quarta-feira, 25 de setembro de 2024

[Review/crítica] Três estranhos idênticos - Divagando Sempre

 

Mais um título mofando na minha lista e resolvi conferir, principalmente porque está saindo do catálogo de streaming, pode ser que volte ou não, mas quando é assim gosto de já assistir e se estava na minha lista, algo chamou minha atenção, embora eu nunca lembre os motivos na verdade. Mas vamos lá. 




Ano de lançamento 2018

Duração 1h 36m

Direção Tim Wardle

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Robert Shafran, aos 19 anos se muda para uma nova faculdade, não conhece ninguém e sabe como será difícil seu início. No entanto, ao chegar no local, estranhamente, todos que passam por ele o cumprimentam até ele descobrir que possivelmente o estão confundindo com outra pessoa, já que seu nome não é Eddy.

Assim que encontra seu dormitório, um rapaz bate a sua porta e pergunta se ele foi adotado e qual a data de seu nascimento. Robert, mais conhecido como Bobby, descobre então que tem um irmão gêmeo. Ele e o melhor amigo de Eddy, percorrem uma curta viagem até a casa de Eddy para comprovarem se era mesmo possível serem irmãos. A partir de então, os dois viram notícia de jornal. 

David Kellman foi procurado por sua amiga para lhe informar que dois garotos parecidos com ele saíram no jornal. Eis então que os trigêmeos descobrem a existência um do outro. Eddy, Bobby e David viram praticamente celebridades, estão em jornais, revistas e aparecem na televisão em programas de entrevistas. 

Com 19 anos, estão mais do que felizes em saber que são trigêmeos, e passam a fazer tudo juntos para compensar o tempo perdido. Mas, como cada um viveu em um lar diferente, seus pais foram atrás de saber o que tinha acontecido na casa de adoção para terem separado os irmãos. O que parecia uma descoberta incrível, passou a ser um pesadelo quando a verdade vem a tona. 







Minhas divagações finais 

A história começa até divertida, então jamais imaginei o rumo sombrio no final. Bobby acaba encontrando Eddy sem querer (ou não) e a reunião de gêmeos que se encontram após 19 anos separados quando bebês vira notícia, até um terceiro idêntico aparecer. Aí você pensa, tudo muito divertido, estão ficando famosos, qual será o drama que a Sinopse implica? Jamais, imaginei algo desse tipo.

Cheguei até a pensar que quando fossem atrás da mãe biológica, ela vendo o sucesso dos filhos, iria queria ficar com eles ou quem sabe pedir algum dinheiro. Mas jamais imaginei que... dessa vez tem SPOILERS

Onde foram adotados, a agência participava de um programa experimental onde separavam gêmeos após o nascimento entregando cada um para lares diferentes. Dizendo aos pais que precisavam acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças adotas, sempre iam nas casas fotografar e fazer pequenos testes de QI entre outras coisas. O intuito do teste não foi esclarecido pois não chegou a ser concluído e nem publicado, como o criador afirmava que um dia seria. 

O responsável pela criação desse teste faleceu antes das conclusões mas embora os trigêmeos não tenham sido os únicos separados, não se sabe ao certo quantos mais podem ter por aí, que não sabem que tem um irmão perdido. Sabe-se que o teste vai ainda mais além. Os pais biológicos sofriam algum tipo de doença neurológica que talvez pudesse ser hereditário. Infelizmente, atingiu um dos trigêmeos que não suportou mais e tirou a própria vida. 

Só fui me dar conta quando começaram a falar sobre ele no passado. O documentário começa divertido e termina totalmente devastador e triste. Mais duas irmãs se encontraram inesperadamente como os trigêmeos, vindo da mesma casa de adoção e embora estivessem separadas, também apresentaram semelhanças nas vidas que tiveram e doenças neurológicas que provavelmente teve origem na mãe biológica. 

A morte de um dos trigêmeos foi um baque para a família. Apesar do sucesso e tals, um deles não se sentia mais confortável com toda essa agitação e acaba se afastando de todos. Após a morte do irmão, os dois sobreviventes, tentam descobrir mais sobre a adoção, os testes e as consequências dessa separação que podem afetar o futuro das crianças. Quem criou esse projeto foi desumano e morreu sem ser acusado de nada. Felizmente pararam com as pesquisas, mas não se sabe quantas crianças foram separadas e quantas podem estar sofrendo sem saber os motivos. 

Enfim, achei o doc muito bem conduzido. Dividido nos momentos certos, proporcionando a surpresa e divertimento, para o choque e devastação. Não foi entediante, as entrevistas com os gêmeos sobreviventes foram emocionantes e acabamos percebendo que naquela época, aconteciam muitos casos bizarros, me lembrou do médico que fazia inseminação artificial no doc chamado Pai nosso. Essas coisas aconteceram entre os anos de 1960 a 1980. Imagina o que fariam com a tecnologia de hoje em dia.

No mais, história interessante embora tenha um desfecho triste. 

Nota 10/10

terça-feira, 24 de setembro de 2024

[Review] O agente faixa preta (Officer Black Belt/Kim Woo-Bin) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 1h 49m

Direção Jason Kim

Elenco Kim Woo-Bin, Kim Seong-Gyoon, Lee Hae-Young

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Lee Jeong-Do, vivia despreocupadamente sua vida dividida entre ser bom em artes marciais e jogos online e ajudar seu pai nas entregas de seu restaurante. Porém, essa rotina muda quando um dia vê um policial lutando contra um homem e quando vê que o policial está em desvantagem, Jeong-Do intervém salvando o policial. 

Ele então toma conhecimento do trabalho desse policial, que é monitorar os ex-presidiários em liberdade condicional que usam tornozeleiras. São monitorados 24 horas por dia e qualquer irregularidade, os agentes vão até o local verificar os ex-presidiários. Enquanto o policial que Jeong-Do ajudou se recupera, ele é contratado para auxiliar nos monitoramentos e acaba descobrindo coisas que antes não tinha conhecimento e agora, não consegue mais ignorar os bandidos, que saem da prisão mas continuam os mesmos, ou seja, continuam cometendo os mesmos crimes pelos quais foram presos. Se antes Jeong-Do queria algo para se divertir, agora ele faz algo para proteger. 








Minhas divagações finais 

Vi um shorts no YouTube onde Jeong-Do pegava um criminoso e usava um teaser de choque, na maior alegria e satisfação, porém, embora inicialmente o filme pareça comédia, depois a história vai tomando um rumo completamente dramático e sério. 

Ultimamente temas como esse tem saído bastante, talvez para ressaltar o quão horrível é a pornografia infantil e o abuso de menores, devido a vários escândalos envolvendo artistas famosos. E o pior, são os criminosos que saem da prisão mas continuam com essas atividades nojentas. 

Jeong-Do era um jovem que vivia só curtindo com os amigos e ajudava o pai no restaurante. Apesar de ser bom nas artes marciais, não esperava que isso fosse usado para combater o crime. Achei interessante o quão fácil um civil como ele conseguiu virar agente, mesmo que no início fosse temporário e nenhum outro funcionário ou superior fosse contra, pelo modo como ele entrou. Nenhum colega quis boicotar seu serviço, nenhum invejoso... achei que ia ter muito disso. 

Inicialmente já imaginei que ele já trabalhasse com isso. Seus amigos também foram úteis ao combate ao crime, principalmente para capturarem um criminoso que acabava de sair da prisão mas já estava se envolvendo em negócios sombrios novamente. Foi muito emocionante quando Jeong-Do salvou uma criança e chorei horrores com a morte de um deles. 

O crescimento de Jeong-Do é excepcional e o modo como pensava onde o criminoso iria, sensacional. A forma como ele pensou rápido e conseguiu também salvar sua tia, foi emocionante. Apesar do tema pesado, tem as partes divertidas e muita pancadaria. Sabia que seria bom, mas além de bom foi surpreendente e emocionante. Como não é um dorama, então tudo é trabalhado na correria, mas não deixa de ser cativante o relacionamento de Jeong-Do e do agente Kim. 

Recomendo porque vai além de diversão, é emocionante e Kim Woo-Bin continua arrasando em qualquer papel que faz. 

Nota 10/10

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

[Review] Um lugar silencioso: dia um - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

Duração 1h 39m

Direção Michael Sarnoski

Elenco Joseph Quinn, Lupita Nyong'O

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Sam, com câncer terminal, vive em uma casa de apoio quando seu grupo sai para a cidade em um passeio. Já que está ali, seu desejo é comer pizza. No entanto, a cidade sofre uma invasão alienígena onde atraídos pelo barulho, os seres atacam qualquer um. Acabando sozinha, ela decide ir até a pizzaria onde ia com seu pai. 

No caminho acaba encontrando um jovem, chamado Eric, que aterrorizado não quer ficar sozinho e apesar da relutância, Sam permite que ele fique com ela. Apesar de realizar seu último desejo, Sam tenta ajudar Eric a chegar até o navio que levará sobreviventes para um local seguro. 









Minhas divagações finais 

É o terceiro filme da franquia, mas conta uma história antes dos filmes de sucesso com John Krasinski e Emily Blunt no elenco. Apesar de na história anterior já ter mencionado como esses seres apareceram, aqui, retrata o que seria o primeiro dia, mas na vida de Sam, a protagonista dessa história. 

Sam sofre de câncer terminal e não tem muita perspectiva no futuro, já que não tem muitos anos de vida pela frente. Seu único amor, é seu gatinho de suporte emocional, talvez por isso ele seja obediente e quietinho, porque achei que ele fosse o primeiro a morrer quando miasse. Apesar do ataque alienígena, embora já não tivesse muitos dias de vida, Sam ainda lutou para sobreviver e mesmo que quisesse ficar sozinha, acabou sendo acompanhada por Eric, um jovem que claramente não sobreviveria sozinho.

No entanto, Eric quando foi preciso, tomou a frente e foi corajoso principalmente quando saiu sozinho em busca de um remédio que aliviasse as dores de Sam. Os dois, apesar da tensão do momento, viveram cheios de adrenalina e medo, mas também curtiram juntos. Sam conseguiu realizar seu último desejo graças a Eric e como retribuição, o ajudou a chegar até o navio de resgate. 

Apesar de sabermos que poderia ir mesmo por esse caminho, você deseja no seu íntimo que pudesse ser diferente. E o gatinho claro, também foi a estrela dessa história. Não é nenhuma novidade em vista do que já sabemos de Um lugar silencioso. Apesar do destino sombrio da população nas horas iniciais da invasão, nada se compara a jornada traumática da família do primeiro filme. Chorei horrores. Mas, o caos, os monstros, a cidade destruída e deserta, foram cenários maravilhosos. E não tem como não se emocionar com os destinos finais de Sam e Eric. 

Não achei excepcional mas também não foi decepcionante. 

Nota 8/10

domingo, 22 de setembro de 2024

[Resenha/crítica] Academia dos casos arquivados - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2024

Páginas 264

Autor/a Jennifer Lynn Barnes

Recomendação: SIM




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Cassie, é uma adolescente que perdeu a mãe de forma traumática e agora vive com a família de seu pai. Embora seja bem acolhida e tenha um trabalho razoável, ela sente que não está no lugar certo. Até que um dia, um jovem intrigante com aparência de bad boy, aparece em seu trabalho e lhe faz uma pergunta estranha. Ainda assim, ela acaba lendo o rapaz deduzindo o que ele gostaria de pedir. Ao final, ele desaparece deixando um cartão, com um número e um nome. 

Intrigada, ela acaba ligando para o número e conhece o agente Briggs e convidada a fazer parte de um treinamento para agentes do FBI, que possuem certas habilidades que podem ajudar a encontrar assassinos em série. Embora inicialmente os jovens irão trabalhar em casos arquivados. Mas o agente Briggs garante que o convite não tem nada a ver com o caso da mãe de Cassie e mesmo assim ela acaba aceitando ir. 

Na casa, já tem alguns alunos como Michael, que ela conheceu no trabalho e quem deixou o cartão de Briggs, ele consegue ler emoções. Temos ainda Dean, um perfilador como Cassie, Lia que consegue saber se alguém está mentindo ( o que a leva mentir descaradamente também) e Sloane, que vive de probabilidades. Além da agente Locke, que também é uma perfiladora mas do modo tradicional, sendo assim, esses jovens são chamados de Naturais. 

Inicialmente Cassie tenta aprender algo com as aulas e se relacionar com os outros da casa, mas descobre que Lia a odeia, Sloane só pensa em números e acaba tendo um triângulo amoroso entre Michael e Dean. Mas, sua vida muda quando em um caso de assassinato em série, ela descobre que as vítimas são parecidas com sua mãe e após muita insistência e algumas mortes depois, é confirmado que o assassino realmente pode ter algo com a morte de sua mãe, já que agora parece querer algo com a própria Cassie. O assassino está mais próximo do que ela imagina. 



Minhas divagações finais 

É uma leitura curta, narrativa fácil de ler, personagens típicos adolescentes mas o mistério, me pegou totalmente de surpresa. Minha teoria foi para outro caminho, porque jamais foi mencionado nada que pudesse levar a essa pessoa. O trabalho da mãe da Cassie, a própria mãe da Cassie, foi mencionado apenas coisas passageiras e que foi assassinada mas o corpo nunca foi encontrado. 

Na verdade, eu revirava os olhos quando Lia aparecia, porque achei ela completamente insuportável e não vi sentido em ela estar presente na história, já que não foi útil para nada. Na falta de emoção, agora Cassie vive até um triângulo amoroso. O que até entendo ela, pois ficamos divididos entre Michael e Dean, por vários momentos fiquei do lado de Dean, mesmo em determinado momento ter duvidado dele. Mas Michael se mostrou no final para mim, digno de confiança. 

No entanto, apesar do desfecho final ter me surpreendido, como sempre, acabou sendo corrido e tudo resolvido as pressas. Ou seja, a cansativa jornada para se chegar a esse resultado, mesmo que jamais tivesse me passado pela cabeça, para mim, não valeu tanto a pena. Cassie, só queria aprender as coisas para descobrir o que houve com sua mãe, apesar que depois quando mais vítimas foram aparecendo, ela viu a gravidade das coisas quando não era só descobrir o assassino e sim, proteger as vítimas, já que uma delas ainda tinham chances de salvar. 

Lia era insuportável e não ficou claro para mim seu relacionamento com Michael e Dean. Embora Michael tenha confessado para Cassie que já tinha ficado com Lia, não suporto personagens como ela e mesmo que seu talento natural seja detectar quando alguém está mentindo, não quer dizer que ela poderia fazer isso torto e a direito né? Sloane tem potencial para ser uma boa amiga da Cassie e Dean, não entendi porque desde o início se mostrou arredio com Cassie, por essa e outras atitudes, a acabei desconfiando dele. Michael sempre se mostrou interessado em Cassie, mas as vezes parecia meio distante ou sem interesse, o que pode confundir as vezes. 

Como já estou acostumada com temas sobre serial killer e já li livros muito mais detalhados, não achei esse nada forte nem perturbador. Mas, um aviso para quem não está acostumado é sempre bom né. Porque esse assunto pode ser amenizado mas nunca deixa de ser horrível. A narrativa as vezes é composta pela visão do assassino e talvez ali, os mais atenciosos comecem a formar seu suspeito. Eu simplesmente ignorei né. Só fui começar a desconfiar nos momentos finais e ainda em choque lutei entre acreditar ou não. 

Óbvio que tem sequência e eu não sabia, novidade. Mas acho que é o primeiro livro que leio dessa autora. Talvez o primeiro dessa saga tenha sido assim, para quem sabe no próximo termos mais amadurecimento do grupo e espero que a Lia mude para melhor. E ainda ficou um suspense para ser resolvido. Enfim, espero apreciar mais a próxima história. 

Nota 6/10


sábado, 21 de setembro de 2024

[Review/crítica] Criança da montanha Kaminari (Child of Kamiari month) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2021

Duração 1h 40m

Direção Takana Shirai, Toshinari Shinohe

Recomendação: sim




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Kanna, uma menina de 12 anos ainda sofre pela perda da mãe, que completa quase um ano. Assim como a mãe, ambas amavam correr, mas após a perda, Kanna sente dificuldade de sentir o mesmo novamente. Apesar de tentar demonstrar a todos que está bem, ela não está.

Um dia, durante a maratona escolar, Kanna aceita correr porque o pai vai estar lá, no entanto, ela não consegue completar a corrida e se irrita com o pai e foge. Quando chega ao templo, chovendo, ela coloca uma pulseirinha que era de sua mãe e coisas estranhas acontecem ao mesmo tempo. 

A chuva começa a cair lentamente, um "monstro " aparece a assustando e um garoto que inicialmente parecia a proteger, na verdade a ataca mandando tirar a pulseira. Então, Shiro, seu coelhinho de estimação, aparece a protegendo e falando. Kanna então descobre que sua mãe tinha uma missão no mundo dos deuses, onde nessa época do ano, ela andava de templo em templo, recolhendo as oferendas dos deuses para a reunião deles em Izumo.

Como descendente e usando a pulseira, Kanna foi capaz de visualizar o primeiro Deus daquele templo e o garoto na verdade era seu inimigo, um demônio que tinha raiva de Kanna e queria seu trabalho para erguer seu clã novamente que foi injustiçado no passado. Ele não aceitava Kanna como substituta de sua mãe, vendo como a menina era desajeitada e não sabia correr. 

Kanna só aceita a missão porque entendeu que em determinado momento da jornada, chegando ao destino, ela poderia se encontrar com sua mãe, já que ela era uma Deusa. Shiro não conseguiu revelar a verdade e Yasha, decidiu acompanhar os dois para talvez, se Kanna falhasse, ele ficaria em seu lugar. Usando a pulseira, o tempo continuava mas de forma diferente. Enquanto Kanna se movimentava normalmente o tempo no mundo real era lento, assim dando tempo deles percorrerem todos os templos necessários atrás das oferendas até chegarem em Izumo ao anoitecer. 









Minhas divagações finais 

Confesso que chega um determinado momento em que histórias desse tipo começam a ficar tediosas. Talvez porque nessa história muita coisa foram mal trabalhadas. A relação entre mãe e filha, captamos no início quando Kanna sempre tem o mesmo sonho correndo com a mãe. Entendemos que ali as duas tinham um relacionamento amável de mãe e filha e que também amavam correr. Depois da morte da mãe, sentimos um vazio através da Kanna que sente falta da mãe e quando chega em casa ainda tem que fazer a refeição e aparentemente tem um relacionamento distante com o pai ou ela que não sabe lidar com seus próprios sentimentos. 

Eu, teria dado um rumo diferente a essa história a partir daqui. Yayoi, a mãe de Kanna estava doente, ela sabia que talvez não aguentasse até a próxima reunião dos deuses, eu teria deixado uma mensagem para minha filha caso eu não chegasse nessa data revelando que agora ela, teria que cumprir a missão para a realização do evento. O choque seria o mesmo ao descobrir o que sua mãe fazia e a jornada seria mais sentimental por ter sido um pedido feito pela própria mãe. Mas óbvio, que a história foi por outro caminho. 

Eu estava confusa no início da história porque não entendia os motivos de Kanna querer tanto correr mas sentir dificuldade nisso e ela ainda dizer que seu pai viria vê-la e não queria decepcioná-lo, mas o que eu havia entendido da relação dos dois, é que ela nem se importava muito com ele. 

Ela ter aceito a missão só para ver a mãe, achei aceitável, lembrando que é uma menina de 12 anos. E era óbvio que Yasha, o menino demônio no fim viraria seu amigo. Achei a personalidade de Kanna meio fraquinha, embora estivesse ainda enfrentando o luto, já vi histórias melhores e mais emocionantes. Tanto que nem lembro se no final ela continuaria a recolher as oferendas no futuro. Ainda prefiro a minha versão, se Yayoi tivesse dado essa missão para a filha acreditando em seu potencial, talvez ela teria se esforçado mais e de qualquer forma ficaria mais próxima de sua mãe e a jornada teria um valor sentimental mais complexo para a personagem, que lutaria mais para não desapontar a mãe que acreditava nela do que o que foi de fato, onde pelo seu egoísmo de ver a mãe, ela quis completar a missão mas na primeira dificuldade real, ela desistiu porque não era obrigação dela. 

Também acho que seria mais emocionante ter mostrado ela retornando para casa e tendo uma boa conversa com o pai. Mas enfim, achei mediano. Só um detalhe que achei interessante foi a menção ao abandono dos deuses conforme a civilização vai crescendo e a tecnologia aumentando. Muitos símbolos de deuses perto de templos onde antes eram bem cuidados e visitados, hoje em dia realmente acabam sendo abandonados e esquecidos. 

Enfim, eu esperava mais no entanto, apesar de ser esquecivel, foi divertido a sua maneira. 

Nota 7/10

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