Dica de Destaque

[Review/crítica] Criança da montanha Kaminari (Child of Kamiari month) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2021

Duração 1h 40m

Direção Takana Shirai, Toshinari Shinohe

Recomendação: sim




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Kanna, uma menina de 12 anos ainda sofre pela perda da mãe, que completa quase um ano. Assim como a mãe, ambas amavam correr, mas após a perda, Kanna sente dificuldade de sentir o mesmo novamente. Apesar de tentar demonstrar a todos que está bem, ela não está.

Um dia, durante a maratona escolar, Kanna aceita correr porque o pai vai estar lá, no entanto, ela não consegue completar a corrida e se irrita com o pai e foge. Quando chega ao templo, chovendo, ela coloca uma pulseirinha que era de sua mãe e coisas estranhas acontecem ao mesmo tempo. 

A chuva começa a cair lentamente, um "monstro " aparece a assustando e um garoto que inicialmente parecia a proteger, na verdade a ataca mandando tirar a pulseira. Então, Shiro, seu coelhinho de estimação, aparece a protegendo e falando. Kanna então descobre que sua mãe tinha uma missão no mundo dos deuses, onde nessa época do ano, ela andava de templo em templo, recolhendo as oferendas dos deuses para a reunião deles em Izumo.

Como descendente e usando a pulseira, Kanna foi capaz de visualizar o primeiro Deus daquele templo e o garoto na verdade era seu inimigo, um demônio que tinha raiva de Kanna e queria seu trabalho para erguer seu clã novamente que foi injustiçado no passado. Ele não aceitava Kanna como substituta de sua mãe, vendo como a menina era desajeitada e não sabia correr. 

Kanna só aceita a missão porque entendeu que em determinado momento da jornada, chegando ao destino, ela poderia se encontrar com sua mãe, já que ela era uma Deusa. Shiro não conseguiu revelar a verdade e Yasha, decidiu acompanhar os dois para talvez, se Kanna falhasse, ele ficaria em seu lugar. Usando a pulseira, o tempo continuava mas de forma diferente. Enquanto Kanna se movimentava normalmente o tempo no mundo real era lento, assim dando tempo deles percorrerem todos os templos necessários atrás das oferendas até chegarem em Izumo ao anoitecer. 









Minhas divagações finais 

Confesso que chega um determinado momento em que histórias desse tipo começam a ficar tediosas. Talvez porque nessa história muita coisa foram mal trabalhadas. A relação entre mãe e filha, captamos no início quando Kanna sempre tem o mesmo sonho correndo com a mãe. Entendemos que ali as duas tinham um relacionamento amável de mãe e filha e que também amavam correr. Depois da morte da mãe, sentimos um vazio através da Kanna que sente falta da mãe e quando chega em casa ainda tem que fazer a refeição e aparentemente tem um relacionamento distante com o pai ou ela que não sabe lidar com seus próprios sentimentos. 

Eu, teria dado um rumo diferente a essa história a partir daqui. Yayoi, a mãe de Kanna estava doente, ela sabia que talvez não aguentasse até a próxima reunião dos deuses, eu teria deixado uma mensagem para minha filha caso eu não chegasse nessa data revelando que agora ela, teria que cumprir a missão para a realização do evento. O choque seria o mesmo ao descobrir o que sua mãe fazia e a jornada seria mais sentimental por ter sido um pedido feito pela própria mãe. Mas óbvio, que a história foi por outro caminho. 

Eu estava confusa no início da história porque não entendia os motivos de Kanna querer tanto correr mas sentir dificuldade nisso e ela ainda dizer que seu pai viria vê-la e não queria decepcioná-lo, mas o que eu havia entendido da relação dos dois, é que ela nem se importava muito com ele. 

Ela ter aceito a missão só para ver a mãe, achei aceitável, lembrando que é uma menina de 12 anos. E era óbvio que Yasha, o menino demônio no fim viraria seu amigo. Achei a personalidade de Kanna meio fraquinha, embora estivesse ainda enfrentando o luto, já vi histórias melhores e mais emocionantes. Tanto que nem lembro se no final ela continuaria a recolher as oferendas no futuro. Ainda prefiro a minha versão, se Yayoi tivesse dado essa missão para a filha acreditando em seu potencial, talvez ela teria se esforçado mais e de qualquer forma ficaria mais próxima de sua mãe e a jornada teria um valor sentimental mais complexo para a personagem, que lutaria mais para não desapontar a mãe que acreditava nela do que o que foi de fato, onde pelo seu egoísmo de ver a mãe, ela quis completar a missão mas na primeira dificuldade real, ela desistiu porque não era obrigação dela. 

Também acho que seria mais emocionante ter mostrado ela retornando para casa e tendo uma boa conversa com o pai. Mas enfim, achei mediano. Só um detalhe que achei interessante foi a menção ao abandono dos deuses conforme a civilização vai crescendo e a tecnologia aumentando. Muitos símbolos de deuses perto de templos onde antes eram bem cuidados e visitados, hoje em dia realmente acabam sendo abandonados e esquecidos. 

Enfim, eu esperava mais no entanto, apesar de ser esquecivel, foi divertido a sua maneira. 

Nota 7/10

Comentários