segunda-feira, 9 de junho de 2025

[Review/crítica pessoal] The Last Of Us (Segunda temporada) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago essa adaptação de um dos melhores jogos que já vi. Embora essa segunda temporada tenha deixado a desejar, a triste jornada de Joel e Ellie merece ser vista. O mundo pode estar acabando, sendo dominado por infectados, mas o mal sempre será o próprio ser humano...




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Após fugir com Ellie do hospital, Joel deixa um rastro de morte no caminho e semeia a mentira no coração de Ellie. Quando encontram Tommy e se estabelecem na cidade, a vida de Joel e Ellie mudaria para sempre. 

Embora os anos passassem, Joel tentou fazer de tudo para Ellie,  ele a considerava como uma filha. Porém, Ellie, crescendo sendo super protegida por Joel e se questionando cada vez mais suas atitudes, acabam os distanciando. Ellie já na fase rebelde da adolescência, se afasta de Joel e o limite chega durante uma festa onde Joel tenta resolver com violência, fazendo com que Ellie o humilhe na frente de todos. 

Eles ficam nesse impasse sem saber que poderia ser a última vez que se falassem. Talvez Joel soubesse que suas escolhas teriam consequências, mas acredito que se pudesse voltar no tempo e escolher, ele faria tudo outra vez. Seu encontro com Abby foi decisivo para ele, quando ela revela que ele matou seu pai e agora ela busca vingança. Quando Ellie chega no local, embora consiga encontrar Joel, infelizmente não há palavras de despedida nem chances de salvá-lo. O grupo de Abby cumpre a vingança e deixa Ellie e Dina para trás. 

Depois da festa, Joel na manhã seguinte sai para fazer a ronda com Dina. Ellie então sai com Jesse. Tommy fica na cidade. Então tudo acontece com o grupo separadamente. Joel e Dina encontram Abby, que conta uma mentira e os atrai para uma armadilha. Joel havia salvado Abby de um ataque de infectados e uma horda gigantesca se dirige a cidade. 

Enquanto isso, momentos antes, Jesse recebe uma mensagem dizendo que perderam contato com Joel e Dina. Ellie consegue encontrá-los e a partir daí, fecha o círculo de vingança, onde cada ato de Ellie e Abby, vai resultar em uma indo atrás da outra para vingar alguém. 











Ano de lançamento 2025

Temporada 2 episódios 7

Elenco Pedro Pascal, Bella Ramsey, Isabela Merced, Kaitlyn Dever, Gabriel Luna, Young Mazino



Trailer 





Minhas divagações finais

Tive dificuldades de iniciar a segunda temporada porque já sabia o que estava por vir. Diferente da primeira que estava empolgada para saber como adaptariam a série baseada no jogo, apesar de saber que TODA adaptação tem mudanças significativas, a da personagem Ellie não se parecer com a do jogo foi o de menos. Embora sabemos que pode existir outra atriz que fosse mais compatível fisicamente com a do jogo, mas na primeira temporada Bella Ramsey entregou uma atuação incrível. Minha dificuldade para ver a segunda temporada é que eu sofri muito vendo o jogo e não queria passar por tudo aquilo novamente. Mas acho que Joel e Ellie mereciam que eu visse essa jornada deles novamente.

Infelizmente o primeiro erro que achei, foi já ter introduzido a Abby revoltada com as atitudes de Joel e querendo vingança. Não teve como ver seu lado, conhecer sua história, sua jornada, entender seus motivos, se apegar ao seu ódio. Já a conhecemos no modo vingança. Segundo o diretor, ele achou melhor já apresentá-la desde o início para sabermos quem ela era e para que veio. Infelizmente não concordo com ele. Se tivesse seguido com o final entre Joel e Ellie e deixado Abby como surpresa, mesmo nós sabendo, ainda seria muito mais incrível. 

Depois dos acontecimentos do final da primeira temporada, pulamos 5 anos e vemos Joel e Ellie em um relacionamento complicado. Ellie totalmente rebelde e nem aí para nada e Joel sofrendo ser ignorado por Ellie. Até terapeuta ele tinha, que convenhamos, onde um Joel parrudo do game procuraria uma terapeuta? Ainda mais de alguém que o odiava por ter matado o marido dela? Não vi sentido nisso, mas enfim, vida que segue. Mesmo que tentasse mostrar que as atitudes de Joel tem consequências, ainda preferia que não existisse essa terapeuta. Que nem ajudou em nada no final... 

De todos os 7 episódios, tirando o traumatizante que foi da morte de Joel, o melhor foi o 6. Talvez se tivesse contado esse momento antes da morte de Joel, sentiríamos bem mais a sua perda. Ficou totalmente fora de sentido depois de mostrar uma Ellie imatura e parecendo não se importar com a perda de Joel. Em nenhum momento ela demonstrou que perdeu uma figura paterna, onde o diretor quis insistentemente mostrar que Joel queria ser isso para ela, mas como ela mesma disse, eles não eram nada, apenas companheiros de patrulha. Acho que isso já mostra o quanto a história se perdeu na série, onde no game a carga emocional foi bem maior. 

Não tem como querermos culpar os atores, quando eles estavam seguindo um roteiro e uma direção. E infelizmente o diretor querendo mudar as perspectivas de como ver uma história tão complexa, acabaram deixando a série sem sentido para quem já conhece a história. Como eu disse, é natural haver mudanças em adaptações. Muitos preferem assim pois acreditam que se forem igual a obra original, seria mais do mesmo. Já eu, prefiro que siga parecido o mais próximo possível com o original. 

E nessa série, a segunda temporada o protagonismo foi para a Dina, que parecia ter mais sentimentos pelo Joel do que a Ellie e Jesse teve mais destaque do que Tommy, que era irmão de Joel e seria um dos que buscaria vingança pelo que fizeram com o irmão. A única coisa que aprovei nessa história toda, já que o diretor introduziu histórias que não tinha no jogo, foi a passagem de vida Joel e Tommy quando crianças. O relógio, o sentimento de proteção com o irmão, a fala marcante que seu pai lhe falou que Joel falou para Ellie, tudo isso achei emocionante e senti bem mais a perda dele. Mas, como tudo ficou embaralhado e tivemos uma Ellie imatura, perdeu um pouco do sentido de vingança dela. Parecia realmente que a personagem estava perdida e não sabia o que fazer. 

O final, embora eu soubesse o que aconteceria, não esperava que fosse logo ali. Jesse foi um personagem forte e não acho que mereceu o que lhe aconteceu. A responsabilidade que ele tinha, seu senso de dever com a comunidade, seguir regras, o manteve vivo todo esse tempo. Foi só seguir a Ellie, e tudo desmoronou. Embora a Ellie tivesse momentos complexos, como querer salvar acho que era crianças dos ataques dos homens dos Lobos. Isso é algo que me deixou confusa por um tempo. Porque os Cicatrizes e os Lobos e a Abby no meio. Mas enfim. Confesso que certas partes vi com certo desinteresse.

E em questão de acrescentar mais histórias para personagens secundários, não acho ruim. A prova disso ficou na primeira temporada onde tivemos um episódio sensacional com o casal de gays. Foram bem trabalhados e teve um momentos emocionantes e chocantes. Por mais que quisessem dar ênfase que as atitudes de Joel pudesse ter consequências desagradáveis, acrescentar uma terapeuta com ódio dele por ter matado seu marido, achei fora de contexto. Talvez só tenha servido para mostrar como Ellie percebeu o modo como Joel mentia. Aquele olhar que ela conhecia bem sempre que questionava sobre como fugiram do hospital e o que aconteceu lá. 

A obsessão de Ellie perseguir Abby, por mais que seja uma vingança pessoal, não me pareceu ser por Joel. Ela seguiu a trilha de Abby, mas parecia mais uma aventura romântica com Dina. A única parte que me comoveu, foi o Jesse tentando ficar bem com a Ellie, mas terminando daquela forma, quando ele abre a porta e a Abby está lá. Eu sinceramente não queria ter visto a segunda temporada. Dessa vez os comentários negativos me influenciaram, porque a primeira temporada todos comentavam cada episódio maravilhados. Então, se ninguém estava curtindo a segunda, é porque estava deixando a desejar. Mas, quis ver por mim mesma e embora a ambientação continue de tirar o fôlego, infelizmente o roteiro deixou a desejar mesmo. Se sair a terceira temporada, só podemos torcer que se for o mesmo diretor, que ele sinta o desapontamento dos fãs e termine a série de forma satisfatória pelo menos. 

No mais, Pedro Pascal como Joel foi incrível e deixará saudades. Assim como no jogo, Joel fez muita falta. E como dizem, no final, o maior vilão foi a própria Ellie... 


Nota pessoal 7/10

sexta-feira, 6 de junho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Condenada (livro por Chuck Palahniuk) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago mais uma leitura desse autor com ideias completamente malucas sempre com um desfecho surpreendente. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Madison Spencer, de 13 anos, acorda em um local estranho e logo percebe estar em um tipo de cela. Conhece as pessoas ao seu redor, também presos e toma conhecimento que está no inferno. Como ela morreu? Ela não tem certeza, mas assim que seus novos amigos são apresentados, eles fogem da prisão e fazem um tour pelo inferno. 

Durante esse passeio, ela conhece mais sobre seus colegas, um nerd, um atleta, um roqueiro e uma líder de torcida. Durante essa jornada, ela acaba lembrando como morreu a partir de sua última memória, que era estar em um quarto de hotel, com seu irmão adotivo assistindo a premiação do Oscar, onde sua mãe seria a apresentadora. Em meio a muita comida, drogas e um jogo perigoso, ela acabou indo parar no inferno. 



Ano de publicação 2011

Páginas 304

Autor/a  Chuck Palahniuk



Minhas divagações finais 

De longe, apesar de bizarro, foi tão bom quanto O clube da luta. O personagem lá era estranho e cheio de problemas, mas o desfecho foi incrível. Jamais pensaria em algo do tipo. Aqui, Madison foi uma personagem insuportável. Típica adolescente? Entendemos. Mas enfatizar a todo momento que era uma jovem de 13 anos e gorda, estava ficando muito cansativo. Nós já entendemos da primeira vez que lemos... 

O lado bom foi a criatividade do autor ao introduzir essa jovem de 13 anos e gorda no inferno. Eu vi uma vez o filme O clube dos cinco e admito que pude ver ali o grupinho distinto que se formou. Mas nada tão bizarro quanto essa jornada no inferno. Que aliás, não tinha nada de assustador e duvido que se exista um, seja pior que a vida que vivemos. 

Depois de explorarem o local, Madison acaba em um tipo de trabalho de telemarketing que acredito seria para atrair mais infelizes para o inferno. Já que qualquer coisa que a pessoa faça, pode ser uma entrada para lá. O que nos faz pensar que não existe alguém que seja 100% certinho. Mas enfim. 

A melhor parte mesmo, foi só descobrir como de fato aconteceu a morte de Madison. Sua família era de longe estranha. E deixar a filha biológica de 13 anos em um quarto de hotel com um garoto recém adotado? Mesmo que tenha sido sem querer, o menino simplesmente fugiu. Então fiquei o tempo todo me questionando suas intenções até finalmente toda a história ser revelada. E por um instante achei que Madison voltaria como espírito maligno para se vingar das garotas que lhe mostraram o jogo e quase a mataram. 

Mas da forma que terminou o livro, obviamente que teria sequência que obviamente só descobri depois. Minha curiosidade claro irá me fazer ler daqui um tempo, pois da forma como terminou, Madison obviamente vai se meter em mais confusão. 

Eu acho incrível quem lê e sempre encontra referências ou passagens de reflexão. Eu nunca vejo nada disso ou pelo menos, se vejo, só lembro no momento e depois deixo passar. Os pais da Madison, vi alguns comentários falando que automaticamente se lembraram de Angelina Jolie e Brad Pitt, por terem filhos biológicos mas sempre adotavam outro e eram famosos de Hollywood. Confesso que o casal nem me passou pela cabeça. A referência do Clube dos cinco, pelo menos isso eu cheguei a pensar. O passeio pelo inferno foi totalmente grotesco pelas referências sexuais. Muitas partes eu poderia ter vivido sem ler... 

E obviamente que aos 13 anos, Madison poderia até ter tido sentimentos românticos por alguém e por mais que pareça que possa haver algo entre ela e o Nerd (eu queria), cada um ali já está preso tem vários anos a mais que ela. Então não podemos esperar nada romântico nessa história, ainda mais vindo desse autor, que pela experiência anterior, sei que a história tende a ser mais bizarra ainda. 

Embora sua morte foi de modo inesperado, todo o resto foi só bizarro. Eu procuro ter experiências diversas lendo autores diversos para não ficar sempre na mesma, mas Chuck tem uma mente incrivelmente perturbadora para criar histórias desse tipo. Não foi de todo ruim, mas mudaria um pouco a personalidade insuportável de Madison no início. De resto, foi uma leitura interessante até. Espero que no próximo seja muito melhor. 


Nota pessoal 7/10

quinta-feira, 5 de junho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Solaris (Stanislaw Lem) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Para quem gosta desse tipo de leitura será um prato cheio. Eu não me dei muito bem e confesso que achei confuso. Mas vamos lá. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Solaris é um planeta distante alienígena coberto por um oceano gelatinoso e cientistas da Terra acreditam que seja um ser vivo inteligente e tentam se comunicar com ele. Kris Kelvin, um psicólogo, chega a bordo da estação de pesquisa científica, que fica pairando próximo a superfície do planeta. 

Antes da chegada de Kelvin a estação, a tripulação havia feito um experimento não autorizado e os resultados são inesperados, embora ainda não possam obter nenhuma explicação para as pesquisas. Kelvin então é assombrado pela presença inexplicável de sua esposa já falecida. Assustado, descobre que um dos tripulantes morreu e os outros dois também recebem visitantes inesperados. Apesar de saber que não é sua esposa de verdade, Kelvin após tentar se livrar dela, percebe que não é tão fácil assim, uma vez que a entidade retorna sem memórias do que aconteceu antes de ela retornar. Kelvin então só aceita a falsa esposa enquanto tenta contato com os dois tripulantes restantes na tentativa de encontrar uma solução para o que está acontecendo. 



Ano de publicação 1961

Páginas 204

Autor/a  Stanislaw Lem



Minhas divagações finais 

Confesso que não faz meu gênero preferido de leitura e a maior parte da leitura achei confuso. Eu gosto de sair da minha bolha e me aventurar em diversos tipos variados de leitura, se eu achei que Planeta dos macacos foi um desafio, Solaris ultrapassou minhas expectativas. Demorei a entender o que se passava, primeiro porque a lentidão dos acontecimentos me matava e o fato dos outros cientistas ali presentes não dizerem logo o que estava acontecendo para Kelvin, me irritava profundamente. Depois, dado o mistério dos acontecimentos e a aparição da falecida esposa de Kelvin, comecei a pensar ser uma história de terror. 

Apesar de ver inúmeras críticas positivas, talvez porque não seja meu tipo de leitura preferido, eu não achei muito empolgante. Pode ser também que eu não tenha entendido o propósito da história. Mas desde que Kelvin chegou na estação, achei cansativo demais o que ele passou a viver ali. Principalmente depois de receber a visita da esposa. 

Também não tinha entendido de antemão que o oceano misterioso poderia ser o ser que estivesse mexendo com a cabeça deles. Embora em determinado momento estivesse claro que mesmo que você desse um jeito de eliminar os visitantes, eles retornavam, como a esposa de Kelvin. Apesar dos outros dois também terem seus visitantes, o foco estava centrado em Kelvin e como ele chegou já no meio desse mistério, o fato dos outros dois ficarem evitando explicar logo o que estava acontecendo, era muito irritante. 

Pelo menos para mim, esse foi o tipo de leitura que não fez o menor sentido. Não nego que a expectativa de saber o que estava acontecendo e o mistério foi meio assustador. A narrativa realmente deixava um ar sinistro. Mas fora isso, a longa jornada para a conclusão dessa história, para mim, não foi satisfatória. Deixou muitas perguntas. Mas, recomendo que cada um leia e tire suas conclusões. Minha experiência não foi muito boa, mas quem sabe a sua seja?


Nota pessoal 6/10

quarta-feira, 4 de junho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] O planeta dos macacos (La planete des singes/Pierre Boulle) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Apesar de ter vários filmes com esse tema, desconhecia completamente a história. Então foi uma experiência surpreendente e única. 








DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Jinn e Phillys, um casal em um cruzeiro, encontra uma mensagem dentro de uma garrafa a deriva no espaço. Essa mensagem seria o diário de bordo do astronauta Ulysse Mérou, que acreditava ser o último humano no universo. 

Na mensagem ele conta como seu amigo cientista, o professor Antelle, inventou uma espaçonave que poderia viajar em velocidade próxima da luz. Ele, o professor e um médico chamado Levain, viajam até o sistema solar mais próximo, que é do sol vermelho Betelgeuse, que custaria 350 anos para atingir, mas com a dilatação do tempo, demorou dois anos apenas. 

Quando chegam no planeta, descobrem que podem respirar seu ar, beber da água e comer das frutas ali. Acabam encontrando outros humanos, porém de forma de vida primitiva. Ao primeiro contato, eles rasgam as roupas dos viajantes os deixando como eles, totalmente nus. Ulysse se interessa por uma das mulheres que acaba chamando de Nova. Então são atacados para surpresa de Ulysse, por orangotangos, gorilas e chimpanzés, vestidos e armados como os humanos da Terra. Surpreso ele vê os animais atirando nos humanos matando alguns por prazer, incluindo Levain e capturando outros com vida. Ulysse e Nova entre eles. 

Os prisioneiros são levados para uma cidade e para espanto de Ulysse, ele descobre que nesse planeta é o contrário de onde ele veio. Aqui, os símios vivem como os humanos na Terra, eles se comunicam por uma língua própria deles, se vestem como humanos, moram em casas e possuem trabalhos. Por sua vez, os humanos aqui vivem como animais primitivos e são usados como experimentos para os símios. 

No entanto, uma das pesquisadoras, uma chimpanzé chamada Zira, fica impressionada com a inteligência de Ulysse e logo os dois aprendem a língua um do outro para se comunicarem. Com a ajuda de Cornelius, um cientista e noivo de Zira, Ulysse toma conhecimento sobre os experimentos, pesquisas e descobertas ao longo dos anos naquele planeta. Quando Nova fica grávida e gera um filho seu, sabendo que este seria diferente de outros nascimentos, Cornelius e Zira convencem Ulysse de que é melhor sair do planeta deles porque outros símios temendo o significado de Ulysse ser diferente dos humanos do planeta deles e ter gerado um filho, pretendem executá-los. Assim, em um plano arriscado, a família deixa o planeta dos macacos. 



Ano de publicação 1963

Páginas 271

Autor/a Pierre Boulle



Minhas divagações finais 

Nunca vi nenhum filme adaptado dessa história, então não sabia o que esperar dela. Inicialmente temos dois paralelos que me deixou confusa, mas depois foi compreensível. O casal que encontrou a mensagem de Ulysse, estava lendo o que ele viveu no planeta dos macacos. Isso era algo que só entendi depois. 

Ulysse conta como ele e mais duas pessoas viajaram pelo espaço durante dois anos encontrando um novo planeta. Aparentemente parecendo como a Terra e por isso conseguiram respirar sem seus trajes espaciais. Quando encontram os primeiros habitantes, são humanos como eles mas de modo selvagem. Viviam nus e não falavam como eles. Então a maior surpresa é quando são atacados por gorilas e chimpanzés que matam alguns deles e levam outros como prisioneiros. 

Na cidade, Ulysse descobre uma sociedade organizada por símios onde os humanos seriam os animais selvagens. São submetidos a constantes testes, no qual para sobreviver ele teve que participar, até encontrar uma aliada na Dra. Zira. Enquanto consegue um tratamento privilegiado, consegue descobrir mais sobre essa sociedade e como é o contrário de onde ele veio. 

Mas, sua vida corre perigo quando alguns símios temem a inteligência de Ulysse e por essa razão, ele que teve um filho com Nova, precisou fugir do planeta. O ápice surpreendente foi o final, quando ele consegue retornar à Terra, mas muitos anos a frente, então ele sabe que não encontrará mais ninguém que conhecia, no entanto, o que ele encontrou foi surpreendente e inesperado. De dar nó no cérebro e deixando muitas questões para refletir, principalmente quando terminamos com o casal Jinn e Phillys lendo a mensagem. Minha cabeça enfim explodiu. 

Sinceramente? Não tinha muita expectativa com essa leitura, embora fosse curioso esse planeta e como a situação estava invertida, fiquei curiosa para saber como terminaria. Jamais imaginei algo desse tipo. Como disse antes, nunca vi nenhum filme adaptado dessa história, então não fazia ideia de seu conteúdo. Embora o início fosse lento e o meio desanimador, o final foi uma quebra chocante dessa monotonia. Acho que só por isso tudo valeu a pena. 

Curioso como um deles, acho que o professor Antelle que foi capturado junto com Ulysse, teve outro rumo na vida ali. Diferente de Ulysse, ele foi levado para outro local e exposto como animal de zoológico. Ulysse ao encontrá-lo ainda tentou trazê-lo de volta, mas sua mente já havia sido deteriorada como uma espécie de autodefesa para os horrores traumáticos em que foi submetido a viver e trancado sua mente ali, agora ele não era nada mais nada menos, do que como qualquer outro humano daquele planeta, sem reconhecimento nenhum de quem foi um dia, de onde veio e muito menos quem era Ulysse. Desapontado, teve que deixar Antelle para trás. Talvez fosse mais seguro para ele agora. 

Me pergunto qual seria a sequência para essa história depois que Ulysse conseguiu voltar para a Terra. Ele se submeteria mais uma vez a prisões e interrogatórios? Experimentos? Ou mudaria a vida no planeta com suas histórias? Ou ele ficou tanto tempo no espaço que mudou a trajetória da vida humana? Qual seria o fator verdadeiro dessa história? Uma vez que sua mensagem lida pelo casal foi considerada um mito? Questionador tudo isso. 

Enfim, foi uma experiência incrível. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 3 de junho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Ninguém é de ninguém (Zíbia Gasparetto) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago uma leitura diferente e se não acredita ou não curte histórias espirituais, não recomendo. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Roberto é casado com Gabriela e tem dois filhos. Gabriela trabalha em um escritório como secretária e Roberto tem seu próprio negócio de construção. Porém, um dia, ele conhece um homem que conquista sua amizade e confiança e lhe propõe uma sociedade. No entanto, Roberto é enganado e roubado. Além disso seu sócio lhe deixou uma enorme dívida para pagar. Agora, desempregado e sem perspectivas de um futuro melhor, depende de Gabriela que continua a trabalhar para sustentar a família. 

Poderia ser um incentivo para que Roberto pudesse se reerguer no seu tempo, mas seu ciúme, que nunca gostou que a esposa trabalhasse fora, e ainda sua mãe que também não aprovava Gabriela trabalhar, piorou as desconfianças de Roberto. Um dia, quando procurava trabalho, pensou ter visto Gabriela em um carro caro e embora parecesse que estava com outra roupa, tinha certeza que era ela. A partir daí, suas desconfianças só pioraram, ainda mais que Gabriela passou a trabalhar mais e ganhar mais. Na sua cabeça, não era porque ela era capaz, mas sim que estava tendo um caso com o patrão. 

Gabriela sempre soube que seu marido e sua sogra não aprovavam que ela trabalhasse fora. Para eles, mulher casada tinha que ficar em casa cuidando dos filhos e do marido. Mas ela não pensava assim e se não fosse por ela estar trabalhando, quando Roberto perdeu tudo, o que seria deles? No trabalho ela se sentia capaz e valorizada. Nunca houve segundas intenções entre ela e seu patrão. Não entendia porque Roberto não aprovava seu trabalho. Seu casamento já não era mais como antes e tudo piorou quando ele, tão cego pelo ciúme, planejou um golpe para que Gabriela fosse despedida. 

Ricardo, patrão de Gabriela, casado e com dois filhos, é o contrário de Roberto. Gostaria que sua esposa trabalhasse fora ou se ocupasse mais além de ficar em casa folheando revistas e alimentado desconfianças dele. Principalmente quando tomou conhecimento de Gabriela. Roberto havia dado um jeito de conhecer a esposa de Ricardo e assim os dois alimentados por um ciúme cego, planejaram separar Ricardo e Gabriela. Mas no fim, Roberto só entenderia o mal que lhe tomou conta após uma tragédia acontecer. 



Ano de publicação 2000

Páginas 384

Autor/a  Zíbia Gasparetto



Minhas divagações finais 

Conheci Zíbia Gasparetto anos atrás por uma conhecida. Na época eu passava por um momento delicado e conhecer esse mundo espiritual na qual desconhecia foi uma experiência incrível. Na época. Relendo agora, pelo menos esse livro, foi muito cansativo. Eu entendo o ciúmes. Eu era do tipo Roberto e demorei anos para me livrar desse mal. Mesmo que a pessoa não fizesse nada, para nós, ciumentos, era o fim do mundo. 

Mas enfim, o início foi muito cansativo porque Roberto com suas desconfianças foram detestáveis. Depois que perdeu tudo, em vez de valorizar a esposa por estar sustentando a família, ficava insistindo para ela deixar o emprego. E se então, o patrão fosse uma mulher, ele não se importaria dela trabalhar fora? Essa ladainha durou muito tempo ainda, até começar a surgir os espíritos que rodeavam ele alimentando seu ciúmes. E seu plano de fazer Gabriela ser despedida? Eu nunca entendi a mente dessas pessoas que acham que fazendo o mal para as pessoas que dizem amar vai fazer com que fiquem com elas. Óbvio que se Gabriela descobrisse o que ele fez jamais iria querer ficar com ele. 

Foi muito cansativo tudo o que passaram. Principalmente quando Gabriela foi dominada e se mudou para longe com o marido. Na época que li, fiquei impressionada e tudo o mais. Mas dessa vez, achei meio forçado. Até a parte em que os espíritos maus influenciavam Roberto e a esposa de Ricardo foi tudo bem, mas quando Gabriela foi possuída já achei demais. Demoraram muito para descobrir onde ela estava e Roberto já tinha piorado mais ainda sua situação com aquele pacto sinistro que fez. Essa parte da história já foi muito maçante. 

Achei cansativo porque o desenrolar da história foi muito lento. O passado deles só foi trabalhado poucas vezes e ainda assim nem entendi quem era a mãe de Roberto e a esposa de Ricardo. O trio Gabriela, Roberto e Ricardo entendi. Foi triste no passado e foi triste no presente. 

Assim, a espiritualidade é bem mais profunda, e também envolve ter fé e crença em Deus. A diferença que vi é que eles acreditam na vida após a morte e em reencarnação. Ao contrário de algumas religiões que afirmam que uma vez que você morre, acabou. Vai para o céu ou inferno. Questionar religião e crenças é sempre complexo. Eu prefiro não ter opinião. Já tive muitos questionamentos e respeito quem é religioso. Na época que conheci o mundo espiritual, não me aprofundei além dos livros da Zíbia, então o pouco que sei sobre, é a partir de seus livros. Na época que li, fiquei impressionada porque acreditava que tudo pelo que estava passando pudesse ser algo do tipo, mas como ter certeza? Então o tempo foi passando e acabei trocando esse tipo de leitura por Stephen King... 

Mas continuando com a história. Atualmente o que aconteceu com Gabriela seria considerado abuso doméstico e muitos casos desse tipo sempre acabam em morte. Será que Roberto seria capaz de matar Gabriela? Bom, mas o tema do livro era o espiritismo então vou focar nisso. Ricardo e Gabriela eram almas que se amavam, mas precisavam passar por essa vida separados novamente, para perdoar Roberto e ele aprender e crescer como uma alma boa. Porém, mais uma vez foi dominado e cegado pelo ciúme e só entendeu seu erro após sua morte. A esposa de Ricardo teve um fim mais que merecido. Só faltou a mãe de Roberto, que infernizou Gabriela e alimentou o ciúme cego do filho. Perdê-lo só a fez sentir mais ódio de Gabriela que a culpava pela morte do filho. 

Enfim, tenho muitos questionamentos sobre essa história, e não tenho certeza se esse foi o primeiro que li dela, talvez me aventure a reler os outros, mas se todos seguirem a mesma linha, uma narrativa extensa e cansativa da história dos protagonistas até chegar nos finalmente, vou pensar muito antes de ler outro dela. Não achei que foi comovente como acreditava que seria e nem fiquei impressionada como antes. Mas seria perturbador se fosse possível acontecer o que Roberto fez a Gabriela a prendendo a ele daquela forma. Ela virou um zumbi, definhando, não se importando nem com os filhos, mas estava lá sempre disposta pra ele. Eu sentiria medo de uma transformação dessas. Enfim. Não sei se recomendo. Mas se for seu tipo de leitura, talvez valha a pena. 


Nota pessoal 6/10

Dica de Destaque

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