sexta-feira, 4 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Escondida (Hidden/Série House Of Night vol 10) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago a continuação dessa saga que não é a mais longa que já li, mas está ficando cansativo pelos desdobramentos...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Neferet finalmente foi desmascarada, o Conselho Supremo dos Vampiros não está mais a seu lado. Mas isso não a impede de tentar colocar os humanos contra os vampiros. Ela consegue causar um incêndio no celereio da Morada da Noite causando confusão e medo. Os alunos que sabem que é obra da ex-sacerdotisa se sentem vulneráveis por sua invasão. Zoey, que já trava lutas internas, agora que possui a pedra da vidência e viu algo em Aurox que ainda não consegue assimilar se foi real, agora precisa pensar em como proteger seus amigos e a Morada da Noite contra os planos malignos de Neferet. 



Ano de publicação 2012

Páginas 360

Autor/a P.C Cast, Kristin Cast



Minhas divagações finais 

Demorei quase três anos para continuar essa saga e relendo minha resenha do volume 9, Destinada, ou era muito previsível o andamento da história ou pela primeira vez acertei uma teoria minha quando eu disse que uma das gêmeas se encaminharia para o lado negro da força. Mas acho que era previsível mesmo. E com certeza elas seguem melhor separadas. 

Quanto a Zoey, continua guardando segredos e achei ridículo ela esconder de Stark que achou ter visto a aura de Heath em Aurox. Se ela não sente nada por ele, por que esconder isso? Mesmo que não tenha certeza, seria melhor compartilhar com ele, já que é seu guerreiro e companheiro amoroso. Óbvio que se ele descobre sozinho, ficaria desconfiado. Ela nunca aprende. 

Continuo seguindo sem muitas lembranças de alguns personagens. Porém, achei esse volume interessante. Apesar que como o anterior, a história só fica frenética quase para o final, onde Neferet sequestra a avó de Zoey e segue aquela batalha e conflitos internos sobre o resgate. E para variar, logicamente ainda não é o fim dessa vilã. O que chega a ser mais do que cansativo. É desesperador imaginar mais um volume com planos malignos e lutas contra esse ser. 

Mesmo que quem era do lado da Neferet eventualmente tenha mudado para o lado da Zoey, convenhamos, já são 10 volumes dessa mulher infernizando todos. E aposto que seu final ainda será decepcionante. Não estou nem um pouco empolgada para ler a continuação, mas, já que estou chegando quase ao fim, vamos ver o que acontece. 

Creio que a melhor parte foi Lenobia ter encontrado sua alma gêmea. Sua história é triste e impressionante. Mas, é uma história arrastada depois de vários volumes. Stark nas minhas lembranças era um guerreiro poderoso, mas aqui, ele foi um adolescente ciumento e controlador muito chato. Por isso não gosto muito quando nessas histórias envolve romance. Um dos pares sempre é o ponto fraco. E nesse caso aqui, envolve ciúmes, desconfianças, mentiras... e quando tem triângulo amoroso? É o pior. 

Como são muitos personagens e volumes da série, e como eu sempre deixo para ler as continuações com intervalos enormes, não nego que é ruim porque sempre me perco na história. Em minha defesa, eu tenho uma lista com mais de 300 livros para ler, então... acabou um já estou partindo para outro. E não gosto de ler as sequências em seguida, porque acho muito cansativo. Acabo enjoando dos personagens. Porque convenhamos, são nossos companheiros durante a leitura. E não queria passar horas suportando a Neferet de novo. 

Aurox, apesar do modo como foi criado e ter sido controlado e matado alguém da turma da Zoey, acho um personagem interessante e promissor. Vamos ver o que acontece no próximo. Em Destinada eu disse que uma das gêmeas ia se rebelar e ir para o lado negro. E se no próximo, Aurox, compartilhando a essência de Heath, em uma luta contra Neferet, se sacrificasse protegendo a Zoey? Tipo, o Heath já morreu, não ia fazer sentido ela ficar com Aurox vendo o amigo morto ali. Acho que seria um ótimo encerramento para ele e uma redenção para Aurox. Que só é mau quando controlado pelas trevas. Sem isso, seria um garoto como outro qualquer. Mas, vamos aguardar a próxima leitura. 

Pelo que li, me parece que ainda tem mais dois volumes? Sério isso? Mais dois atrás de Neferet e ela infernizando a vida de todos? Isso sim que é ser imortal minha gente. E determinada a matar Zoey e seus amigos. Porque nossa Senhora, uma saga inteira com uma vilã dessas? Haja paciência. 

Aphrodite é uma personagem que odiamos e amamos. As vezes ela é suportável, mas como eu comentei no volume anterior, ela é o tipo de personalidade que pelo menos acrescenta algo a equipe e é uma parte que falta em Zoey. Que convenhamos, é uma personagem chatinha as vezes. Concordo que por mais poder que possamos adquirir, ser humilde é essencial, mas ela só sabe choramingar e achar dificuldades em resolver os problemas. Tem uma equipe poderosa e fica questionando se conseguirá deter a inimiga. Mas, recomendo, já que chegou até aqui nessa saga, temos que continuar né...


Nota pessoal 7/10


quinta-feira, 3 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Maurício: a história que não está no gibi - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago o desenhista mais amado do Brasil.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Maurício conta sua história como toda autobiografia, desde sua infância, fala sobre a família, as dificuldades financeiras e acreditem, as dificuldades de conseguir um trabalho. Imagine Maurício pedindo emprego de desenhista em um jornal, que hoje seria a conhecida Folha de São Paulo e ouvisse isso:" desista menino. Desenho não dá dinheiro nem futuro para ninguém. Vá fazer outra coisa da vida". Ainda bem que Maurício não escutou esse cara e persistiu no seu sonho. 

Maurício também não conseguiu terminar a escola, um professor ao pegá-lo fazendo uma caricatura sua, nunca o perdoou e então sempre encontrava meios de repetí-lo. Mas isso não o impediu de continuar desenhando assim como o cara do jornal não o impediu após desencorajá-lo. Pelo contrário, Maurício conseguiu um emprego de copidesque nesse mesmo jornal. Seria um bom começo, já que também precisava de dinheiro. Depois foi promovido a jornalista. Mas seu sucesso começou mesmo quando passou a fazer tirinhas para o jornal. 

Mas nem tudo aconteceu de um dia para outro. Maurício enfrentou diversos problemas até conseguir ter a fama atual. Todos seus personagens são inspirados em familiares ou conhecidos. E apesar de tudo, enfrentou as dificuldades persistindo em seus ideais e conseguiu criar a turminha mais amada do Brasil. 



Ano de publicação 2017

Páginas 336

Autor/a Maurício de Souza 



Minhas divagações finais 

Como qualquer artista, para alcançar a fama, Maurício também enfrentou várias dificuldades. Embora a Turma da Mônica hoje seja famosa e querida, não alcançaram o sucesso da noite para o dia. O ponto inicial nem foi Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão. Eles foram aparecendo com o tempo. 

As crianças dessa época com certeza aprenderam a ler com os gibis da turminha. Eu pelo menos fui uma delas. Lembro até hoje quando meu pai trouxe uma caixa cheia de gibis, mas tinha do Pato Donald entre outras que não me recordo. Só lembro que quando vi da Mônica, comecei a ler e me apaixonei. Hoje seria uma relíquia se tivesse esses gibis dos anos 80. 

A época que Maurício lançou a turminha, as editoras não acreditavam muito que as crianças gostassem de algo que não fossem quadrinhos do Batman e Superman. Eu particularmente não sou fã de quadrinhos, mas quando conheci a turminha, amei. Eu lia várias vezes o mesmo gibi e dava risada sozinha com eles. 

A história de Maurício é inspiradora porque não é só sobre como ser famoso e fazer dinheiro. Embora claro, ganhasse muito com a turminha, ele perdeu muito também com os negócios. E sua arte nunca foi visando só ganhar dinheiro, como todo artista, queremos que as pessoas apreciem nossa arte. E calhou que além de desenhar, Maurício também dava vida a seus personagens. Confesso que faz alguns anos que não leio mais gibis e notei que há sempre personagens novos. Alguns não conheço. E nunca li nenhum da Turma da Mônica jovem, mas já vi animações deles e amei. Falando em animações, o Cini Gibi da turminha é maravilhoso. 

A primeira animação deles que vi, foi na época de Natal que fizeram um filminho sobre uma estrelinha que caía no quarto da Mônica. Nunca consegui ver novamente. Mas eu esperava todo Natal para ver se passava na TV novamente. Hoje em dia é tudo mais fácil. Você pesquisa na Internet e pode encontrar os filmes em streaming. Acho que nos anos 2000, tinha uma página na Internet da Mônica com gibis e passatempos. Eu vivia ali relendo as historinhas. Mas infelizmente vamos crescendo, adquirindo mais responsabilidades e faz anos que não me sento para ler gibis. E é algo que fico completamente entretida.

E é como o Maurício escreveu em seu livro, a tecnologia avança e nós temos que nos adaptar a elas. Fazer desenhos para ele hoje não é como seu início, onde ele sozinho fazia tudo. Depois, conforme foi aumentando a demanda de pedidos, ele acrescentou mais 3 desenhistas com ele. Hoje, ele ainda aprova alguns desenhos e o Horácio é o único personagem que ele faz desde que começou a desenhar. De resto, seus filhos agora que tomam conta de tudo. Maurício poderia ter sido muito maior quando realmente estourou com a turminha, mas por questões de contrato que o jornal tinha com os quadrinhos americanos, não deixavam ele brilhar mais do que a concorrência. Demorou anos para Maurício escolher então sair e tentar outro lugar que oferecia o céu como limite e muito além. 

Aprendi com ele que embora se possa realizar sonhos, nem sempre é fácil mantê-los. Ele sabia desenhar, ele tinha criatividade de sobra, mas para conseguir que fosse espalhado para leitores, existe outros empresários e muita burocracia. Mesmo tendo talento, foi preciso paciência e perseverança. Fora que também teve muitas perdas financeiras. Mas no geral, caiu no agrado do povo e hoje tem a turminha mais amada do país. Teve perdas familiares também, como o divórcio da primeira esposa, que não aguentou a jornada de trabalho do marido, perdeu a segunda esposa que veio a falecer, teve um filho sequestrado. Mas sua família só aumentou assim como a da turminha. 

Uma curiosidade que eu sempre tive, foi sobre o fato do Cebolinha ter sapatos e Mônica, Magali e Cascão não. Felizmente Maurício esclarece esse mistério e é mais irônico do que eu poderia imaginar. No mais, eu já sabia que seus personagens foram inspirados em seus filhos, mas foi divertido ver ele contando como surgiram essas ideias. Obviamente como ser humano ele não foi perfeito, mas diferente dessas biografias bizarras de artistas que viveram da fama e de vícios, pelo menos Maurício teve uma vida mais saudável. Por fazer conteúdo infantil, pelo menos que eu saiba não teve nenhum escândalo em sua vida. E amei sua história como amo a Turma da Mônica. Recomendo conhecer sua trajetória e ler seus gibis. 





Nota pessoal 10/10

[Resenha/crítica pessoal] Down With The System: um livro de memórias (ou algo assim) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago essa biografia incrível do vocalista da banda System Of A Down. Nem tudo é o que parece. Serj mudou completamente minha visão da banda e não julgar pelas aparências. Ótima leitura. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Serj Tankian, vocalista do System Of A Down, nos apresenta sua vida desde a juventude, a banda, seu ativismo, fala sobre política e a Armênia. 

Quando criança, seus pais se mudaram para os Estados Unidos e ele sempre teve conhecimento sobre o genocídio armênio, coisa que ninguém mais falava. Então, sempre que tinha oportunidade, trazia isso a tona. Embora morasse nos Estados Unidos, viveu próximo a comunidade Armênia, mas aprendeu o inglês, que foi necessário quando seus pais sofreram um processo e ele precisava traduzir tudo para eles. Embora começasse a entender sobre advocacia e negócios, Serj optou pela música. 

Embora System fosse uma banda de sucesso, teve vários empecilhos e dificuldades, tanto fora como dentro da banda. Serj levou anos lutando para ter liberdade criativa dentro do System, tendo que criar outros grupos para poder usar sua criatividade que não era valorizada pela banda. Desentendimentos, ameaças de sair da banda, ameaças de morte após o 11 de setembro, tantas coisas mas que o fortaleceram a continuar e jamais desistir de seus sonhos e objetivos. 



Ano de publicação 2024

Páginas 352

Autor/a  Serj Tankian


Minhas divagações finais 

Uma das bandas que eu escutava muito e teve significados diversos em minha vida. Várias fases da minha vida foram acompanhadas e marcadas por música. System foi em um momento delicado e controverso, de perdas e ganhos e principalmente liberdade e redescobrimento. Nem sempre sabia do que se tratava as letras. Nunca imaginei que Serj era ativista e nem pelas lutas que passou. Só curtia o som e sua voz, que era sempre uma mistura de gritos e melodias suaves. 

Conheci a banda lá pelos anos 2006 e jamais poderia imaginar que viviam turbulências ali dentro. Por ser vocalista, sempre deduzo quem é o líder, mas já aprendi que nem sempre o vocalista é necessariamente o líder. Dito e feito, embora Serj e Daron, o guitarrista tenham formado a banda, Daron seria o líder e muitas vezes mudava as letras ou não  as aceitava quando era Serj quem escrevia, limitando sua participação na produção da banda. Serj lutou e impôs seus desejos de participar mais nessa área por anos, tendo decidido deixar assim mesmo, porque embora fosse ativista, nunca apelou para a violência e acreditem, nunca quis discutir mesmo contrariado. 

Apesar de ser uma banda de rock e Serj mencionar que em algum momento já se drogaram, se consumiam durante todos esses anos, esse tema pelo menos não foi o foco e nem mencionado com tanto ênfase. Serj fala mais sobre as dificuldades de vida que sua família teve na Armênia, o que o genocídio fez com seus avós e as famílias que viveram nessa época, sua trajetória antes de entrar na banda e sua vida depois. Sempre achei que o sumiço deles era porque tinham se separado, mas eles continuam na ativa, só não fazem turnês mundiais. Faz anos que Serj não quer mais sair viajando por questões de saúde. Mas as vezes eles ainda fazem shows aqui e ali. 

Além de Serj e Daron, temos o baixista Shavo e o baterista John. Shavo e John viviam discutindo. John na verdade entrou no lugar de Andy e Shavo sempre foi contra ele. Em uma das discussões, partiram para a agressão física, onde Shavo teria jogado algo em John e o ferido na testa. A visão de sangue escorrendo, levaram John no hospital para levar pontos e no caminho, ele e Shavo fizeram as pazes. Achei a única passagem engraçada embora preocupante pelo ferimento. Mas fora isso, é sempre surpreendente o que se passa nos palcos e fora dele. Sempre achei que System fosse uma banda unida, divertida, que Serj fosse o líder, que fosse rebelde, viciado. Mas, apesar da aparência e das músicas fortes, na verdade são bem pacíficos, com famílias e a única coisa que agitavam mesmo, além dos fãs em shows, era quando falavam de política. 

Foi uma verdadeira aula de história, porque eu também nunca havia tido conhecimento sobre o genocídio da Armênia. Serj sempre lutou para que os países envolvidos reconhecessem o genocídio, o que gerou desentendimentos dentro da banda, que inicialmente lutavam pela mesma causa que Serj, mas após fazerem sucesso tocando, o que eles mais queriam era apenas isso, tocar. Mas para Serj não era suficiente. Ele queria o reconhecimento de que o genocídio existiu e das milhares de pessoas que morreram por isso e das outras milhares que sofreram essas perdas. Serj jamais desistiu de lutar pela Armênia. 

Foi uma leitura interessante porque quem já escutou System, espera uma biografia regada a shows enlouquecidos com drogas e mulheres. Mas ao contrário de Anthony Kiedis (sim, fiquei traumatizada com sua historia de vida), que para mim pareciam uma banda mais calma, foi na verdade caótica com os vícios de Anthony. As aparências realmente enganam. System por parecer visualmente mais louca, eram na verdade a visão que eu tinha que era o Red Hot. Serj me impressionou muito com suas lutas, com sua história, tem meu respeito por mesmo injusticado nunca partiu para a violência. Mesmo não tendo créditos merecidos na banda continuou ali com eles e sua luta merece ser ouvida assim como suas músicas.

Estava com medo de ler essa biografia porque estava cansada de tantas drogas e mulheres, como nas biografias de O Lobo de Wall Street e de Matthew Perry. Embora de Matthew tenha sido mais triste pela sua luta perdida. Mas Serj se mostrou interessante e suas histórias são diversificadas, o foco não é somente ele e o sucesso de System. Apesar do que parece, a banda sofreu muito para alcançar o sucesso, principalmente por causa de uma carta que Serj escreveu que teve repercussões negativas entre os americanos, que como sempre, acham que são melhores que todo o resto do mundo e não aceitam palavras negativas e distorcem os reais significados da história. Foram até ameaças de morte. Por aí se vê como falar de política é realmente perigoso. 

Mas enfim, foi uma mistura de assuntos interessantes, assim como conhecer mais sobre Serj e o System. E claro, conhecer mais sobre seu país de origem e suas lutas. Recomendo. 






Nota pessoal 10/10 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Amy Winehouse: Biografia - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Uma biografia dessa cantora esplêndida mas que não foi retratada como merecia...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

É uma biografia porém escrita pelo jornalista Chas Newkey-Burden, que fala sobre a vida da cantora Amy Winehouse, que embora possuísse grande potencial musical, teve sua vida refletida mais nos abusos ao seus vícios e em seus relacionamentos. O livro foi escrito e lançado antes de sua morte. 



Ano de publicação 2008

Páginas 208

Autor/a  Chas Newkey-Burden



Minhas divagações finais 

Biografias ultimamente para mim tem sido uma caixinha de surpresas. Mas, quando a biografia é escrita pela própria pessoa, a história mesmo que possa parecer duvidosa, tende a ser mais emocionante quando vemos a vida da pessoa por sua própria perspectiva. O que eu esperava da biografia de Amy? Bom, considerando que foi escrita antes de sua morte, confesso que achei bem raso já que ela estava no auge de sua carreira. 

Como toda artista jovem e mulher, seus vícios e relacionamentos foram tópicos obsessivos de jornalistas e da mídia. O que me lembrou a perseguição de vida da Britney Spears que cada saída de festas era clicada e condenada ao seu estado. Por anos foi taxada de viciada e louca. Só depois que ela expôs a verdade com sua biografia e a polêmica sobre o processo contra seu pai, que com a verdade vindo a tona, muitos passaram a vê-la com outros olhos. Da mesma forma deve ter acontecido após a morte de Amy. 

Mas vamos com calma. Qual foi o problema que encontrei nessa leitura? Talvez por ser jornalista, achei a escrita muito mais jornalística do que biográfica. O que mais queríamos saber era sobre sua vida na infância, o relacionamento familiar e com a música. O escritor focou em premiações e o relacionamento de Amy com seu marido. 

Confesso o estilo de música da Amy não é o meu tipo, mas seus grandes sucessos logicamente me conquistaram. Era isso que eu esperava ler nessas páginas. A história de vida de Amy, o que enfrentou até chegar ao sucesso. Não como ela enfrentou drogada ou bêbada ou como quando seu marido foi preso, ela não fazia mais nada sem ele. Não vou mentir que não acompanhei nada sobre seus escândalos. Só vim a saber sobre sua morte precoce. Então, sobre seus vícios e tals, não estavam muito por dentro. Mesmo assim, se fosse ela escrevendo sobre e contando seu lado, teria sido muito mais interessante. Só terminei a leitura pois não sou de abandonar livros. Mesmo que esteja sofrendo para continuar, eu termino. 

Não sei por que o escritor decidiu fazer uma biografia de Amy, porém, talvez se tivesse colocado mais alma nessa escrita... mesmo que ele seja fã dela, tudo nessas páginas me pareceu mais trechos tirados de matérias da Internet, assim como relatos de fãs, conhecidos ou familiares. E mesmo que seja fã, apesar de ter muitas passagens elogiando sua música, sua voz ou seu trabalho, só por enfatizar demais seus vícios ou explorar momentos em que ela nem era mencionada, achei a leitura muito rasa. Não foi emocionante nem empolgante. Uma pena, porque mesmo que ninguém soubesse onde ou como terminaria a história de Amy, acho que pelo sucesso e talento, ela merecia mais. 

Não recomendo mas, talvez se for fã, ler mais algumas coisas sobre a Amy deve ser reconfortante. 

Uma mulher maravilhosa. Uma pena tudo que viveu e como tudo terminou. 





Nota pessoal 4/10

[Resenha/crítica pessoal] Amigos, amores e aquela coisa terrível (Matthew Perry ) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago essa autobiografia emocionante de um dos astros mais divertido de Friends e também o mais solitário por trás das câmeras.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Nessa autobiografia, Matthew, nosso eterno Chandler de Friends, descreve como foi sua infância e como começou esse vício para preencher o vazio que sentia, assim como sucessos e fracassos ao longo de sua carreira. 



Ano de publicação 2023

Páginas 294

Autor/a  Matthew Perry



Minhas divagações finais 

Eu amo biografias apesar que algumas delas podem ser chocantes demais, como a do Anthony Kiedis. Sua vida também foi regada a vícios porém, o que mais me incomodou, foi seus relacionamentos com menores de idade. E confesso que depois de ler sua biografia, não consegui mais ouvir Red Hot Chili Peppers como antes. A biografia do Lobo de Wall Street, de Jordan Belfort também foi regada a vícios e mulheres. Porém, apesar de sua história parecer um filme pornográfico, também não achei interessante, pois ele era um viciado em sexo, drogas e dinheiro. Não teve nada de relevante em sua vida. Nem mesmo falar sobre sua passagem em Wall Street foi interessante porque ele não conta muito seu período em que esteve lá. Imaginei que seria uma história chata sobre como investir dinheiro, mas foi uma história chata sobre como viver viciado em drogas e enganar pessoas. 

Matthew Perry embora também tivesse seus vícios, ao menos tentou lutar contra. Quem acompanhou sua carreira em Friends, pode observar as mudanças em seu corpo que segundo ele, se estivesse acima do peso, álcool, muito magro, remédios. Eu maratonei a série anos atrás e reparei nessas mudanças, mas não tinha ideia dos motivos. Confesso que só vim a saber de sua luta contra o vício, após a notícia de sua morte. 

Ter artistas que passam por problemas com drogas ou bebidas nesse meio, não é novidade. Mas a intensidade com que alguns lidam ao longo dos anos que os tornam diferentes um do outro. Matthew era tão cativante no papel de Chandler. Era meu personagem preferido. Por trás das câmeras, jamais imaginaria tudo pelo qual passou. 

Sua biografia também contém relatos sobre seu vício, que era pesado e começou desde criança. Não era drogas como cocaína ou algo do tipo, ele era alcóolatra e viciado em opioides. Será que seria sensato dizer que começou por culpa de seus pais? Naquela época, quando ele ainda era criança, seus pais eram divorciados e para visitar o pai, ele viajava sozinho com uma plaquinha de menor desacompanhado. Que mãe permitiria isso? O sequestro de crianças existe em qualquer década. Muita sorte não ter acontecido nada parecido com ele. 

Mas, seu medo da solidão começou aí. Não dá para julgar seus sentimentos e seus vícios quando não passamos pelos mesmos medos e dores. Cada um reage as perdas e as dificuldades de modos diferentes. Infelizmente Matthew enfrentou com as bebidas e remédios. Mas ele lutou, tentou sair inúmeras vezes. Mas infelizmente não conseguiu. 

Não acompanhei sua carreira fora de Friends. Tirando Jennifer Aniston que acho que foi a que mais fez sucesso fora da série, achei que os outros não tinham feito outros trabalhos, mas Matthew ate que fez bastante filmes além de Friends. Muito triste pensar que pelo seu medo de achar que não seria suficiente para qualquer um, ele tenha terminado relacionamentos que poderiam ter lhe dado uma família. Julia Roberts? Ele namorou Julia Roberts. Eu amo essa atriz também. Quantas mulheres que ele terminou porque achava que um dia elas perceberiam que ele não era suficiente e com medo, terminou antes com elas. 

Sempre imaginei que atores que passaram tantos anos trabalhando juntos em séries extensas como Friends, após o término, mantivessem contato. Mas, cada um seguiu seu caminho. Por mais que soubessem de seu vício, normal ninguém querer se envolver. E também acho que na situação de Matthew, talvez não fizesse diferença se um ou outro deles tivesse ficado por perto, pois ele tinha tendência a afastar as pessoas boas que se importavam com ele. E com certeza, mesmo que ele tenha levado Friends a sério e tentado não misturar seu vício e atrapalhar o trabalho, acredito que em algum momento deva ter sido escroto com os colegas. Porque não é possível todos sumirem assim da vida dele. Foram anos juntos e não é um elenco pequeno, foram anos com mais cinco pessoas. Onde estavam? 

Matthew sempre conta seus anos em Friends com muito carinho. Essa série me ajudou quando passei por um tempo complicado e assistí-la me trazia momentos de diversão e paz. Uma pena pensar que aquele ambiente amigável era diferente fora das câmeras. Talvez porque Matthew contou seu lado da história, sentimos empatia por ele, não sabemos o que os outros passaram ao descobrirem suas lutas contra seus vícios. Em nenhum momento ele se fez de vítima ou romantizou seus problemas. E o mais triste é saber que ele tinha planos para o futuro e não conseguiu chegar lá. 

Foi uma das biografias mais tristes que li por saber que de tudo pelo que passou, seu brilho foi interrompido e ele não conseguiu seguir adiante. Não vi nada sobre sua morte, sobre o elenco de Friends em relação a perda de Matthew, só lamentei o ocorrido e nunca mais Friends será o mesmo vendo Chandler ali, fazendo piadas e todos rirem e Matthew sofrendo por trás com sua solidão. Mas acredito que todos que riram com Chandler e amaram Friends, deveria conhecer sua história. 


Nota pessoal 10/10

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