre

 

Fala Divas e Divos, tudo bem com vocês? Hoje trago aqui no meu espaço de divagações esse livro que foi um misto de tédio, suspense e incredulidade. Vamos lá.






Ano da primeira publicação 2024

Páginas 336

Autor/a Loreth Anne White


Recomendação: sim



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Kit Darling é uma empregada que tem como vício bisbilhotar as casas em que trabalha. Geralmente ela estuda o local antes, faz seu serviço antes do término do horário para poder vasculhar os segredos de seus empregadores. Mas um dia, uma casa chama sua atenção. 

O casal contrata os serviços de sua empresa e ela sem saber a quem pertence começa a trabalhar ali. O dono da casa sai cedo para o trabalho e a esposa, grávida, sai antes da empregada chegar voltando apenas quando esta termina seu serviço. Mas após descobrir a quem pertence a residência, Kit fica obcecada e seu passado volta a assombrá-la. Ela então acaba descobrindo os segredos do casal e planeja se vingar com um plano mirabolante. 



Minhas divagações finais

Só comecei a leitura por causa do desafio do Skeelo. Mas acabei terminando bem antes da meta prevista no grupo. Não gostei muito da personagem da Kit, então no início a leitura seguiu meio arrastada. 

De início temos a Kit, depois temos o casal Daisy e John. Ao decorrer da história, o casal acaba revelando os terríveis segredos que guardavam. Daisy grávida, conhece outra mulher na mesma condição que ela e faz amizade. 

Temos ainda Beulah, uma idosa cadeirante que da janela do seu quarto no segundo andar, ela viu algo suspeito e chamou a polícia. Apesar de sua sanidade ser questionada, essa chamada foi o ponto de partida para a investigação de Mallory, uma detetive que investigou o desaparecimento de Kit.

Ao final, temos o diário de Kit que contém toda a resolução da trama. Não nego que chegando para o final, a história ficou tão empolgante que eu não conseguia parar de ler enquanto não chegasse ao final. Mas, você acaba imaginando como tudo vai terminar. 

Os capítulos são divididos entre a visão de Kit, Daisy, John e Mallory. Alguns são de dias antes do suposto assassinato, então é preciso estar atento nesses detalhes. A cena do crime inicialmente foi uma casa com manchas terríveis de sangue, um par de tênis perdido e torta e flores largados na entrada da casa. Conforme a história vai chegando nesse ponto até sabermos o que realmente aconteceu, várias teorias são formadas. Mas a partir de uma informação sobre Kit, você acaba desvendando todo o mistério e tudo não passou de um plano, diga-se de passagem, muito bem elaborado. 

Mas, apesar de ter gostado desse desfecho, a elaboração até esse momento, foi muito cansativo. Embora não deixa de ser eletrizante no final. Mas, não se deixe enganar, Kit foi uma personagem para mim, que apesar de tudo que sofreu, durante esse tempo em que contou sua história, em nenhum momento senti empatia ou simpatia por ela. Por trabalhar nas casas das pessoas, a achei completamente inconveniente ser tão bisbilhoteira. Até desconfiei do filho da Beulah. Mas ele só era ordinário, esperando a mãe morrer para ficar com a casa dela. 

Apesar que não nego que a partir do momento que Kit descobriu quem eram o casal Daisy e John, ela elaborou em poucos meses um plano de gênio. E quem prestar atenção nos mínimos detalhes, pode descobrir bem antes, tudo o que está para acontecer no final. Ainda assim, apesar do mistério todo, Kit foi uma personagem cheia de problemas, sua vida não foi fácil, mas depois de anos fazer a justiça com as próprias mãos? Isso apenas porque surgiu essa oportunidade, pois até então, ela nem havia cogitado tal coisa.  Confesso que o casal mereceu e que para uma mulher simples, Kit teve uma ideia de gênio. Mas infelizmente sua personalidade não me cativou, então não fiquei totalmente satisfeita com seu final. Se fosse uma outra personalidade, até ficaria feliz com sua conquista, pois alguém que sofreu como ela e teve provas disso, merecia ser feliz, mas...

Nota  8/10

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

[Resenha/crítica] Apocalipse Z: o princípio do fim (livro) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Seguindo a temática de monstros após ler Eu sou a lenda, hoje trago esse livro que vi o filme primeiro, mas a história segue impressionante nos dois. 






Ano da primeira publicação 2007

Páginas 312

Autor/a Manel Loureiro


Recomendação: com certeza 



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Um jovem advogado leva sua vida normalmente em uma pequena cidade da Espanha, na companhia de seu gato Lúculo, quando notícias perturbadoras sobre um vírus circulando pelo país o deixa alarmado. Apesar das notícias serem preocupantes, e parecer tomar proporções mundiais, as coisas acabam se alastrando de modo rápido e assustadora. 

A cidade rapidamente é evacuada mas nosso jovem advogado fica em sua casa, vendo seus vizinhos saírem as pressas ou então serem dominados por esse vírus que os transforma em não mortos. Eles atacam outras pessoas os infectandos e transformando na mesma coisa. Ele não sairia de cada se suas provisões não estivessem acabando e se seu vizinho inconsequente não tivesse sido infectado. Agora sozinho com seu gato, ele explora o que resta da cidade e sai a procura de um barco. 

Porém, no caminho ele encontra pessoas não muito confiáveis que o forçam a executar um plano de resgate de uma encomenda na cidade tendo que enfrentar os não mortos tendo Lúculo como refém. Assim ele conhece Viktor Pritchenko, e juntos tentam sobreviver a fuga do navio e dos não mortos. Eles conseguem chegar a um hospital, porém Pritchenko está gravemente ferido. Eles encontram mais duas sobreviventes e poderiam continuar no local por vários meses ainda, se um incêndio florestal não se alastrasse rapidamente em direção ao hospital. 



Minhas divagações finais 

Agora entendo porque falaram que o livro era muito melhor do que o filme. Embora eu tenha preferido a cena do filme em que o protagonista fica sozinho na cidade mas acaba encontrando uma idosa cadeirante. Essa dupla foi mais emocionante do que a do livro, embora o livro tenha sido bem mais tenso e solitário desde o início. E como o protagonista escreve suas memórias em uma espécie de diário, ele segue sem nome, embora no filme ele se chame Manel. 

Também preferi o encontro com Pritchenko no livro bem melhor e mais trabalhada. E fez muito mais sentido os homens do navio quererem perseguir o protagonista uma vez que ele os enganou e fugiu. Embora o que eles faziam no filme fosse cruel, não havia entendido o motivo de quererem matá-lo tanto como no livro. Algumas coisas seguiram semelhantes, como Pritchenko se ferindo e eles encontrando um hospital. Porém, o número de sobreviventes é diferente e no filme, colocaram uma mulher que nos fez entender que possivelmente seria um novo interesse amoroso para o protagonista. 

A fuga do hospital também segue diferente, embora tenham conseguido encontrar um helicóptero. Mas, em nenhum momento o protagonista conseguiu contato com sua irmã. No filme mostrou as mensagens que ele acabou conseguindo receber mas as notícias não eram muito boas. Então, ficamos ansiosos esperando a continuação, já que a jornada do protagonista aparentemente não terminou. 

Todo Apocalipse tem foco em uma determinada pessoa. Alguns são especializados já em combate como soldados, policiais ou entendem de medicina como médicos ou enfermeiros, que são bem úteis em crises como essa. Mas, nosso protagonista é um simples advogado, que acabou ficando sozinho com seu gato, mas na tentativa de encontrar um lugar melhor e mais seguro, vai encontrando pelo caminho sobreviventes que podem ser uma ameaça ou podem se juntar a ele para sobreviver. 

Por ser uma pessoa comum e ter que aprender a manejar armas e principalmente matar, porque mesmo que os não mortos não sejam mais quem conhecemos, um dia foram alguém que amamos, então ter que matar um desses seres, mesmo sabendo que é para se proteger, pelo menos o primeiro deixa um impacto profundo na alma. E ver um personagem desses crescer e se tornar o herói a partir de um homem comum, é muito mais incrível do que se ele fosse um soldado do exército. 

As descrições das mortes e o que acontece com o corpo durante esse processo, são muito boas. São muito bem detalhadas. Faz parecer que estamos ali com o protagonista presenciando toda a cena junto com ele. E mesmo que um filme tenha as cenas visuais, imaginar a partir de uma descrição, para mim que amo ler, foi muito melhor. A tensão em todas as fugas e mesmo que tenha visto o filme primeiro, como sempre as adaptações sofrem mudanças, não temos 100% de certezas que tudo terminará da forma que conhecemos. Mas, apesar de ter tido pequenas mudancas, basicamente seguiu-se quase a mesma trajetória. 

Pelo menos nosso amigo peludo Lúculo continua esbanjando sua graça e mau humor até o fim. Caso tenha um segundo filme, vamos ver como segue em relação aos livros. Ansiosa para ler a continuação e ver como essa jornada termina. Pritchenko foi um personagem secundário que torcemos por ele até o último segundo. 

Nota 10/10

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

[Review/crítica] Eu sou a lenda (filme) - Divagando Sempre

 

Salve Divas e Divos. Como li o livro, resolvi ver o filme novamente para relembrar a história. Segue com:






Ano de lançamento 2007

Duração 1h 41m

Direção Francis Lawrence

Elenco Will Smith


Recomendação mediana



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Robert Neville é um cientista que passa seus dias acompanhado de sua cadela Sam após um surto de um vírus se propagar e infectar toda a cidade. Ele, por algum motivo desconhecido, é imune ao vírus, que se propaga pelo ar ou pela mordida. 

Durante o dia ele circula pela cidade deserta e espera em um ponto específico ao meio-dia, após enviar mensagens para algum sobrevivente perdido, dizendo que pode ajudar com comida e abrigo. No entanto os dias passam solitários. Ele também faz pesquisas tentando encontrar uma cura e durante a noite, se esconde em sua casa fortificada protegido dos monstros lá fora. 

Porém, um dia, Sam se descuida e infelizmente é infectada. Arrasado, Neville tenta então enfrentar os monstros mas é encurralado e ferido, sendo salvo por uma mulher e seu filho. Ela diz que existe um local onde há sobreviventes e está indo para lá. Mas Neville se nega a sair de sua casa, insistindo que ainda encontrará uma cura, quando sua casa é invadida pelos monstros. 








Minhas divagações finais 

A primeira vez que vi o filme tinha achado muito bom, mas depois que li o livro, meu amigo, o filme perdeu totalmente a graça, tanto que não tive paciência para ver muitas coisas. Já começa o meu desgosto pelas mudanças. Até hoje não entendo porque as adaptações sempre tem que mudar a história original. Então não é uma adaptação, poderia dizer apenas que é uma inspiração da história original. 

O livro foi bem mais pesado e solitário. Já começa com as diferenças sobre o trabalho do protagonista. No livro ele ia a biblioteca e estudava tudo sobre o sangue, vírus e bactérias. A diferença na morte de sua família no livro foi bem mais impactante. Sua solidão no livro era tanta, que ele algumas vezes até pensava sexualmente nas mulheres vampiros. Fora que, no filme, ele já começa a jornada acompanhado de um cachorro. Mesmo que fosse solitário sem outros humanos, ele tinha uma companhia. Diferente do livro que quando ele encontrou um cachorro de rua, demorou semanas para conquistar sua confiança, mas o animal já muito debilitado veio a falecer. 

E claro, temos o final completamente diferente. Eu, particularmente prefiro a do livro. Fez muito mais sentido e foi bem mais impactante. Também não gostei muito como os monstros foram retratados no filme. Tinham até feições que lembravam os humanos, mas acho que teria sido mais interessante se mantivessem a ideia dos vampiros. Como a do livro, com alhos, estacas e cruzes, embora eu tenha concluído durante a leitura que não fazia muito sentido a cruz, a não ser que fosse algo religioso. 

Li enquanto procurava outras críticas sobre o filme, que aparentemente terá uma sequência. Eu me pergunto para que? Eu, acho que se tivesse terminado como no livro, poderia tranquilamente encerrar a história ali. Daí você sabe o que aconteceu com Neville e que uma nova sociedade de seres que sofreram mutação está se formando. Ponto final. Embora a jornada triste e solitária de Neville tenha me deixado revoltada com aquele final, ainda faz mais sentido do que a do filme. 

Mas não tem como negar, que algumas vezes ao entardecer, quando olho a sombra do sol se pondo batendo nos edifícios, lembro do filme e penso: hora de voltar para casa. É certo que a maioria das vezes para mim, o livro sempre será melhor que o filme. Embora na época tenha gostado do filme, acho que faltou muitas coisas para a altura do livro. Quando Neville se trancava em sua casa, a primeira vez até fiquei apavorada com ele deitado na banheira com seu cachorro enquanto se ouvia os monstros lá fora. Mas no livro, ele não escondia seus rastros, os vampiros sabiam onde ele estava e até tinha um, que era seu conhecido antes do surto dominar a cidade, que quando escurecia saía e ficava gritando o nome de Neville. 

A solidão era tanta no livro que Neville passava a maior parte do tempo fortificando sua casa, estudando sobre vírus e se embebedando. E o choque de saber que era o último sobrevivente do mundo, foi mais interessante do que no filme. Que aliás, já conta que ele é imune, onde no livro não tinha nada disso. Mas enfim, assisti novamente só para relembrar, mas infelizmente não era tão bom quanto ficou na minha memória. 

Nota 7/10


[Resenha/crítica] Eu sou a lenda (livro) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos.  Iniciando o ano com essa leitura solitária ao extremo mas muito boa. Vamos lá.






Ano da primeira publicação 

Páginas 296

Autor/a Richard Metheson



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Robert Neville, até onde ele sabe, pode ser o último sobrevivente de uma praga que assolou o mundo. Homem, mulher, criança, todos se transformaram em criaturas horrendas e seus vizinhos agora, quando anoitece, esperam por uma oportunidade para pegar Neville. 

Este, passa seus dias divididos em: a noite se embriaga protegido em sua casa fortificada e de dia, sai para explorar as vizinhanças em busca de mais comida ou arruma sua casa onde as criaturas podem ter danificado algo. Além de lutar contra a solidão e a insanidade. 

Até que após meses ele encontra dois únicos sobreviventes. Um cachorro já em seus últimos dias e uma mulher misteriosa. No entanto, nenhum desses dois encontros foram felizes. 



Minhas divagações finais 

Descobri que o livro teve várias adaptações cinematográficas fora a do Will Smith, que foi o único que conhecia. E diga-se de passagem, antes de ler o livro, tinha achado a história incrível, mas com a leitura, com certeza o livro é muito mais desolador. 

Neville passa a história inteira completamente sozinho, tirando as criaturas que saem a noite e ficam cercando sua casa esperando por ele. No filme ele já começa na companhia de um cachorro. 

A solidão que o livro passa é avassaladora e muito mais triste quando ele invoca suas memórias. Principalmente porque ele continuou em sua casa, onde perdeu sua esposa e filha. E como qualquer história de sobrevivência, Neville trabalhou duro para fortificar sua casa e ainda passou dias estudando sobre os motivos da praga e como combatê-la.  

Como não me lembrava de muitas coisas do filme, eu pensava que Neville era imune ao vírus e que seu sangue continha a cura. Me lembrou agora The Last of Us, embora nesse tivesse muito mais sobreviventes. Embora o final tenha sido completamente injusto, sim, pois para mim é aquele tipo de história que o protagonista sofre do inicio ao fim para se ter um fim daqueles, é injusto demais, por um segundo, quando terminei fiquei dividida entre arrasada e injuriada. Foi uma longa jornada de terror e solidão, para tudo se acabar com o título da história. Embora confesso que também achei isso fenomenal. 

Não vou negar que boa parte da leitura pode parecer monótono, mas garanto que apesar do final, valeu muito a pena a leitura. Com certeza achei muito melhor que o filme. Só achei um tanto confuso as descobertas de Neville quanto ao combate das criaturas, que ele acabou chamando de vampiros. Acertar uma estaca no peito ou os efeitos do alho achei interessante. Mas não vi sentido na cruz, cientificamente falando, já que a cruz teria um sentido mais religioso. Teria mais sentido se fosse algo demoníaco, uma vez que Neville estava estudando o sangue e havia descoberto algo relacionado com bacilo. Na verdade, vampiro para mim nunca fez muito sentido, apesar que sempre amei suas histórias. Assim como os zumbis. Mas, com ou sem sentido, eu amo essas criaturas. Embora volto a afirmar que se tivesse qualquer espécie de Apocalipse, com certeza não seria apta a luta pela sobrevivência. Convenhamos, é muito cansativo e se encontrar outros sobreviventes, vai ter que lutar contra eles também. Pois em crises apocalípticas sempre se criam outra sociedade e muitas vezes são de pessoas gananciosas e de mau caráter. O que o final do livro, acaba provando meu ponto. 

Mas enfim, super recomendo a leitura. 

Nota 10/10

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