Olá Divas e Divos amantes de livros. Hoje trago esse suspense policial que de suspense não tem nada.
A HISTÓRIA
Nos anos 90, a policial Kate Marshal e o diretor chefe Peter Conway, trabalham juntos na Operação atrás do assassino conhecido como Canibal de Nine Elms. O primeiro corpo foi encontrado em um ferro velho em Nine Elms, por isso ficou conhecido por esse apelido. As vítimas até o momento, quatro, tinham marcas de mordidas no corpo, eram torturadas e depois deixadas com um saco na cabeça amarrado com uma corda. O diferencial era o nó, conhecido como nó punho de macaco. Algo extremamente difícil de ser dado e característica marcante do assassino. Na quarta vítima porém, Kata acaba descobrindo quem era o assassino. Quase lhe custou a vida mas mesmo o assassino sendo preso, Kate teve que abandonar o trabalho, por ter tido envolvimento com o assassino gerando polêmicas no caso. Ela ainda teve um filho com ele, mas como teve problemas com álcool, perdeu a guarda do filho para a mãe. Após 15 anos, o assassino está preso em um hospital psiquiátrico e Kate é professora de criminologia em uma faculdade. Ela ainda luta contra a bebida todos os dias, mas se mantém sóbria a alguns anos e seu maior desejo é reconquistar a confiança de seu filho.
Sua rotina muda quando um casal a procura para ajudá-los a encontrar a filha que desapareceu a 20 anos. O casal tem certeza que a filha foi uma das vítimas do Canibal de Nine Elms e mesmo sabendo que ela provavelmente está morta, eles querem encontrar pelo menos o corpo e encerrar esse ponto da vida deles. Kate e seu assistente Tristan, começam a avaliar o caso, quando um corpo é encontrado com as mesmas características do assassino de Nine Elms. O verdadeiro continua preso, então seria um imitador? Mas a tensão aumenta para Kate quando o imitador sabe quem ela é e sabe sobre seu filho. O imitador pretende libertar o assassino e unir pai e filho. E quem sabe terminar com Kate o que o assassino começou e não conseguir terminar?
Ano de publicação 2021
Páginas 352
Autor Robert Bryndza
Minhas divagações
Eu já li outro livro do Robert, que acho que seu forte é sobre policiais mulheres, em vista que também é sobre suspense policial e a protagonista seja mulher. Embora eu tenha gostado da primeira leitura, que foi com a detetive Erika, a policial Kate não foi tão boa quanto. Pelo que me lembre, a Erika também tinha lá seus problemas, mas a Kate? Sofri muito para terminar a leitura pois o caso parecia interessante quando aparece o imitador. Porém, ele não é mantido em segredo, já sabemos quem é e só acompanhamos Kate tentando encontrá-lo.
Por ela ter tido um filho do assassino, achei muito chato essa parte em que ela é obcecada em proteger o menino, escondendo quem é seu pai, o proibindo de certas coisas, claro que ele seria revoltadinho se não pode fazer o que adolescentes fazem sem ter explicações. Aí que ele ia querer fazer mais ainda.
Muito chato também a história do assassino dentro da prisão e as visitas da mãe. Relacionamento bizarro e doentio. Nojento demais. A única coisa interessante foi a investigação da Kate com Tristan, que acabaram sendo titulados como detetives particulares. Kate tinha uma personalidade muito sem graça, não sei porque os autores quando escrevem sobre mulheres, tem que descrevê-las sempre com problemas emocionais. Pelo que vi, Erika também tinha seus problemas. Mas A garota no gelo, apesar de iniciar a leitura e sentir que era muito cansativo, depois foi ficando bom. No Canibal, desde o início foi fraco demais. Depois que Kate prendeu o assassino, eu esperava que o imitador fosse de longe mais interessante e misterioso. Ele pode até ter passado despercebido em várias ocasiões, mas sua história e motivos para o crime? Foram tão ruins que nem me lembro mais quais eram.
Pelo menos Kate fazia as coisas e avisava Tristan, quando foi pega, pelo menos não foi porque suspeitou de alguém e foi atrás dele sozinha. Ela foi pega em sua casa. Então, não tinha muito o que Tristan fazer. Confesso que no início até desconfiei dele, porque me pareceu que Kate confiava plenamente nele e já sabemos o que confiar em alguém aconteceu no final. Só acho que o imitador deveria ter sido mantido mais em segredo, para que pudéssemos criar mais teorias, ter mais suspeitos. Assim que foi revelado, perdeu toda a graça. Havia várias possibilidades do porque o imitador apareceu, mas o que foi de fato, foi muito desanimador. Não acho que o assassino deveria ter ficado preso em um hospital psiquiátrico. E sabemos como tem gente insana que mesmo sabendo das atrocidades que criminosos cometem, elas ainda sentem admiração por eles. Partindo disso, o fato do assassino ter um fã, foi aceitável, mas aí, poderiam ter mudado a história para o assassino no corredor da morte, conseguindo se comunicar com o fã e o encarregando de continuar seu trabalho. Ou algo desse tipo. O modo como se comunicavam só mostra que onde o assassino estava preso, não era muito seguro para criminosos como ele. Mas enfim.
Eu esperava mais? Com certeza. Acho que o ponto alto foi quando o assassino pegou Kate e seu filho. Por um segundo achei mesmo que o menino sentiria admiração pelo pai que não conhecia. Já que o moleque era meio revoltado. Confesso que antes de saber a idade do filho da Kate, cheguei a pensar que o imitador seria ele. Que tinha descoberto quem era seu pai, tinha se encontrado com ele sem a mãe saber e através da influência do pai, continuaria o trabalho dele. Talvez, em outro universo e passado uns 30 anos, seu filho teria porte físico e capacidade de fazer isso, mas o menino tinha só 15 anos, então essa teoria foi para o ralo. Mas como disse, assim que já foi revelado quem era o imitador, perdeu todo o suspense. Só restava esperar ele cometer um deslize e ser capturado.
No mais, não foi de todo ruim, mas também não foi nada memorável.
Nota pessoal 6/10

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