domingo, 15 de setembro de 2024

[Resenha/crítica] Caçadores de obras-primas (The Monuments Man) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2014 (edição capa do filme)

Páginas 384

Autor/a Robert M. Edsel, Bret Witter

Recomendação: SIM 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler se apossou de estimados 5 milhões de objetos culturais. Sabe-se que ele tinha interesse em arte, tanto que até tentou entrar na Academia de belas artes sendo barrado por uma comissão que ele acreditava ser composta por judeus. Por onde seu exército passava, obras de artes eram pilhadas e escondidas em minas secretas onde um dia ele reuniria tudo, expondo seu próprio museu particular. 

Para recuperar essas obras, surgiu os Monuments Man, soldados especialistas em arte que procuravam pistas das obras saqueadas. O livro é baseado em pesquisas de diários de campo, agendas, relatos de guerra e especialmente cartas dos soldados para suas famílias. 



Minhas divagações finais 

O livro que inspirou o filme dirigido e estrelado por George Clooney, ainda não é muito reconhecido no meio de tantos relatos sobre a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com o filme estrelado por grandes nomes do cinema, eu encontrei por acaso e resolvi conferir. Tive dificuldades em relacionar livro e filme porque os nomes dos personagens eram completamente diferentes e eu vi primeiro o filme porque não sabia que existia um livro. 

A história basicamente é a mesma. Soldados convocados para rastrear obras de artes roubadas pelos nazistas mas que não são levados muito a sério, pois ninguém acreditava que no meio dessa guerra quadros ou estátuas eram tão importantes quanto defender vidas. Muitos destacamentos foram mantidos em suas posições enquanto poucos do Monuments Man tiveram que seguir adiante com o que tinham. Ainda assim, após muita insistência e lutas, conseguiram recuperar boa parte das obras saqueadas entre elas muitas conhecidas e importantes no mundo da arte. 

No livro ainda temos algumas fotos e cartas escritas por alguns soldados para suas famílias. Existem algumas diferenças na história entre livro e filme onde acho que George Clooney quis dar um ar meio engraçado ou romancear algumas cenas. Como os nomes ficaram diferentes me é difícil dizer quem era quem. Mas achei o livro mais interessante porque seguia uma linha fiel aos horrores da guerra. Detalhes cronológicas de como começaram as buscas, detalhes sobre o fim do nazismo e a morte de Hitler. As dificuldades dos soldados em encontrar as obras e como transportá-las, o modo precário em que viviam, longe de casa. 

Como disse no filme, não vi muito sentido na única mulher destacada em Paris, dar em cima do soldado que foi até lá pegar informações secretas com ela. Se isso existiu na vida real, obviamente o livro deixou isso de fora, talvez porque o pesquisador achou que seria irrelevante ou para não manchar o nome de nenhum dos dois. Enfim, apesar de tudo, é uma parte da história da Segunda Guerra Mundial em que eu sinceramente desconhecia. Assim como os Monuments Man não tiveram reconhecimento de seus feitos, essa parte da história realmente não é muito retratada em nenhum lugar, pois nem fazia ideia que Hitler ainda tinha feito mais esse rombo no meio cultural. As atrocidades desse ser realmente não tinha limites. 

Recomendo mais a leitura se quiser uma dinâmica melhor das buscas e sobre como foi realmente essa luta em busca da arte roubada. Nesse caso, o livro é muito melhor que o filme. Mas, para quem tiver preguiça de ler ou quiser um entretenimento divertido, o filme é melhor recomendado. Apesar que os dois retratam os Monuments Man de forma heróica e acredito que todos deveriam conhecer mais essa parte da guerra também. 

Nota 10/10

sábado, 14 de setembro de 2024

[Review/crítica] Homem-aranha através do aranhaverso

 

Ano de lançamento 2023

Duração 2h 20m

Direção Joaquim Dos Santos, Kemp Powers, Justin K. Thompson

Recomendação: COM CERTEZA 



Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Na Terra-65, Gwen, a Mulher-Aranha, ainda é perseguida pelos eventos anteriores que culminou na morte de seu amigo Peter, que havia virado o Lagarto. Sem condições de contar ao seu pai George, que é capitão de polícia, ela vive uma vida dupla até que ela encontra uma versão do Abutre de um universo alternativo. Miguel O'Hara e Jess chegam com relógios geradores de portais e neutralizam o inimigo. Gwen tenta convencer Jess a levá-la com eles e vendo potencial na jovem, Jess aceita.

Enquanto isso na Terra-1610, Miles Morales enfrenta O Mancha, um cientista que teve seu corpo infundido com portais após a explosão de um colisor e culpa Miles por isso. Ele ainda revela que ao testar o colisor, ele transportou uma aranha de outra dimensão alternativa que acabou picando Miles. Após o confronto, Mancha viaja para outros mundos com colisores para se fortalecer ainda mais. 

Gwen visita a Terra-1610 e encontra Miles em segredo enquanto tenta rastrear o Mancha. Intrigado com Gwen, Miles a segue e descobre que ela vem trabalhando com outras Pessoas-Aranhas e todos possuem um relógio gerador de portais e somente ele não é chamado para se juntar a equipe. Após seguir Gwen pelos mundos paralelos, eles conseguem salvar um capitão da polícia mas essa dimensão começa a desmoronar por seu evento canônico ser interrompido. 

Miguel então explica a Miles que todas as Pessoas-Aranhas tiveram um evento canônico onde perdiam um tio Ben ou um capitão de polícia e evitando esses eventos, o mundo poderia entrar em colapso. Compreendendo o que isso implica em seu mundo, uma vez que seu próprio pai está para se tornar capitão e entendendo a ameaça de Mancha, Miles decide impedir que isso aconteça. Mas Miguel não vai permitir que outro mundo entre em colapso e manda prender Miles. No entanto ele consegue fugir e Gwen é mandada de volta para casa uma vez que decepcionou Jess. Miles volta para casa, mas percebe que não é seu mundo...









Minhas divagações finais 

O primeiro foi interessante pela apresentação de Miles, sua família e em como virou o Homem-Aranha. Suas perdas, suas lutas, os vários aranhas vindo de outras dimensões, mas, confesso que esse segundo, foi completamente diferente do que eu poderia imaginar para uma sequência. 

Começa com a Gwen e ela indo trabalhar com Miguel e ganhando um relógio gerador de portais. Até aí ficamos sem entender como que apenas o Miles não está participando disso, se até a filha do Peter tem um relógio. E cheguei a ficar com ódio da Gwen que não falava nada dos motivos de Miguel não querer Miles na equipe, você consegue sentir as emoções de Miles quando ele vai para a dimensão cheia de Pessoas-Aranhas e só ele está de fora. 

Tudo bem que de todos ali, Miles parece o mais jovem e o mais propenso ao desastre, fato comprovado durante sua perseguição ao Mancha. Mas, sabemos que ele tem potencial para ser um herói. E só vamos entender os motivos do Miguel não querer ele na equipe quase no final. Já estava morrendo de raiva dele e depois fiquei chocada com tudo o que ele disse para Miles, mesmo que algumas coisas possam ter sido ditas apenas para convencer Miles que o evento canônico de seu mundo tivesse que acontecer, acho que se teria uma chance de evitar algo desse tipo, deveria ser tentado. Mas nada supera a surpresa do mundo onde Miles foi parar. 

O ruim do filme é ele acabar e agora esperar sei lá quanto tempo para o próximo. Visualmente falando o filme continua lindo. As explosões de cores, as cores combinando com os sentimentos, as profundidades das lutas internas de cada personagem, foi tudo muito bem trabalhado.  Para uma animação, achei que dedicaram lindamente cada detalhe para entreter e ainda o público amar. 

Nota 10/10

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

[Review/crítica] Sweet Home (K-drama 3ª temporada) - Divagando Sempre


Ano de lançamento 2024

3ª temporada 8 episódios 

Elenco Song Kang, Lee Jin-Wook, Lee Si-Young, Go Min-Si, Park Gyu-Young, Yoo Oh-Seong

Recomendação: mediana




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Muita coisa aconteceu durante a jornada dos moradores de um complexo de condomínios, desde que os monstros começaram a aparecer. Dentre os próprios moradores, houve transformações e mortes até conseguirem resgate. No entanto, Hyun-Soo após fugir dos experimentos, vivia com Yi-Keyong e sua filha, até a criança tentar transformar a mãe em monstro e fugir. Hyun-Soo tenta salvar Yi-Keyong enquanto deixa Eun-Yoo  o esperando. Mas quando ele acorda, é seu outro lado quem desperta. 

A filha de Yi-Keyong chega ao abrigo mas seu pai está atrás dela. Ele consegue convencê-la de que ficar com ele é o melhor, mas Yi-Keyong a encontra escondida e planejam fugir juntas. Hyun-Soo e Eun-Yoo estão a caminho do estádio, quando encontram Eun-Hyeok, irmão de Eun-Yoo. Embora ele não demonstre sentimentos, Eun-Yoo não acha que mudou tanto assim, uma vez que seu irmão não demonstrava emoções  antes, mas agora, ele diz que não tem lembranças de sua vida passada e que é um neo-humano, uma condição diferente após a transformação e ele seria imortal. 

Entre lutas aqui e ali, o confronto final se dá com Sang-Won usando o corpo de Sang-Wook para derrotar Hyun-Soo, sabendo que o amigo é o ponto fraco dele. Segue uma disputa entre Hyun-Soo e Eun-Hyeok para enfrentá-lo mas Sang-Wook tenta uma última alternativa para acabar com essa guerra. 









Minhas divagações finais 

Confesso que esperei muito para essa temporada e estava ansiosa para a conclusão dessa história e... fiquei decepcionada. Esperei algo completamente diferente e sim, sou do tipo que esperava por finais felizes. Eun-Yoo começou a saga insuportável, cresceu bastante em sua trajetória, esperou e lutou por Hyun-Soo e por seu irmão e embora o final foi aquele, não fiquei muito satisfeita. 

Na verdade o que aconteceu com outros personagens que morreram ou se sacrificaram por alguém, achei tudo insatisfações. Eu sei que em situações como essa e desde a primeira temporada não dava para torcer por ninguém, porque quando menos se esperava, a pessoa morria ou se transformava. Achei que a longa jornada até aqui, não valeu tanto assim. A transformação de Hyun-Soo imaginei outra coisa, mas que ele dominaria seu lado era óbvio. 

A filha de Yi-Keyong parecia tão poderosa, mas transformou aquele menino chatinho em uma gosma? Acho que até ele merecia algo melhor. Quando ela foi dominada pelo pai, confesso que achei ela fraquinha, jamais me passou pela cabeça que ela queria que aquilo acontecesse porque fazia parte do plano dela. 

Ainda acho que a melhor temporada foi a primeira. Tinha todo o mistério dos monstros, a ignorância e maldade do ser humano em qualquer situação, os personagens bem trabalhados. Eun-Hyeok sobreviveu e se transformou em um neo-humano mas não teve um destaque tão bom. Do jeito que apareceu no fim da segunda temporada ou era da primeira? Enfim, parecia que seria tão espetacular quanto o Hyun-Soo.  Mas não achei grande coisa. 

O sacrifício do sargento Tak foi emocionante. Na verdade a história dos soldados parecia bem confusa mas no final eles foram os heróis. A terceira temporada prometia muita coisa mas para mim não entregou quase nada. Tanto que demorei para terminar, na verdade chegando nos dois últimos episódios que começou a me prender mesmo. No entanto, apesar da resolução final, para mim não foi tão satisfatório. Gostei que Song Kang teve destaque novamente pois na segunda temporada ele não apareceu muito, mas apesar de ter se transformado ele estava melhor antes. 

Mas enfim, tirando a primeira temporada o resto foi mediano. 

Nota 7/10

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

[Review/crítica] Granizo - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 58m

Direção Marcos Carnevale

Elenco Guilermo Francella, Romina Fernandes

Recomendação: mediana




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Miguel Flores é um meteorologista que há 20 anos nesse ramo, nunca errou uma previsão. Sua carreira chega ao ápice quando estreia um programa na TV no horário nobre. Amado por todos, parado em qualquer lugar para tirar fotos ou receber elogios, Miguel tem uma ótima noite de sono. Mas ao acordar, percebe que pela primeira vez na vida, errou uma previsão e os prejuízos foram enormes. 

Cancelado e odiado por todos que o amavam, sofrendo ameaças, ele decide se refugiar em sua cidade natal, onde mora sua filha. Embora seu relacionamento com ela não seja dos melhores. Além de tentar uma aproximação, um taxista que confiou na previsão de Miguel e perdeu seu carro, o persegue em busca de um acerto de contas. 











Minhas divagações finais 

Não faço ideia do motivo que coloquei esse filme na minha lista, provavelmente pela língua, pois amo espanhol. Mas conforme a história foi se desenrolando, apesar dos exageros, houve algumas inconsistências. 

Primeiro que é meio difícil prever o tempo 100% de acerto. Depois ninguém que faz isso vira celebridade a ponto de ser tão amado como Miguel. E, ninguém vai querer linchar um meteorologista que errou a previsão. Mas, o mais absurdo de tudo, foi o senhorzinho que previa o tempo com precisão mas quando mostrou seu método para Miguel, achei decepcionante. 

E mais decepcionante foi o relacionamento de Miguel e sua filha. No início ela era bem arredia com o pai, até me convenceu em seu ódio por ele. E de repente ela já estava totalmente apoiando ele e o amando? Achei essa parte mal trabalhada. Embora ele tenha dito que se enterrou no trabalho depois da perda da esposa. Pensei que fosse isso que o tivesse impulsionado na meteorologia. Mas ele disse para o senhorzinho que foi por causa do pai. 

E o taxista que deu uma de detetive e foi atrás de Miguel? Se ele tivesse chegado logo de cara e pedido um novo veículo eu entenderia, mas ele queria o que? Matar Miguel pelo erro? Pois pelo menos pareceu que iria partir para a agressão quando o viu. 

Confesso que foi um misto de sentimentos e a única coisa que valeu foi a crítica social que realmente existe na vida real. Enquanto você está por cima, realizando os desejos positivamente das pessoas, você é amado e respeitado. Mas por causa de um único erro, você é odiado e quase linchado pelas mesmas pessoas que o apoiavam. 

No mais, visto como um passatempo para se divertir, é aceitável. Mas não espere muito como eu que poderá se decepcionar...

Nota 6/10

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

[Review/crítica] O fotógrafo e o carteiro: o crime que parou a Argentina - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 45m

Direção Alejandro Hartmann

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta a investigação do assassinato do fotojornalista Jose Luis Cabezas, um crime que chocou a Argentina e expôs uma conspiração política e financeira. 

Tudo começa em 1997 quando o colega de Cabezas, após deixá-lo em uma festa, o procura no dia seguinte para continuarem o trabalho. No entanto a esposa de Cabezas diz que o marido ainda não tinha retornado para casa. Mais adiante, um carro é encontrado incendiado com um corpo dentro. Após identificarem o corpo, começa a história do fotojornalista que acabou ficando famoso mundialmente pelo seu brutal assassinato. 

Investigações levaram a um empresário poderoso que nunca tinha revelado seu rosto, até Cabezas conseguir tirar uma foto e publicar no jornal Notícias, onde trabalhava, um dos jornais mais populares da Argentina. O que ninguém suspeitava era seu relacionamento com o governo do país. 

Após negar qualquer envolvimento com Cabezas, descobriu-se que seus capangas haviam sequestrado, torturado e matado o fotojornalista. Seu envolvimento político mudou o rumo das eleições presidenciais e antes de ser condenado, Alfredo Yabrán cometeria suicídio. 






Minhas divagações finais 

Já falei várias vezes que amo documentários e esse mais ainda pela língua que amo, embora a história tenha sido muito mais interessante do que realmente parecia. Aborda o assassinato de um fotojornalista que foi encontrado queimado junto ao seu carro. A autópsia revelaria que teria levado dois tiros na cabeça e espancado durante o trajeto até o local do crime. Além de ter sido algemado enquanto o carro pegava fogo. 

Um crime desses obviamente teria que ter um motivo muito forte para alguém a sangue frio, cometer um ato tão hediondo desses. E uma simples foto de alguém que vivia no anonimato, custou uma vida embora tenha revelado uma teia de corrupção. 

Fazia um tempo que esse título estava na minha lista, provavelmente por ser documentário criminal e achei uma história surpreendente. Quem poderia imaginar que uma foto exposta causaria tudo isso? Geralmente não gosto muito da imprensa, mas ninguém merece o que houve com Cabezas. E seu amigo que passou a vida no E se...? E se ele tivesse ficado com Cabezas? Teria o mesmo fim? Teria feito alguma diferença e os dois sairiam ilesos? Uma pena que culpado ou não, Yabrán teve uma saída conveniente ao cometer suicídio, o que aumentava as suspeitas sobre ele. 

E como em todo lugar do mundo, os criminosos por mais que a sentença seja prisão perpétua, sabemos que nunca é de fato perpétua pois passado um tempo, eles estão em liberdade... E as vítimas nunca mais podem voltar e tudo o que resta são memórias e histórias para contar. 

Se gosta de investigação criminal recomendo o documentário. Gostei de como tudo foi conduzido e como chegaram ao empresário. 

Nota 9/10

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