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[Resenha/crítica] Caçadores de obras-primas (The Monuments Man) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2014 (edição capa do filme)

Páginas 384

Autor/a Robert M. Edsel, Bret Witter

Recomendação: SIM 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler se apossou de estimados 5 milhões de objetos culturais. Sabe-se que ele tinha interesse em arte, tanto que até tentou entrar na Academia de belas artes sendo barrado por uma comissão que ele acreditava ser composta por judeus. Por onde seu exército passava, obras de artes eram pilhadas e escondidas em minas secretas onde um dia ele reuniria tudo, expondo seu próprio museu particular. 

Para recuperar essas obras, surgiu os Monuments Man, soldados especialistas em arte que procuravam pistas das obras saqueadas. O livro é baseado em pesquisas de diários de campo, agendas, relatos de guerra e especialmente cartas dos soldados para suas famílias. 



Minhas divagações finais 

O livro que inspirou o filme dirigido e estrelado por George Clooney, ainda não é muito reconhecido no meio de tantos relatos sobre a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com o filme estrelado por grandes nomes do cinema, eu encontrei por acaso e resolvi conferir. Tive dificuldades em relacionar livro e filme porque os nomes dos personagens eram completamente diferentes e eu vi primeiro o filme porque não sabia que existia um livro. 

A história basicamente é a mesma. Soldados convocados para rastrear obras de artes roubadas pelos nazistas mas que não são levados muito a sério, pois ninguém acreditava que no meio dessa guerra quadros ou estátuas eram tão importantes quanto defender vidas. Muitos destacamentos foram mantidos em suas posições enquanto poucos do Monuments Man tiveram que seguir adiante com o que tinham. Ainda assim, após muita insistência e lutas, conseguiram recuperar boa parte das obras saqueadas entre elas muitas conhecidas e importantes no mundo da arte. 

No livro ainda temos algumas fotos e cartas escritas por alguns soldados para suas famílias. Existem algumas diferenças na história entre livro e filme onde acho que George Clooney quis dar um ar meio engraçado ou romancear algumas cenas. Como os nomes ficaram diferentes me é difícil dizer quem era quem. Mas achei o livro mais interessante porque seguia uma linha fiel aos horrores da guerra. Detalhes cronológicas de como começaram as buscas, detalhes sobre o fim do nazismo e a morte de Hitler. As dificuldades dos soldados em encontrar as obras e como transportá-las, o modo precário em que viviam, longe de casa. 

Como disse no filme, não vi muito sentido na única mulher destacada em Paris, dar em cima do soldado que foi até lá pegar informações secretas com ela. Se isso existiu na vida real, obviamente o livro deixou isso de fora, talvez porque o pesquisador achou que seria irrelevante ou para não manchar o nome de nenhum dos dois. Enfim, apesar de tudo, é uma parte da história da Segunda Guerra Mundial em que eu sinceramente desconhecia. Assim como os Monuments Man não tiveram reconhecimento de seus feitos, essa parte da história realmente não é muito retratada em nenhum lugar, pois nem fazia ideia que Hitler ainda tinha feito mais esse rombo no meio cultural. As atrocidades desse ser realmente não tinha limites. 

Recomendo mais a leitura se quiser uma dinâmica melhor das buscas e sobre como foi realmente essa luta em busca da arte roubada. Nesse caso, o livro é muito melhor que o filme. Mas, para quem tiver preguiça de ler ou quiser um entretenimento divertido, o filme é melhor recomendado. Apesar que os dois retratam os Monuments Man de forma heróica e acredito que todos deveriam conhecer mais essa parte da guerra também. 

Nota 10/10

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