quarta-feira, 11 de maio de 2022

Clemência: a história de Cyntoia Brown - Divagando Sempre

 

( filme documental / ano de lançamento 2020)



Cyntoia foi presa aos 16 anos ao matar um homem. Sua primeira audiência seria de transferência para determinar como ela seria julgada, na vara da juventude ou na vara criminal. Se ela for julgada na vara criminal, poderá pegar prisão perpétua. 



A mãe biológica de Cyntoia a teve aos 16 anos e psicólogos a entrevistam assim como a mãe adotiva, em busca de sinais de transtorno psicológico. 

Em sua defesa Cyntoia conta sua história. Ela havia saído da casa de seu namorado e ido para as ruas e pego uma carona com a vítima em questão. Foram para a casa dele e lá, depois de comerem algo, Cyntoia perguntou se poderia dormir um pouco pois estava muito cansada. Com medo do que o homem poderia fazer com ela, já que exibiu algumas armas que tinha e dizia ser um corretor imobiliário muito importante na comunidade ficou com medo de atacá-la, então atira nele.

Porém, há controversas em seu relato, primeiro porque a carteira e o carro dele desapareceram. Mas ela garante que só atirou porque estava com medo de morrer e que não o roubou. 

Mas ela não convence o júri e é considerada culpada e condenada a prisão perpétua.

Mas aos 22 anos, depois de mais de 5 anos presa, seu caso é reaberto para uma nova avaliação. Dessa vez insistem no transtorno psicológico, uma vez que sua mãe bebeu até os 8 meses de gravidez e o último usou drogas mais pesadas. E sua avó sofria do mesmo vício.



Ainda assim Cyntoia passou 15 anos presa, até que recorreu por clemência ao governador e conseguiu liberdade condicional por mais 10 anos. 

Mesmo presa, terminou os estudos e aos 30 anos, escreveu um livro e luta por aqueles que passam pelo o que ela passou.  




Um crime é sempre um crime, mas no documentário é sobre a vida e a pena de Cyntoia. Embora ela tenha pago por isso ficando os 15 anos presa, ainda não ficou claro se ela o matou realmente por defesa pessoal. 

Mas o mais importante para a defesa, era ajudar Cyntoia que teve a infância conturbada e geneticamente tinha problemas. E por ser menor, não acharam justo ela ter sido julgada como maior e ter pego pena máxima. 

Cyntoia cresceu, se arrependeu de seus erros, estudou e se tornou uma pessoa apta a voltar a sociedade. Sua história teve essa tamanha repercussão porque seu caso foi julgado sem seus direitos como menor de idade e ela foi tratada como uma mera prostituta.

Não tem como negar que foi emocionante seu pedido de perdão e ver como ela cresceu e amadureceu. Ela tirou a vida de uma pessoa? Sim, mas como ela disse, não tem como voltar atrás e ela pagou por seu crime. 

Também teve diversas cenas gravadas durante seus primeiros anos presa, depoimentos de advogados,  psicólogos, seu julgamento...

Minha nota de satisfação pessoal 10/10.

terça-feira, 10 de maio de 2022

[Resenha/crítica] É assim que acaba - Divagando Sempre

 


Lily acaba de perder o pai e deveria ter feito seu discurso no velório mas foi um total desastre para ela, pois, ela não tinha o que dizer na verdade. Sua mãe sofreu os abusos e a violência por anos e por esse motivo, não era como se ele fosse sua pessoa favorita no mundo, mas sua mãe sempre tentava encontrar desculpas por seu pai agir assim com ela, então ao pensar em um discurso e tentar encontrar coisas boas sobre seu pai para falar, a deixou totalmente muda por minutos... Então ela foge para o telhado de um prédio vizinho, onde conhece um neurocirurgião gatíssimo chamado Ryle. Que infelizmente tem aversão a relacionamentos e sendo totalmente contrário ao que ela almeja, só resta cada um seguirem seu caminho.

Eles se separam naquela mesma noite e meses se passam. Muitas coisas mudaram na vida de Lily, pois agora ela decidiu abrir um negócio próprio e assim que está dando uma olhada no local que acabou de comprar, uma mulher entra perguntando se ela está contratando e assim, Allysa entra em sua vida. 

Tudo estaria perfeito se o irmão dela não fosse ninguém mais, ninguém menos que, Ryle, o neurocirurgião que conheceu no telhado meses atrás. E para surpresa dos dois, eles jamais esqueceram aquela noite, mesmo que nada tivesse acontecido entre eles. 

Com a morte do pai, Lily sente mais a aproximação com sua mãe e parece que aos poucos Ryle tem cedido à ela, desejando ter um relacionamento com ela. Uma noite jantando com ela e conhecendo sua mãe, Lily reconhece um garçom que mexe com seus sentimentos, Atlas. Depois de anos eles se reencontram, mas cada um está envolvido com alguém, então Lily decide que é hora de encerrar esse capítulo da vida dela. 

Atlas foi um garoto que ela conheceu quando tinha quase 16 anos. Ele já tinha 18, estudava na mesma escola que ela, mas de uns tempos começou a chamar a atenção porque sempre estava com as mesmas roupas e cheirando mal. Então ela descobre que ele tem morado escondido em uma casa abandonada ao lado da sua, sem água e sem luz. No início passa a ajudá-lo sem que ele saiba deixando comida para ele, mas ele descobre que é ela e os dois passam mais tempos juntos. Até que ele tem uma oportunidade de ter uma casa morando com um tio em Boston. Eles estavam no Maine e Lily prometeu que um dia se mudaria para lá também... Atlas prometeu que quando estivesse bem financeiramente a procuraria.

Todas essa lembranças de Atlas  são recordadas com seus diários daquela época. Mas depois de ver Atlas, ela não tem certeza se tudo ficou para trás...

Por ser um neurocirurgião, suas mãos são importantes, então, um incidente com Ryle, faz Lily retornar a época de seu pai agredindo sua mãe e sente um pânico dominando seu ser. Seria possível que agora ela passaria por todo aquele inferno também? Será que agora ela entenderia porque sua mãe jamais denunciou o marido? Por mais que seja evidente que ele a ama, suas desculpas e promessas de que nunca mais vai acontecer serão confiáveis? 



De início não estava entendendo muito bem a mente da Lily e quando ela contou que havia perdido a virgindade com um mendigo,  pensei: misericórdia, quem é essa garota? Mas depois ela começa a falar do Atlas, então suspirei mais aliviada, embora a história desses dois tenha sido extremamente triste.  

Gostei como a relação inicial de Lily e Ryle começa com a verdade nua e crua, ou seja, eles não ficavam escondendo seus pensamentos e sentimentos. E a Allysa, gente, amei ela desde o início. Confesso que quando ela chamou o marido para ajudar a socorrer a Lily, achei que por uma ironia seria o Atlas, ou até mesmo quando ela falou do irmão, pensei no Atlas outra vez, tinha esquecido completamente do Ryle.

Conhecendo o passado de Atlas e como ele era com a Lily adolescente, torcia para que eles se encontrassem e ficassem juntos. O Ryle tinha até um certo potencial, mas desde o início dava para ver que ele não conseguiria manter algo com a Lily do jeito que ela queria e merecia.  

Fiquei chocada que ela tenha escolhido o Ryle, mas o pior foi como ele a tratava em momentos de pura tensão. Acho que três vezes ainda foram muito para ela ter tomado aquela decisão. Mas é como o livro quis nos mostrar o tempo inteiro, visto de fora parece simples julgar e dizer: mas porque não larga o marido? Existem muitas coisas em jogo. 

Claro, não era desculpa mas entendi perfeitamente a Lily dando uma chance a Ryle depois de ouvir sobre seu passado, sobre seu irmão mais velho, mas acima de tudo, achei ela impressionante por na terceira vez pedir ajuda e depois tomar aquela decisão. 

Claro que toda vez que eu terminar um livro incrivelmente bom, vou dizer que nunca me senti assim. Já teve diversos livros que tive que parar de ler porque as lágrimas não me deixavam continuar. E embora esse livro tenha tido várias partes comoventes, quando terminei me peguei chorando horrores. 

Lily é todas as mulheres que vieram de lares com violência doméstica e que quando adultas sofreram o mesmo mal. Lily é todas as guerreiras que de alguma forma conseguiram sair dessa e escolher um futuro melhor. 

É uma leitura simples, gostei muito que tudo é resolvido praticamente na hora, não tem enrolação,  não tem descrições infinitas e cansativas, é tão bom que você nem vê o tempo passar. 

As vezes eu achava as partes que ela escrevia para a Ellen meio sem sentido, mas também ajudou muito na compreensão dos fatos de sua adolescência e seu relacionamento com Atlas. Ele será meu personagem favorito pra sempre. Pena que ele não teve tanto destaque quanto eu gostaria que tivesse. 

Esse livro foi tão intenso, tão marcante. Recomendo muito a leitura.


Minha nota de satisfação pessoal 10/10. 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

[Review] Marmaduke

 

( animação / ano de lançamento 2022)




Marmaduke é um dogue alemão incontrolável que fica famoso nas redes sociais depois de uma entrada triunfal na festinha em sua casa, onde estava preso no quarto para evitar bagunça. 




Um adestrador de cães renomado, aceita o desafio de adestrar Marmaduke e o tornar campeão do Westminster.





Porém, Marmaduke não resiste à comida sendo enganado por Zeus e acaba passando a maior vergonha, sendo famoso mais uma vez nas redes sociais, mas dessa vez negativamente afetando toda a família. 





Desanimado pensa em se afastar da familia quando todos estão fartos do que está acontecendo, mas ele tenta convencer Guy a treiná-lo novamente e participar do campeonato mundial. 


Ótima animação, engraçado e emocionante. Mas ter um cachorro desse porte? Ainda mais indomável? Hahaha só para os fortes mesmo.

Em toda competição sempre vai ter um que ganha sempre e é insuportável. Sem contar que sempre venceu desonestamente. 

Marmaduke é o tipo de personagem que conquista qualquer um por onde passa. E a relação inicial dele com seu adestrador é muito hilária. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10.

domingo, 8 de maio de 2022

[Review] Os opostos sempre se atraem

 

( ano de lançamento 2022)



Ousmane ( Omar Sy) é um policial ( chefe da divisão criminal na verdade) bom de lábia e de pavio curto que acaba investigando um caso que François ( Laurent Lafitte), um policial de índole duvidosa acaba encontrando sem querer.  



Os dois tiveram um passado conturbado e agora Ousmane é obrigado a investigar com François e aguentar sua ladainha.

Eles conhecem Alice ( Izia Higelin ), uma inspetora que vai ajudá-los nas investigações na pequena província de Paris, onde acabam descobrindo um mercado clandestino de uma droga poderosa em produção e o envolvimento do prefeito com o terrorismo. Porém o caso tem uma reviravolta mas eles conseguem solucionar. 


As cenas inicias de luta, a investigação e como Ousmane deduziu como o corpo se partiu ao meio foram espetaculares. Mas, a partir do momento que François entrou na jogada, ficou meio que forçado as situações cômicas.

Embora, não vou negar, algumas cenas e situações me fizeram rir. 

Pra variar, a traição de uma pessoa ali entre eles me deixou boquiaberta hahaha quem diria! Mas gostei como a investigação foi levando eles para patamares maiores e no fim descobrindo um vilão macabro. 

Confesso que no início não gostava do François, parecia que ele queria implicar toda hora com o parceiro. Entendi que faz sentido, uma vez que Ousmane subiu de cargo e François foi rebaixado, a inveja é visível...  Mas o relacionamento dos dois no fim, foi digno de palmas. 


Claro, poderia ter sido melhor, talvez, mas foi divertido até.

Minha nota de satisfação pessoal 7/10.

sábado, 7 de maio de 2022

A Coréia em um prato - Divagando Sempre

 (Documentário/ ano de lançamento 2020)




Documentário culinário sobre uma das carnes mais amadas na Coréia: o porco.

São vários os tipos de cortes e inúmeras possibilidades. 

Mas a maior novidade é quando alguns restaurantes locais, antigos passado de geração para geração, utilizam todas as partes do porco. 

Confesso que o porco não é uma das minhas carnes favoritas. Mas, vendo esses assados e grelhados, o chiado da carne tostando... da até água na boca. 

Mas, sabendo de alguns detalhes de algumas partes, não saberia dizer se comeria. Por exemplo a cabeça, miúdos e os pés do porco. Embora comam com tanto gosto, parece mesmo uma delícia. 


Uma novidade de lá, é essa grelha no meio da mesa. Já tive a oportunidade de comer assim, mas infelizmente não foi na Coréia. É bem interessante e prático, pois você mesmo grelha sua carne no ponto que gosta. 

Alguns lugares também criam seus próprios porcos e além dos pratos diversificados, também vendem suas carnes. 

É um documentário curtinho de quase 50 minutos com dois episódios apenas. Então não tem muito o que dizer, além de ficar salivando quase os episódios todos...

Minha nota de satisfação pessoal 10/10. 

Dica de Destaque

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