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[Review/crítica] Eu sou a lenda (filme) - Divagando Sempre

 

Salve Divas e Divos. Como li o livro, resolvi ver o filme novamente para relembrar a história. Segue com:






Ano de lançamento 2007

Duração 1h 41m

Direção Francis Lawrence

Elenco Will Smith


Recomendação mediana



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Robert Neville é um cientista que passa seus dias acompanhado de sua cadela Sam após um surto de um vírus se propagar e infectar toda a cidade. Ele, por algum motivo desconhecido, é imune ao vírus, que se propaga pelo ar ou pela mordida. 

Durante o dia ele circula pela cidade deserta e espera em um ponto específico ao meio-dia, após enviar mensagens para algum sobrevivente perdido, dizendo que pode ajudar com comida e abrigo. No entanto os dias passam solitários. Ele também faz pesquisas tentando encontrar uma cura e durante a noite, se esconde em sua casa fortificada protegido dos monstros lá fora. 

Porém, um dia, Sam se descuida e infelizmente é infectada. Arrasado, Neville tenta então enfrentar os monstros mas é encurralado e ferido, sendo salvo por uma mulher e seu filho. Ela diz que existe um local onde há sobreviventes e está indo para lá. Mas Neville se nega a sair de sua casa, insistindo que ainda encontrará uma cura, quando sua casa é invadida pelos monstros. 








Minhas divagações finais 

A primeira vez que vi o filme tinha achado muito bom, mas depois que li o livro, meu amigo, o filme perdeu totalmente a graça, tanto que não tive paciência para ver muitas coisas. Já começa o meu desgosto pelas mudanças. Até hoje não entendo porque as adaptações sempre tem que mudar a história original. Então não é uma adaptação, poderia dizer apenas que é uma inspiração da história original. 

O livro foi bem mais pesado e solitário. Já começa com as diferenças sobre o trabalho do protagonista. No livro ele ia a biblioteca e estudava tudo sobre o sangue, vírus e bactérias. A diferença na morte de sua família no livro foi bem mais impactante. Sua solidão no livro era tanta, que ele algumas vezes até pensava sexualmente nas mulheres vampiros. Fora que, no filme, ele já começa a jornada acompanhado de um cachorro. Mesmo que fosse solitário sem outros humanos, ele tinha uma companhia. Diferente do livro que quando ele encontrou um cachorro de rua, demorou semanas para conquistar sua confiança, mas o animal já muito debilitado veio a falecer. 

E claro, temos o final completamente diferente. Eu, particularmente prefiro a do livro. Fez muito mais sentido e foi bem mais impactante. Também não gostei muito como os monstros foram retratados no filme. Tinham até feições que lembravam os humanos, mas acho que teria sido mais interessante se mantivessem a ideia dos vampiros. Como a do livro, com alhos, estacas e cruzes, embora eu tenha concluído durante a leitura que não fazia muito sentido a cruz, a não ser que fosse algo religioso. 

Li enquanto procurava outras críticas sobre o filme, que aparentemente terá uma sequência. Eu me pergunto para que? Eu, acho que se tivesse terminado como no livro, poderia tranquilamente encerrar a história ali. Daí você sabe o que aconteceu com Neville e que uma nova sociedade de seres que sofreram mutação está se formando. Ponto final. Embora a jornada triste e solitária de Neville tenha me deixado revoltada com aquele final, ainda faz mais sentido do que a do filme. 

Mas não tem como negar, que algumas vezes ao entardecer, quando olho a sombra do sol se pondo batendo nos edifícios, lembro do filme e penso: hora de voltar para casa. É certo que a maioria das vezes para mim, o livro sempre será melhor que o filme. Embora na época tenha gostado do filme, acho que faltou muitas coisas para a altura do livro. Quando Neville se trancava em sua casa, a primeira vez até fiquei apavorada com ele deitado na banheira com seu cachorro enquanto se ouvia os monstros lá fora. Mas no livro, ele não escondia seus rastros, os vampiros sabiam onde ele estava e até tinha um, que era seu conhecido antes do surto dominar a cidade, que quando escurecia saía e ficava gritando o nome de Neville. 

A solidão era tanta no livro que Neville passava a maior parte do tempo fortificando sua casa, estudando sobre vírus e se embebedando. E o choque de saber que era o último sobrevivente do mundo, foi mais interessante do que no filme. Que aliás, já conta que ele é imune, onde no livro não tinha nada disso. Mas enfim, assisti novamente só para relembrar, mas infelizmente não era tão bom quanto ficou na minha memória. 

Nota 7/10


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