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Dica de Destaque
Por
Andréa divagando sempre
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Olá leitores Divas e Divos. Hoje trago uma história diferente, sobre o que é ser humano ou um animal? Sobre ser inteligente trará sucesso e felicidade em sua vida? Charlie buscou tudo isso, mas no final, há limites para o quanto se pode mexer no corpo humano cirurgicamente falando...
DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA
Charlie Gordon, 32 anos, QI de 62, trabalhava em uma padaria como faxineiro e tinha aulas especiais com a senhorita Alice Kinnian. Dois pesquisadores professor Nemur e Dr. Strauss, realizam experimentos cirúrgicos que aumentam a inteligência. Até o momento sendo testados em animais, o mais promissor foi em um rato chamado de Algernon.
Sendo assim, vendo potencial em Charlie, eles o submetem a cirurgia e seu QI aumenta para 185, durante alguns meses onde Charlie começa a relembrar sua infância, o tratamento de sua mãe, o ressentimento de sua irmã mais nova, os colegas de trabalho que na verdade o humilhavam e se divertiam as suas custas e a compreensão de que Nemur e Strauss o viam apenas como cobaia humana para promover seu experimento.
Cansado de tudo, em uma convenção científica, Charlie se sente humilhado e foge com Algernon. Ele decide continuar e melhorar o experimento de Nemur e Strauss, mas nota uma mudança em Algernon, que aos poucos vai regredindo seu estado mental e acaba morrendo. Sabendo qual será seu destino, pois já sente as mudanças em sua inteligência, ele volta para sua antiga casa para descobrir que sua mãe está com demência e sua irmã está morando e cuidando dela. Mas ele não pretende ficar. Ele visita seu pai mas este não o reconhece mais.
Em seus últimos momentos, Charlie volta a ter um relacionamento com senhorita Kinnian e mantém contato com Strauss, mas devido a sua regressão, não querendo a pena de ninguém, ele decide deixá-los.
Ano da primeira publicação 1959
Páginas 288
Autor/a Daniel Keyes
Minhas divagações finais
Mais um livro que a experiência foi complicada porque li em audiobook. Mas, esse não tinha muito mistério, então consegui me concentrar mais. A única questão que não me lembro com detalhes, foi se quando Charlie faz a cirurgia ele já estava separado de sua família. Essa parte não entendi direito. Talvez ele tenha sido enviado para um local especial que abriga crianças nas condições de Charlie e lá, o Dr. Strauss deve ter o conhecido e visto o potencial de seu experimento ser testado nele.
Pois, nas lembranças de Charlie, após ficar inteligente, ele se lembrou que sua mãe o queria longe dali com medo de que ele pudesse machucar sua irmãzinha. Depois, quando ele reencontra a irmã e a mãe, aqui eu acreditei em karma, pois sua irmã havia confidenciado que quando crianças, talvez a culpa tenha sido dela ao falar aos pais que Charlie tivesse a machucado. O Karma é que agora ela tem que cuidar da mãe com demência sozinha.
Charlie conforme foi ficando mais inteligente, teve dois relacionamentos amorosos, um com a senhorita Kinnian e outro com sua vizinha. Acredito que a única que talvez tivesse realmente amado Charlie foi a Kinnian, pois mesmo ele regredindo ela ainda queria estar ao seu lado, mesmo com as dificuldades. Já sua vizinha, pulou para o próximo cara rapidinho.
Achei uma história triste embora inacreditável cientificamente falando. Mas, aqui nos mostrou duas vidas de Charlie e as duas ele só sofreu. Quando não era inteligente, sua mãe o repreendia constantemente porque não queria acreditar que ele tivesse algum problema. Mas quando teve outro filho, já não queria mais Charlie porque agora tinha uma filha saudável. Seu pai não era muito diferente de sua mãe, já que fazia o que ela queria. Era zombado por todos, inclusive no trabalho, mas sua percepção na época era diferente então considerava essas pessoas seus amigos e que eles eram divertidos.
Mas, quando ficou inteligente, teve clareza em suas memórias, como os abusos de sua mãe, as zombarias do amigo e mesmo agora estando inteligente, as pessoas agora achavam que ele estava zombado deles porque agora ele era mais inteligente. Até Strauss e Nemur se sentiram diminuídos pela inteligência de Charlie. Ou seja, em ambas as vidas, Charlie só sofreu.
Li comentários positivos sobre o livro, alguns choraram horrores, mas não sei em que parte, porque não achei tão comovente assim. Na verdade não sei como classificar essa leitura. Fiquei horrorizada pelo experimento e triste pela ingenuidade de Charlie, achando que ficando inteligente as pessoas gostassem mais dele. Não entendi o título Flores para Algernon, se ficou subentendido em alguma passagem no final, não captei. Não achei interessante suas descobertas sexuais com a vizinha ou mesmo com a Kinnian e Algernon, por ter seu nome no título, pensei que fosse ter mais relevância na história, sem contar que inicialmente pensei que Algernon fosse o protagonista até descobrir que era um rato.
Acho que só gostei mesmo de como foi narrada com algumas passagens do que Charlie chamava de relatórios de progresso. Foi triste admito, vê-lo regredindo em sua escrita, tendo já dificuldade no final para concluir seus relatórios com palavras simples. Mas infelizmente não foi aquela história marcante ou reflexiva como muitos afirmam ser. Pelo menos para mim não foi.
Nota pessoal 7/10
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