Dica de Destaque

[Review] Me chame pelo meu nome ( livro ) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2007

Páginas 250

Autor/a André Aciman



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Elio, de 17 anos, é filho de um professor universitário e a cada verão, eles hospedam por seis semanas na vila da família, um novo escritor, que em troca de um quarto e comida, ajude o pai de Elio com correspondências e outras papeladas.

Naquele verão, acostumado com essa rotina embora ainda seja chato ter que ceder seu quarto para o novo hóspede, Elio conhece o jovem Oliver de 24 anos. Americano, além de ajudar seu pai ainda está trabalhando em seu manuscrito sobre Heráclito e instantaneamente desperta a atenção de Elio. Embora seu primeiro contato pareça hostil, com o passar dos dias, Elio e Oliver vivem semanas intensas entre amor e ódio, até o fim daquele inesquecível verão. 


Minhas divagações finais 

Eu infelizmente havia visto primeiro o filme, pois não sabia que era inspirado em livro. Como já faz um tempinho que vi o filme, a única coisa que fiz foi associar os atores do filme com os personagens do livro. Não consegui ler sem imaginar Elio com a cara de Timothée Chalamet. Confesso que não acho ele um galã nem um ator excepcional, mas, em Me chame pelo seu nome, confesso que ele me conquistou. 

Elio é um personagem jovem que transita naquela idade entre o desconhecido, entre o que é certo ou errado, ainda se descobrindo quando conhece Oliver. E as diferenças que senti entre filme e livro foram enormes. Primeiro que no filme havia achado Oliver velho demais para Elio. Segundo que no filme parecia que Oliver quem instigava a sexualidade de Elio e por último, o filme pareceu bem mais odiavel e triste, pelas atitudes de Oliver. 

No livro, senti mais os sentimentos puros de Elio, suas dúvidas, seus medos, suas lutas. Embora a narrativa não seja minha preferida, foi uma leitura fluida. E o final do livro pelo menos foi mais satisfatório do que o filme. Parecia um final triste porém um final. Não imagino como poderia ser a sequência depois daquilo... 

Embora o filme seja visual, achei que o livro trabalhou muito mais nossa imaginação. As angústias de Elio, a espera pelo Oliver, o medo da rejeição, as migalhas que Elio aceitava... parecem exageradas mas vindo de um primeiro amor adolescente aceitável. Nessa época nos contentamos com pouca coisa. 

Não deixa de ser injusto e covarde a escolha de Oliver. Mas em se tratando de preconceitos, algumas pessoas são como Oliver, que preferem se esconder em falsa felicidade a ter que enfrentar os olhos julgadores do mundo. Realmente não é fácil assumir um amor onde há muito em jogo. E não importa se é hétero ou homossexual. Existe preconceito racial e social também. Ou seja, amar nunca foi fácil. Mas com certeza esse foi um dos mais tristes que já li. Estamos acostumados com fins fofinhos e quando nos deparamos com algo assim, pelo menos eu, fiquei destruída. Queria mais para o Elio, embora ele também tenha usado a menina lá que ficou com ele ( sim, a ignorei totalmente que nem lembro seu nome ). 

Mas enfim, foi uma leitura rápida e agradável. 

Nota 8/10

Comentários