Olá Divosos. Continuando a minha jornada canina, trago mais um filme com esses animais. Dessa vez, Lulu e Briggs, enfrentarão uma viagem juntos com início tumultuado e cheio de ódio.
DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA
Jackson Briggs é um ex-militar tentando voltar a ativa depois que foi dispensado por motivos médicos. De repente ele recebe a notícia de que um de seus ex companheiros do Afeganistão acabou de falecer e ele é incumbido de levar a cadela do amigo para seu enterro. O animal se chama Lulu e serviu com os dois na guerra. Briggs está afastado por sofrer de estresse pós traumático assim como Lulu.
Pensando ter uma chance de voltar a ativa se cumprir essa missão de levar a cadela ao enterro, Briggs aceita levar Lulu, porém, ela é agressiva e temperamental. Durante a jornada os dois se estranham no início mas conforme vão viajando juntos, um vai curando as feridas do outro. E no fim da viagem, Briggs precisa decidir se deixará que Lulu seja sacrificada após se despedir do amigo.
Ano de lançamento 2022
Duração 1h 41m
Direção Reid Carolin, Channing Tatum
Elenco Channing Tatum, Ethan Suplee, Kevin Nash
Trailer
Minhas divagações finais
O diferencial do filme é que a jornada entre humano e animal é constituída por um cachorro com problemas igual ao seu acompanhante. Diferente dos cliches com cachorros fofinhos. E também, porque tive conhecimento depois de ver o filme, que além de Channing Tatum dirigir o filme, ele teve uma viagem semelhante com seu cão que estava morrendo de câncer. Então, o peso em dizer que não havia gostado muito do filme aumentou.
Assim, Lulu seria sacrificada por representar perigo por ser instável e por seu dono ter falecido. Sem estruturas para manter um cão perigoso e fora de serviço, para eles infelizmente a saída é sacrificá-la. Diferente dos soldados que se aposentam e apesar de representar perigo a sociedade ou a eles mesmos, eles ficam livres até que cometem atos como o dono de Lulu, que sofrendo dos horrores da guerra, sofreu o acidente de carro. O que ficou implícito que o próprio tirou a vida por não conseguir lidar com seus problemas psicológicos.
O que nos faz questionar sobre Briggs que sofre do mesmo transtorno. Apesar de Lulu aparentar ser agressiva com Briggs e os outros soldados e precisar usar focinheira, em alguns momentos ela não demonstrou ser perigosa. Seria uma falha ou ela só era assim com os soldados por acreditar que ainda poderia estar no campo de batalha?
O que vemos em Briggs quando tenta conquistar algumas mulheres e se hospedar no hotel fingindo ser cego, seria o egocentrismo dos soldados americanos pensarem que por servirem o país, são automaticamente heróis e podem fazer o que quiserem. Ser um soldado americano é bem complexo, diante de tantos filmes que vemos e somos forçados a olhar apenas o lado deles como heróis. No entanto, o que não me cativou mesmo foi o filme em si. Dirigir filmes com animais deve ser muito difícil, mas senti falta de algo mais entre Briggs e Lulu.
Só vemos uma parte da vida de Briggs, sabemos que foi dispensado e está loucamente tentando voltar, já que ter um trabalho comum parece não ser suficiente para ele. Sabemos que tem uma filha e por alguma razão está separado de sua esposa. E por mais que tenha servido no exército com alguns companheiros, até mesmo com o dono da Lulu, não parece ter criado laços a ponto de dizer que eram de fato amigos. Isso, é o que eu senti que faltou. Talvez tenham mencionado em algum momento e eu não prestei a devida atenção, mas diante disso tudo, não terminei o filme emocionada como achei que terminaria.
Claro que filmes como Quatro vidas de um cachorro onde o animal tem uma voz que narra seus sentimentos, torna a história mais leve e engraçada. E em dramas como Dog, acredito que não funcionaria tão bem. Embora sejam histórias completamente diferentes, o foco no animal é inegável. Briggs e Lulu tinham alto potencial de uma história muito mais complexa e emocionante. Poderiam ter mostrado cenas das lutas de Lulu, poderia ter mostrado como era ela com seu antigo dono, para termos uma comparação de como ela era. Achei muito fraco mostrar somente a parte de Briggs que ao encontrá-la mencionasse apenas as diferenças entre o que ela era e o que se tornou. E claro, no final, eu esperei que assim que se dessem bem, Lulu abraçaria Briggs em sinal que o aceitou. Para mim, teria fechado com chave de ouro.
Apesar da luta emocional entre os dois, o encontro com o casal bizarro foi totalmente fora de contexto para mim. Mas enfim, foi bom para se distrair mas totalmente esquecível ao terminar. Recomendo se gostar dos trabalhos de Channing.
Nota pessoal 6/10
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