segunda-feira, 5 de maio de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Em um porão escuro - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago esse suspense de tirar o fôlego. O que você imaginaria se soubesse que na casa do seu vizinho idoso com Alzheimer, foi encontrado em seu porão, uma mulher e uma criança? De cara o idoso seria o principal suspeito certo? Mas, desde o início achei fácil demais...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Harper é um idoso excêntrico que mora sozinho e teve sua casa invadida quando descobriram em seu porão uma mulher e uma criança. A casa vizinha estava em reforma e ao quebrar uma parede que faz divisa com o porão do Sr. Harper, os trabalhadores se assustaram ao ver um rosto através do buraco que fizeram. Ao serem resgatados, a mulher não consegue falar nada e a criança aparentemente parece ter nascido naquele local. Não há denúncias de desaparecido com a descrição da mulher e enquanto ela permanece internada, a polícia tenta interrogar o Sr. Harper. 

Mas, Harper sofre de Alzheimer e afirma nunca ter visto essas pessoas. O detetive Adam Fawley começa a investigar e o caso toma proporções complexas. Na casa ao lado, mora um homem que perdeu a esposa misteriosamente. A babá que aparentemente agora parece ter um caso com o proprietário da casa, deixa escapar alguns detalhes sobre o relacionamento do casal antes da esposa desaparecer. Será um suspeito? Matou a esposa, raptou outra mulher e a trancou no porão da casa do idoso senil? 

Porém, as investigações levam a vários caminhos, vários suspeitos e Fawley começa a entrelaçar o caso da repórter desaparecida e a mulher encontrada no porão. O marido seria mesmo o culpado? Ou o idoso teria sequestrado a mulher antes do Alzheimer enfim o dominá-lo?   



Ano da primeira publicação 2022

Páginas 376

Autor/a Cara Hunter



Minhas divagações finais 

É o tipo de história que tudo leva a crer que o provável culpado seria o dono da casa. Em algum momento antes do Alzheimer o dominá-lo, Harper havia sequestrado a mulher, abusado e engravidado ela e a manteve presa por vários anos mesmo após o nascimento da criança. Levava comida para eles e eventualmente foi parando quando acabou se esquecendo da mulher no porão. Seria óbvio demais. Mas guardamos essa suspeita para mais tarde. Ainda temos um parente, que não lembro se era filho, neto ou sobrinho, mas que foi algumas vezes na casa de Harper. Será ele o sequestrador? Aproveitou que Harper não estava bem e não perceberia movimentação no porão e trancou a mulher lá?

Harper ainda recebia a visita de um homem, assistente social, que cuidava de coisas básicas para o idoso de modo que conseguisse sobreviver sozinho sem precisar ir para uma casa de repouso. Seria ele o culpado? Aproveitava as visitas para trazer vítimas ao porão? E por fim, ainda temos o outro vizinho, cuja mulher que era repórter, desapareceu misteriosamente. Seria o marido o culpado? Depois de depoimentos da babá sobre o homem ser violento? 

Mas nada te prepara para a revelação final. Fiquei de queixo caído, jamais esperei algo desse tipo. Mas como sempre falo sobre histórias de suspense policial, não gosto de dar muitos detalhes pois pode estragar a experiência. E com certeza nesse caso, vale muito a pena. Ao longo da história vamos criando teorias, vamos voltando sempre ao Harper como potencial suspeito e quando enfim tudo é revelado, nada mais nessa história faz sentido. Foi algo tão bem planejado, que se não fosse a loucura dessa pessoa, teria sido um plano quase perfeito. 

Pelo que entendi, esse livro faz parte da saga do detetive Adam Fawley e me parece que são três volumes. E olha só a coincidência, esse é o segundo volume, mas eu comecei pelo terceiro... sem comentários né... mas segue a mesma linha de suspense. Um crime, vários suspeitos e teorias e no final, te surpreende. 

Mas uma coisa é certa, jamais imaginei algo tão complexo quanto essa história. Acho que o essencial é prestar atenção nos mínimos detalhes, mas mesmo tentando lembrar de tudo, não consigo imaginar como toda história tomou esse rumo tão macabro. Cara Hunter te dá um caso de sequestro, um idoso com Alzheimer e um vizinho que a esposa desapareceu e um detalhe que talvez seja um pequeno SPOILER, encontram o corpo da vizinha, a repórter, no galpão da casa de Harper. É aí que voltamos novamente ao Harper. Muita loucura essa leitura. O que fizeram com Harper foi horrível e foi incrível como as peças acabaram se juntando e revelando a verdade.  Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

sexta-feira, 2 de maio de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Predestinados - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Nesse mundo literário, encontramos diversos tipos de histórias, mas infelizmente, podemos nos deparar com aquelas que vão além de nossas crenças e nos causam nojo. Predestinados foi o caso para mim. Foi uma leitura difícil. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Ambientada na Itália, no século XVII, conta sobre a família Manfredi, influentes por toda a Europa, forneceu por décadas exércitos imbatíveis para Reis e imperadores, construindo sua riqueza e respeito no mundo dos vivos e dos mortos. 

Atualmente os Manfredi esperam pela realização de uma professia, onde tudo indica que os gêmeos, Luciano e Jade possam cumprí-lo. Para manter o sangue puro na família, os Manfredi geram filhos entre si, mas o maior segredo é o fato de se comunicarem com os mortos. Um dom passado de pai para filho e como Dominico, o filho mais velho não nasceu com o dom, ele então foi incubido de entrar na igreja, onde seu pai, Don Alfeo tem grandes aliados. 

Já Luaciano, apesar de toda a estranheza, conforme foi crescendo foi mostrando habilidades que agradou tremendamente seu pai e passou a estudar com ele sobre necromancia. E sua função agora era gerar um novo herdeiro que pudesse carregar o dom da família. 

Mas os terríveis segredos dos Manfredi, correm perigo quando um novo Papa é nomeado e este não faz parte da lista de pagamentos dos Manfredi. Na verdade, seu maior objetivo é desmascarar essa família e denunciar os horrores que praticam, no entanto, será que conseguirá deter as forças dos Manfredi?



Ano da primeira publicação 2023

Páginas 592

Autor/a Amanda Orlando



Minhas divagações finais 

Por ser uma escritora brasileira, teve pontos positivos e negativos. Como a história se passa no século XVII, sua ambientação não foi no Brasil, então eu só descobri que ela é brasileira depois que li sobre ela. Até então nem desconfiei. Se a intenção era essa, conseguiu. A escrita é boa, porém, alguns capítulos eram longos demais, tinha personagens demais, mas o pior de tudo, que quase me fez desistir, foi o incesto. 

Me pergunto como todos que leram não se incomodaram com isso? Jade e Luciano tiveram relações e geraram gêmeos, mas um deles nasceu com problemas físicos. Todos os bebês que nasciam com problemas ou acabavam morrendo ou eram levados para um local afastado mantido pelos Manfredi. Como alguém pode achar isso interessante? Achei nojento e grotesco. 

No início, quando começa com Jade e Luciano brincando no cemitério, parecia interessante por dar indícios do poder macabro que Luciano demonstrava ter. Até aí tudo bem. Mas quando deu a entender que eles eram fruto de relacionamento entre irmãos e que enquanto dormiam juntos eles faziam coisas sexuais, comecei a não querer continuar.

Depois teve o breve relato de uma ajudante de cozinha que conheceu uma camareira que foi trabalhar no infantário, onde Jade e Luciano dormiam juntos desde que nasceram. A camareira se envolveu com o primo Frederico e engravidou. No fim desapareceu e a ajudante de cozinha também sumiu da história. Para mim, tinha entendido que uma dessas duas, seriam algum tipo de rebeldes que revelariam o sinistro segredo da família e acabariam com eles. Mas, a camareira só serviu para mostrar como Frederico era desprezível e ajudar Luciano em seus estudos macabros. 

Eu não imaginava que tipo de história seria, mas tirando o incesto, para mim a história seria de outro nível. Quem não se incomoda, tudo bem, mas não faz meu tipo, ainda mais que essa família é um tipo de herói da história. Os vilões são quem querem acabar com essas atrocidades que essa família faz. Mesmo Francesca, a irmã de Don Alfeo e Lizbeta, que não aceitava o que a família fazia, não os abandonou. E no final, ainda aceitou usufruir dos poderes de Luciano. 

Domenico, teve um filho com uma freira e o destino deles foi terrível. Faltou esclarecer essa parte para ele, com certeza ficaria decepcionado com a mãe. Frederico apesar de no início parecer nojento por ter desejos de se casar com Jade, no final, provou ser alguém no mínimo melhor do que o restante de sua família. E Jade e Luciano, depois que cresceram e ela finalmente engravidou, gerou gêmeos, mas um deles tinha problemas nas pernas enquanto que o outro, seria tão poderoso quanto o pai. 

Não me entra na cabeça essa família ser o herói da história com tantos atos nojentos. Para manter o sangue puro, eles se relacionavam entre si. Os bebês com defeitos eram descartados. Que crueldade é essa que faz dessa família ser o herói? E infelizmente li que a autora disse em uma entrevista que seria uma série de quatro livros. Minha gente, sério isso? Quatro livros de incesto? Eu só terminei na força do ódio e não tenho vontade de ler sequências se tiver. Como eu disse, a história tem muito potencial, mas se tirasse o incesto, com certeza teria sido mais agradável para mim.  

A história dos Pamphili, embora também seja complexa, ainda foi mais aceitável do que a dos Manfredi. Teria sido uma reviravolta incrível se o Pamphili tivesse no mínimo conseguido provar e denunciar os horrores que os Manfredi faziam para conseguirem estar no poder. Mas, estranhamente a autora quer endeusar essa família né, fazer o que, o livro é dela. Eu, particularmente passei a leitura inteira sentindo asco pelos personagens e senti enorme alívio ao terminar. Vi que foram poucos que se sentiram assim. Não nego que a história é envolvente e se esquecer como eles foram gerados, em determinados momentos até torcemos pela família. Mas não há como negar esse fato quando a autora sempre esfrega esse detalhe na nossa cara. 

Eu me sinto incomodada com esse tipo de relação, então não recomendo se for sensível também. Caso contrário, aproveite a leitura. Admiro o esforço da autora que estudou anos sobre a época da história, as guerras e costumes, mas de novo, se não fosse pelo incesto, eu teria aproveitado mais a leitura. 


Nota pessoal 0,5/10


[Resenha/crítica pessoal] Rivais a bordo - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago essa leitura que se a protagonista fosse diferente, teria sido uma leitura interessante...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Henley Evans, sacrificou muitas coisas em sua vida em nome de sua profissão. Como gerente de marketing em uma empresa de cruzeiros, ela vê seus esforços enfim valerem a pena, quando entra para a lista de candidatos para a promoção de seus sonhos. Mas, seria perfeito se seu maior rival Graeme Crawford-Collins, o gerente remoto de redes sociais, também não estivesse concorrendo. 

Claramente seu chefe machista preferia Graeme como o melhor candidato, no entanto, para equilibrar a competição, ele propõe que os dois embarquem em um cruzeiro da empresa, para as ilhas Galápagos e a melhor proposta será o vencedor. Henley fica totalmente obcecada pela vitória e faz de tudo para vencer essa competição, mesmo que com o tempo acabe se sentindo atraída pelo inimigo Graeme. 


Ano da primeira publicação 2024

Páginas 320

Autor/a Angie Hockman



Minhas divagações finais 

Foi uma das piores leituras que já tive. Henley foi uma personagem completamente fútil e detestável. Ela via coisas em Graeme que nem existiam e o tempo todo, obcecada por ganhar a promoção, implicava com ele por coisas que só existiam na sua cabeça. 

E para piorar, é o tipo de história em que a protagonista é insegura com sua aparência porque tem uma irmã linda e maravilhosa. E que além de sempre a fazer se sentir inferior por isso, Henley mesmo assim a convida para viajarem juntas no cruzeiro. E então o que acontece? A irmã passa a dar em cima de Graeme. Mesmo que por trás tivesse outra intenção, mesmo que ela sofresse algo por trás dessa fachada de mulher deslumbrante, para mim não colou, ela não passou de uma vadia para mim. Odiei ela do início ao fim. A escritora poderia ter trabalhado melhor nela, ao invés de tentar passar essa imagem fútil e de mulher sem caráter para só no final, expor seus motivos para ser assim. Para mim esse tipo de personagem não desce. 

Henley então, que protagonista mais sem vida, chata e insuportável. Passou por decepções e traições? Ok. Mas, há outros modos de ser além dessa pessoa desconfiada que já vai tirando conclusões das ações de Graeme que só ela enxergava como se ele quisesse lhe tirar seu trabalho. Suas atitudes foram 90% do tempo infantis. Até pensei que no fim era um livro adolescente escrito por uma adolescente. Seriam atitudes que eu tomaria se tivesse lá meus 15 anos. 

Eu entendo a competitividade em um ambiente de trabalho machista, onde mesmo nos dias atuais, a mulher precise se esforçar mais para conseguir uma chance melhor, mas Henley, por ter tido uma péssima experiência anterior, passou a desconfiar de todos. Principalmente de Graeme, que foi o único que enxergou a verdadeira Henley, que fazia de tudo para que fosse reconhecida e no entanto, ela só focou no pensamento de que ele estava tentando lhe roubar a promoção de seus sonhos. O único momento deslumbrante que valeu toda a leitura odiosa, foi o momento que desmascararam o chefe da Henley. De resto, foi tudo pessimamente trabalhado. 

E a irmã da Henley? Não vi sentido em descrevê-la como uma fútil, que preza a aparência e consegue todos os homens que quer, para no final estar sofrendo no relacionamento daquela forma. E seu motivo para tentar chamar a atenção de Graeme? Sem comentários. Enfim, já li livros que não gostei, mas esse me tirou profundamente do sério. Se Henley não fosse tão obcecada pelo trabalho, pela vitória, se tivesse aberto os olhos antes, se tivesse conversado direito com Geaeme, que tentou diversas vezes lhe abrir os olhos, talvez não tivesse história ou o rumo poderia ter sido outro, mas pelo menos ela seria uma personagem mais querida e poderia torcer mais por ela. No entanto, desse jeito, só a odiei e detestei a leitura. 


Nota pessoal 3/10

quinta-feira, 1 de maio de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Enquanto eu não te encontro - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Trouxe mais um trabalho de Pedro Rhuas, embora tenha lido em audiobook, a história foi leve e divertida. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lucas e seu melhor amigo Eric, enfrentam problemas na amizade quando Eric passa a namorar e Lucas não vê mais o amigo com tanta frequência. Para consertar isso, Eric chama Lucas para irem na inauguração do Titanic, uma nova balada da cidade. Porém, o que Lucas não esperava era que Eric fosse chamar seu namorado, estragando sua noite que achava ser só ele e o amigo. 

Porém, se a noite já não estava boa, alguém esbarra em Lucas derramando algo em sua calça e ele enfurecido, nem olha quem fez isso e corre para o banheiro. Lá, ele conhece Pierre, um jovem francês de passagem pelo Brasil que seguiu Lucas após esbarrar nele. Sim, Pierre foi o culpado pela calça molhada de Lucas, mas devido a beleza e encanto do rapaz, Lucas esquece esse detalhe. Os dois conversam e criam uma conexão instantânea. Mas, a noite perfeita termina com Eric bêbado atrás de Lucas.

Lucas e Pierre trocam número de telefone e Lucar vai embora com Eric. No entanto, bêbado que estava, Eric vomita em Lucas e ainda derruba seu celular o quebrando. Ou seja, Lucas perdeu o celular e o único meio de contato de Pierre. Passam meses com Lucas sofrendo a perda e sem falar direito com Eric. Até que, em uma noite de volta ao Titanic, Lucas e Pierre se reencontram. Apesar do tempo separados e da explicação da perda do celular, os dois não perderam a conexão e tentam recuperar o tempo perdido. Mas, como Pierre achava que Lucas tinha dado um perdido nele, ele havia marcado seu retorno para a França. 



Ano da primeira publicação 2021

Páginas 320

Autor/a Pedro Rhuas 



Minhas divagações finais 

Essa história foi com certeza mais emocionante e fofinha do que o primeiro que li desse autor. No entanto, Enquanto eu não te encontro li em audiobook narrado pelo próprio autor. Por mais que já tenha lido alguns livros em audiobook, confesso que não consigo me acostumar e muitas vezes me distraio. Fora que com o tempo eu começo a enjoar da voz. 

Mas, vamos lá. O casal pelo menos teve química. Desde o primeiro instante. Mas a relação de Lucas e Eric, no início achei mal trabalhado e confuso. Parecia que Lucas tinha interesse no amigo e estava enciumado por este estar namorando outro. No entanto, acho que era mais ciúmes pelo amigo estar saindo sempre com o namorado e o deixando sozinho. 

O encontro de Lucas e Pierre foi do tipo escrito nas estrelas, o que deixa o terreno preparado para o livro O mar me levou a você, já que Matias acreditava em qualquer sinal que o universo mandava para unir ele e Júlio. Mas, o encontro de Lucas e Pierre foi mais divertido e apesar do tempo separados, o reencontro foi divertido. 

Ao contrário de Matias, Lucas é um personagem inseguro mas muito querido, atrapalhado com certeza. Mas seu relacionamento com Pierre foi fofinho e divertido. Não teve muito drama, não teve problemas familiares pesados, teve resoluções e embora o final parecesse triste, podemos ter um vislumbre de Lucas e Pierre no final de O mar me levou a você. 

Bom, se não for acostumado com audiobook, recomendo ler normal. Pedro Rhuas até foi divertido na narração e seu sotaque deixou tudo mais engraçado. Mas acabei enjoando da sua voz, desculpa Pedro. Fora que as vezes tocava uma música na transição de capítulos que não faz muito meu estilo. Mas no mais, recomendo a leitura. 


Nota pessoal 8/10

[Resenha/crítica pessoal] O mar me levou a você - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Começa mais uma semana de leitura. Hoje trago esse romance de um escritor brasileiro, que é seu primeiro trabalho que leio. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Matias Mendonza é filho de uma famosa surfista, agora aposentada, que passa metade do ano morando na Espanha e a outra metade no Brasil, mais precisamente em Canoa Quebrada no Ceará, onde seus pais mantém um hostel. 

Matias e Melissa são filhos do segundo casamento de sua mãe, então tem um irmão mais velho, Pablo, que seguiu os passos da mãe e se encaminha para o surfe profissional. Enquanto Matias é pressionado para decidir o que quer fazer da vida, seguir o legado da família no surfe ou administrar o hostel Hippie no Ceará. 

Embora seja bom no surfe, Matias guarda um segredo que aconteceu no passado entre ele e Pablo, por essa razão ele odeia seu irmão e odeia como sua mãe não enxerga o verdadeiro Pablo. Tudo que Matias faz não chega aos pés do filho idolatrado mais velho. Por isso, surfe não é o seu maior desejo no momento. Para isso, ele precisa provar então que é capaz de cuidar do hostel sozinho.

Seria fácil se ele não tivesse conhecido um garoto misterioso na praia que lhe chamou a atenção. Júlio é um garoto por quem Matias se sentiu atraído imediatamente, porém, o outro o ignora com todas as forças. Ambos são completamente diferentes, mas Matias, ao contrário de Júlio, acredita nas forças do destino, principalmente quando passam a se encontrar em lugares inusitados. Júlio é influencer e posta sobre suas viagens pelo mundo. Melissa o segue nas redes sociais e Matias encontra na irmã, uma grande aliada para seu mais novo amor. 



Ano da primeira publicação 2023

Páginas 424

Autor/a Pedro Rhuas



Minhas divagações finais 

Foi o primeiro livro desse autor que li e embora eu ame histórias homossexuais, senti muitos altos e baixos nessa história. Primeiro incômodo foi obviamente o relacionamento entre Matias/Pablo/mãe. Fora que, dado a agressividade de certo acontecimento entre Pablo e Matias, ter terminado daquela forma, achei odiável. No mínimo, a mãe deveria ter conhecimento disso. O desfecho de Pablo foi inaceitável. 

Entendo que a mãe de Matias perdeu o primeiro marido, pai de Pablo, mas ela teve dois filhos depois, por que Pablo era tão admirado por ela daquela forma? A única coisa que não gostava muito no Matias, era que ele se achava demais, embora em algumas coisas fosse inseguro e era muito atirado. Já Júlio, era marrento demais. Desconfiado demais. E mesmo que o universo tentasse unir os dois mandando mensagens surreais, não senti conexão entre eles. Não senti aquela química arrebatadora que faz nosso coração acelerar e sentirmos vontade de nos apaixonar também. 

Acho que os únicos personagens maravilhosos foram o pai de Matias e sua irmã Melissa. Acho que ela merecia sua própria história. Mas enfim, é uma escrita gostosa de ler, o tema é instigante, porém, seu desenvolvimento deixou muito a desejar. Faltou química entre Matias e Júlio. Faltou mais desenvolvimento no relacionamento familiar. Faltou trabalhar mais no Pablo e Matias. Não aceito terem terminado daquela forma. Queria sim, ver a decepção nos olhos da mãe ao descobrir os defeitos do filho venerado, embora duvide que ela fosse acreditar mesmo que Pablo faria algo daquele tipo. No mínimo ela ainda culparia Matias pelo desentendimento e diria que Pablo só fez aquilo para o bem do irmão. 

No mais, o livro Enquanto não te encontro do mesmo autor, segue sendo o melhor (li depois desse). O romance foi fofinho, o casal tinha química e a história foi bem mais divertida. Matias forçava demais suas intenções com Júlio, o Hot pelo menos achei leve, já li livros piores ( não sou muito fã de Hot ), só acho mesmo que faltou química neles. Apesar que a história de Júlio foi bem emocionante. Recomendo para passar o tempo. Não diria que seja marcante. 


Nota pessoal 6/10

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