sexta-feira, 1 de agosto de 2025

[Review/crítica pessoal] A lista terminal - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos.  De volta depois de uns dias gripada e agora volto trazendo essa série que achei incrível. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O tenente-comandante dos Navy SEALs, James Reece, comanda uma missão para atacar o Dr. Kahani, um especialista em armas químicas na Síria.  Seu pelotão de 14 SEALs e mais um informante, são emboscados e toda a equipe morre, exceto Reece e seu amigo Boozer. Ao retornarem para casa, a família de Reece nota seus lapsos de memória e alguns dias depois, ele recebe a notícia de que Boozer foi encontrado morto, aparentemente considerado suicídio. Reece não acredita e passa a questionar o que realmente aconteceu na Síria e se foi sua culpa a morte de seu pelotão. 

Com as dores de cabeça o incomodando, ele resolve fazer um exame de ressonância magnética mas é atacado por dois homens. Preocupado que um deles portava sua arma guardada em seu cofre em casa, ele retorna ao lar para descobrir uma tragédia. Katie Buranek, uma jornalista investigativa o procura para perguntas e diz que o agente Josh Holder não encontra evidências de sua inocência no caso de sua família. Com a certeza de que algo está errado, Reece começa a investigar por conta os prováveis envolvidos no que está acontecendo com ele e começa uma lista terminal com nomes que ele vai atrás para descobrir a verdade. Começa com Holder que deixa escapar um nome e assim, ele começa sua caçada pelos responsáveis que tornou sua vida um inferno. 














Ano de lançamento 2022

1 temporada 8 episódios 

Elenco Chris Pratt, Taylor Kitsch, Constance Wu



Trailer 





Minhas divagações finais 

Ao longo da jornada de Reece vamos descobrindo com ele o que realmente aconteceu com ele e seu pelotão. O que houve com sua família foi totalmente terrível, mas para o que armaram para ele foi necessário. Tem momentos que até você acaba confuso e desconfiando no que realmente é real ou o que poderia ter acontecido. Seus lapsos de memórias iniciais me levaram a supor outros caminhos. Apenas na metade fui desvendado o mistério de suas memórias. 

Não foi novidade para mim os responsáveis do que aconteceu com Reece, nesse meio é sempre alguém como eles que cometem esses crimes. Mas um deles, me surpreendeu. Não darei spoilers. Além de Chris Pratt, que sempre faz filmes ótimos, temos uma dinâmica incrível no manuseio das armas. Não nego que o tema não seja novidade. Bem clichê na verdade. Desde o início sabemos que tem algo errado quando o pelotão de Reece são encurralados daquela forma. E como apenas ele sobreviveu, mesmo que seu amigo tenha sobrevivido também, após ter cometido suicídio mas ele não acreditar, começamos a suspeitar que tem armação ali. Mas quem estaria por trás? Era essa a grande questão. 

Lógico que a jornalista iria ter algumas pistas do que ela suspeitava do que poderia estar acontecendo. Embora de início ela não confie totalmente em Reece, após descobrir o resultado de seus exames, ela fica dividida entre o que aconteceu de fato e o que poderia ser considerado alucinação dele. Algumas vezes não gostei das atitudes dela, mas ela foi bem durona e ajudou muito Reece.

A melhor parte para mim foi quando Reece tenta se esconder do FBI e deixa uma bala para trás, que foi muito significativo. Ele poderia ter atirado, mas preferiu seguir apenas com sua lista. Agora a parte mais chocante, foi quando ele encontra o assassino de sua família. A perseguição por ele e seus aliados, os nomes na lista sendo eliminados um por um, foi bem caótico. Mas nada supera as memórias dele com uma cena específica com sua família. Embora tenha o desenho da filha como prova de aquilo existiu, são bem confusas na verdade. Me perguntava de qual forma teria acontecido ou se era tudo coisa da cabeça dele. 

A série terminou de uma forma que me deixou sem fôlego. Não esperava que ele fosse fazer aquilo mesmo. Mas fica aquela dúvida, mesmo que ele tenha riscado o último nome da lista, o quão vingativo ele estava para apertar o gatilho no último nome? Foi uma jornada frenética, correndo contra o tempo, já que ele descobriu estar mal, fugindo do FBI que estava em seu encalço, seu nome apareceu como procurado considerado psicótico e perigoso, mas sempre firme no seu propósito de vingar sua família e seu pelotão e ainda conseguiu proteger a repórter de uma certa forma. O encontro final dela com a pessoa responsável por tudo isso foi bem confuso no início, eu queria mesmo acreditar que aquela pessoa não tinha nada a ver, mas são esses tipos que são os mais gananciosos e inescrupolosos, que não medem esforços para alcançar seus objetivos, mesmo que seja cruel ou ilegal. Reece encontrando as duas e seguindo aquele embate, fenomenal. Embora de forma errada, ele fez o trabalho que o FBI demoraria anos para descobrir. 

A atuação de Chris Pratt está incrível. Se está acostumado com um Senhor das estrelas cômico da Marvel, irá se surpreender com um soldado sofrendo a perda da família, buscando vingança e sendo perseguido. Encontramos um personagem sério, focado e cheio de dor. Foi incrível. Quem já esperava pelo final, meus aplausos, eu fiquei chocada. Como demorei para ver essa série, vi que vai ter a segunda temporada. Não vi nada sobre então não sei o que esperar. Mesmo porque, não imagino como seguiriam com essa história. Então, vou apenas aguardar e assim que puder verei. No mais, recomendo. 


Nota pessoal 10/10

sexta-feira, 25 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] Meu amigo Enzo - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Hoje trago encerrando minha semana canina, Meu amigo Enzo. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Denny, é um piloto de corrida onde seu sonho é se tornar profissional. Um dia, passando por uma fazenda de adoção de filhotes, em um impulso, acaba adotando um filhote de Golden Retriever. Os dois sentem uma conexão instantânea sentindo que serão melhores amigos para sempre. Denny nomeia o cãozinho de Enzo. 

Enzo acredita na crença, que todo cachorro preparado ao morrer, reencarna depois como humano. Diante dessa perspectiva, ele observa como Denny e todos ao seu redor vivem e se comportam. Tudo ia tranquilamente bem até que uma mulher aparece e muda a rotina dos dois. Eve é alegre, carinhosa, apoia os sonhos de Denny e o faz feliz. Assim, os três passam a viver juntos e depois se tornam quatro. Com a chegada de Zoë, tudo fica mais caótico e alegre ao mesmo tempo. 

Mas a vida de Denny não é fácil e passa por inúmeras provações, como a doença da esposa, brigas na justiça por parte dos sogros, o sonho que nunca realiza e Enzo acompanha tudo no limite que um cachorro pode fazer por seu tutor até seu último suspiro. 









Ano de lançamento 2019

Duração 2h 3m

Direção Simon Curtir

Elenco Milo Ventimiglia, Kevin Kostner (voz/Enzo), Amanda Seyfried



Trailer 





Minhas divagações finais 

Como sempre, vi uma cena no YouTube, onde um garotinho chamado Enzo se apresenta para Denny. No contexto, havia entendido que Enzo era o nome do cachorro de Denny e que este ao morrer, voltou anos depois como um humano. Mas, obviamente que o foco da história não era esse. Enzo como na maioria dos filmes com cãozinho é dublado, e sua voz é do Kevin Kostner. Uma maravilhosa surpresa para mim. Quando escutei sua voz pensei ter ouvido em algum lugar, e quando fui pesquisar o elenco, lá estava o nome dele. Outra surpresa foi a Amanda Seyfried, que não é minha atriz favorita mas sempre acabo a vendo em vários filmes. 

Enzo acompanha a vida de Denny, participando até mesmo das corridas. Depois acompanha a vida do casal e por fim da chegada da Zoë. O único ponto dessa família que foi extremamente irritante, foi os pais da Eve. Desde o início eram contra Denny e quando a filha se foi, eu não acreditei que seu pai armou tudo aquilo para tirar Zoë de Denny. Se ele fosse um pai ausente ou que maltratava a filha, até entenderia. O cara acabou de perder a esposa e o sogro ainda quer tirar a filha? Ódio desse ser humano. Ainda bem que a sogra no último segundo virou tudo a favor de Denny.

Embora tenha muito drama, confesso que não me destruiu tanto quanto Sempre ao seu lado. Que como eu disse, apesar de ser um dos poucos filmes onde o animal não tagarela, foi o mais comovente até agora. Embora no Brasil o título tenha mudado para Meu amigo Enzo, apesar de condizer com o contexto da história, não tem nada a ver com o título original que vem a ser The art of racing in the rain ( A arte de correr na chuva). Que achei que teve muito a ver com a história também, que teria um apelo muito mais emocional e interessante e ainda homenageava Ayrton Senna que foi mencionado várias vezes e era um ídolo de Denny, sendo até igualado ao corredor brasileiro ao ser o melhor correndo na chuva. Quem conheceu Senna entenderá a referência. Embora Meu amigo Enzo também faça bom sentido da história, deixa menos instigante do que A arte de correr na chuva. 

Juntos para sempre também menciona o fato de alguns cachorros sentirem quando o tutor ou alguém próximo a ele tem câncer. Enzo também sentiu, mas aqui ele tinha mais consciência da complexidade do problema e de sua incapacidade de poder fazer algo. Quando Eve sai de casa as pressas porque se sentia mal, deixando Enzo sozinho por alguns dias, pensei em várias coisas que poderiam ter acontecido. Mas o modo como realmente foi deixou meio que a desejar. Acho que seria compreensível Enzo ter destruído alguns bichos de pelúcia abandonado como ficou. Eu entenderia que no seu estado de fome, teria procurado comida ali. Fiquei surpresa que Denny explodiu com Enzo por causa disso mas não ficou bravo pela esposa ter esquecido o cachorro por dois ou três dias na casa, sozinho. 

Eve foi uma personagem que entrou na vida dos dois, mexeu com a rotina, aumentou a família, e embora sempre tenha apoiado Denny e embora tenha tido uma participação curta em sua vida, acho que faltou algo nela. Faltou algo no casal. Química talvez? Não foi alegre sua adição na família, não foi surpresa sua doença, não foi triste quando partiu, embora a trajetória de Enzo tenha sido tudo isso e muito mais. 

O final, embora fosse esperado, já que Enzo mencionava muito isso, acho que poderia ter sido mais emocionante, já que impactante estava fora de questão. Senti falta disso também. Foi tudo como o previsto. Mas, ainda assim foi uma boa história. Zoë foi uma boa filha e ótima neta, pois mesmo sendo disputada pelos avós e sabendo que eles a afastavam do pai, sempre foi muito comportada e carinhosa com eles. Sei que não é impossível ter sogros assim, mas achei, principalmente o sogro, detestável desde o início. 

Como mencionei, pelo título parecia que a trajetória seria apenas do Enzo, mas o foco não foi apenas nele. Por isso acho que A arte de correr na chuva seria um título bem mais interessante. O drama de vida de Denny fez bem mais sentido com o título. Sabemos também que a vida dos cachorros são mais curtas, foi uma tristeza o acidente, acredito que foi isso que acelerou sua morte. Será que se não fosse isso e ele pudesse ter ido para a Itália com Denny e Zoë, visto seu tutor realizar seu sonho, seria menos significativo? Ele ainda poderia ter morrido lá um tempo depois mas pelo menos visto Denny realizar partes de seu sonho. Eu acredito teria o mesmo resultado emocionante e mais feliz pelo menos. Mas, ainda assim foi bom.

Milo conheci desde novinho de séries e filmes como Gilmore Girsl, Heroes e Rocky. Mas o que mais me marcou dele foi a série This is Us, todo episódio eu chorava e embora sua participação tenha sido curta, amei ele. Por isso quando vi que o filme era com ele, quis conferir. E mais uma vez fez um ótimo trabalho. Recomendo. 





Nota pessoal 9/10

quinta-feira, 24 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] Sempre ao seu lado - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Esse com certeza vai te fazer chorar. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Parker Wilson é um professor universitário que ao voltar de uma viagem, encontra um filhote de cachorro perdido na estação de trem. Ele o acolhe até encontrar seu dono ou alguém que queira adotá-lo. Cate, sua esposa, por mais que seja contra, acaba vendo como seu marido e o cachorro tem uma forte ligação e eles acabam ficando com o filhotinho. 

Parker tem um amigo, Ken,  de origem japonesa, que ao conhecer o filhote lhe fala um pouco sobre sua raça, que viajou do Japão até ali e em sua coleira tem o símbolo do número 8, que em japonês se lê Hachi. Parker gosta e passa a chamar o cachorrinho de Hachi. 

Parker e Hachi estabelecem um vínculo e sempre que Parker sai para trabalhar, Hachi o acompanha até a estação e ao final do dia, o espera em frente ao portão. Hachi fica conhecido pelas pessoas que trabalham nas proximidades e acabam cuidando dele, quando Parker vem a falecer repentinamente e Hachi passa anos o esperando, no mesmo local, todos os dias, até seu último suspiro. 










Ano de lançamento 2009

Duração 1h 33m

Direção Lasse Hallström 

Elenco Richard Gere, Joan Allen, Cary-Hiroyuki Tagawa, Jason Alexander, Erick Avari



Trailer 






Minhas divagações finais 

Eu vi esse filme a primeira vez, uns 10 anos atrás. Foi um dos primeiros filmes que meu filho ainda pequeno, viu comigo e chorou horrores. Nós começamos o filme animados pensando ser uma história divertida sobre um homem que adota um cãozinho. Mas no fim, estávamos debulhando em lágrimas. Foi tão marcante, que passou anos e mesmo que via no catálogo de streaming e tivesse vontade de rever pelo Richard Gere, nunca tinha coragem, pois me lembrava que era muito triste. Passou os anos e resolvi rever a obra, acreditando que agora não fosse chorar tanto. Ilusão claro. Fiquei destruída assim como anos atrás. 

A experiência aqui é incrivelmente realista. Embora não saia vozes vindo de Hachi, suas expressões foram maravilhosamente capturadas com uma realidade comovente. A raça de Hachi é Akita, e embora eu tenha medo de cachorros, sempre amei filmes com eles. Veja bem, sentir medo e não gostar deles, são coisas bem diferentes. Eu amo um cachorrinho, mas longe de mim. Se for grande então, melhor estar do outro lado da rua. Mas acho eles no geral divertidos e engraçados. 

Hachi ficou perdido na estação até que encontrou Parker. Inicialmente ele não ficaria com o cãozinho, mas acabou se apegando a ele. Todos que o conheciam achavam incrível que Hachi o seguia e depois o esperava na estação seu dono voltar do trabalho. Parker sempre tentou ensinar Hachi a ir pegar a bola quando jogava, mas Hachi nunca o fazia. Até que um dia, antes de sair para trabalhar, como se sentisse algo, Hachi passou a brincar com Parker e buscou a bolinha quando ele o jogou, o deixando emocionando por depois de várias tentativas, finalmente Hachi aceitar a brincadeira. Mas esse seria a última que se viam. 

Parker passou mal durante a aula e veio a falecer. Hachi ficou esperando na estação até que a família o buscou. Cate acabou se mudando e Hachi ficou com sua filha, mas ele fugia e voltava para a frente da estação, esperando no mesmo lugar por Parker. No fim, ela acabou desistindo de prender Hachi e o deixou ir. Assim, por quase 10 anos Hachi ficou por ali e sempre voltava no mesmo horário e local onde esperava Parker. Sua história ficou famosa e um jornalista a publicou, chamando a atenção de Ken que foi visitar Hachi. Muitos tentaram convencer Hachi de que Parker não voltaria mais, mas ele ficou ali até o fim de sua vida. Quando Cate retorna para a cidade e reencontra Hachi ainda esperando, é de partir o coração e se debulhar em lágrimas. 

A trilha sonora contribui para um clima melancólico e não tem como evitar as lágrimas, mesmo conhecendo a história, vendo aquele fiel amigo esperando por anos o dono que não iria aparecer mais. Parte o coração pensar que Hachi viveu daquela forma e também aquece o coração pensar o quão fiel ele era com seu dono. E tudo isso sabendo que é uma história real. Tanto que na cidade onde o verdadeiro Hachi viveu, existe uma estátua na estação em sua homenagem. 




No mais, muito linda a história desses dois. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

quarta-feira, 23 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] Dog - a aventura de uma vida - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Continuando a minha jornada canina, trago mais um filme com esses animais. Dessa vez, Lulu e Briggs, enfrentarão uma viagem juntos com início tumultuado e cheio de ódio. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Jackson Briggs é um ex-militar tentando voltar a ativa depois que foi dispensado por motivos médicos. De repente ele recebe a notícia de que um de seus ex companheiros do Afeganistão acabou de falecer e ele é incumbido de levar a cadela do amigo para seu enterro. O animal se chama Lulu e serviu com os dois na guerra. Briggs está afastado por sofrer de estresse pós traumático assim como Lulu. 

Pensando ter uma chance de voltar a ativa se cumprir essa missão de levar a cadela ao enterro, Briggs aceita levar Lulu, porém, ela é agressiva e temperamental. Durante a jornada os dois se estranham no início mas conforme vão viajando juntos, um vai curando as feridas do outro. E no fim da viagem, Briggs precisa decidir se deixará que Lulu seja sacrificada após se despedir do amigo. 








Ano de lançamento 2022

Duração 1h 41m

Direção Reid Carolin, Channing Tatum

Elenco Channing Tatum, Ethan Suplee, Kevin Nash



Trailer 





Minhas divagações finais 

O diferencial do filme é que a jornada entre humano e animal é constituída por um cachorro com problemas igual ao seu acompanhante. Diferente dos cliches com cachorros fofinhos. E também, porque tive conhecimento depois de ver o filme, que além de Channing Tatum dirigir o filme, ele teve uma viagem semelhante com seu cão que estava morrendo de câncer. Então, o peso em dizer que não havia gostado muito do filme aumentou. 

Assim, Lulu seria sacrificada por representar perigo por ser instável e por seu dono ter falecido. Sem estruturas para manter um cão perigoso e fora de serviço, para eles infelizmente a saída é sacrificá-la. Diferente dos soldados que se aposentam e apesar de representar perigo a sociedade ou a eles mesmos, eles ficam livres até que cometem atos como o dono de Lulu, que sofrendo dos horrores da guerra, sofreu o acidente de carro. O que ficou implícito que o próprio tirou a vida por não conseguir lidar com seus problemas psicológicos. 

O que nos faz questionar sobre Briggs que sofre do mesmo transtorno. Apesar de Lulu aparentar ser agressiva com Briggs e os outros soldados e precisar usar focinheira, em alguns momentos ela não demonstrou ser perigosa. Seria uma falha ou ela só era assim com os soldados por acreditar que ainda poderia estar no campo de batalha?

O que vemos em Briggs quando tenta conquistar algumas mulheres e se hospedar no hotel fingindo ser cego, seria o egocentrismo dos soldados americanos pensarem que por servirem o país, são automaticamente heróis e podem fazer o que quiserem. Ser um soldado americano é bem complexo, diante de tantos filmes que vemos e somos forçados a olhar apenas o lado deles como heróis. No entanto, o que não me cativou mesmo foi o filme em si. Dirigir filmes com animais deve ser muito difícil, mas senti falta de algo mais entre Briggs e Lulu. 

Só vemos uma parte da vida de Briggs, sabemos que foi dispensado e está loucamente tentando voltar, já que ter um trabalho comum parece não ser suficiente para ele. Sabemos que tem uma filha e por alguma razão está separado de sua esposa. E por mais que tenha servido no exército com alguns companheiros, até mesmo com o dono da Lulu, não parece ter criado laços a ponto de dizer que eram de fato amigos. Isso, é o que eu senti que faltou. Talvez tenham mencionado em algum momento e eu não prestei a devida atenção, mas diante disso tudo, não terminei o filme emocionada como achei que terminaria. 

Claro que filmes como Quatro vidas de um cachorro onde o animal tem uma voz que narra seus sentimentos, torna a história mais leve e engraçada. E em dramas como Dog, acredito que não funcionaria tão bem. Embora sejam histórias completamente diferentes, o foco no animal é inegável. Briggs e Lulu tinham alto potencial de uma história muito mais complexa e emocionante. Poderiam ter mostrado cenas das lutas de Lulu, poderia ter mostrado como era ela com seu antigo dono, para termos uma comparação de como ela era. Achei muito fraco mostrar somente a parte de Briggs que ao encontrá-la mencionasse apenas as diferenças entre o que ela era e o que se tornou. E claro, no final, eu esperei que assim que se dessem bem, Lulu abraçaria Briggs em sinal que o aceitou. Para mim, teria fechado com chave de ouro. 

Apesar da luta emocional entre os dois, o encontro com o casal bizarro foi totalmente fora de contexto para mim. Mas enfim, foi bom para se distrair mas totalmente esquecível ao terminar. Recomendo se gostar dos trabalhos de Channing. 


Nota pessoal 6/10

terça-feira, 22 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] Juntos para sempre - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. A sequência de Quatro vidas de um cachorro tem um novo propósito para Bailey, mas para mim, só valeu a pena pelo Henry Lau...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Ethan, novamente junto de seu primeiro cachorro Bailey e de seu primeiro amor Hannah, agora tem uma graciosa neta chamada CJ (Clarity June). CJ e sua mãe Gloria moram com Ethan e Hannah na fazenda, pois perderam seu pai e Gloria ficou por ali até conseguir se manter sozinha. No entanto, devido seu falecido marido, filho de Hannah, deixou um dinheiro para CJ após ela completar 18 anos. Gloria acreditando que seus sogros estavam atrás desse dinheiro, decide ir embora com CJ. Quando Bailey está prestes a morrer, Ethan pede que se retornar novamente, cuide de sua netinha. E assim, começa uma nova jornada para Bailey.

CJ agora mora com a mãe mas é negligenciada quando esta sai para encontros e a deixa sozinha quase todas as noites. CJ tem um melhor amigo chamado Trent que ao ir a um abrigo adotar um cãozinho, Bailey que nasceu novamente, reconhece o cheiro de CJ e decide ir atrás dela. CJ decide adotar o cãozinho mesmo que sua mãe não permita. Assim, Molly cresce com CJ. No entanto, após vários abandonos de sua mãe e após descobrir que ela usou todo seu dinheiro deixado por seu pai, decide sair de casa, mas acaba sofrendo um acidente. E assim Molly deixa essa vida. 

Nesse intervalo Bailey volta como outro cão, mas não consegue ir até CJ, mesmo a encontrando por acaso. Então mais uma vez deixa essa vida e retorna como Max. Dessa vez ele consegue ficar ao lado de CJ e ainda reencontra Trent, unindo os amigos novamente. Ao passarem por momentos difíceis juntos, CJ tenta um reencontro com sua mãe e com seus avós. Onde Ethan já de muita idade, ainda reconhece Bailey em Max. 










Ano de lançamento 2019

Duração 1h 50m

Direção Gail Mancuso

Elenco Kathryn Prescott, Henry Lau, Dennis Quaid, Marg Helgenberger, Betty Gilpin



Trailer 





Minhas divagações finais 

Já havia iniciado esse filme uma vez sem saber que era continuação de Quatro vidas de um cachorro. Como já tinha visto uma vez, achei estranho a interação de Ethan com seu cachorro, pois sentia que já tinha visto em algum lugar. Por isso, quando fui pesquisar descobri ser a sequência. Então havia decidido rever o primeiro para depois ver esse. Mas o tempo passou e fui deixando de lado. Até agora. 

Também tinha visto um shorts no YouTube de uma cena entre CJ e Trent. Óbvio que interpretei errado e pelos comentários achei que os dois eram um casal e que ela havia o abandonado quando descobriu estar doente. Odiei a CJ até essa cena, que foi na metade do filme e só depois entendi que não era nada daquilo e os comentários nem sempre são confiáveis. 

Também havia lido um comentário sobre não haver necessidade de ver o primeiro filme para entender o segundo. Gente, se é uma sequência, óbvio que é importante ver o primeiro, principalmente para entender a conexão entre Ethan e Bailey. No segundo Ethan ainda aparece mas o foco é sempre em Bailey, que passou esses anos todos buscando um propósito para sua existência. E o enceramento de Ethan e Bailey é digno de aquecer o coração. 

Mas, confesso que só vi esse segundo pelo Henry Lau. Embora tenha aparecido mais para o meio da história. Era claro que ele sempre amou a CJ, mas é aquela história de vizinhos e melhores amigos que não misturam os sentimentos. Até ela aparecer com outro namorado e ele com outra pessoa. Mas claro que Bailey daria um jeito de juntar os dois. Porém, infelizmente, CJ e Trent não tiveram química juntos. Henry Lau é ótimo no papel de secretário de alguém, príncipe herdeiro azarado ou guerreiro cômico. Mas fazer par romântico não lhe cai bem. Talvez porque essa atriz também não tinha muito a oferecer. Acho que Ethan adolescente convenceu bem mais do que CJ adolescente. 

Gloria também foi uma personagem detestável desde o início. Ethan muito maduro da parte dele dizer que Gloria os afastou da neta por ainda ser muito jovem quando perdeu o marido. Não acho que isso justificaria sua personalidade egoísta ao abandonar a filha para ficar namorando a noite ou usar todo o dinheiro que o marido deixou para a filha. Qual o sentido disso? E no final querer se redmir daquela forma? Tudo bem que talvez ela não soube lidar com o luto, pois pelas cartas de seu marido, ela parecia ser uma mulher incrível e ao perdê-lo se tornar egoísta dessa forma?  Inaceitável. 

Bom, li que alguns preferiram o segundo, mas eu ainda acho que o primeiro foi melhor. Deveria ter acabado ali mesmo, pois mesmo que a jornada de Bailey tenha sido cuidar da CJ como ele cuidou do Ethan quando ele precisou, foi meio repetitivo e cansativo. A forma como Bailey encontrava CJ foi muito fácil e sem graça. Pelo menos com Ethan demorou, enquanto teve outras vidas. 

A atriz que interpreta CJ, Kathryn Prescott fez o filme Polaroid, que vi em uma maratona de Halloween e diga-se de passagem, também não achei grande coisa e olha que ela foi a protagonista. Já Henry Lau, muitas vezes é secundário mas seus papéis são sempre marcantes. Enfim, apesar do meu erro de ter julgado CJ desde o início, sua jornada não foi inspiradora para mim. A única coisa relevante foi não ter desistido da amizade de Trent e ter ido atrás dos avós no final. 

Espero que esse seja mesmo o fim da jornada de Bailey. Só valeu a pena mesmo pelo Henry. 




Nota pessoal 6/10

Dica de Destaque

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