quinta-feira, 3 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Down With The System: um livro de memórias (ou algo assim) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago essa biografia incrível do vocalista da banda System Of A Down. Nem tudo é o que parece. Serj mudou completamente minha visão da banda e não julgar pelas aparências. Ótima leitura. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Serj Tankian, vocalista do System Of A Down, nos apresenta sua vida desde a juventude, a banda, seu ativismo, fala sobre política e a Armênia. 

Quando criança, seus pais se mudaram para os Estados Unidos e ele sempre teve conhecimento sobre o genocídio armênio, coisa que ninguém mais falava. Então, sempre que tinha oportunidade, trazia isso a tona. Embora morasse nos Estados Unidos, viveu próximo a comunidade Armênia, mas aprendeu o inglês, que foi necessário quando seus pais sofreram um processo e ele precisava traduzir tudo para eles. Embora começasse a entender sobre advocacia e negócios, Serj optou pela música. 

Embora System fosse uma banda de sucesso, teve vários empecilhos e dificuldades, tanto fora como dentro da banda. Serj levou anos lutando para ter liberdade criativa dentro do System, tendo que criar outros grupos para poder usar sua criatividade que não era valorizada pela banda. Desentendimentos, ameaças de sair da banda, ameaças de morte após o 11 de setembro, tantas coisas mas que o fortaleceram a continuar e jamais desistir de seus sonhos e objetivos. 



Ano de publicação 2024

Páginas 352

Autor/a  Serj Tankian


Minhas divagações finais 

Uma das bandas que eu escutava muito e teve significados diversos em minha vida. Várias fases da minha vida foram acompanhadas e marcadas por música. System foi em um momento delicado e controverso, de perdas e ganhos e principalmente liberdade e redescobrimento. Nem sempre sabia do que se tratava as letras. Nunca imaginei que Serj era ativista e nem pelas lutas que passou. Só curtia o som e sua voz, que era sempre uma mistura de gritos e melodias suaves. 

Conheci a banda lá pelos anos 2006 e jamais poderia imaginar que viviam turbulências ali dentro. Por ser vocalista, sempre deduzo quem é o líder, mas já aprendi que nem sempre o vocalista é necessariamente o líder. Dito e feito, embora Serj e Daron, o guitarrista tenham formado a banda, Daron seria o líder e muitas vezes mudava as letras ou não  as aceitava quando era Serj quem escrevia, limitando sua participação na produção da banda. Serj lutou e impôs seus desejos de participar mais nessa área por anos, tendo decidido deixar assim mesmo, porque embora fosse ativista, nunca apelou para a violência e acreditem, nunca quis discutir mesmo contrariado. 

Apesar de ser uma banda de rock e Serj mencionar que em algum momento já se drogaram, se consumiam durante todos esses anos, esse tema pelo menos não foi o foco e nem mencionado com tanto ênfase. Serj fala mais sobre as dificuldades de vida que sua família teve na Armênia, o que o genocídio fez com seus avós e as famílias que viveram nessa época, sua trajetória antes de entrar na banda e sua vida depois. Sempre achei que o sumiço deles era porque tinham se separado, mas eles continuam na ativa, só não fazem turnês mundiais. Faz anos que Serj não quer mais sair viajando por questões de saúde. Mas as vezes eles ainda fazem shows aqui e ali. 

Além de Serj e Daron, temos o baixista Shavo e o baterista John. Shavo e John viviam discutindo. John na verdade entrou no lugar de Andy e Shavo sempre foi contra ele. Em uma das discussões, partiram para a agressão física, onde Shavo teria jogado algo em John e o ferido na testa. A visão de sangue escorrendo, levaram John no hospital para levar pontos e no caminho, ele e Shavo fizeram as pazes. Achei a única passagem engraçada embora preocupante pelo ferimento. Mas fora isso, é sempre surpreendente o que se passa nos palcos e fora dele. Sempre achei que System fosse uma banda unida, divertida, que Serj fosse o líder, que fosse rebelde, viciado. Mas, apesar da aparência e das músicas fortes, na verdade são bem pacíficos, com famílias e a única coisa que agitavam mesmo, além dos fãs em shows, era quando falavam de política. 

Foi uma verdadeira aula de história, porque eu também nunca havia tido conhecimento sobre o genocídio da Armênia. Serj sempre lutou para que os países envolvidos reconhecessem o genocídio, o que gerou desentendimentos dentro da banda, que inicialmente lutavam pela mesma causa que Serj, mas após fazerem sucesso tocando, o que eles mais queriam era apenas isso, tocar. Mas para Serj não era suficiente. Ele queria o reconhecimento de que o genocídio existiu e das milhares de pessoas que morreram por isso e das outras milhares que sofreram essas perdas. Serj jamais desistiu de lutar pela Armênia. 

Foi uma leitura interessante porque quem já escutou System, espera uma biografia regada a shows enlouquecidos com drogas e mulheres. Mas ao contrário de Anthony Kiedis (sim, fiquei traumatizada com sua historia de vida), que para mim pareciam uma banda mais calma, foi na verdade caótica com os vícios de Anthony. As aparências realmente enganam. System por parecer visualmente mais louca, eram na verdade a visão que eu tinha que era o Red Hot. Serj me impressionou muito com suas lutas, com sua história, tem meu respeito por mesmo injusticado nunca partiu para a violência. Mesmo não tendo créditos merecidos na banda continuou ali com eles e sua luta merece ser ouvida assim como suas músicas.

Estava com medo de ler essa biografia porque estava cansada de tantas drogas e mulheres, como nas biografias de O Lobo de Wall Street e de Matthew Perry. Embora de Matthew tenha sido mais triste pela sua luta perdida. Mas Serj se mostrou interessante e suas histórias são diversificadas, o foco não é somente ele e o sucesso de System. Apesar do que parece, a banda sofreu muito para alcançar o sucesso, principalmente por causa de uma carta que Serj escreveu que teve repercussões negativas entre os americanos, que como sempre, acham que são melhores que todo o resto do mundo e não aceitam palavras negativas e distorcem os reais significados da história. Foram até ameaças de morte. Por aí se vê como falar de política é realmente perigoso. 

Mas enfim, foi uma mistura de assuntos interessantes, assim como conhecer mais sobre Serj e o System. E claro, conhecer mais sobre seu país de origem e suas lutas. Recomendo. 






Nota pessoal 10/10 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Amy Winehouse: Biografia - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Uma biografia dessa cantora esplêndida mas que não foi retratada como merecia...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

É uma biografia porém escrita pelo jornalista Chas Newkey-Burden, que fala sobre a vida da cantora Amy Winehouse, que embora possuísse grande potencial musical, teve sua vida refletida mais nos abusos ao seus vícios e em seus relacionamentos. O livro foi escrito e lançado antes de sua morte. 



Ano de publicação 2008

Páginas 208

Autor/a  Chas Newkey-Burden



Minhas divagações finais 

Biografias ultimamente para mim tem sido uma caixinha de surpresas. Mas, quando a biografia é escrita pela própria pessoa, a história mesmo que possa parecer duvidosa, tende a ser mais emocionante quando vemos a vida da pessoa por sua própria perspectiva. O que eu esperava da biografia de Amy? Bom, considerando que foi escrita antes de sua morte, confesso que achei bem raso já que ela estava no auge de sua carreira. 

Como toda artista jovem e mulher, seus vícios e relacionamentos foram tópicos obsessivos de jornalistas e da mídia. O que me lembrou a perseguição de vida da Britney Spears que cada saída de festas era clicada e condenada ao seu estado. Por anos foi taxada de viciada e louca. Só depois que ela expôs a verdade com sua biografia e a polêmica sobre o processo contra seu pai, que com a verdade vindo a tona, muitos passaram a vê-la com outros olhos. Da mesma forma deve ter acontecido após a morte de Amy. 

Mas vamos com calma. Qual foi o problema que encontrei nessa leitura? Talvez por ser jornalista, achei a escrita muito mais jornalística do que biográfica. O que mais queríamos saber era sobre sua vida na infância, o relacionamento familiar e com a música. O escritor focou em premiações e o relacionamento de Amy com seu marido. 

Confesso o estilo de música da Amy não é o meu tipo, mas seus grandes sucessos logicamente me conquistaram. Era isso que eu esperava ler nessas páginas. A história de vida de Amy, o que enfrentou até chegar ao sucesso. Não como ela enfrentou drogada ou bêbada ou como quando seu marido foi preso, ela não fazia mais nada sem ele. Não vou mentir que não acompanhei nada sobre seus escândalos. Só vim a saber sobre sua morte precoce. Então, sobre seus vícios e tals, não estavam muito por dentro. Mesmo assim, se fosse ela escrevendo sobre e contando seu lado, teria sido muito mais interessante. Só terminei a leitura pois não sou de abandonar livros. Mesmo que esteja sofrendo para continuar, eu termino. 

Não sei por que o escritor decidiu fazer uma biografia de Amy, porém, talvez se tivesse colocado mais alma nessa escrita... mesmo que ele seja fã dela, tudo nessas páginas me pareceu mais trechos tirados de matérias da Internet, assim como relatos de fãs, conhecidos ou familiares. E mesmo que seja fã, apesar de ter muitas passagens elogiando sua música, sua voz ou seu trabalho, só por enfatizar demais seus vícios ou explorar momentos em que ela nem era mencionada, achei a leitura muito rasa. Não foi emocionante nem empolgante. Uma pena, porque mesmo que ninguém soubesse onde ou como terminaria a história de Amy, acho que pelo sucesso e talento, ela merecia mais. 

Não recomendo mas, talvez se for fã, ler mais algumas coisas sobre a Amy deve ser reconfortante. 

Uma mulher maravilhosa. Uma pena tudo que viveu e como tudo terminou. 





Nota pessoal 4/10

[Resenha/crítica pessoal] Amigos, amores e aquela coisa terrível (Matthew Perry ) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago essa autobiografia emocionante de um dos astros mais divertido de Friends e também o mais solitário por trás das câmeras.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Nessa autobiografia, Matthew, nosso eterno Chandler de Friends, descreve como foi sua infância e como começou esse vício para preencher o vazio que sentia, assim como sucessos e fracassos ao longo de sua carreira. 



Ano de publicação 2023

Páginas 294

Autor/a  Matthew Perry



Minhas divagações finais 

Eu amo biografias apesar que algumas delas podem ser chocantes demais, como a do Anthony Kiedis. Sua vida também foi regada a vícios porém, o que mais me incomodou, foi seus relacionamentos com menores de idade. E confesso que depois de ler sua biografia, não consegui mais ouvir Red Hot Chili Peppers como antes. A biografia do Lobo de Wall Street, de Jordan Belfort também foi regada a vícios e mulheres. Porém, apesar de sua história parecer um filme pornográfico, também não achei interessante, pois ele era um viciado em sexo, drogas e dinheiro. Não teve nada de relevante em sua vida. Nem mesmo falar sobre sua passagem em Wall Street foi interessante porque ele não conta muito seu período em que esteve lá. Imaginei que seria uma história chata sobre como investir dinheiro, mas foi uma história chata sobre como viver viciado em drogas e enganar pessoas. 

Matthew Perry embora também tivesse seus vícios, ao menos tentou lutar contra. Quem acompanhou sua carreira em Friends, pode observar as mudanças em seu corpo que segundo ele, se estivesse acima do peso, álcool, muito magro, remédios. Eu maratonei a série anos atrás e reparei nessas mudanças, mas não tinha ideia dos motivos. Confesso que só vim a saber de sua luta contra o vício, após a notícia de sua morte. 

Ter artistas que passam por problemas com drogas ou bebidas nesse meio, não é novidade. Mas a intensidade com que alguns lidam ao longo dos anos que os tornam diferentes um do outro. Matthew era tão cativante no papel de Chandler. Era meu personagem preferido. Por trás das câmeras, jamais imaginaria tudo pelo qual passou. 

Sua biografia também contém relatos sobre seu vício, que era pesado e começou desde criança. Não era drogas como cocaína ou algo do tipo, ele era alcóolatra e viciado em opioides. Será que seria sensato dizer que começou por culpa de seus pais? Naquela época, quando ele ainda era criança, seus pais eram divorciados e para visitar o pai, ele viajava sozinho com uma plaquinha de menor desacompanhado. Que mãe permitiria isso? O sequestro de crianças existe em qualquer década. Muita sorte não ter acontecido nada parecido com ele. 

Mas, seu medo da solidão começou aí. Não dá para julgar seus sentimentos e seus vícios quando não passamos pelos mesmos medos e dores. Cada um reage as perdas e as dificuldades de modos diferentes. Infelizmente Matthew enfrentou com as bebidas e remédios. Mas ele lutou, tentou sair inúmeras vezes. Mas infelizmente não conseguiu. 

Não acompanhei sua carreira fora de Friends. Tirando Jennifer Aniston que acho que foi a que mais fez sucesso fora da série, achei que os outros não tinham feito outros trabalhos, mas Matthew ate que fez bastante filmes além de Friends. Muito triste pensar que pelo seu medo de achar que não seria suficiente para qualquer um, ele tenha terminado relacionamentos que poderiam ter lhe dado uma família. Julia Roberts? Ele namorou Julia Roberts. Eu amo essa atriz também. Quantas mulheres que ele terminou porque achava que um dia elas perceberiam que ele não era suficiente e com medo, terminou antes com elas. 

Sempre imaginei que atores que passaram tantos anos trabalhando juntos em séries extensas como Friends, após o término, mantivessem contato. Mas, cada um seguiu seu caminho. Por mais que soubessem de seu vício, normal ninguém querer se envolver. E também acho que na situação de Matthew, talvez não fizesse diferença se um ou outro deles tivesse ficado por perto, pois ele tinha tendência a afastar as pessoas boas que se importavam com ele. E com certeza, mesmo que ele tenha levado Friends a sério e tentado não misturar seu vício e atrapalhar o trabalho, acredito que em algum momento deva ter sido escroto com os colegas. Porque não é possível todos sumirem assim da vida dele. Foram anos juntos e não é um elenco pequeno, foram anos com mais cinco pessoas. Onde estavam? 

Matthew sempre conta seus anos em Friends com muito carinho. Essa série me ajudou quando passei por um tempo complicado e assistí-la me trazia momentos de diversão e paz. Uma pena pensar que aquele ambiente amigável era diferente fora das câmeras. Talvez porque Matthew contou seu lado da história, sentimos empatia por ele, não sabemos o que os outros passaram ao descobrirem suas lutas contra seus vícios. Em nenhum momento ele se fez de vítima ou romantizou seus problemas. E o mais triste é saber que ele tinha planos para o futuro e não conseguiu chegar lá. 

Foi uma das biografias mais tristes que li por saber que de tudo pelo que passou, seu brilho foi interrompido e ele não conseguiu seguir adiante. Não vi nada sobre sua morte, sobre o elenco de Friends em relação a perda de Matthew, só lamentei o ocorrido e nunca mais Friends será o mesmo vendo Chandler ali, fazendo piadas e todos rirem e Matthew sofrendo por trás com sua solidão. Mas acredito que todos que riram com Chandler e amaram Friends, deveria conhecer sua história. 


Nota pessoal 10/10

terça-feira, 1 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] O lobo de Wall Street (livro de Jordan Belfort ) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago a história de Jordan Belfort que para mim parecia promissora mas foi algo totalmente diferente do que eu esperava. O Lobo se perdeu quando saiu de Wall Street...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Jordan Belfort, é um corretor da bolsa de valores, que se envolveu em fraudes e coisas ilegais no mercado financeiro na década de 90. Ele fundou a corretora Stratton Oakmont, que possuía táticas agressivas de vendas e manipulação de ações. Com isso, levava uma vida extravagante com drogas e sexo e acabou sendo investigado pelo FBI.

Belfort era casado com quem chamava de Duquesa e tinha uma filha com ela. Ele passou por vários problemas familiares devido a seus vícios, principalmente em drogas pesadas que segundo ele, o ajudavam com suas dores nas costas. Terrivelmente viciado, causou sérios problemas com a Duquesa e foi internado diversas vezes. No entanto, após anos abusando de drogas e agindo de modo ilegal, acabou sendo preso por um tempo. 



Ano de lançamento 2007

Páginas 528

Autor/a  Jordan Belfort



Minhas divagações finais 

A primeira vez que conheci o título, foi pelo filme de mesmo nome sendo Belfort interpretado por Leonardo Di Caprio. Mas optei em ler o livro primeiro e foi até bom, pois se o filme for fiel ao livro, talvez eu não queira vê-lo. 

Inocentemente acreditei que a história iria por outros caminhos. Entendo que uma vida como corretor da bolsa de valores não deve ser tão empolgante, mas jamais imaginei que a história se basearia em drogas e sexo. Parecia uma vida como a de Anthony Kiedis, porém mais glamourosa. 

O tanto que Belfort fazia de dinheiro e gastava duas vezes mais, era surreal. Sua esposa então, ou era muito interesseira ou ingênua por não ver ou aceitar tudo o que ele fez. Impossível não estar ciente de onde vinha todo aquele dinheiro e achar que viveriam impunes para sempre. E o pior é saber que depois de tudo o que aprontou, ele virou palestrante. 

No início, acreditem, ainda achei interessante pelo fato dele contar quando começou em Wall Street. As horas ao telefone, tentando convencer as pessoas a comprar ações. Mas de repente, ele já contava seus anos na nova empresa. Como ele chegou lá? Quanto tempo depois de Wall Street? Nem lembro se tinha alguma passagem esclarecendo isso. Depois foi só sobre seu casamento com a Duquesa, sexo e drogas. Sinceramente? Não curto muito esse tipo de vida. Além das drogas, para conseguí-la obviamente precisa de dinheiro. Para ter dinheiro, Jordan estava em um esquema enorme de lavagem de dinheiro. Acho que subir na vida roubando e enganando pessoas, traindo a esposa e usando drogas, não é muito inspirador. Sua história só não é mais decepcionante do que a do Anthony Kiedis. Acho que eu preferia páginas e páginas sobre como seria o trabalho de um investidor na Wall Street do que essa vida viciada de Jordan. 

Pelas avaliações o livro foi até bem aceito. Mas no meu gosto literário, não achei motivador, tocante nem divertido. Li na força do ódio porque não gosto de abandonar nenhum livro. Como nunca usei drogas, nunca ganhei rios de dinheiro, não imagino como seria viver assim ou se conseguiria sair do vício. Muitas biografias de viciados é perceptível a triste batalha de largar o vício mas decorrer anos se afundando nela. Jordan teve um colapso tão grande que agrediu a esposa e quase feriu a filha pequena. São traumas inimagináveis nessas duas. Mas, a forma como tudo foi contada, não me pareceu que ele se arrependeu de ter levado uma vida depreciativa porque afinal, era milionário. 

Ao terminar a leitura, mesmo tendo Leonrdo Di Caprio e Margot Robbie no elenco, desisti de ver o filme. Se não gostei do livro e a história é a mesma, para que vou passar por essa tortura novamente? Eu, particularmente não recomendo o livro se me perguntassem. Mas, acho que há gosto para tudo e geralmente quando eu não gosto, a maioria curtiu. Então, leiam e tirem suas próprias conclusões. Eu gosto de biografias, mas ultimamente as que tenho lido, distorcem totalmente aquela imagem que eu tinha da pessoa. Eu sei que nem todos passaram por coisas maravilhosas na vida, principalmente artistas que antes da fama tiveram dificuldades. Mas quando o artista sofreu com vícios e conta de uma forma normalizada, romantizada até, sem uma mensagem de "não desperdicem suas vidas assim" não acredito que seja isso que queiram dizer. Anthony e Jordan contam esses momentos como se o fato de terem sobrevivido e subido na vida viciados fosse algo bom. Ambos foram internados diversas vezes, tentaram ficar limpos, mas sempre acabavam voltando ao vício. É uma jornada difícil, destrutiva e para quem não vive disso seria hipocrisia dizer que entende isso. Só acho que de Lobo de Wall Street só tinha o título mesmo, porque de Wall Street só ficou lá no início pois depois o foco foi só coisas ilícitas. Não é meu tipo de leitura...

Se essas pessoas com dons de fazer dinheiro usassem de forma mais benéfica para a sociedade, mas não, sempre é em benefício próprio e prejudicando até quem não tem muito...


Nota pessoal 3/10

segunda-feira, 30 de junho de 2025

[Review/crítica pessoal] Round 6 (temporada 3) - Divagando Sempre

 

Anyong Divas e Divos dorameiros. Hoje trago o que eu acreditava ser a conclusão dessa saga épica... mas nem tanto. Teve seus momentos. Mas confesso que ficou um gosto amargo após o término... 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

No final da Segunda temporada, Gi-Hun sobreviveu a rebelião que comandou mas perdeu um amigo no processo. O Líder dos jogos poderia tê-lo matado ali, mas escolheu deixá-lo vivo enfrentando as consequências de seu plano que deu errado. Atormentado pelas perdas, agora ele só pode culpar uma pessoa, o jogador 388 que havia se mostrado um forte aliado, mas na hora H se acovardou. Gi-Hun agora concentra suas forças em um único propósito, eliminar o 388.

Durante o jogo de esconde esconde, a Jogadora 222 dá a luz sendo protegida por Geum-Ja (149) e Hyun-Ju (120). A partir daí, o grupo passa a sofrer perdas consideráveis e mesmo após Gi-Hun conseguir realizar seu ato de vingança, ele acorda de seu estado depressivo quando lhe dão a missão de proteger Jun-Hee (222) e a bebê. Com um novo propósito ele enfrenta perigos para cumprir sua promessa além de não perder sua humanidade. 

Enquanto isso, fora dos jogos, o detetive Jun-Ho continua procurando a ilha, sem saber que a pessoa que o salvou é um aliado do Front Man, que após atirar no irmão, havia dado ordens para o capitão manter Jun-Ho vivo. Apesar de ajudá-lo nas buscas, sempre dava um jeito de despistar sobre a direção correta da ilha. Dentro do jogo, ainda temos o conflito da No-Eul, que tenta salvar um dos jogadores colocando a própria vida em risco. 

Todos os envolvidos conseguirão realizar seus objetivos?












Ano de lançamento 2025

Temporada 3 episódios 6

Elenco Lee Jung-Jae, Lee Byung-Hun, Yim Si-Wan, Kang Ha-Neul, Park Sung-Hoon, Yang Dong-Geun, Kang Ae-Sim, Jo Yuri, Lee David, Wi Ha-Jun, Park Gyu-Young


Trailer 





Minhas divagações finais 

Não há como negar que a espera pelo desfecho desse jogo fosse enorme, também não há como negar como a decepção de muitos também foi enorme. Já aviso que não tem como falar dessa temporada sem SPOILER então esteja avisado. 

A mudança de atitude depois de ter perdido a luta, deixou 456 devastado. Mas, apesar da situação, 149 tentou manter a cabeça erguida e acolheu 222 e a bebê as protegendo até o fim. Porém, no jogo onde a bebê nasceu, perdemos a 120, que achei a morte mais ridícula de todas. Perdendo para o Thanos, acho que esses dois mereciam no mínimo mortes dignas. Do nada 333 apareceu e a matou. Simples assim. Fora que a 120 poderia ter terminado o jogo sozinha, mas voltou para avisar as outras duas e acabou morrendo no processo. 

No fim, 149 teve que matar o próprio filho para proteger a bebê. Depois de dar uma lição de moral em 456, ela tira a própria vida. O que desperta algo em 456 que finalmente volta como ele mesmo e faz de tudo para proteger 222 e a bebê. Mas, no final, o próprio se sacrifica deixando a bebê como única sobrevivente e campeã do jogo. Mas como assim? A decisão ridícula obviamente veio dos VIPs que faziam apostas e acharam que seria mais interessante se a bebê ficasse no lugar de sua mãe. 

Tirando algumas mortes que me arrancaram lágrimas dos olhos, pois mesmo sabendo que não poderia me apegar a ninguém mas já me apegando, MATAR todos foi covardia. Inicialmente pensei que 456 tinha voltado ao jogo para tentar encontrar um meio de acabar com essa atrocidade. Mas no final, ele só recuperou sua humanidade e todos morreram, sendo inútil seu retorno. 

Mais decepcionante ainda foi a jornada do detetive que passou anos procurando a ilha, mais precisamente seu irmão, para não terem nenhum diálogo e muito menos resolução do arco deles. E aquele final? O detetive recebendo a bebê e seu dinheiro em sua casa? E a filha do 456 que ganhou o dinheiro que seu pai ganhou na primeira temporada e sua jaqueta com o número 456? E o pior de todos, o Front Man passando por uma rua e vendo uma recrutadora abrindo possibilidades sórdidas e infinitas para essa história. 

O que podemos concluir? Que tudo deveria ter acabado na primeira temporada ou, pelo menos resolvido nessa. Matar 456? Apesar de revoltante compreensível. Porém, descobrimos que existe alguém maior que o Front Man, que possivelmente esses jogos estão espalhados pelo mundo e o que o 456 passou é um grão de areia em comparação a esse mundão. Ele manteve sua humanidade, mas tudo pelo que lutou foi em vão. Esse tipo de coisa é certo que nunca terá fim. Pelas pessoas com dinheiro que pagam para apostar e ver esse tipo de atrocidades tanto pelas pessoas na miséria que fazem qualquer coisa por dinheiro. A história irá se repetir mudando apenas o protagonista da vez. 

Considerando tudo, a primeira temporada ainda foi melhor, pela novidade de tudo, de não sabermos o que esperar. O Arco seguinte foi meio fraco, pois já sabíamos o que esperar. E mesmo desejando um final digno para essa trajetória de 456, decididamente não foi o que ninguém esperou. Eu apreciaria mais se algumas coisas tivessem sido diferentes. 222 poderia ter no mínimo tentado atravessar a ponte. Mesmo que 333 não fosse confiável, se a tivesse empurrado no último instante, teria sido mais impactante do que ela simplesmente pulando. Talvez fosse revelar a verdadeira face de 333? Talvez. Mas pelo menos já daria indícios de que ele seria ganancioso a ponto de matar a mãe de sua filha e depois da própria filha. 

E se no jogo final, 456 tivesse se lembrado de ativar a prova final e conseguisse vencer junto com a bebê? Poderia ter mais um Arco onde ele tentaria acabar com essa atividade de vez. Mas optaram por mostrar que isso é muito maior do que se acreditava ser uma atividade só na Coreia. O que acaba ficando cansativo porque por mais que seja em outro país, a história se repete. Jogadores endividados que formam grupinhos mas para sobreviver acabam matando aqueles que juraram lealdade. Eu esperava um fim definitivo e pensar que pode ter mais temporadas não é muito empolgante... mas, recomendo se já viu a primeira temporada, encerrar pelo menos a jornada de 456.





Nota pessoal 7/10

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