sábado, 16 de agosto de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Sob a Ponte do Mal - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Histórias de True crime em podcast para livros está virando tendência? Esse não é o primeiro que leio mas pelo menos o modo como foi escrito foi satisfatório para mim. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Trinity Scott, uma podcaster de True crime, revive um caso a vinte anos trancado na prisão. Depois de todo esse tempo, o condenado que confessou o assassinato de uma adolescente resolveu abrir o jogo e contar o motivo do crime. Para Trinity, e somente ela, depois de todos esses anos, ele vai falar. Clayton Jay Pelley era um jovem orientador educacional e respeitado na época, ele dava tutorias para Leena Rai, uma jovem que sofria bullying e ele a protegia da maldade das outras pessoas. Quando ela foi encontrada morta, ninguém acreditava que Pelley era o culpado, mas ele confessou o crime. 

Agora, com o poder nas mãos, Trinity acredita que além de desvendar esse mistério, seu podcast ficará famoso. Além de Pelley, ela vai atrás de todos os envolvidos da época, principalmente a detetive que encerrou o caso e hoje está aposentada, Rachel Walczak. 

Rachel, na época, era ambiciosa e esperava subir na carreira policial alcançando o mesmo status que seu falecido pai lhe dando orgulho. Mas o caso de Leena não destruiu apenas sua família e a de Pelley, destruiu a cidade também. Amizades foram desfeitas, casamentos acabaram e Rachel, além de seu psicológico abalado, terminou seu casamento e sua única filha a excluiu de sua vida por anos. Agora, com o caso de Leena na boca do povo novamente, Rachel tem certeza que deixou pontas soltas no caso décadas atrás e apesar dos conselhos de seu novo parceiro para não ouvir o podcast, ela não resiste e acaba ouvindo e com isso sua mente se abre para a nova perspectiva: Pelley mentiu na época ou está mentindo agora? Pois o primeiro episódio de Trinity termina com ele dizendo que é inocente e que o verdadeiro assassino ainda está solto. 

Com isso, Rachel, contrariando seu parceiro, decide investigar novamente, mas por conta esse caso que a destruiu no passado e pode a destruir novamente agora. Que segredos ela deixou passar que não conseguiu ou não quis ver na época? Pelley realmente está falando a verdade? Quanto mais se aproxima dos fatos, mais ela vê o que deixou passar e entende porque justo agora, esse crime veio a tona novamente. Dessa vez Rachel conseguirá encerrar o caso e viver em paz?



Ano de publicação 2025

Páginas 368

Autor/a Loreth Anne White



Minhas divagações finais 

Quando comecei a leitura, quando a história é dividida em antes e depois, sempre me confundo nos personagens. Mas, depois de me acostumar a leitura seguiu mais fluída. Desde o início não havia gostado da Trinity e da filha da Rachel. A primeira, tinha que ter um motivo mais profundo para reabrir uma ferida dessas, principalmente para a família de Leena. Não era possível que ela só queria alavancar seu podcast. E a segunda, mesmo que a mãe fosse policial e trabalhasse demais, o modo como ela tratava a mãe era ridículo, tinha que ter um motivo por trás, tinha que ter algo que ela escondia. 

Rachel foi perfeita? Não. Acabou tendo um caso com seu parceiro de trabalho mas seu casamento já estava afundando, pois seu marido já andava com outra. Mas, mesmo sua filha sabendo disso, quando descobriu a traição da mãe ainda assim escolheu ficar do lado do pai. Achei ela insuportável. 

Bom, o desenrolar da história foi surpreendente, muitas vezes você se questiona se Pelley está falando a verdade ou está só querendo chamar a atenção ou está querendo algo em troca. Infelizmente, nesses casos, achei a Trinity muito ingênua. Se ela tivesse parado com o podcast mas continuado a investigar, ou se pelo menos só soltasse a história depois de concluir o caso, talvez algumas coisas poderiam ter sido evitadas. Se, Pelley estava mesmo falando a verdade sobre o verdadeiro assassino estar por aí, você não sentiria medo? Se o assassino ouvisse esse podcast e tomasse conhecimento do que Pelley falou, você não tomaria decisões para calar as pessoas certas? 

Pelley teve seus motivos para confessar, mas depois de 20 anos, quando Trinity revelou o que o  levou a prisão inicialmente, foi a causa do que lhe aconteceu na prisão ou foi mandado pelo verdadeiro assassino lá fora? Mas se o assassino estava solto por que demorou 20 anos para tomar qualquer decisão se Pelley poderia confessar não ser o assassino a qualquer momento? Por que deixá-lo vivo esse tempo todo se poderiam calá-lo anos atrás? E por que não iria atrás de Trinity também? Já que foi ela quem começou?  

Mas, apesar de aparecer outros suspeitos, jamais imaginei que seguiria por esse caminho. Que era suspeito que os alunos protegessem Pelley por ele ser um professor querido, dava para entender, mas o verdadeiro motivo foi surpreendente. As revelações finais foram chocantes mas ao mesmo tempo você acaba desconfiando com o andar das descobertas de Rachel. Muitas questões foram abordadas nesse livro, sobretudo a confiança nas pessoas e como um segredo pode destruir uma cidade. 

A leitura foi instigante, e mesmo que as duas pessoas que eu odiei desde o início tivessem seus motivos para serem detestáveis, terminei a história continuando as achando insuportáveis. Embora todos tenham praticamente cometido erros nessa história, acho que a Rachel foi a que mais perdeu. Família, carreira e seu verdadeiro amor. Mas foi uma ótima leitura. Recomendo. 


Nota pessoal 9/10


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

[Review/crítica pessoal] Entre Montanhas / The Gorge - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme maravilhoso. Vale a pena ver.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Levi, um ex-militar sniper, recebe uma oferta de trabalho peculiar. Passará um ano isolado, em uma torre de vigia cuidando para que nada saia do desfiladeiro. Por não ter família nem nada que o prenda, ele aceita o trabalho. Para chegar ao local, já é um grande desafio e lá, ele conhece o homem que cuidou do local antes dele, lhe dando breves instruções de seu trabalho. Levi começa o dia seguinte na maior solidão. Até que, curioso dá uma espiada para ver como é o vigia do outro lado, que curiosamente, vem a ser uma mulher. 

Drasa, com um passado complicado, também curiosa com o vigia do outro lado, embora seja proibido tenta se comunicar. Assim, do jeito deles eles passam a conversar, até que uma noite são atacados pelas criaturas do desfiladeiro. Embora o desfiladeiro seja armado com bombas e inúmeras armas que impeçam as criaturas de subirem, Levi e Drasa passam momentos horripilantes até conseguirem contê-las. Após esse evento, Levi consegue um jeito de chegar do outro lado e conhecer Drasa. Mas, ao voltar para seu lado no dia seguinte, as criaturas aparecem e ele acaba caindo. Sem pensar duas vezes, Drasa se prepara e se joga no desfiladeiro para salvar Levi.

Lá embaixo, além das criaturas, eles descobrem um local desolado e cheios de mutações, incluindo a vegetação do local. Eles encontram o que seria uma base secreta e descobrem o segredo que seus contratantes guardavam esse tempo todo. Cientes que mesmo que finalizassem o trabalho não sairiam com vida, eles planejam o que fazer para que o que existe ali não saía dali. Porém, sua contratante sabe o que eles descobriram e decide ela mesma ir até o local dar um jeito em Levi. Agora, os dois precisam dar um jeito de sobreviverem. 








Ano de lançamento 2025

Duração 2h 7m

Direção Scott Derrickson

Elenco Miles Teller, Anya Taylor-Joy, Sigourney Weaver



Trailer 





Minhas divagações finais 

Por mais que no trailer mostre o mínimo do que poderia estar escondido no desfiladeiro, ainda assim é chocante o desenrolar dessa história. Por mais que seja óbvio que tem algo ali escondido, principalmente depois que descobrimos que os vigias não sobrevivem mesmo cumprindo a missão, ainda assim, a magnitude do que é escondido ali é grotesco. 

O filme em si, passa diversas sensações conflitantes e além disso, me diverti, me apaixonei, me assustei e não tem como não torcer para que esse casal sobreviva e fique juntos. O romance entre eles começa de modo peculiar, mas apesar de como se conheceram, eles tem muito em comum e isso, além da profissão, da vida solitária que levam, desse mais recente trabalho, acaba os aproximando. 

Já a origem das criaturas, apesar de ser óbvio e clichê, quando um deles pega a Drasa, eu sinceramente pensei que ele tinha consciência e que ia estudá-la. Já estão acostumados né, com  minhas teorias loucas. E o bom do filme, é que espero que tenha terminado nesse mesmo. Achei que teve início, meio e fim satisfatórios. Explicações desse trabalho, das intenções da empresa que contratam esses vigias. Trabalharam bem os personagens. A ambientalização foi perfeita. As criaturas bem feitas. O desfecho final apesar de apreensivo, foi satisfatório. Enfim, foi um ótimo filme. 

Já conhecia Miles Teller de outros filmes, mas a Anya Taylor-Joy talvez seja o segundo filme que vejo com ela e adorei essa atriz. Os dois foram perfeitos nessa história. 

Até Levi atravessar e ficar com Drasa, suas interações são divertidas e lentamente vamos nos aproximando do casal também. Mas depois que Levi cai, tudo fica mais frenético. O mais engraçado disso tudo, é que depois de décadas, o local foi exposto pela curiosidade de um casal. Se do outro lado o vigia fosse outro homem, será que Levi seria só mais um homem solitario que cumpriu sua missão de proteger/esconder o desfiladeiro como seu antecessor? Acho que o erro da contratante não foi ter escolhido Levi, foi ter colocado Drasa do outro lado. 

Enfim, apesar de maravilhoso, não há palavras para descrever esse filme, a não ser recomendar que vejam. 


Nota pessoal 10/10

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

[Review/crítica pessoal] O Podcast - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Como estão? Hoje trago esse filme que fiquei receosa de ver por dar a entender ser coisa de alienígena e ao mesmo curiosa pois no início quando começa o suspense do tijolo preto foi bem interessante. No entanto, sua resolução deixou muito a desejar. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Uma jornalista fadada ao fracasso após expor um caso em seu podcast sem antes confirmar suas fontes e que acabou sendo falso, agora tenta desesperadamente encontrar algo sensacionalista para atrair a confiança dos ouvintes novamente. Ela recebe um e-mail misterioso com um número de telefone, uma foto e algumas palavras se referindo a um tijolo preto. Ao tentar entrar em contato com o número fornecido, a mulher conta sua história. 

Duas décadas atrás, ela trabalhava para uma família rica, onde até pagavam os estudos de sua filha ainda pequena. Um dia, os móveis caros da família apareceu riscado dando prejuízos financeiros e sentimentais para a família. A filha da empregada foi culpada e a mãe demitida do trabalho. Antes disso, ela afirma que um tijolo misterioso apareceu para ela e o homem, seu empregador, havia o vendido sem sua permissão para quitar sua dívida dos móveis. 

A jornalista vai então atrás do homem que supostamente havia comprado o tijolo misterioso. Com esses dois relatos, ela decide lançar a história em seu podcast. No entanto, o que ela não esperava era que realmente fosse fazer sucesso e que mais relatos misteriosos com aparições de tijolos pretos fosse desencadear um mistério de proporções tão grandes, que ela fica obcecada por essa história. Mesmo sendo avisada para parar, ela quer continuar e descobrir mais. No entanto, ela começa a ficar apreensiva quando recebe uma caixa com um pen-drive onde contém uma gravação de um aniversário de quando ela era criança e no meio dos presentes que ela ganhou, ela fala sobre um tijolo preto. Essa história fica cada vez mais sinistra quanto mais ela se aproxima da verdade. 






Ano de lançamento 2022

Duração 1h 34m

Direção Matt Vesely

Elenco Lily Sullivan



Trailer 





Minhas divagações finais 

Estou numa maré de assistir filmes com grande potencial mas terminar em decepção. Mesmo sabendo pela Sinopse que poderia ter algo sobre alienígena na história, embora cética, decidi dar uma chance por dois motivos: não conhecia a atriz e ninguém estava falando sobre o filme. Pensei que talvez encontraria um filme incrível que ninguém conhecia. Mas como eu disse, o suspense tinha potencial para ter seguido várias resoluções mais satisfatórias. Pelo menos para mim.

A jornalista claramente se equivocou com um assunto em seu podcast e agora isolada, para se proteger dos haters, tenta desesperadamente se redimir com algum assunto que seja o tema de seu podcast que é sobre desvendar mistérios não revelados. Do nada ela recebe um e-mail misterioso com um assunto que inicialmente para ela não parece promissor. É sobre um tijolo preto incomum que apareceu misteriosamente para uma mulher que trabalhava para uma família rica. Após um incidente envolvendo sua filha, ela é demitida mas antes, seu patrão havia vendido seu tijolo por achar que valia muito dinheiro. Após procurar o comprador e ouvir sua história, ela edita suas gravações e decide publicar o que seria o primeiro episódio. A repercussão do caso atinge várias pessoas que passa a entrar em contato com ela com histórias bizarras sobre tijolo preto. 

A jornalista passa a ficar obcecada cada vez mais com essa história, pesquisando até sobre surtos coletivos em outros países ou possíveis atentados biológicos desencadeando esses devaneios sobre tijolos. Mas, tudo muda quando ela recebe um pacote contendo um pen-drive com uma gravação dela ainda criança. Até aqui, a história estava instigante e me fazendo criar algumas teorias. Mas, quando chega na resolução do caso, achei profundamente decepcionante. 

Pode conter SPOILERS 

Quando a jornalista fala com a filha da empregada e com seu pai, descobrindo mais sobre a gravação que recebeu, ela lembra de algumas coisas daquela época. Na minha humilde opinião, se tivesse seguido por esse caminho, acho que teria sido fenomenal. Vamos supor que devido ao estresse do caso que ela se enganou, ela teve um surto e internada passou a delirar sobre um assunto para seu podcast e tenha pego um acontecimento do seu passado já esquecido e transformado nesse mistério? Ou ainda, se realmente tivesse tido um tijolo diferente mas feito pelo homem que valia muito dinheiro e o pai da jornalista vendeu sem a permissão da empregada ficando com muito dinheiro e deixando mãe e filha na sarjeta? Então, anos depois, a filha viu a oportunidade quando ouviu sobre a fraude do poscast da jornalista e mandou o e-mail misterioso para atiçar sua curiosidade? A jornalista então passaria a criar suposições com a história e como todo caso alguém já passou por isso, um louco ou dois entraria em contato com ela para contar detalhes de seu caso.  Creio que teria sido resoluções mais satisfatórias do que realmente foi. 

Juro que terminei incrédula e sentindo o maior desgosto da minha vida. Era algo simples, já que só tivemos um personagem em tela. O resto eram vozes por telefone e trocas de e-mail. Pelo fato de estar isolada também poderia ter afetado sua mente e criado todo esse ambiente opressor e de medo, que conseguiu passar. Sim, fiquei apreensiva em vários momentos esperando algo acontecer, um jump scare, por isso, ter sentido medo sem nada aparecer de fato, ganhou pontos consideráveis, só faltou mesmo trabalhar nessa resolução da história. Sinceramente? Não ficou nada explicado, deixou muitas coisas em aberto, como se fosse para nós interpretar o que poderia ter acontecido. Enfim, repito, tinha muito potencial. Uma pena.


Nota pessoal 5/10

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

[Review/crítica pessoal] The Alto Knights: Máfia e Poder - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Hoje trago Robert De Niro em dose dupla. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Frank Costello e Vito Genovese eram amigos de infância até a disputa pela liderança na máfia mudar isso. Enquanto Frank é mais contido, Vito é explosivo. Vito assumiu o comando da máfia em Nova York mas fugiu para a Itália com medo de uma acusação de assassinato. Em seu lugar, Frank assumiu o comando. Quando volta anos depois, Vito não está satisfeito com Frank em seu lugar e para mostrar quem é o verdadeiro líder, manda executar Frank. No entanto, o atirador se atrapalha e mesmo a curta distância, seu disparo não mata Frank, deixando caminhos expostos onde Frank é noticiado como suposto líder de máfia sendo baleado por seu próprio funcionário. Com a notícia, aliados se dividem e Vito teme uma vingança, embora todos afirmem que Frank entendeu o recado e irá se aposentar. Mas, diferente de Vito, Frank tem sua maneira mais contida de resolver todos os seus problemas. Mesmo que eventualmente ele também possa ser punido. 









Ano de lançamento 2025

Duração 2h

Direção Barry Levinson

Elenco Robert De Niro, Debra Messing



Trailer 





Minhas divagações finais 

Eu, decididamente sou péssima com fisionomias. Se dependessem de mim para um retrato falado ou reconhecer algum suspeito, estaríamos todos condenados. Já venho falando sobre isso há tempos e a prova definitiva é nesse filme, onde não reconheci De Niro como Vito e a atriz Debra Messing. 

Em minha defesa, só sabia do filme a história sobre dois líderes mafiosos disputando o poder. Mesmo que ficasse confusa entre quem era Vito e Frank, pois achava Vito muito parecido com Frank, nem me passou pela cabeça que De Niro faria os dois papéis. Não havia lido nada sobre e mesmo que tivesse mostrado na tela o nome de De Niro como Vito e Frank, nem me atentei nessa possibilidade. Só depois que fui ver um canal reagindo ao filme e comentando sobre a dualidade de De Niro no filme, que surpresa fui confirmar a notícia. E me achei totalmente desatenta por não ter notado as semelhanças. E sobre Debra Messing que quando a vi ainda tinha a achado bonita para o papel de esposa de Frank, e nem tinha percebido quem era. Adoro seu trabalho em Muito bem acompanhada, embora não me recorde de ter visto outros de seus trabalhos. 

Mas vamos ao que interessa. Filmes sobre mafiosos geralmente esperamos perseguições ou execuções, mas Máfia e poder, dependendo de sua expectativa, é bem lenta na verdade. Convenhamos, líderes da máfia idosos, não tem muita ação a não ser política. A história aqui, retrata como por causa de uma rivalidade entre dois ex amigos, culminou no fim do círculo mais famoso de mafiosos da história. 

Vito era ambicioso e desconfiado. Após uma década fora, quando volta não está satisfeito que Frank ficou em seu lugar no comando. Após uma tentativa de assassinato que falhou, Frank garante que não haverá retaliação, mas um deles seus aliados não está feliz com a situação, pois ele acredita que devido a essa ameaça, algo deve ser feito para que o culpado não saia impune servindo de lição para futuros traidores. Mas como o próprio Frank não queria vingança, ninguém o levou a sério. 

Tirando minha falta de atenção em não reconhecer o trabalho duplo de De Niro e apesar da lentidão dos acontecimentos, eu particularmente gostei da obra, ainda mais que foi inspirada em um caso real. Li brevemente a história de Frank e achei bem fiel ao filme. Mas, confesso que por termos muitos personagens e nomes diferentes, levei um tempo para identificar quem pertencia a quem. 

E fiquei surpresa pelo filme não ter agradado a maioria. Bom, como sempre, eu gosto de contrariar, apesar de não achar excepcional nem um Poderoso Chefão da vida, acho que foi razoavelmente satisfatório. E o final, era de se esperar, já que ouvíamos tudo através da narração de Frank. 

Apesar de mais comedido e não andar nem armado, Frank com certeza foi mais audacioso do que Vito no final. Embora Vito tenha encomendado a morte de Frank, se deu mal muito mais que o rival. Na sua ganância pelo poder, perdeu bem mais que o outro. Durante seu divórcio onde sua companheira o acusava de roubá-la, via-se claramente o tipo de homem que ele era. Chegou até a convidar jornalistas para almoçar em sua casa para que o fotografassem como um homem de bem e comum. Mas isso felizmente não enganou a juíza. Não li a respeito de Vito, mesmo porque, ainda que Frank fizesse lá seus negócios obscuros, acredito que sua imagem foi mais amenizada por ser um sujeito que não partia para a violência e por ter um casamento estável com uma mulher decente. 

Mas seu plano final foi genial, embora seu motorista fosse ingênuo demais para não perceber o que Frank estava tramando quando obviamente estava se atrasando de propósito para a reunião com todos os mafiosos. Mas isso não quer dizer que ele não seria investigado e preso por outros negócios ilícitos. 

Enfim, eu gosto de filmes sobre a máfia embora sejam cruéis. Mas a política e regras que eles têm dentro da organização, funcionava até melhor do que a política no resto do mundo. Apesar de muitos não terem apreciado a obra, eu achei interessante. Apesar que, acredito que se Vito fosse interpretado por outro ator, teria tido uma qualidade melhor para esse personagem, embora se eu não reconheci como sendo De Niro, talvez para mim não fizesse a menor diferença no final. 





Nota pessoal 9/10

terça-feira, 12 de agosto de 2025

[Review/crítica pessoal] Canary Black - Divagando Sempre

 

Olá Divosos. Hoje trago mais um filme com grande potencial desperdiçado. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Avery Graves, uma agente da CIA, havia sido designada para investigar Kali, uma assassina misteriosa que mata traficantes de armas e drogas. Mas ela só encontra um fornecedor de armas japonês que usa uma fachada comercial para enviar armas a terroristas. Após voltar para casa, ela descobre que seu marido David desapareceu. Ela então recebe a ligação de um ciberterrorista que a chantageia a roubar um arquivo chamado Canary Black, escondido em um dente falso de um prisioneiro detido no Black Site da CIA, em troca do seu marido. Ela consegue encontrar o detido mas não o arquivo. Porém, os agentes da CIA acreditam que na verdade ela roubou o arquivo e agora ela é procurada pela CIA acusada de traição. 

Avery prende o vice-diretor Evans para conseguir acesso ao arquivo, mas acaba tendo que invadir o servidor da CIA para conseguir copiar o arquivo. Com a ajuda da hacker Sorina, elas descobrem o conteúdo do arquivo mas não há tempo para modificá-lo. Avery vai até o ponto de encontro mas é pega pelo capanga do ciberterrorista e levada para seu esconderijo. 

Breznov de posse do Canary Black faz uma transmissão ao vivo globalmente exigindo dinheiro em troca de não usar o arquivo. Avery encontra David e ele revela a verdade sobre sua identidade e em como Breznov tomou conhecimento do Canary Black. Se sentindo traída, ela precisa conseguir meios de impedir que o Canary Black seja usado. 










Ano de lançamento 2024

Duração 1h 41m

Direção Pierre Morel

Elenco Kate Beckinsale, Rupert Friend, Ray Stevenson



Trailer 





Minhas divagações finais 

Confesso que tive que ter muita paciência para terminar o filme. Tinha muito potencial até, não vou negar, porém, além de ser tudo muito previsível, as atuações deixaram muito a desejar. Os conflitos, os interesses políticos, o sequestro, os motivos, soaram tudo tremendamente falsos. 

Para começar, Avery era uma agente da CIA casada com um civil que aparentemente não sabia de nada. Um casal de vizinho seu, era claramente suspeito. Quando David é sequestrado, a primeira coisa que Avery faz é conversar com seu amigo a respeito. Ela consegue entrar na prisão e tenta pegar o arquivo implantado no dente falso do detido. O arquivo não estava lá, quem pegou? Confesso que algumas partes eu avancei, então pode ser que isso tenha sido revelado e eu perdi. 

Qual a pira do agente que em nenhum momento acreditou que Avery pudesse realmente estar sendo chantageada? Desconfiei dele óbvio. Queria a todo custo prendê-la. Mas acho que o mais broxante de tudo mesmo, foram os acontecimentos. Entre uma arma perigosa que poderia destruir as nações e a vida de um civil, não achei o conflito interno da Avery muito convincente entre querer salvá-lo ou pegar o arquivo. Sim, ela queria salvar o marido, mas parecia que era só automático, em consideração ao que passaram juntos, ao disfarce de esposa que ele oferece a ela. Pois na primeira oportunidade de traição, ela simplesmente o descarta depois de tudo que passou. 

Eu achei que Canary Black era seu codinome e que a história iria por outros caminhos. Que seu marido tivesse sido sequestrado por outros motivos. Mesmo ela conseguindo salvar o mundo, ainda foi presa e tratada como suspeita e perigosa. Algumas vezes vemos questões machistas por ela ser mulher e causar todo esse estrago. Os superiores estavam mais preocupados em prender Avery do que descobrir quem seria o chantagista dela que estava atrás do arquivo. Que agência é essa? Em outros filmes com certeza estariam um passo a frente, investigando Avery e ao mesmo tempo o suposto chantagista dela. Pois se era a melhor agente deles e mudar assim repentinamente, eu desconfiaria de que teria algo errado. 

Outra coisa que achei absurda, foi ficarem tratando o arquivo como algo sobre extorsão ou algo do tipo, quando na verdade o Canary Black era outra coisa completamente diferente. Fora que foi algo que eles mesmos criaram. E se tinha um mínimo de pessoas que sabiam sobre o arquivo, então óbvio que alguém de dentro vazou a informação. Não entendi muito bem qual era a função do David, mas a essa altura, eu já estava saturada desse filme. Eu quis dar uma chance pois é sempre empolgante quando uma mulher dá uma surra nos bandidos. Mas, assim como a Bailarina de John Wick, achei que desperdiçaram potencial da história e da protagonista. 

E o final ainda por cima, deixou portas escancaradas para possíveis sequências. Isso se for considerado um sucesso, pois do jeito que a história foi conduzida, se tiver uma sequência ruim igual esse primeiro, nem compensa começar a trabalhar nisso. Eu só terminei mesmo porque jamais deixei um filme pela metade ou desisti no meio. Só fui ver mesmo porque como eu disse, tinha muito potencial. 


Nota pessoal 5/10

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