Olá Divosos do terror. No dia de Halloween trago essa longa caminhada, inspirada no livro do mestre Stephen King. Um filme cheio de emoções, tensão e espetacular.
A HISTÓRIA
Em um mundo alternativo, uma Segunda guerra civil americana, devastou os Estados Unidos e agora são controlados por um militar totalitário, liderado por um homem conhecido por O Major, que anualmente inicia o evento conhecido como A Longa Marcha. Seu objetivo é inspirar patriotismo e ética de trabalho entre a população carente. 50 adolescentes de cada Estado, são escolhidos aleatoriamente para a marcha. Os caminhantes recebem água e rações, mas devem caminhar sem parar por centenas de quilômetros, na velocidade mínima de 4,8 km/h. Abaixo da velocidade mínima ou sair da estrada, levam até três advertências sendo executados em seguida. Só há um vencedor que além de receber um prêmio em dinheiro, ainda terá um desejo atendido. Apesar de dizer que A Longa Marcha é um sistema voluntário, desesperados pelo prêmio lucrativo, praticamente todos os jovens se inscrevem para a Marcha.
Raymond Garraty, apesar dos apelos de sua mãe, inicia a longa caminhada ao lado de mais 49 participantes. No primeiro dia conhece Peter McVries, com quem cria um vínculo maior, Billy Stebbins, Arthur Baker, Collie Parker, Gary Barkovitch, Hank Olson e Richard Harkness. Conforme os quilômetros vão passando, os participantes enfrentam calor, frio, chuva, noite e aos poucos os números de caminhantes vão diminuindo. Para manter o foco e continuar caminhando, eles conversam entre eles e contam o que farão com o dinheiro e qual seria seu desejo. Chegando na reta final, dois participantes enfrentarão o dilema de quem seria o vencedor.
Ano de lançamento 2025
Duração 1h 48m
Direção Francis Lawrence
Elenco Cooper Hoffman, David Jonsson, Garrett Wareing, Joshua Odjick, Tut Nyout, Charlie Plummer, Ben Wang, Mark Hamill
Trailer
Minhas divagações
Quando li o livro, me questionava que seria impossível adaptar para o cinema, pois eu acreditava que seria monótono uma jornada dessas. Retiro o que disse. Depois de It, essa com certeza é uma das minhas adaptações preferidas de um livro de Stephen King. Minto, está no meu top 3, sendo It o primeiro, Conta comigo o segundo e agora esse em terceiro. Embora minha única crítica negativa, seja a mudança do final. Mais uma vez me questiono porque existe essas mudanças? Porém, apesar do choque inicial, confesso que acabou sendo tão bom quanto o livro. Outra mudança foi no número de participantes, que no livro eram 100. Mas aqui entendo cortarem para 50.
A caminhada perde a atração quando os jovens percebem que o negócio é literalmente caminhar ou morrer, quando o primeiro deles é brutalmente morto. Tanto que um deles chega a mencionar que acreditava que a morte era metafórica, que os soldados mirariam uma arma falsa e sairia do cano um papel com as palavras você está morto ou algo assim. Ver que a morte era definitiva, com certeza desencorajou muitos deles. Os jovens começam a caminhada cheio de energia e esperança, mas após a primeira morte e o cansaço começar a dominá-los, passam a questionar o propósito de tudo aquilo. Alguns até se arrependem de estar ali.
Querendo ou não, mesmo sendo uma competição onde todos sabem que apenas um será o vencedor, eles acabam fazendo amizade e se apegando um ao outro. Cada um deles que acaba sucumbindo, é um aperto no coração dos que ficam. Embora fosse óbvio quem chegaria na final, a jornada de cada um deles para chegar aquele momento, foi cativante e devastador. King já havia conseguido transmitir a dinâmica cruel dessa caminhada no livro, mas ver como seria em imagens foi surreal.
Todos os jovens conseguiram transmitir suas diferencas, seus desejos e objetivos, seus medos, de uma forma esplêndida, principalmente a dupla Garraty e Peter. O modo como iniciam a jornada e como terminam, é inspirador e devastador. A caminhada com certeza te levará ao extremo junto com os participantes. Embora tenha água e alimento, você precisa expelir o excesso do corpo, como urinar e defecar. Não há tempo para parar, então, ou você segura ou faz nas calças mesmo. Trocar sapato? Garraty andou os quilômetros finais sem.
O final, pelo que andei lendo, muitas pessoas tiveram suas próprias conclusões e mesmo parecendo em aberto, acho que o final só teve um significado, que para mim foi muito triste. Mas, assistam e tirem suas próprias conclusões.
Apesar do único cenário ser a estrada, foi muito bem trabalhada, os participantes nos fazem sentir empatia por eles, nos apegamos e torcemos por cada um deles, choramos e ficamos devastados pela perda de cada um deles e odiamos o Major como cada um deles. A fotografia, figurino, atuação, foi tudo perfeito para mim. Muitos sentimentos variados enquanto assistia. Vale a pena. É um terror psicológico digno de Stephen King.
Nota pessoal 10/10











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