[Resenha/crítica pessoal] Perseguindo o Bicho-papão - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Quatro assassinatos e nenhum suspeito? Um escritor e uma jornalista procuram pistas. Um mistério que durou anos. Quem era o assassino? Alguém real ou algo sobrenatural? 

DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Richard Chizmar retorna a sua pequena cidade natal, para morar um tempo com seus pais, para economizar dinheiro até a data de seu casamento. Com lembranças nostálgicas da cidade e vizinhos, começa então o maior mistério e pesadelo da cidade. Uma jovem desaparece e logo depois seu corpo é encontrado. Apesar das buscas e investigações, nenhum suspeito é encontrado. Nenhuma pista de quem poderia ter matado a jovem. 

A vítima se chamava Natasha Gallagher. Havia se recolhido para dormir e a mãe só percebeu sua ausência de manhã, quando não a viu para o café da manhã. Ao subir ao seu quarto, não a encontrou. Olhando para a janela, vê uma gota de sangue e a tela de proteção caída no jardim. 

Não há tempo para lamentos quando a segunda vítima é encontrada. Kacey Robinson voltava para casa e esperava sua amiga na rua, quando desapareceu. Foi encontrada na mesma noite, porém foi violentada, diferente de Natasha. Mas o modo parecia o mesmo e começam a indagar se seria o caso de um serial killer. 

Chizmar e sua amiga Carly Albright, que está iniciando sua carreira de jornalista, se interessam pelos casos e passam a tomar notas das vítimas, parentes e amigos e como de praxe, também são interrogados pela polícia sobre álibis e se conheciam as vítimas. Chizmar como escritor, pensa em escrever algo usando como inspiração os assassinatos, mas quando passa a receber ligações perturbadoras e se sentir vigiado, acredita que alguém não está satisfeito com suas pesquisas. Então, mais uma jovem desaparece. 

Madeline Wilcox desaparece literalmente na porta de casa. Ao parar o carro na garagem, sua mãe ao ouvir o barulho se sente aliviada pela filha ter chegado. Mas percebe que não ouviu o barulho da porta do carro nem da filha entrando em casa. Ao ir verificar o carro, a porta está aberta mas nem sinal da filha. Então o desespero, medo, paranoia, toque de recolher, tudo muda na até então pacata cidade. Nesse tempo Chizmar consegue a amizade do detetive Lyle Harper.

Por algumas semanas nada acontece, até que  Cassidy Burch desaparece ao chegar em casa. Sua amiga a deixa em frente de sua casa mas não a espera entrar, nesse meio tempo, Cassidy desaparece.  Apesar das investigações, o caso permaneceu sem solução por anos. Até que anos mais tarde, Chizmar descobre algo. 

Ano da primeira publicação 2024

Páginas 336

Autor/a Richard Chizmar

Minhas divagações finais 

Um dos maiores mistérios para mim, era se as fotos no livro eram de casos reais. Sim, fui pesquisar na Internet para ler depois do próprio autor na nota final do livro, que os casos eram fictícios. Mas o que era real foi seu retorno a sua cidade, seu casamento e sua amizade com Stephen King.  

Só fui descobrir o culpado nos momentos finais com Chizmar, tudo relacionado a primeira vítima. A maior pista estava nela. No entanto, não é tão comentado então por isso deixei passar esse detalhe. Mas ficou uma pontinha de dúvida martelando na mente. Depois explode e a revelação é surpreendente. 

O mais interessante na leitura foi ver tudo pela perspectiva do autor e nos fazendo acreditar que parecia mesmo ser um acontecimento real. Sim, acreditei até dado momento que ele havia passado por essa experiência e por isso escreveu o livro. 

A leitura é leve. O suspense é intenso. Por nomear o assassino de Bicho-papão, ficamos nos perguntando se seria algo sobrenatural ou apenas humano. O modo como as jovens desapareciam faziam parecer que poderia ser algo sobrenatural, como um monstro ou alguém conhecido que fazia as vítimas irem com a pessoa, sem sinais de luta. Não há descrições horríveis das vítimas após serem encontradas nem versões perturbadoras das intenções do Bicho-papão, e algumas vezes pode ser entendiante principalmente quando Chizmar relata detalhes da cidade. Mas garanto que vale a pena pela descoberta final. 

É uma história de terror sem ser necessariamente de terror. É perturbador a sensação de Chizmar estar sendo vigiado. É perturbador imaginar se seria um demônio ou um homem matando as mulheres. É perturbador que passou anos e as 4 mulheres não tiveram o caso solucionado. E é mais perturbador ainda descobrir quem fez tudo isso no final. Ótima leitura. Recomendo. 

Nota pessoal 10/10