terça-feira, 18 de março de 2025

[Review/crítica] Borderlands: o destino do universo está em jogo - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme, que infelizmente eu achei legalzinho mas a maioria odiou...






Ano de lançamento 2024

Duração 1h 41m

Direção Eli Roth

Elenco Cate Blanchett, Jamie Lee Curtis, Kevin Hart, Ariana Greeblatt, Florian Munteanu, Gina Gershon 


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lilith é uma caçadora de recompensa que foi contratada por Atlas, o homem mais poderoso do universo, para encontrar sua filha desaparecida, depois que Roland, a sequestra. 

Lilith chega a Pandora e acaba sendo seguida por um robô, que afirma que despertou quando ela entrou no planeta. Os dois seguem em busca de Tina e acabam se juntando a ela, Roland e Krieg, que fugiu junto de Tina. Lilith descobre as intenções de Atlas e decide procurar Tannis, uma cientista que conhecia sua mãe e que procuravam o mesmo que Atlas. A resposta está em Tina. Segue-se uma furiosa perseguição até uma revelação surpreendente. 






Minhas divagações finais 

Não vou mentir que na minha simplicidade de mera espectadora e amante de filmes, eu havia terminado satisfeita. Eis que para variar e não sendo nenhuma grande surpresa, me deparei com várias críticas negativas sobre o filme. 

Infelizmente é uma adaptação de jogo (que desconheço) então foi muito criticado por inúmeras coisas, desde atuação até roteiro. Como não conheço o jogo, não posso fazer comparações. Então minha análise é meramente sobre o filme. 

A história é bem clichê embora não nego, que a revelação final tenha me surpreendido, apesar que era bem óbvio mas eu não estava prestando a devida atenção. Porque sinceramente? Eu estava me divertindo com o filme. Mesmo que Cate Blanchett fosse uma personagem caricata do jogo, eu confesso que havia achado ela o máximo. 

O robozinho teve seus momentos divertidos assim como os insuportáveis. Toda crítica que li, Kevin Hart foi detonado negativamente, o que não discordo, mas também sem ofender. E Jamie Lee Curtis fez uma cientista sem muito destaque. Agora, Tina, para mim, foi uma personagem insuportável que só se vangloriava por achar que era especial. Poderia até ser, mas que fosse mais humilde né. 

Eu entendo que muitas vezes a expectativa é grande quando fazem adaptações, principalmente de jogos, mas como não conhecia esse, não posso reclamar devidamente como todos os fãs do jogo. Quanto ao roteiro, pode não ser grande coisa, mas já vi piores. Claro que se tivessem se dedicado mais, muita coisa poderia ser bem aproveitada. Os efeitos visuais teve erros e acertos e embora eu tenha terminado o filme satisfeita, não nego que ainda ficou uma sensação estranha de vazio ou perda... de tempo. 

Bom, eu queria poder dizer que odiei o filme, mas achei divertido e arrisco dizer que devo ser a única que gostou nem que seja um pouquinho. 

Nota 7/10

segunda-feira, 17 de março de 2025

[Review/crítica] A substância - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme que na minha opinião, merecia um Oscar. 






Ano de lançamento 2024

Duração 2h 20m

Direção Coralie Fargeat

Elenco Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis Quaid


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Elisabeth Sparkle, é demitida de um programa de aeróbica ao completar 50 anos. Ao analisar sua vida sendo trocada por gente jovem, ela sofre um acidente. No hospital, ela recebe um cartão misterioso com um anúncio sobre um laboratório que oferece uma substância que pode te transformar em uma versão melhorada de si mesma. 

Inicialmente Elisabeth não dá atenção ao anúncio, mas seu desespero faz com que entre em contato e acabe recebendo a substância. Existem regras a serem seguidas, coisa que Elisabeth tenta manter, porém, sua versão jovem e melhorada chamada Sue, passa a querer mais tempo para si, prejudicando Elisabeth, que após perceber que sua versão está acabando com ela, tenta se vingar. 









Minhas divagações finais 

Só vi o filme por indicação de um amigo e também porque queria saber e ver, os motivos de Demi Moore ser indicada ao Oscar. Não vi os outros ainda, principalmente o que desbancou Demi na categoria melhor atriz, mas pelo menos agora entendo melhor os memes sobre ter acontecido o tema do filme de Demi. Ou seja, a vencedora foi alguém jovem... para quem assistiu o filme, vai entender a referência. Não nego que Demi entregou uma atuação esplêndida. Porém também não posso deixar de pontuar que o final do filme foi extremamente bizarro, até para meus padrões. Mas vamos lá. 

Não tinha visto o trailer antes de iniciar o filme, então na minha cabeça, a história seria a seguinte: não sei porque imaginei que Elisabeth ao injetar a substância, teria mudanças em seu próprio corpo, rejuvenescendo. Jamais, me passou pela cabeça que algo grotesco aconteceria ao seu corpo. Aceitando o fato que praticamente nasceu outra pessoa, mais uma vez, na minha cabeça, achei que a Elisabeth jovem compartilharia da mesma consciência. 

Mas ok, foi tudo completamente diferente do que imaginei e talvez a história original seja melhor, já que faria mais sentido a Sue no fim, querer continuar mais tempo com seu corpo jovem, fazendo sucesso. Mas, ainda acho que também seria interessante se tivesse seguido minha linha de raciocínio. Elisabeth trocando de corpo mas mantendo sua consciência, se vingando de Harvey que a demitiu, estando no centro das atenções novamente e claro, o final daria para ser o mesmo, já que como ela não respeitou a troca,  aconteceria aquilo mesmo. 

De início achei uma crítica perfeita a vaidade feminina. No entanto, não é de hoje que muitas mulheres e homens também, se submetem a cirurgias estéticas para parecerem mais jovens e acabam ficando piores. Realmente é muito triste você dedicar metade de sua vida a algo e de repente ser trocada por um brotinho. Toda sua experiência não conta, em uma sociedade que só vê o exterior. Mas, a bizarrice no final, tirou qualquer lição de moral séria que poderia ter sido transmitido ali. Vou considerar um final a moda terror com comédia. Fazia tempo não via um filme tão bizarro que me fizesse sentir náuseas. O último foi Terrifier e o primeiro ainda por cima, nem tive coragem de ver as sequências. 

No mais, além de Demi, Dennis Quaid entregou um empresário machista detestável. A direção foi excelente e o modo como a câmera e o som foram trabalhados, foram ótimos. Parecia que estávamos no lugar de Elisabeth vivenciando tudo aquilo. O som de Harvey comendo, a seringa de Elisabeth aplicando, Sue "nascendo ", foram tantos momentos marcantes,  mas confesso que no final, da Elisabeth se rastejando na calçada e parando em sua estrela da fama, eu ri. Gente, achei isso muito cômico. Não falei nada da Sue, porque Margaret Qualley tenha atuado razoavelmente bem, sua personagem estereotipada não era lá grande coisa. 

No mais, já vi outros filmes em que sabemos que no quesito beleza, injetar coisas estranhas no corpo e ter um quase clone de si mesma, nunca termina bem. Nós já sabemos como vai terminar, só não imaginei que seria tão bizarro. Ainda prefiro minha teoria da Elizabeth ficando jovem em seu próprio corpo e passado os 7 dias, ela voltava a envelhecer, tendo assim que se esconder. Nem precisava voltar a ser o seu próprio rosto jovem, já que seria inexplicável ela rejuvenescer e impossível dizer que era sua filha. Poderia mesmo ser um rosto jovem diferente, porque o propósito da substância era criar uma versão de si mesmo, melhorada. Sua consciência ficaria ali diante da mudança e isso subiria a sua cabeça, fazendo com que sua vontade de permanecer no corpo jovem e ser o centro das atenções novamente, a levasse a exagerar no tempo, desrespeitando seu corpo velho, prejudicando a si mesma. Seria uma luta interna bem mais pesada e no final, ela exagerando nas doses, poderia se transformar no que se tornou no final da mesma forma. Mas, de qualquer forma, foi um filme interessante. 

Nota 9/10

sexta-feira, 14 de março de 2025

[Review/crítica] O mistério das garotas perdidas (Svaha the sixth finger) - Divagando Sempre

 

Anyong Divas e Divos. Encerro a semana com esse K-movie de suspense misturado com terror.







Ano de lançamento 2019

Duração 2h 2m

Direção Jang Jae-Hyun

Elenco Lee Jung-Jae, Lee Jae-In, Lee David


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Pastor Park, investiga seitas religiosas suspeitas e as denuncia conforme os casos. Ele passa a investigar uma, que em paralelo parece ser suspeita em um caso de desaparecimentos de várias jovens. Até sua investigação e a do capitão da polícia se encontrarem, os dois vão descobrir que o caso envolve muito mais do que apenas assassinatos. 









Minhas divagações finais 

Confesso que iniciei o filme sem saber absolutamente nada sobre ele. Tanto que nem havia reconhecido Lee Jung-Jae que fez a série Round 6. Só lá pela metade do filme que me dei conta de quem ele era. 

A história inicial começa com o nascimento de gêmeas e um contexto macabro. O que dava a entender era que uma delas deveria ter morrido, porém, após seu nascimento, a mãe faleceu após alguns dias depois do parto e o pai se suicidou. Os avós ficaram tomando conta das crianças, onde uma cresceu na sociedade e com os avós e a outra permanecia presa em um quarto abençoado e lacrado. Por onde moravam sempre acabavam vítimas de comentários maldosos e se mudavam para outro local. 

Enquanto isso, o Pastor Park, que já havia perdido sua fé a algum tempo, usava seus benefícios como Pastor para investigar seitas religiosas, que pudessem estar explorando os fiéis ou praticando algo mais sinistro e contava com a ajuda de um jovem fiel. Que por coincidência já vi alguns outros filmes com esse ator, Lee David. 

O que acontecia na história, se transformou em uma investigação policial para uma investigação sobrenatural. O pastor acabou descobrindo que a seita vinha sacrificando jovens meninas após uma profecia sobre gêmeas que haviam nascido sob determinada situação. O que eu entendi foi que a gêmea má, que era mantida presa, atraiu o responsável da seita, que acreditavam que através de determinados acontecimentos ou sacrifícios, se alcançaria o Nirvana, chegando a imortalidade, ou algo parecido com isso. Não vou mentir que achei essa parte meio confusa. 

A história das gêmeas foi interessante, mas a que era normal, era tão sinistra quanto a do mal. A história do fundador da seita que perseguia meninas nascidas em determinado ano, foi meio confuso, provavelmente como sempre, eu deixei passar alguma informação importante. O seguidor fiel que foi atrás das gêmeas, era meio macabro. Mas acho que era só atormentado pelas crianças que matou por um ideal errado da seita que o enganaram. No final, ele se redmiu. Eu acho...

Não é de hoje que comento que os rituais dos xamã são bem bizarros e assustadores. Não tenho certeza se o que é retratado nos filmes é próximo da realidade, mas se for, apesar que cada cultura é diferente, esse é o mais assustador que já vi até agora. 

Apesar de ser pastor, Park era bem diferente dos tradicionais e tinha perdido metade da fé, devido a alguns acontecimentos do passado. Mas apesar de parecer uma jornada monótona, gostei como ele insistiu nas investigações e como descobriu a seita e sobre as gêmeas. 

O filme pode ter duas conclusões ao meu ver. Para os religiosos, o caso se resume a uma seita religiosa que acreditava que em determinado ano havia nascido um bebê demônio e por isso, matava as meninas que nasceram naquele ano em determinada cidade. Para os céticos, era uma seita obcecada em profecias, que assassinava meninas em nome de um Deus falso. 

Minha dificuldade foi que esse tipo de história é meio confuso por não estar familiarizada com essas lendas ou mitologias ou seja lá como for chamada. É um ambiente meio novo e sinistro. No entanto, foi muito bem ambientalizado e interpretado. 

Nota 9/10

quinta-feira, 13 de março de 2025

[Review/crítica] O amor mora ao lado (K-drama/Love next door) - Divagando Sempre

 

Anyong dorameiros Divas e Divos. Hoje trago esse dorama cheio de emoções, é engraçado com momentos fofos e cheio de romance. 






Ano de lançamento 2024

1 temporada 16 episódios 

Elenco Jung Hae-In, Jung So-Min, Kim Ji-Eun,  Yoon Ji-On, Young-Nam Jang, Lee Seung-Jun, Park Ji-Young, Jo Han-Chul


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Bae Seok-Ryu, volta a Coreia do Sul após anos morando nos Estados Unidos. Ela pediu demissão de seu trabalho e rompeu seu noivado, um mês antes do casamento. Ela primeiro encontra sua melhor amiga Jung Mo-Eum, que a busca no aeroporto a seu pedido. Evitando voltar para casa pois sabe que sua mãe não entenderá o por que de seu retorno, ela fica perambulando pelo bairro, quando reencontra Choi Seung-Hyo, seu antigo vizinho e amigo de infância. 

Surpreso pelo reencontro, ele acaba se envolvendo na confusão que a família de Seok-Ryu acaba fazendo por causa de seu retorno. Sua mãe, tem o péssimo hábito de exibir a filha como tendo um ótimo trabalho no exterior e tendo um futuro marido promissor. Quando vê que a filha perdeu tudo isso, fica decepcionada e exigindo que ela recupere tudo novamente. 

Embora aos poucos Seok-Ryu vá revelando o que lhe aconteceu, a verdade só é revelada depois que seu ex-noivo aparece e Seung-Hyo descobre o que aconteceu nos últimos anos com Seok-Ryu. Além do que, ele sempre a amou mas nunca conseguia se declarar por medo de mudar a dinâmica da amizade entre eles. 









Minhas divagações finais 

Jung So-Min é uma das minhas atrizes preferidas. Conheci ela em Playfull Kiss e seu jeitinho meigo, desastrado e ao mesmo tempo escandaloso, para mim é sua marca registrada. A história não é novidade no sentido de dois vizinhos e melhores amigos acabarem se apaixonando. Teve muitas histórias paralelas com desfechos surpreendentes, mas vamos por partes. 

As mães de Seok-Ryu e Seung-Hyo eram amigas desde a infância e até fundaram um clube das mulheres chamado Lavanda. Como o trabalho da mãe de Seung-Hyo precisava viajar pelo mundo, ele ficava aos cuidados da família de Seok-Ryu, assim cresceram juntos. O pai de Seung-Hyo é médico e o de Seok-Ryu chef de seu próprio restaurante. 

Durante a história, tivemos momentos tensos como o pai de Seok-Ryu escondendo um segredo, voltando tarde todas as noites e sendo pego por Seung-Hyo que o viu com outra mulher. De tudo o que ele poderia estar fazendo, jamais pensei que era algo mais simples. 

Aconteceu o mesmo com a mãe de Seung-Hyo, que por sempre estar viajando e manter um relacionamento com seu colega de trabalho, nos fez acreditar que ela também poderia estar tendo um caso. A revelação da verdade nesse caso, foi mais hilária devido aos ciúmes do pai de Seung-Hyo. 

E claro, não podemos esquecer o relacionamento de Mo-Eum e Kang Dan-Ho, que foram unidos pela sua filha. No entanto, mesmo que ele sentisse algo por Mo-Eum, ele deu um fora nela por ter um segredo guardado. Até imaginei que eles só ficariam juntos quando ela fosse aceita no trabalho dos sonhos dela e fosse embora e ele então percebesse seus sentimentos por ela. 

Mas, quando finalmente os casais Seok-Ryu e Seung-Hyo,  Mo-Eum e Dan-Ho se acertam, suas famílias são contra. Não entendi porque fizeram tanto escândalo contra o romance do casal. Seok-Ryu e Seung-Hyo se conhecem desde criança, as famílias se conhecem desde sempre, todos sabem como o casal são, qual era o motivo de serem contra? E a mãe da Mo-Eum que sempre a perturbava para se casar e ter filhos? Qual o problema dela aceitar a filha de Dan-Ho? Ainda mais que as duas se davam bem?

No mais, ainda bem que não teve aquele interesse amoroso recalcado que faria de tudo para atrapalhar o casal. E olha que teve chances para isso, o ex de Seok-Ryu, a ex e a colega de trabalho de Seung-Hyo. Não gosto quando tem esses problemas. Sofrimento e ódio demais. 

Enfim, apesar de todos os cliches, foi divertido e emocionante. Confesso que teve momentos que chorei horrores e ri horrores também. Talvez, e não continue lendo porque é um pequeno spoiler, talvez se tivesse ocorrido o casamento de Seok-Ryu no final, eu teria amado. Ela pediu para Seung-Hyo esperar mais um ano, Mo-Eum também voltaria do seu trabalho no exterior e poderia ter mostrado os dois finalmente se casando... E Mo-Eum voltando, já que sua despedida foi bem emocionante. Mas enfim...

Muito bom, recomendo. 


Nota 10/10

quarta-feira, 12 de março de 2025

[Review/crítica] Nas muralhas da fortaleza (The Fortress) - Divagando Sempre



Anyong Divas e Divos. Hoje trago esse filme forte e emocionante, sobre decisões e o desejo de viver. 





Ano de lançamento 2017

Duração 2h 20m

Direção Hwang Dong-Hyuk

Elenco Park Hae-Il, Kim Yoon-Seok, Lee David, Heo Seong-Tae, Park Hee-Soon, Lee Byung-Hun


Recomendação sim



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

No reino de Joseon, duas dinastias, Quing e Ming, invadem a península da Coreia forçando o rei a fugir para a fortaleza nas montanhas. Sitiado com sua corte, soldados e aldeões da fortaleza, o rei precisa decidir se enfrenta Quing ou cede às suas exigências. Ele deve escolher sobreviver com humilhação ou uma morte com dignidade. 

Dois ministros debatem as escolhas enquanto seus conselheiros apoiam ou são contra os ideais. Além disso, ainda vem a questão da política militar, onde soldados passam fome e frio, igualmente os aldeões que não tem escolha em estarem presos no meio desse conflito, em um inverno rigoroso. 

As forças inimigas se aproveitam da fraqueza do exército do rei, pressionando-o para que tome uma decisão ou enfrentará um ataque mortal. 







Minhas divagações finais 

Esse é o tipo de filme que abrange mais a política do que a guerra em si e achei o final de alguns personagens muito triste. Nem sempre a morte pode ser considerada a pior derrota. 

Não nego que nesse tipo de filme, ainda mais usando chapéu, eu tive certa dificuldade para diferencias os personagens, embora suas vestimentas pudessem ajudar a identificar melhor. 

O rei estava cercado e esperava por reforços. Enquanto isso, seu pequeno exército perdia forças para a fome e frio, e os poucos aldeões sofriam também. O rei precisava decidir se alimentava seu pequeno exército racionando o dos civis, pois segundo seus conselheiros, o exército precisava de forças para lutar, caso acontecesse um ataque ou caso precisassem atacar. Mas de qualquer forma, a comida continuava escassa e como estavam cercados, não havia meios de conseguir mais comida. 

Um dos ministros foi até o líder de Quing, mas ao retornar com a proposta do inimigo, foi considerado traidor. A maior parte do filme houve discussões entre os conselheiros que estavam divididos e principalmente porque muitos preferiam uma morte digna do que uma derrota vergonhosa. Como o rei queria viver, tentou de tudo de forma diplomática e tentou também seguir o outro ministro, gerando mais conflitos ali dentro. 

No final, após vários dias sitiados, morrendo de frio e fome, não houve um final feliz para o rei, embora saísse vivo da luta. Acho que o maior diferencial desse filme, é que apesar do foco ser mais político e o tema ser a guerra, o conflito mesmo foram as decisões que o rei precisava tomar. A guerra mesmo estava ali dentro, entre eles, que debatiam a crise e não concordavam com as soluções. Embora tentasse de tudo, no fim, o rei teve que decidir pela escolha que menos desejava. 

Mas, teve uma história em paralelo com um dos ministros que foi no mínimo chocante e triste no final. No início da história ele mata um idoso por considerá-lo traidor, porém sua netinha que o esperava em casa, vendo o que o avô não retornava, foi parar nos portões da Muralha o procurando. O próprio assassino do avô recolhe a criança e a coloca em segurança na aldeia. Mas ele nunca revela seu segredo, porém, quando o rei toma sua decisão, esse ministro também toma a sua. Talvez não fosse o ideal mesmo, se para sua redenção ele viesse a criar a menina, talvez essa doce criança crescesse e ao descobrir a verdade, se tornasse uma guerreira em busca de vingança. Mas aí seria outra história. Talvez fosse melhor só ter a ideia de que ela ficou bem com as pessoas da aldeia e cresceu feliz ali. 

No entanto, tanta luta e persistência, nem sempre leva a um final feliz. Para viver e proteger seu povo, as vezes a humilhação pode ser o melhor caminho. 

Não nego que esse tipo de filme não faz muito meu gênero, mas estava até interessante a ponto de que eu queria saber como iria terminar. Acreditei que teria aquele final típico dessas histórias, onde a cavalaria chegaria, haveria muita luta e derramamento de sangue, mas o rei saíria vitorioso. Foi um final triste e chocante, porém, acredito que essa foi toda a beleza da história, foi o diferencial que por mais que tenha deixado um gosto amargo na boca, deixou nos refletindo sobre as escolhas e suas consequências. 

Não consegui guardar nomes dos personagens, mas há grandes atores na produção e apesar de tudo, foi um filme marcante. 

Nota 10/10

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