quarta-feira, 13 de novembro de 2024

[Review/crítica] Twisters - Divagando Sempre

 

Achei que fosse um reboot e li que era uma sequência do primeiro de 1996 de nome Twister, com Helen Hunt e Bill Paxton no elenco. Sendo sincera, esse é o meu xodozinho desse tipo de filmes. Considerando a época, os efeitos do filme são espetaculares. Mas não achei que teve nenhuma relação com o filme anterior e não esperava muito, mas, me surpreendi e terminei amando o filme, embora o primeiro ainda continue sendo meu xodó. Mas vamos lá.




Ano de lançamento 2024

Duração 2h 2m

Direção Lee Isaac Chung

Elenco principal Glen Powel (Tyler Owens) 

Daisy Edgar-Jones (Kate Carter)

Anthony Ramos (Javi)

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Kate e sua equipe de caçadores de tornados, estão fazendo um experimento onde tentam diminuir um tornado usando poliacrilato de sódio. Mas, o inesperado acontece e o que parecia ser um F1 se torna F5 e Kate perde sua equipe, Addy, Praveen e o namorado Jeb. Ela consegue sobreviver embora tenha ficado no olho do furacão e Javi por estar monitorando o experimento de longe. Mas com a tragédia, Kate desaparece se enterrando após 5 anos em um trabalho tranquilo em uma empresa meteorológica em Nova York.

Mas, tudo muda quando Javi aparece e a convence a participar de um novo teste inovador para escaneamento de tornados na temporada de tempestades de Oklahoma. Chegando lá, ela conhece Tyler Owens, uma estrela das redes sociais que grava suas caçadas aos tornados para o YouTube. Aparentemente Owens só parece querer aparecer nas redes sociais e fazer dinheiro com suas caçadas, mas Kate acaba descobrindo que a empresa que patrocina as pesquisas de dados de Javi, tem outras intenções diferentes das dela. Confrontando Javi sobre isso, eles discutem e se separam. 

Desde o início, Owens se sentiu intrigado por Kate e a procura. Assim, os dois criam uma nova parceria com o intuito de ajudar as pessoas, que é o que Kate sempre desejou. Além de confrontar a si mesma pelas perdas que teve e superar a culpa pela morte de sua antiga equipe. 







Minhas divagações finais 

Comecei a ver sem esperar muita coisa, uma vez que vi que seria parecido com o primeiro Twister de 1996. Embora tenham partes que lembram o primeiro, eu particularmente achei diferente e terminei amando esse. Já li comentários criticando os efeitos como no meio de uma ventania, o cabelo de alguém nem se mexia. Confesso que nem reparo nesses detalhes. 

Achei a história dramática de Kate pesado, por ter perdido a equipe logo de início, mas me lembrou da Jo que perdeu o pai quando criança. No fim, as protagonistas tinham um forte trauma e por isso a determinação de conseguir concluir as pesquisas para que mais pessoas possam se salvar e evitar perder quem amam. Mas, sempre vai ter alguém que vai querer lucrar com a tragédia dos outros. Achei interessante ter insinuado que Owens era assim no início para nos dar aquele tapa na cara por julgarmos errado. Apesar do seu jeito maluco, brincalhão e barulhento, ele era muito mais sério do que parecia. 

Ok que não dá para levar Glen Powel a sério, quando geralmente seus papéis são de alguém exagerado, barulhento ou conquistador. Mas, acho que funcionou aqui. Por um segundo meu coração quase parou quando pensei que Kate perderia Javi também. Apesar das coisas que ele disse para ela, não dava para acabar assim.  

Embora no primeiro Twister, Jo e Bill eram casados mas se separaram, ela continuou caçando tornados e ele parou. No entanto foi atrás dela para que assinasse o divórcio e ainda levou a nova namorada. Embora tenha sido cômico e todos a trataram bem, que ideia ridícula do Bill. Mas gerou pelo menos momentos cômicos com ela. Já em Twisters não vemos muito romance mesmo que de cara Owens tenha se interessado pela Kate. Lógico que o primeiro ainda é insuperável mas esse conseguiu superar minhas expectativas. 

Se formos comparar, até que tem todos os elementos parecidos. A protagonista viveu uma grande perda, trabalham com pesquisas para estudar melhor os tornados, eles voltam para a antiga casa da protagonista (Jo da tia acho e Kate da mãe), terminam com alguém como elas que caçam tornados, vão a um programa de exibição ao ar livre, cinema e rodeio... enfim... Javi pelo menos se redimiu e largou aquela empresa salafrária. 

Apesar do que muitos podem dizer, eu amei o filme tanto quanto o de 1996. 

Nota 10/10

domingo, 10 de novembro de 2024

[Resenha/crítica] As últimas sobreviventes - Divagando Sempre

 

Aquele tipo de história que já começa dando indícios que o final vai ser decepcionante. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Páginas 352

Autor/a Jennifer Dugan

Recomendação: não 



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Sloan e Cherry são duas sobreviventes que se conheceram poucos dias antes de um massacre acontecer, em um acampamento de férias que foram trabalhar como monitoras. 

Sloan, devido ao choque traumático perdeu a memória dos acontecimentos durante a tragédia, tendo como base apenas nas palavras de Cherry que conta como as salvou dos ataques. Embora tenham se aproximado e se tornado mais que amigas, agora namoradas, Sloan passa a ver em Cherry, sua capa protetora em momentos de pura tensão. 

Mas, conforme os meses passam, os traumas de Sloan não melhoram e alguns segredos que Cherry guarda, começam a levantar suspeitas e Sloan cada vez mais desconfiada não sabe mais no que acreditar. Cherry é realmente uma sobrevivente como ela ou ela estava envolvida no massacre? 

Pesquisando aqui e ali, Sloan descobre que os motivos do massacre podem estar relacionados a uma seita que tentou fazer um ritual. Em suas desconfianças, ela não sabe mais em que acreditar. E o final pode ser fatal para todos. 



Minhas divagações finais 

Sinceramente? Sloan e Cherry foram as piores protagonistas que já conheci. Não tinham química nenhuma, era completamente irritante a dependência de Sloan em Cherry, era irritante como Cherry era dominadora em cima de Sloan, a ponto de afastar o único amigo dela e ainda confrontar a mãe de Sloan. E tudo isso para se chegar aquele final. Além de ficar mais perguntas do que respostas. 

No meu entendimento, e atenção aos SPOILERS

A história te leva a acreditar que Cherry possivelmente possa estar envolvida com o massacre. Principalmente por esconder coisas de Sloan. Eu acreditei que o pai de Sloan fosse o assassino principal. Veja bem, ela foi adotada, encontrou polaroids com a mesma pessoa nas fotos, mesmo que não desse para ver o rosto direito, a aproximação de Cherry foi estranha e a insistência de contar a mesma história e tentar convencer Sloan do que aconteceu, de se dizer inocente, de dizer que a mãe não tinha nada a ver, que a seita não estava atrás delas, enfim, era tudo muito suspeito. 

E o pior de tudo era a insistência de Sloan querer saber a verdade. A ponto de fazer terapia hipnótica tentando voltar aquelas memórias durante o massacre. Depois suspeitei da própria Sloan. Que bloqueou as memórias para realmente ser uma vítima ou ficou tão chocada com o que aconteceu, que talvez não fizesse parte de sua índole ou que talvez tenha se apaixonado por Cherry e não queria que ela fosse uma vítima, mas de todas as possibilidades, o final obviamente foi outro.  

E ainda ficou meio confuso no final, apesar das decisões de Sloan e o que aconteceu depois, não ficaram claras deixando a mercê da imaginação ou dedução dos leitores. Eu fiquei tão decepcionada e com ódio dessa história, que ao chegar nas últimas linhas não acreditei que esse era o final de fato. Durante a leitura até pensei que se Sloan fosse realmente a culpada, a história seria mais interessante e compensaria toda essa jornada, mas apesar do final ter sido aquele, fiquei dividida entre satisfeita e decepcionada. 

Por mais que não queira diminuir a história ou o trabalho da escritora, infelizmente para mim, foi uma leitura chata, cansativa, com personagens que não acrescentaram nada para a história, não teve motivações para se sentir empatia pelo drama de Sloan, não vi nenhum amor real da parte de Cherry, as duas não tinham química nenhuma, faltou trabalhar mais na história sobre os pais de Sloan, apesar que acho que as explicações ainda foram suficientes. Mas, o que quero realmente dizer, é que me pareceu que a história queria trabalhar em uma coisa mas acabou levando para outra completamente diferente. Trabalhar o lado psicológico de um trauma vivido como o de Sloan não deve ser fácil, mas o que se seguiu em seguida, foi completamente aleatório. Não entendi as intenções do massacre, embora o final tenha sido chocante e confesso que foi interessante essa reviravolta, ainda assim ficou um gostinho amargo de decepção em tudo. 

Infelizmente não posso dizer que amei a leitura. Não recomendo. Mas como sempre digo, cada um precisa ter sua própria experiência para tirar suas próprias conclusões. Pois não são todos que odiaram o livro como eu. 

Nota 3/10


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

[Review/crítica] É assim que acaba - Divagando Sempre

 

Confesso que estava receosa de ver o filme porque Colleen Hoover me traumatizou profundamente com Verety, último livro dela que consegui ler. Ainda bem que É assim que acaba tinha lido antes. Confesso que só vi o filme pela Blake Lively que amo essa atriz. E apesar de tudo, até que fiquei satisfeita com o filme. E diga-se de passagem, amei o Atlas. Que voz minha gente. Que homem. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 2h 11m

Direção Justin Baldoni

Elenco Blake Lively (Lily)

Justin Baldoni (Ryle)

Brandon Sklenar (Atlas)

Jenny Slate (Allysa)

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lily acaba de perder o pai e por isso retorna a sua cidade natal para o velório, onde como uma boa filha, falaria algumas coisas boas sobre ele. Infelizmente ela não consegue, pois ela cresceu vendo seu pai sendo abusivo com sua mãe e esta sempre lhe perdoando. Incapaz de ver coisas boas nele, ela deixa o local e vai parar no telhado de um prédio onde ela acaba conhecendo um neurocirurgião chamado Ryle. Apesar de se sentirem atraídos um pelo outro, ele é incapaz de manter um relacionamento sério e por isso, eles se separam ali. 

Lily segue com sua vida e decide abrir uma floricultura. Quando ainda estava arrumando o local, uma mulher entra e oferece seus serviços para trabalhar com Lily. Allysa então apresenta seu marido Marshall e seu irmão Ryle. Sim, o mesmo Ryle neurocirurgião que ela havia conhecido no telhado naquele dia. Os dois então começam a se envolver, uma vez que Ryle não consegue tirar Lily da cabeça e por ela quer tentar manter um relacionamento. 

Um dia, jantando com sua mãe para apresentar Ryle a ela, no restaurante que foram, ela reconhece um dos garçons, que vem a ser Atlas, um garoto que ela conheceu ainda adolescente por quem teve fortes sentimentos. Mas, ela jamais imaginaria que isso afetaria Ryle de uma forma que se mostrasse completamente diferente do que aparentou ser até então. Apesar de receosa por estar começando a viver o que sua mãe vivia, após um incidente muito grave, ela acaba procurando Atlas que a ajuda por uma noite. Assim, ela toma uma decisão. 








Minhas divagações finais 

Esse livro ainda não foi tão traumático quanto outro que li da Colleen Hoover, mas não me lembrava exatamente da história. Mas lendo minha resenha de É assim que acaba, descobri que amei o livro e chorei com ele, embora no filme não achei tão amocionante a ponto de chorar. Mas gostei do final. 

Não é de hoje que digo que amo  Blake Lively embora nesse filme, tenha gerado várias polêmicas em torno dela. Eu já não estava muito disposta a ver o filme, então ignorei as campanhas e tudo o mais sobre o filme para não desistir. Só sei que o ator que interpreta Ryle também é o diretor do filme. 

Quando Lily conhece Ryle no telhado do prédio tendo um ataque de raiva, será que já poderia se esperar a violência dele? As transições das memórias de Lily jovem com Atlas, a primeira vez me deixou confusa porque não estava esperando a memória mas depois de já conhecer os dois jovens, foi interessante. Embora não me lembre se os motivos de Atlas ter partido foram os mesmos entre livro e filme. 

A primeira vez que vi o trailer, foi dublado em português e não tinha gostado muito do Atlas, mas vendo o filme, amei ele. Na minha imaginação Ryle era completamente diferente de Justin Baldoni e tanto livro quanto filme, embora ele demonstrasse ser apaixonado por Lily, acho que como no livro era a primeira vez que o conhecia e no filme já sabia o que ele se tornaria, talvez tenha quebrado um pouco do encanto. Nos casos de violência doméstica é difícil saber o que prende o casal nesse ciclo de dor. Quem bate acha o que? Que está dando uma lição a esposa para ela lhe obedecer? Quem apanha e perdoa acha que nunca mais vai acontecer? Visto de fora sempre é mais fácil julgar, por isso não entendemos as decisões que são tomadas. Vemos pela mãe da Lily que até o final, não reconhece que poderia ter deixado o marido. 

Não me lembrava que Lily conversava com Allysa sobre o irmão. Suspirei quando ela apoiou totalmente Lily. No livro achei a Allysa muito mais interessante. Não sei se porque o diretor era o ator principal, não vi muito destaque nos personagens de Atlas e Allysa, que pelas minhas memórias, foram marcantes e fundamentais para as decisões de Lily. Embora Ryle não tenha aparecido tanto desde o início, a violência que ele causava em Lily me pareceu amenizada, como se não fosse para odiá-lo. 

Enfim, adaptações literárias nunca são completamente satisfatórias, pois cada um que lê o livro, tem sua imaginação para cada personagem, embora meu Atlas fosse completamente diferente, gostei da escolha do ator. E claro, Lily ficou perfeita na Blake. Justin Baldoni como diretor é impecável em filmes que ele não é o ator principal, como A cinco de passos de você. Esse filme foi lindo, emocionante e meu preferido entre adaptações de livros. Justin conseguiu passar as dificuldades de ser adolescente com uma doença que não permite o toque entre  um casal apaixonado. Mas em É assim que acaba, o drama principal que é a violência doméstica, como eu disse anteriormente, me pareceu amenizada quando no livro a dor, a vergonha, o medo de Lily foram bem mais retratadas e detalhadas. Ryle ficou com aquela imagem de quem errou mas arrependido merecia uma segunda chance. 

Enfim, foi uma experiência mediana, já que eu não esperava muito do filme, só acho que faltou mostrar a real mesmo e menos romantização na violência. Bateu, violentou, nem que seja uma vez, termina, separa, denuncia. Quem ama não agride. 

Nota 7/10


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

[Review/crítica] O caso dos irmãos Menendez (documentário) - Divagando Sempre

 

Vi que tem a série sobre o caso dos irmãos, mas preferi ver o documentário primeiro. Nesses casos de crimes reais, sempre prefiro ver o documentário antes. E aqui, foram usadas gravações de ligações dos irmãos na prisão e imagens do julgamento na época. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 56m

Direção Alejandro Hartmann

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Erik e Lyle Menendez, dois irmãos, filhos de Jose e Kitty Menendez, no ano de 1989, fazem uma ligação perturbadora pedindo socorro, pois encontraram os pais mortos a tiros. Inicialmente as suspeitas jamais recaíram nos filhos, devido a fama do pai, a fortuna, o meio onde viviam, a educação, a imagem da família perfeita que demonstravam e a arma naquela época ainda não tinha sido encontrada, as autoridades pensavam ser caso de máfia ou algo do tipo. 

Porém, passado uns dias, os meninos começam a gastar o dinheiro da família como se não houvesse amanhã. Os irmãos alegaram que era uma forma de luto, uma válvula de escape para fugir da dor da perda. No entanto, acabaram sendo investigados e culpados pelas mortes dos pais. 

Então, a defesa imaginando que um caso desses não poderia ser simplesmente motivado pelo dinheiro, busca a verdadeira história por trás dos assassinatos. Os jovens então confessam que não suportavam mais os abusos que sofriam pelo pai e como a mãe fingia não saber de nada, com medo do que o pai poderia fazer com eles, eles resolveram agir primeiro. 

Tendo a confissão, Erik e Lyle foram a julgamento, que virou atração midiática mas sendo condenados a prisão perpétua. Passaram 22 anos em prisões separadas até voltarem a se reencontrarem novamente. Embora ainda permaneçam presos, muitos acham que eles já cumpriram a pena que mereciam e esperam um novo julgamento para quem sabe obterem a liberdade. 






Minhas divagações finais 

Amo documentários. De qualquer tipo. Mas os de crimes infelizmente são os mais interessantes. O que levaria dois irmãos ricos a matarem os próprios pais? Dinheiro? Eles praticamente eram os únicos herdeiros. A não ser, que o pai negasse veementemente que seus filhos não mereciam herdar sua fortuna. Não fosse pelo dinheiro, claro, só restaria algo que o pai fizesse aos filhos que mexesse com a cabeça deles a ponto de cometer um crime tão hediondo. 

É sempre chocante quando alguém mata a sangue frio um membro da própria família, imagina dois e que ainda foram aqueles que te geraram e criaram. Ninguém pode negar que as investigações desde o início foram falhas. Pois geralmente nesses casos, os principais suspeitos automaticamente giram em torno dos familiares. Ninguém checou o álibi dos irmãos, eles mesmos falaram anos depois, nas ligações gravadas na prisão, que se fossem pressionados confessionariam o crime ali mesmo. E só prenderam os meninos pelas atitudes suspeitas de estarem gastando muito dinheiro e pela denúncia do psicólogo de um dos irmãos que havia confessado ter matado os pais. 

Por aí fica a questão do sigilo desses profissionais. Se um assassino confessa um crime para eles, eles devem manter sigilo mesmo? Sabendo que um serial killer por exemplo, lhe conta que já matou tantas pessoas e está planejando a próxima vítima, ele não pode denunciar? Claro que no caso dor irmãos, eu senti que o psicólogo fez isso mais por proveito próprio. Para ser talvez um herói ou querer ganhar fama e dinheiro com esse caso. 

Em qualquer época, questões de abusos vindo de dentro da própria família é algo perturbador, mas antes dos anos 2000, essas questões eram tratadas de modo bem piores. Ainda mais alguém tão influente quanto Jose. E quando se tem ameaças, a vítima sempre sente medo de denunciar, ainda mais quando a mãe sabe o que está acontecendo e finge que é normal. Não defendendo que matar os pais nesse caso seja a solução. Talvez houvesse outros modos de resolver o caso. 

Mas eu acredito que sim, a história deles é verdadeira. Só não concordo no modo como tentaram resolver isso. Agora, em se tratando do documentário, achei que foi bem conduzido. Mais uma vez repito, não vi a serie ainda, li elogios quanto a obra, mas assim como o caso de Dahmer, eu só vi o documentário. Histórias de criminosos, inspirados em histórias reais não me atraem tanto. Eu prefiro ver entrevistas com familiares, sobreviventes ou gravações da época dos acontecimentos do que ver atores interpretando os assassinos. Mas, talvez um dia eu veja, quem sabe.

Agora, se eu acredito em uma segunda chance para quem tira a vida de outra pessoa? Difícil responder. Porque o ser humano é imprevisível. Se matou uma vez, não importa os motivos, o que o impedirá de matar outra vez. No caso dos irmãos, sofreram abusos desde pequenos, tiveram uma criação distorcida, mataram os pais ainda jovens, passaram anos presos, o que tudo isso poderia influenciar em seus psicológicos? No entanto, perderam metade da vida isolados. Valeu a pena acabar com os abusos mas vivendo presos? Continuaram sem liberdade de qualquer forma. 

Enfim, o documentário apresentou a história bem narrada, com partes do primeiro julgamento, gravações dos irmãos depois de anos, para um filme e uma história tão horrenda, foi impressionante. 

Nota 8/10

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

[Review/crítica] Corte no tempo - Divagando Sempre

 

Eu e o resto do mundo jamais estraremos em acordo. Quando gosto de um filme, as críticas são tão negativas que penso que vi errado. Eu, particularmente gostei desse, embora tivesse alguns furos, não achei que foi tão abominável assim. Ainda mais com a trilha sonora que foi nostálgica pela época. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2024

Duração 1h 32m

Direção Hannah Macpherson

Elenco Madison Bailey, Antonia Gentry, Griffin Gluck

Recomendação: Sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lucy, vive com seus pais que apesar de a terem tido, não conseguem superar a morte de sua filha mais velha Summer, 20 anos atrás. Vivendo a sombra da irmã, ela sente que não pertence a esse lugar. 

Certo dia, ao se afastar dos pais que continuam indo ao local onde Summer morreu para homenageá-la, Lucy entra no celereiro onde viu algo estranho. Ao entrar vê uma máquina que aciona sozinha a levando para o ano de 2003. Lá, ela descobre que voltou no tempo e conhece sua irmã falecida. 

Para poder voltar para seu ano, ela conta com a ajuda de Quinn, um estudante do ano de Summer que entende de viagens no tempo. Lucy não pretendia mudar o passado, mas após conhecer sua irmã, ela entende porque seus pais jamais conseguiram superar sua perda. Mas ela vive um impasse momentâneo, quando descobre que se salvar Summer ela não nascerá, já que seus pais decidiram ter outro filho após a morte da irmã. Fora que descobriram que o assassino é alguém que também viaja no tempo, que seria o dono da máquina que Lucy encontrou. 





Minhas divagações finais 

Não nego que alguns detalhes ficaram meio duvidosos, mas gostei como a história foi conduzida. Jamais imaginei quem poderia ser o assassino, pois nem havia me atentado nas dificuldades que essa pessoa tinha, embora não tenha reparado como estaria no futuro de Lucy. 

No início achei meio confuso pois não havia entendido que Lucy e Summer não haviam se conhecido. Pois não tinha ficado claro que ano Summer morreu. Pelo menos para mim. Como mostrou a história de Summer na festa e depois morrendo, pensei que a linha do tempo fosse a mesma. Que Lucy estava no memorial com os pais após Summer ter morrido. Mas então Lucy vai para o passado e conhece Summer que não faz ideia de quem ela seja. Só depois entendi que Lucy nasceu depois que a irmã morreu. Por isso a diferença de idade, já que quando ela contou para Summer que voltou 20 anos no tempo, quando ela morreu na festa então, teria uns 40 anos na época de Lucy. Por isso não estava entendendo essa parte. O início da Summer foi só contando como ela morreu. 

Agora gente, muitos SPOILERS daqui pra frente. 

Muito conveniente Lucy conhecer justo Quinn que entendia de viagem no tempo. E se, ela encontrou a máquina, com certeza pertencia a alguém. Na minha distração do momento, jamais imaginei que a máquina poderia ser usada pelo assassino. Eu queria saber quem era, até cogitei a ideia de ser a própria Lucy depois de ficar cansada de ser invisível e de descobrir que só nasceu porque a irmã morreu. Mas aí não faria sentido ela matar a própria irmã só para nascer e viver infeliz. Então essa teoria foi completamente descartada. 

Acho que amei o filme pelas músicas da Hilary Duff e Avril Lavigne. Eu amava essas duas e sempre ouvia as músicas nessa época. E vi muita gente criticando o filme pela viagem no tempo ser em 2003, mas tipo assim, gente, 20 anos atrás, não parece mas é muita coisa sim. E teve várias mudanças ao longo desses 20 anos. E outra coisa que vi questionarem foi o fato de que ela voltou para o futuro depois de salvar a irmã e seus pais não sabiam quem ela era, já que não nasceu uma vez que Summer não morreu. Eu acredito que quem criou a história, possa fazer o que quiser com seus personagens ignorando qualquer lógica, mesmo porque, viagem no tempo nem existe na vida real, então não vejo necessidade de ter lógica. Para mim, assim que ela salvou a irmã, naquele mundo Summer continuou vivendo e Lucy acabou sendo uma anomalia, podendo escolher onde viver. Criar uma nova identidade não é difícil em nenhum filme. Pelo menos ela encontrou seu lugar e foi feliz. 

Agora, no quesito terror, mesmo sendo um filme adolescente, não vi nada demais. Suspense talvez. E ela tendo a chance de conhecer a irmã, se divertir com ela, mesmo que acreditar que Lucy tenha vindo do futuro fosse algo inimaginável, acho que ela mereceu essa chance de pertencer a algum lugar e ser feliz. Não foi perfeito, mas satisfatório. Depois de vários filmes de terror ruins que vi, qualquer coisa depois que me divirta é bem vindo. Mas cheguei a conclusão de que realmente sou contrária em relação às outras pessoas. Enquanto ninguém gostou eu terminei toda alegre e satisfeita. Muitos compararam com o filme 16 facadas ou algo assim, eu ainda não vi então não posso concordar. Só recomendo assistir e tirar suas próprias conclusões. 

Nota 8/10


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