sábado, 16 de agosto de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Sob a Ponte do Mal - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Histórias de True crime em podcast para livros está virando tendência? Esse não é o primeiro que leio mas pelo menos o modo como foi escrito foi satisfatório para mim. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Trinity Scott, uma podcaster de True crime, revive um caso a vinte anos trancado na prisão. Depois de todo esse tempo, o condenado que confessou o assassinato de uma adolescente resolveu abrir o jogo e contar o motivo do crime. Para Trinity, e somente ela, depois de todos esses anos, ele vai falar. Clayton Jay Pelley era um jovem orientador educacional e respeitado na época, ele dava tutorias para Leena Rai, uma jovem que sofria bullying e ele a protegia da maldade das outras pessoas. Quando ela foi encontrada morta, ninguém acreditava que Pelley era o culpado, mas ele confessou o crime. 

Agora, com o poder nas mãos, Trinity acredita que além de desvendar esse mistério, seu podcast ficará famoso. Além de Pelley, ela vai atrás de todos os envolvidos da época, principalmente a detetive que encerrou o caso e hoje está aposentada, Rachel Walczak. 

Rachel, na época, era ambiciosa e esperava subir na carreira policial alcançando o mesmo status que seu falecido pai lhe dando orgulho. Mas o caso de Leena não destruiu apenas sua família e a de Pelley, destruiu a cidade também. Amizades foram desfeitas, casamentos acabaram e Rachel, além de seu psicológico abalado, terminou seu casamento e sua única filha a excluiu de sua vida por anos. Agora, com o caso de Leena na boca do povo novamente, Rachel tem certeza que deixou pontas soltas no caso décadas atrás e apesar dos conselhos de seu novo parceiro para não ouvir o podcast, ela não resiste e acaba ouvindo e com isso sua mente se abre para a nova perspectiva: Pelley mentiu na época ou está mentindo agora? Pois o primeiro episódio de Trinity termina com ele dizendo que é inocente e que o verdadeiro assassino ainda está solto. 

Com isso, Rachel, contrariando seu parceiro, decide investigar novamente, mas por conta esse caso que a destruiu no passado e pode a destruir novamente agora. Que segredos ela deixou passar que não conseguiu ou não quis ver na época? Pelley realmente está falando a verdade? Quanto mais se aproxima dos fatos, mais ela vê o que deixou passar e entende porque justo agora, esse crime veio a tona novamente. Dessa vez Rachel conseguirá encerrar o caso e viver em paz?



Ano de publicação 2025

Páginas 368

Autor/a Loreth Anne White



Minhas divagações finais 

Quando comecei a leitura, quando a história é dividida em antes e depois, sempre me confundo nos personagens. Mas, depois de me acostumar a leitura seguiu mais fluída. Desde o início não havia gostado da Trinity e da filha da Rachel. A primeira, tinha que ter um motivo mais profundo para reabrir uma ferida dessas, principalmente para a família de Leena. Não era possível que ela só queria alavancar seu podcast. E a segunda, mesmo que a mãe fosse policial e trabalhasse demais, o modo como ela tratava a mãe era ridículo, tinha que ter um motivo por trás, tinha que ter algo que ela escondia. 

Rachel foi perfeita? Não. Acabou tendo um caso com seu parceiro de trabalho mas seu casamento já estava afundando, pois seu marido já andava com outra. Mas, mesmo sua filha sabendo disso, quando descobriu a traição da mãe ainda assim escolheu ficar do lado do pai. Achei ela insuportável. 

Bom, o desenrolar da história foi surpreendente, muitas vezes você se questiona se Pelley está falando a verdade ou está só querendo chamar a atenção ou está querendo algo em troca. Infelizmente, nesses casos, achei a Trinity muito ingênua. Se ela tivesse parado com o podcast mas continuado a investigar, ou se pelo menos só soltasse a história depois de concluir o caso, talvez algumas coisas poderiam ter sido evitadas. Se, Pelley estava mesmo falando a verdade sobre o verdadeiro assassino estar por aí, você não sentiria medo? Se o assassino ouvisse esse podcast e tomasse conhecimento do que Pelley falou, você não tomaria decisões para calar as pessoas certas? 

Pelley teve seus motivos para confessar, mas depois de 20 anos, quando Trinity revelou o que o  levou a prisão inicialmente, foi a causa do que lhe aconteceu na prisão ou foi mandado pelo verdadeiro assassino lá fora? Mas se o assassino estava solto por que demorou 20 anos para tomar qualquer decisão se Pelley poderia confessar não ser o assassino a qualquer momento? Por que deixá-lo vivo esse tempo todo se poderiam calá-lo anos atrás? E por que não iria atrás de Trinity também? Já que foi ela quem começou?  

Mas, apesar de aparecer outros suspeitos, jamais imaginei que seguiria por esse caminho. Que era suspeito que os alunos protegessem Pelley por ele ser um professor querido, dava para entender, mas o verdadeiro motivo foi surpreendente. As revelações finais foram chocantes mas ao mesmo tempo você acaba desconfiando com o andar das descobertas de Rachel. Muitas questões foram abordadas nesse livro, sobretudo a confiança nas pessoas e como um segredo pode destruir uma cidade. 

A leitura foi instigante, e mesmo que as duas pessoas que eu odiei desde o início tivessem seus motivos para serem detestáveis, terminei a história continuando as achando insuportáveis. Embora todos tenham praticamente cometido erros nessa história, acho que a Rachel foi a que mais perdeu. Família, carreira e seu verdadeiro amor. Mas foi uma ótima leitura. Recomendo. 


Nota pessoal 9/10


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