terça-feira, 8 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] Lembranças perdidas - Divagando Sempre


Olá Divas e Divos. Hoje trago esse filme que pelo tema poderia ter sido melhor, mas acabou sendo mediano com atuações rasas, com exceção de Rance Howard. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Levi percebe que precisa de ajuda para cuidar do pai quando este é encontrado no meio de um lago sem lembranças de como foi parar lá. Jasper é um idoso com Alzheimer. Uma amiga de Levi o ajuda indicando uma jovem para ser cuidadora de Jasper. 

Maggie é bonita e jovem e ao chegar na casa logo é confundida com Sylvie, a esposa falecida de Jasper, que perdido em suas memórias acha que a esposa voltou. Mesmo consternado, Levi permite que Maggie fique já que Jasper parece mais tranquilo com sua presença. Porém, ela não contou sobre sua vida, onde está saindo de um casamento abusivo. Seu ex que não aceita o fim, descobre onde ela está e invade a casa de Levi, ocasionando uma briga com ele e uma tragédia acontece. 









Ano de lançamento 2017

Duração 1h 30m

Direção Michael Worth

Elenco Ivan Sergei, Rance Howard, Kelly Greyson



Trailer 






Minhas divagações finais 

Confesso que não faço ideia do motivo de ter colocado esse título em minha lista. Provavelmente pelo tema envolver Alzheimer, porém, mais uma vez ressalto que o melhor filme retratando esse assunto ainda é Meu pai de Anthony Hopkins. Lembranças perdidas não tem nenhum ator que conheço e achei a personagem Maggie muito mal interpretada. A atriz fazia caras e bocas nada compatíveis com o momento. O melhor personagem para mim foi Jasper.

Jasper já estava com o Alzheimer mais avançado pois muitas vezes não se lembrava do filho, o Levi, que o confundia com seu falecido irmão. A irmã de Levi era claramente uma interesseira onde só ia até a casa do pai, para levar objetos de valor que achava que era seu por direito. O famoso minha herança. Ela nem cuidava do pai, nem o visitava mas quando ficou sabendo da cuidadora foi correndo ver e criticar e ainda opinou que era melhor deixar o pai em um asilo e vender a casa e repartir o dinheiro. Sei que isso acontece em muitos lares. Mas achei ela muito descarada.

Não entendi qual foi o desentendimento que afastou Levi e Jasper, mas o pior de tudo foi a Sinopse dizer sobre uma cuidadora misteriosa. Juro que pensei que ela tinha algum parentesco com a família e queria se aproximar deles. Não entendi o mistério dessa moça a não ser que tinha uma marido violento e obsessivo e que mereceu seu fim. 

Pai e filho tiveram momentos tensos e fofos até, mas o ápice de tudo, foi quando Levi conta a promessa que havia feito ao pai. Fiquei tensa ao acreditar que ele fosse cumprir e quase chorei quando ele sentado na varanda na manhã seguinte, o pai aparece para tomar café. Infelizmente Levi acabou optando por deixar o pai no asilo e Maggie no fim, acabou ficando na cidade e trabalhando no asilo. Confesso que achei esse filme a maior perda de tempo. 

Em Meu pai e Para sempre Alice que trata diferentes estágios de Alzheimer, foi tocante. Em Meu pai temos a visão de como o paciente se sente com essa doença. Foi muito doloroso e devastador. Chorei horrores. Em Para sempre Alice, ela teve Alzheimer precoce aos 50 anos e acompanhamos com ela a doença progredir e como isso afetou ela profissionalmente e no meio familiar. O vídeo que ela deixa para si mesma com instruções de como acabar com isso, foi desesperador. Mas, em Lembranças perdidas só o que perdi foi tempo mesmo. 

A atuação deixou muito a desejar. Alzheimer é uma doença triste que afeta todos ao redor. Mesmo que não tivesse atores famosos, dava para ter trabalhado melhor nessa história. Acho que o que dificultou meu interesse por ele, foi a história mal contada da cuidadora. Rance Howard que interpreta Jasper, faleceu uns dias depois que o filme foi lançado. O que deixa mais triste ainda ao vê-lo no filme. E ressalto mais uma vez, que de todos ele foi o melhor personagem e o melhor ator. 

A fotografia foi linda, o ambiente promissor se fosse melhor trabalhado. Mas, apesar de tudo, teve elementos da vida real de quem enfrenta essa doença na família. Embora achei que foi mal interpretado qualquer história com essa doença é triste. 


Nota pessoal 6/10


segunda-feira, 7 de julho de 2025

[Review/crítica pessoal] A travessia (The Walk ) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago essa história tensa, divertida e emocionante. E mais, ela é real.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Philippe Petit, é um equilibrista francês, que em 1974, quando estava em um consultório odontológico, vê uma foto do World Trade Center, as famosas Torres Gêmeas recém construídas nos Estados Unidos. Então surge uma ideia audaciosa e perigosa de atravessar as Torres usando um cabo de aço. 

Enquanto planeja como executar seu plano, Philippe já havia sido expulso de casa, já que seus pais não o aceitavam enquanto não tivesse um emprego de verdade e  durante suas apresentações de equilibrista na rua, ele conhece Anne, uma musicista também de rua que logo se torna sua amante e cúmplice. Também conhece Jean-Louis, um fotógrafo, que concorda em documentar toda a operação. 

Philippe viaja então até os Estados Unidos para estudar as Torres com cuidado, bolando planos de infiltração disfarçado e consegue mais colaboradores para seu plano. 

Apesar de todos os desafios, discussões, quase desistência da equipe, na madrugada de 7 de agosto de 1974, Philippe consegue realizar a travessia. Ao chegar do outro lado, ele se sente insatisfeito e decide voltar. Porém, ele acaba indo e voltando durante 45 minutos, realizando 8 percursos completos evitando a polícia que chegara no local, ajoelhando-se e até deitando-se nos cabos desafiando a polícia. 









Ano de lançamento 2015

Duração 2h 3m

Direção Robert Zemeckis

Elenco Joseph Gordon-Levitt, Charlotte Le Bon, Ben Kingsley, James Badge Dale



Trailer 





Minhas divagações finais 

Qualquer filme do Joseph Gordon-Levitt que vejo, sempre me surpreende. Eu o conheci com o filme 10 coisas que odeio em você onde já reuniu grandes atores para o futuro, destacando o maravilhoso Heath Ledger. Joseph, dando uma olhada em sua filmografia, ele até que fez muitos filmes, já vi alguns, onde ele pode ser um personagem coadjuvante ou o protagonista e todos seus papéis são diferentes um do outro. Em A travessia, confesso que pensei que seria monótono pela trajetória do equilibrista tentar atravessar As Torres. Mas acabou sendo muito empolgante e nem vi a hora passar. 

Philippe não tinha apoio da família porque não acreditavam que ser equilibrista era um meio de vida sustentável. Então o expulsaram de casa. Ele conhece Papa Rudy, mestre em acrobacias e cordas que o ajuda com equipamentos e técnicas para atravessar as Torres, mas com o ideal e obsessão de Philippe, algumas vezes entram em discussões se afastando. Isso acontece com a maioria de sua equipe, quando chega o dia e tudo parece dar errado. 

Mas a emoção do filme, pelo menos para mim que não conhecia essa história, foi se daria certo. Como era o próprio que narrava o filme, imaginei que teria dado certo ou que teria desistido, mas se tivesse desistido não haveria história e muito menos filme. E se tivesse morrido atravessando, talvez, pudesse ter história, mas seria trágica demais. Acabei não resistindo a curiosidade e fui pesquisar sobre esse acontecimento. E fiquei impressionada com a realidade e o feito. Vi entrevistas com o próprio Philippe e fotos antigas de sua travessia. Então terminei o filme aliviada e emocionada. 

Foi extremamente perigoso? Com certeza. Imagina cair daquela altura e se esborrachar lá embaixo com toda aquela gente o assistindo. Mas também ficou para a história, principalmente porque as Torres não existem mais. Tanto que no final, quando Philippe diz que ganhou passe vitalício ao mirante das Torres, diz ser para sempre. Quando vi pensei: não foi para sempre porque as Torres não existem mais. Confesso que nem me passou pela cabeça que a mensagem foi justamente essa, discretamente se referindo a isso. 

Os planos de Philippe para se infiltrar nas Torres disfarçado eram muito bons. Nem da para acreditar que foi assim mesmo. Achei muito divertido na realidade. Sem contar o CGI das Torres. Apesar que é meio triste olhar para elas e não pensar na tragédia que foi o 11 de setembro. 

Com certeza foi um filme surpreendente. Para quem tem medo de altura, melhor evitar. Joseph está maravilhoso nesse filme. Embora seu romance com Anne não tenha sido felizes para sempre, foi uma conclusão compreensível. Gosto dessas histórias reais, embora tenha sido um ato irresponsável, ficou um marco para a história, um marco positivo que não esteja associado a tragédia. 






Enfim, recomendo. 

Nota pessoal 10/10

sexta-feira, 4 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] O legado (Jessica Goodman) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Existe três mistérios nessa história. O desaparecimento da mãe de Bernie, o segredo de Skylar e Isobel e quem seria o corpo encontrado na festa. Não criem expectativas demais por a resolução de tudo pode ser decepcionante. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Bernie Kaplan, Isobel Rothcroft e Skyler Hawkins são um trio inseparáveis. Bernie e Skyler são um casal e Isobel é a melhor amiga de Bernie. Mas, tudo muda com a indicação para o clube do Legado, onde toda família espera que seu filho ou filha faça parte, abrindo possibilidades infinitas para eles. No entanto, uma indicada inesperada muda o curso de todos. 

Tori Tasso. Nunca fez parte do círculo dos indicados e claramente não se sente confortável com a indicação, mas, seguindo os desejos finais de sua mãe, já que conseguiu chegar até ali, fará valer a pena sua indicação. Mas é no baile que a tragédia acontece e segredos são revelados. 

Primeiro a mãe de Bernie desaparece durante os preparativos para a indicação e apresentação do Legado. Depois tem a indicação misteriosa de Tori. E por fim, o segredo envolvendo Skyler e Isobel que fez com que ela e Bernie se afastassem. Mas quando tudo é revelado, que a bomba explode. 



Ano de publicação 2023

Páginas 336

Autor/a Jessica Goodman



Minhas divagações finais

A trama parecia interessante, principalmente com o desaparecimento da mãe da Bernie. O pior de tudo, foi o pai dela lhe dizendo que provavelmente a mãe estava bem e ela costumava fazer isso as vezes. Que casal, tem esse costume da mulher sumir assim e para fazer o que? Achei muito suspeito. 

Claramente Isobel escondia algo de Bernie e para mim, no meu entender, de início, pensei que ela tinha ficado com Skyler. Isobel era o cachorrinho dele principalmente por conta de seus vícios. Conforme foi mostrando sua vida, a autora tentou justificar sua personalidade devido a sua família exigente. Embora só no final ela tenha se redimido, pelo menos para mim. Porque antes disso ela sempre foi uma personagem insuportável.

A melhor personagem foi Tori, desde sua família a sua personalidade. O mistério de quem a havia indicado foi surpresa. Eu acreditei que fosse outra pessoa pelo desenrolar dos acontecimentos. Mas Tori, indiretamente, estava envolvida no segredo da família da Bernie e ainda envolvida diretamente no segredo de Skyler e Isobel. 

Os acontecimentos são intercalados nos pontos de vista de Bernie, Isobel e Tori. Durante o baile alguém morre e até chegar a esse momento e a revelação de quem seria a vítima, tive três suspeitos e nenhum deles foi quem realmente era. E por mais que tenha leitores que digam que já esperavam por isso ou que era muito óbvio, para mim não foi. 

Mas a maior decepção com certeza foi o motivo do desaparecimento da mãe da Bernie. Pensei dois motivos para ela ter sumido. Um: alguém a havia sequestrado por algo relacionado ao Legado. Dois: ela havia sido sequestrada porque sabia demais. No fim, ela sabia de algo sim mas o motivo do desaparecimento foi bem decepcionante. Dava para ver que não seria nada do que pensei já que o pai da Bernie estava tranquilo em relação a isso. 

A escrita é boa, o mistério consegue nos prender, mas a resolução de tudo, além de ser enrolado até chegar a esse momento, foi meio decepcionante. Óbvio que clubes de gente com dinheiro e influência, são recheados de segredos. Mas achei o desse meio sem graça. O motivo da mãe da Bernie desaparecer foi muito raso. Dava para ter trabalhado nisso com algo muito mais sinistro. A tragédia que se seguiu  poderia ter sido muito mais impactante e os envolvidos poderiam ter tido reações mais emotivas. 

Eu poderia falar mais sobre essa leitura, mas não quero dar spoiler. Acho que só suportei chegar até o fim, porque queria muito saber onde estava a mãe da Bernie e quem era o corpo da festa. Poderia ser qualquer um, já que a linha do tempo era antes e durante a festa. Se dava indícios desde o início de quem seria, não percebi. Também não posso eliminar meus suspeitos porque seria óbvio então quem era. Só digo que, foi interessante e decepcionante ao mesmo tempo. Eram tantas suspeitas sobre motivos disso ou aquilo. No início até cheguei a pensar que Skyler tinha um caso com a mãe da Bernie. Sempre vou além das expectativas. 

Mas recomendo a leitura para desvendar o mistério. 


Nota pessoal 6/10

[Resenha/crítica pessoal] Escondida (Hidden/Série House Of Night vol 10) - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago a continuação dessa saga que não é a mais longa que já li, mas está ficando cansativo pelos desdobramentos...






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Neferet finalmente foi desmascarada, o Conselho Supremo dos Vampiros não está mais a seu lado. Mas isso não a impede de tentar colocar os humanos contra os vampiros. Ela consegue causar um incêndio no celereio da Morada da Noite causando confusão e medo. Os alunos que sabem que é obra da ex-sacerdotisa se sentem vulneráveis por sua invasão. Zoey, que já trava lutas internas, agora que possui a pedra da vidência e viu algo em Aurox que ainda não consegue assimilar se foi real, agora precisa pensar em como proteger seus amigos e a Morada da Noite contra os planos malignos de Neferet. 



Ano de publicação 2012

Páginas 360

Autor/a P.C Cast, Kristin Cast



Minhas divagações finais 

Demorei quase três anos para continuar essa saga e relendo minha resenha do volume 9, Destinada, ou era muito previsível o andamento da história ou pela primeira vez acertei uma teoria minha quando eu disse que uma das gêmeas se encaminharia para o lado negro da força. Mas acho que era previsível mesmo. E com certeza elas seguem melhor separadas. 

Quanto a Zoey, continua guardando segredos e achei ridículo ela esconder de Stark que achou ter visto a aura de Heath em Aurox. Se ela não sente nada por ele, por que esconder isso? Mesmo que não tenha certeza, seria melhor compartilhar com ele, já que é seu guerreiro e companheiro amoroso. Óbvio que se ele descobre sozinho, ficaria desconfiado. Ela nunca aprende. 

Continuo seguindo sem muitas lembranças de alguns personagens. Porém, achei esse volume interessante. Apesar que como o anterior, a história só fica frenética quase para o final, onde Neferet sequestra a avó de Zoey e segue aquela batalha e conflitos internos sobre o resgate. E para variar, logicamente ainda não é o fim dessa vilã. O que chega a ser mais do que cansativo. É desesperador imaginar mais um volume com planos malignos e lutas contra esse ser. 

Mesmo que quem era do lado da Neferet eventualmente tenha mudado para o lado da Zoey, convenhamos, já são 10 volumes dessa mulher infernizando todos. E aposto que seu final ainda será decepcionante. Não estou nem um pouco empolgada para ler a continuação, mas, já que estou chegando quase ao fim, vamos ver o que acontece. 

Creio que a melhor parte foi Lenobia ter encontrado sua alma gêmea. Sua história é triste e impressionante. Mas, é uma história arrastada depois de vários volumes. Stark nas minhas lembranças era um guerreiro poderoso, mas aqui, ele foi um adolescente ciumento e controlador muito chato. Por isso não gosto muito quando nessas histórias envolve romance. Um dos pares sempre é o ponto fraco. E nesse caso aqui, envolve ciúmes, desconfianças, mentiras... e quando tem triângulo amoroso? É o pior. 

Como são muitos personagens e volumes da série, e como eu sempre deixo para ler as continuações com intervalos enormes, não nego que é ruim porque sempre me perco na história. Em minha defesa, eu tenho uma lista com mais de 300 livros para ler, então... acabou um já estou partindo para outro. E não gosto de ler as sequências em seguida, porque acho muito cansativo. Acabo enjoando dos personagens. Porque convenhamos, são nossos companheiros durante a leitura. E não queria passar horas suportando a Neferet de novo. 

Aurox, apesar do modo como foi criado e ter sido controlado e matado alguém da turma da Zoey, acho um personagem interessante e promissor. Vamos ver o que acontece no próximo. Em Destinada eu disse que uma das gêmeas ia se rebelar e ir para o lado negro. E se no próximo, Aurox, compartilhando a essência de Heath, em uma luta contra Neferet, se sacrificasse protegendo a Zoey? Tipo, o Heath já morreu, não ia fazer sentido ela ficar com Aurox vendo o amigo morto ali. Acho que seria um ótimo encerramento para ele e uma redenção para Aurox. Que só é mau quando controlado pelas trevas. Sem isso, seria um garoto como outro qualquer. Mas, vamos aguardar a próxima leitura. 

Pelo que li, me parece que ainda tem mais dois volumes? Sério isso? Mais dois atrás de Neferet e ela infernizando a vida de todos? Isso sim que é ser imortal minha gente. E determinada a matar Zoey e seus amigos. Porque nossa Senhora, uma saga inteira com uma vilã dessas? Haja paciência. 

Aphrodite é uma personagem que odiamos e amamos. As vezes ela é suportável, mas como eu comentei no volume anterior, ela é o tipo de personalidade que pelo menos acrescenta algo a equipe e é uma parte que falta em Zoey. Que convenhamos, é uma personagem chatinha as vezes. Concordo que por mais poder que possamos adquirir, ser humilde é essencial, mas ela só sabe choramingar e achar dificuldades em resolver os problemas. Tem uma equipe poderosa e fica questionando se conseguirá deter a inimiga. Mas, recomendo, já que chegou até aqui nessa saga, temos que continuar né...


Nota pessoal 7/10


quinta-feira, 3 de julho de 2025

[Resenha/crítica pessoal] Maurício: a história que não está no gibi - Divagando Sempre

 

Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago o desenhista mais amado do Brasil.






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Maurício conta sua história como toda autobiografia, desde sua infância, fala sobre a família, as dificuldades financeiras e acreditem, as dificuldades de conseguir um trabalho. Imagine Maurício pedindo emprego de desenhista em um jornal, que hoje seria a conhecida Folha de São Paulo e ouvisse isso:" desista menino. Desenho não dá dinheiro nem futuro para ninguém. Vá fazer outra coisa da vida". Ainda bem que Maurício não escutou esse cara e persistiu no seu sonho. 

Maurício também não conseguiu terminar a escola, um professor ao pegá-lo fazendo uma caricatura sua, nunca o perdoou e então sempre encontrava meios de repetí-lo. Mas isso não o impediu de continuar desenhando assim como o cara do jornal não o impediu após desencorajá-lo. Pelo contrário, Maurício conseguiu um emprego de copidesque nesse mesmo jornal. Seria um bom começo, já que também precisava de dinheiro. Depois foi promovido a jornalista. Mas seu sucesso começou mesmo quando passou a fazer tirinhas para o jornal. 

Mas nem tudo aconteceu de um dia para outro. Maurício enfrentou diversos problemas até conseguir ter a fama atual. Todos seus personagens são inspirados em familiares ou conhecidos. E apesar de tudo, enfrentou as dificuldades persistindo em seus ideais e conseguiu criar a turminha mais amada do Brasil. 



Ano de publicação 2017

Páginas 336

Autor/a Maurício de Souza 



Minhas divagações finais 

Como qualquer artista, para alcançar a fama, Maurício também enfrentou várias dificuldades. Embora a Turma da Mônica hoje seja famosa e querida, não alcançaram o sucesso da noite para o dia. O ponto inicial nem foi Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão. Eles foram aparecendo com o tempo. 

As crianças dessa época com certeza aprenderam a ler com os gibis da turminha. Eu pelo menos fui uma delas. Lembro até hoje quando meu pai trouxe uma caixa cheia de gibis, mas tinha do Pato Donald entre outras que não me recordo. Só lembro que quando vi da Mônica, comecei a ler e me apaixonei. Hoje seria uma relíquia se tivesse esses gibis dos anos 80. 

A época que Maurício lançou a turminha, as editoras não acreditavam muito que as crianças gostassem de algo que não fossem quadrinhos do Batman e Superman. Eu particularmente não sou fã de quadrinhos, mas quando conheci a turminha, amei. Eu lia várias vezes o mesmo gibi e dava risada sozinha com eles. 

A história de Maurício é inspiradora porque não é só sobre como ser famoso e fazer dinheiro. Embora claro, ganhasse muito com a turminha, ele perdeu muito também com os negócios. E sua arte nunca foi visando só ganhar dinheiro, como todo artista, queremos que as pessoas apreciem nossa arte. E calhou que além de desenhar, Maurício também dava vida a seus personagens. Confesso que faz alguns anos que não leio mais gibis e notei que há sempre personagens novos. Alguns não conheço. E nunca li nenhum da Turma da Mônica jovem, mas já vi animações deles e amei. Falando em animações, o Cini Gibi da turminha é maravilhoso. 

A primeira animação deles que vi, foi na época de Natal que fizeram um filminho sobre uma estrelinha que caía no quarto da Mônica. Nunca consegui ver novamente. Mas eu esperava todo Natal para ver se passava na TV novamente. Hoje em dia é tudo mais fácil. Você pesquisa na Internet e pode encontrar os filmes em streaming. Acho que nos anos 2000, tinha uma página na Internet da Mônica com gibis e passatempos. Eu vivia ali relendo as historinhas. Mas infelizmente vamos crescendo, adquirindo mais responsabilidades e faz anos que não me sento para ler gibis. E é algo que fico completamente entretida.

E é como o Maurício escreveu em seu livro, a tecnologia avança e nós temos que nos adaptar a elas. Fazer desenhos para ele hoje não é como seu início, onde ele sozinho fazia tudo. Depois, conforme foi aumentando a demanda de pedidos, ele acrescentou mais 3 desenhistas com ele. Hoje, ele ainda aprova alguns desenhos e o Horácio é o único personagem que ele faz desde que começou a desenhar. De resto, seus filhos agora que tomam conta de tudo. Maurício poderia ter sido muito maior quando realmente estourou com a turminha, mas por questões de contrato que o jornal tinha com os quadrinhos americanos, não deixavam ele brilhar mais do que a concorrência. Demorou anos para Maurício escolher então sair e tentar outro lugar que oferecia o céu como limite e muito além. 

Aprendi com ele que embora se possa realizar sonhos, nem sempre é fácil mantê-los. Ele sabia desenhar, ele tinha criatividade de sobra, mas para conseguir que fosse espalhado para leitores, existe outros empresários e muita burocracia. Mesmo tendo talento, foi preciso paciência e perseverança. Fora que também teve muitas perdas financeiras. Mas no geral, caiu no agrado do povo e hoje tem a turminha mais amada do país. Teve perdas familiares também, como o divórcio da primeira esposa, que não aguentou a jornada de trabalho do marido, perdeu a segunda esposa que veio a falecer, teve um filho sequestrado. Mas sua família só aumentou assim como a da turminha. 

Uma curiosidade que eu sempre tive, foi sobre o fato do Cebolinha ter sapatos e Mônica, Magali e Cascão não. Felizmente Maurício esclarece esse mistério e é mais irônico do que eu poderia imaginar. No mais, eu já sabia que seus personagens foram inspirados em seus filhos, mas foi divertido ver ele contando como surgiram essas ideias. Obviamente como ser humano ele não foi perfeito, mas diferente dessas biografias bizarras de artistas que viveram da fama e de vícios, pelo menos Maurício teve uma vida mais saudável. Por fazer conteúdo infantil, pelo menos que eu saiba não teve nenhum escândalo em sua vida. E amei sua história como amo a Turma da Mônica. Recomendo conhecer sua trajetória e ler seus gibis. 





Nota pessoal 10/10

Dica de Destaque

[Review/crítica pessoal] Confinado - Divagando Sempre

  Olá Divosos do terror. Hoje trago essa história claustrofóbica porém meio sem graça.  A HISTÓRIA  Eddie, endividado, precisa de ...