terça-feira, 19 de novembro de 2024

[Review/crítica] Pra sempre Paquitas - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2024

1 temporada 5 episódios 

Recomendação: não muito 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Documentário que conta a trajetória das meninas que começaram aos 9 anos como ajudante de palco do Xou da Xuxa adquirindo o nome de Paquitas depois. As meninas ainda crianças, ajudavam no programa a controlar outras crianças que participavam das brincadeiras durante as gravações. 

Conforme o sucesso do programa e a fama da Xuxa foi aumentando, as Paquitas também começaram a ter notoriedade e atraía milhares de meninas de todo o Brasil que sonhavam em um dia ficarem próximas da Xuxa e serem Paquitas. Após várias gerações e separações, denúncias de abusos vindo da empresária de Xuxa, Marlene Mattos começaram a vir a tona e as meninas começaram a expor os sofrimentos que passaram durante o período em que foram Paquitas e em como o sonho acabou. 








Minhas divagações finais 

Gente, é muita Paquita, são muitos nomes, não lembro da maioria mas confesso que enquanto assistia, senti empatia por elas. Me coloquei no lugar delas ainda crianças ou adolescentes sendo julgadas por cor de pele e estética corporal. Sendo que essa é uma fase da nossa vida em que passamos por transições que não precisamos de um adulto nos julgando pela nossa aparência. Mas, depois vem a questão. Se não estamos satisfeitos, se não somos valorizadas, se não estamos felizes, não podemos sair? Você ama tanto ser Paquita ou ama o sucesso? O salário? 

Já vimos que a indústria televisiva é cheio de problemas e aparecem várias denúncias décadas após o ocorrido. Quantas meninas eram Paquitas? Quantas delas os pais acompanhavam o trabalho? Não é possível que nenhuma delas tenham confidenciado a um pai ou uma mãe o que estavam sofrendo? E se teve todos se calaram? Por que eram menores e mesmo que aquela década, como Xuxa disse, parecia ser normal, que pai ou mãe iria aceitar sua filha menor sofrendo abusos? Sofrendo bullying pela aparência? Bom, quando se trata de dinheiro, já vimos como vários atores mirins, sofreram nas mãos dos próprios pais, então deixa para lá. 

Tenho visto muitos comentários de pessoas defendendo a Marlene e taxando a Xuxa como falsa, mentirosa e que ignorava o que acontecia e agora se faz de vítima, dizendo que não sabia de muita coisa que aconteceu nos bastidores. Eu, particularmente, não acho que ninguém está certo. Também acho que apesar de toda a problemática, todos fizeram o que queriam e seguiram com a vida. Acho que todos pensaram somente no próprio umbigo, sucesso e ganho particular. Marlene fazia o que queria porque era a empresária, tinha o poder da decisão nas mãos. Ninguém ia contra, ela continuava. E querendo ou não, os envolvidos tiveram sucesso. Xuxa começou cedo e sempre ao lado de Marlene. Deixou tudo nas mãos dela na maior confiança, mas conforme foi crescendo e mexendo com sua própria vida pessoal, ela começou a enfrentar a empresária. Mas jamais pensou no que as meninas passavam. Talvez não se importasse mesmo, porque o "xou" era dela e as meninas estavam adquirindo sucesso independente dela. Já as Paquitas, não é estranho que nenhuma delas falou com os pais? Não queriam preocupá-los porque muitas ali, que eram o sustento da família não poderiam sair assim, mas não poderiam sair porque não queriam ou por que os pais as obrigavam a continuar?

Eu acompanhei os programas da Xuxa até os anos 1995, talvez um pouco até 1997, quando já adolescente começava a ter outros interesses. Nunca me perguntei por que mudava as Paquitas, por que mudava o nome do programa, por que acabou a Xuxa, eu achava que era o curso natural das coisas, onde tudo tem início e um fim. Jamais me passou pela cabeça tanto drama em um programa só. Não nego que para aquelas meninas ainda tão jovens vendo o sonho acabar de forma abrupta e injusta, naquela época possa ter sido traumático. Mas me pergunto o que levou a ser revelado tudo isso, décadas depois e só agora?

Algumas delas se tornaram atrizes, como Letícia Spiler, Juliana Baroni, Bárbara Borges, que são as que mais me recordo. Letícia Spiler era minha preferida desde paquita e como atriz depois. Não vi ainda o documentário só da Xuxa, que me parece nesse, a Marlene participou. Mas é difícil alguém que você admirou quando criança, ser revelado que no fim, nada mais era do que um ser humano cheio de falhas. Claro, muitas coisas podem ser reais, mas quando existe três lados diferentes, fica meio confuso, embora pelo que vi na Internet, a Marlene não negue tudo o que fez, mesmo que para nós pareça chocante. 

Não nego que se não fosse pela Marlene, a Xuxa e as Paquitas poderiam não ter sido o que foram e ser sucesso, mesmo com toda a polêmica, quem viveu aquela época nunca esqueceu delas. Então, repito, para mim não acho que exista um lado certo ou errado, acho que sempre existe uma escolha e cada uma delas tiveram a sua. O livro foi polêmico? Foi a causa da demissão em massa? Por que levaram décadas para mostrar isso? Normalmente esse tipo de documentário é sobre assassinos e as vítimas querem justiça, ou sobre abusos mas de novo, exigem justiça, prisão do suspeito, mas no caso das Paquitas elas queriam o que? Chamar a atenção para elas novamente? Indenização da Marlene pelos danos psicológicos? Não entendi. Se fosse só mostrar aquela época, do surgimento das Paquitas, para mim, teria sido mais interessante. A partir do momento que virou um xororô sobre a Marlene, perdeu totalmente a graça. Mas, cada um tem sua opinião e recomendo que assistam para tirar suas próprias conclusões. Para mim, valeu a pena só os momentos da nostalgia. Depois que virou dramalhão ficou sem graça. Antes eu achava que a Marlene tinha culpa no cartório e por isso não apareceu no doc, mas depois de terminar, acho que ela fez bem em não participar. Pelo menos ela continua autêntica em suas afirmações enquanto que, mesmo que Xuxa tenha participado e dado sua versão da história, parece mais que se faz de vítima. De qualquer forma, não fixo do lado de ninguém, não senti empatia por ninguém, no início até fiquei chocada com o que disseram sobre as coisas que a Marlene exigia, mas não entendi ainda o por que do doc. De qualquer forma, guardo para mim as imagens dos tempos em que parecia que nada de ruim acontecia. 

Nota 6/10

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

[Review/crítica] Jardim de meteoros (Meteor Garden) - Divagando Sempre

 

Versão chinesa de Boys over flowers, que por sua vez é uma versão coreana de Hana Yori Dango, que por sua vez é uma versão japonesa do anime e mangá de mesmo nome. E sim, já vi todas as versões, com exceção do mangá.  Pretendo rever todas as versões novamente, talvez menos o anime, que apesar de ter gostado, como é meio antigo, não chamou tanto a minha atenção. Cada versão tem diferenças não só nos personagens, mas as histórias tem o tema principal mas cada um tem um diferencial. Na versão chinesa, essa é a segunda vez que vejo, pois são 49 episódios de 45, 47 minutos cada, não chega a ser cansativo, mas é uma maratona e tanto. Vamos lá. 




Ano de lançamento 2018

1 temporada 49 episódios 

Elenco principal Dylan Wang, Shen Yue, Darren Chen, Caesar Wu, Connor Leong, Nicky Li, Liu Yin Hao, Dong Xin

Recomendação: sim 



Trailer (na verdade música tema do casal com cenas do dorama)




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Shancai é uma jovem de 18 anos que ao ingressar no seu primeiro ano de faculdade em uma universidade prestigiada do país, acaba se deparando com o maior desafio de sua vida, um grupo de garotos conhecidos como F4, liderados pelo impiedoso Dao Ming Si.

O grupo é famoso pelos implacáveis desafios onde os perdedores cumpriam penalidades absurdas. Shancai temendo esses desafios, tenta permanecer incógnita, porém, acaba topando com Dao Ming Si, mas como ela não age como se esperava, acaba chamando a atenção do líder do grupo. Por mais que ele tentasse intimidá-la, mais ela o desafiava a ser melhor. No entanto, ela acaba sendo protegida algumas vezes por outro membro do grupo, o quieto Huaze Lei, por quem Shancai acaba gostando primeiro. 

Dao Ming Si perdidamente apaixonado por Shancai, tenta a seu modo curto e grosso fazê-la ficar a seu lado, o que só a impele a querer ter distância dele. Muitas coisas vão acontecendo no caminho, como a irmã de Dao Ming Si aparecendo, mas felizmente ela e uma aliada, assim como uma antiga paixão de Huaze Lei, que complicou o coração de Shancai, um casamento arranjado para Dao Ming Si e a mãe do próprio que usará de seu poder para separar o casal.











Minhas divagações finais 

A primeira vez que vi essa história foi em anime japonês, Hana Yori Dango. Uma menina de classe média que consegue uma vaga em uma escola de prestígio e acaba topando com o líder de um grupo de meninos denominados de F4 que aterrorizava os meninos e arrancava suspiros das meninas. O líder do grupo não intimida a menina pobre, muito pelo contrário, ela o desafia o deixando embasbacado e acaba se apaixonando por ela ser diferente de todas as outras meninas. Até aí, todas as versões são iguais. Mas depois as mudanças vão aparecendo. Como não me lembro de todas, conforme vou assistindo as outras, vou comentando as diferenças. 

Escolhi ver esse primeiro porque foi a única versão que vi uma vez. E pela minha memória, era incrível. E também porque Dylan Wang é incrivelmente lindo. Foi o único líder do F4 que teve o corte de cabelo que não era ridículo e que combinava com o personagem. Cada versão teve seu momento especial para mim. Mas confesso que na versão coreana, a paixão que a protagonista teve pelo amigo músico do líder do F4 foi muito melhor. Mesmo ele gostando de outra, seus momentos com a protagonista sempre foram hilários e fofinhos. Mas foco, voltando a Jardim de meteoros. 

Shancai teve momentos desafiadores, como descobrir que Huaze Lei era apaixonado por sua amiga de infância, ou quando foi traída por uma amiga que espalhou uma foto comprometedora por inveja dela( mas Shancai é tão boa que perdoou a menina e continuou a amizade), ou quando ela ficou dividida entre Dao Ming Si e Huaze Lei, ou quando seu pai perdeu tudo e Dao Ming Si os ajudou. 

Mas a dúvida de Shancai muitas vezes eram irritantes, assim como Huaze Lei decidir que também ficou apaixonado por ela. Mas com certeza o amor mais sem noção foi da Xiao You, a melhor amiga da Shancai, pelo Ximen, um dos integrantes do F4. Nessa parte se assemelha a versão coreana, onde a amiga da protagonista vai de edifício em edifício, em determinada hora, procurando por dias uma mensagem que a garota importante para a paixão dela, havia deixado e ele nunca soube qual era. Vamos ser sinceros, na época que vi esses doramas, talvez Boys over flowers mais antigo ainda, eu acreditava no amor e em não desistir onde houvesse uma chance, mas, hoje em dia, em vez de ser romântico, achei uma perda de tempo Xiao You passar as noites procurando o local certo para Ximen, sendo que ele mesmo nem foi atrás disso e ainda foi cruel com ela, inúmeras vezes lhe dando o fora. Jamais daria para imaginar que disso sairia algum romance né. 

Depois partimos para o relacionamento de Shancai e Dao Ming Si. Tudo bem que da parte dele, desde o início ele demonstrou interesse por ela, mas ela? Sempre foi clara que gostava de Huaze Lei, mas depois ficou dividida até finalmente admitir seus sentimentos por Ming Si. Minha empolgação com a história foi só no início quando Shancai enfrentava Ming Si. Depois que ela entrou na vida dele, nem os desafios existiam mais. E os meninos do grupo, cada um foi amadurecendo conforme Ming Si se apaixonava pela Shancai. 

Meizuo tendo a parte dele na trama se apaixonando pela mulher mais velha, foi muito sem graça. Acho que só Ming Si não teve uma paixão do passado. Embora cada versão tenha seu final, acho que só a coreana não terminou com o casamento. Mas se não me engano, nas versões coreana e japonesa, o líder do F4 perdia a memória. Esperei muito por essa parte, mas aqui não aconteceu. Shancai era tão ingênua, que caía constantemente nas pegadinhas dos meninos. Até no final, foi enganada. Impossível ter alguém assim de verdade. 

Enfim, foi uma longa jornada porque os doramas chineses, mesmo tendo 45 min cada, geralmente passam dos 40 episódios. Teve vários momentos que na época em que vi, achei fofinho, mas hoje, não senti muita coisa. Não acho que teve muita química entre os protagonistas, embora Ming Si tentasse a seu modo ser romântico com Shancai. E os motivos da mãe de Ming Si ser daquele jeito? E depois de tudo o que ela fez, simplesmente mudar assim? Mas claro que devido a enorme quantidade de episódios, posso ter esquecido de mencionar diversas coisas, mas garanto que é melhor ver e tirar suas próprias conclusões. Só saiba que tudo começou por causa de um celular quebrado e um sapato verde. 

Enfim, não foi de todo ruim. Mas algumas coisas, realmente não devemos rever, mas também não tem como saber que tipo de sentimentos vamos ter. Pode ser que continue bom ou pode ser que mudemos de ideia. Mas valeu a experiência de rever essa obra. 

Nota 8/10

domingo, 17 de novembro de 2024

[Resenha/crítica] A última casa da rua Needless - Divagando Sempre

 

Esse é um dos livros que li no desafio do Skeelo para o Halloween. Não é terror de fato, mas, tem uma pegada de drama psicológico que vai fazer seu queixo cair, mas só no final. Vamos lá. 




Ano da primeira publicação 2022

Páginas 352

Autor/a Catriona Ward

Recomendação: com certeza 



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Ted, é um homem que vive recluso na última casa da rua Needless, com suas janelas fechadas com tábuas para evitar curiosos e com o fundo do quintal que dá para uma floresta. Atualmente ele é antissocial, saindo para beber ocasionalmente no bar da cidade e ele tem problemas de memória. Mas, basta a companhia de sua filha Lauren e sua gata Olivia. Algumas vezes por mês, ele frequenta o consultório de um psiquiatra em que ele conta seus lapsos de memórias e o comportamento agressivo de Lauren.

Tudo para Ted continuaria nessa rotina, se não fosse por uma nova vizinha que parecia estar o vigiando. Didi, tem fortes motivos para acreditar que Ted, pode estar envolvido no sequestro de sua irmã 11 anos atrás. Ela acha que a polícia pode estar deixando passar algo e decide vigiar constantemente Ted e sua casa. Conforme os dias vão passando, as revelações do caso podem não ser exatamente o que Didi esperava. 



Minhas divagações finais 

Confesso que a leitura de início me pareceu um tanto confusa por misturar narrativas sob a perspectiva de Ted, Didi e acreditem, da Olivia também. Então, até tudo fazer sentido, muitas vezes achei a leitura parada, cansativa e entediante. Didi foi uma personagem insuportável e o que ela fez no passado e o que estava fazendo no presente, nada mais era do que tentar se redimir e acabar com a culpa. Seu final foi merecido. 

Não dá para falar muito sem revelar tudo. Porque minha gente, foi uma leitura que iniciei mais por um desafio e visto que o anterior foi totalmente horrível, já que não conhecia os autores, fiquei com medo de ficar decepcionada novamente. Eu aguento leituras ruins, mas uma atrás da outra ninguém merece né. Conforme foi passando os capítulos, cheguei a pensar que seria entediante, mas a partir do momento que você começa a criar teorias, a entender algumas partes desse quebra cabeça, você quer chegar logo a conclusão desse mistério. 

Nada do que aconteceu, jamais me passou pela cabeça. A história te leva por um caminho, te faz permanecer nessa rota achando que está chegando a algum lugar e de repente dá uma guinada para outra direção que você simplesmente fica desnorteado. Não quero revelar nada porque acredito que esse livro, todos merecem passar pela experiência da surpresa. 

Só digo que, Ted tinha conhecimento do desaparecimento da irmã de Didi, na época e algum tempo depois, ele foi interrogado incansavelmente, sua casa foi revistada, mas nada jamais foi encontrado que pudesse indicar que ele seria um suspeito de fato. Por ouvir uma voz de criança na casa mas jamais tê-la visto, Didi não acredita que Ted tenha uma filha e a gata, ela só ouviu os miados, então nenhuma das duas ela poderia salvar, se nunca as viu. Mas ela acreditava que ou sua irmã estava presa na casa, ou tinha outra criança sequestrada mantida em cativeiro ali. Uma vez ela consegue invadir a casa dele, mas não encontra nada suspeito. 

Só digo outra coisa, não senti empatia por Didi em nenhum momento, desde o início ela parecia estranha e o fato de passar os 11 anos procurando a irmã, não me convenceu de que foi somente porque a amava e sentia sua falta. Para mim, sempre teve um misto de culpa nas ações dela. Quanto a Ted e seu relacionamento com Lauren e Olivia, foi realmente de tirar o fôlego. Prestem atenção no que a mãe dele sempre dizia sobre uma doença na família, te faz pensar seriamente no que Ted é capaz. Mas a reviravolta é incrível. 

Eu só fiquei dando voltas e voltas porque não tem como comentar sem dar spoiler, gostaria, mas como disse, a experiência de descobrir tudo no final é indescritível. Você passa a maior parte da leitura tentando descobrir a verdadeira índole de Ted. Ora ele parece um pai protetor tentando acalmar a filha, ora parece um suspeito de sequestrador. Os desentendimentos entre Olivia e Lauren te fazem refletir que tipo de família é essa? Fora que me perguntava toda vez que Lauren tinha que ir embora, onde estava a mãe? Só digo isso, não falarei mais nada. Leiam, super recomendo. E se estiver cansado, continue. Não desista. Vale muito a pena. 

Nota 10/10

sábado, 16 de novembro de 2024

[Review/crítica] Os 12 trabalhos de Asterix - Divagando Sempre

 

Acredito que Asterix dispensa apresentações, mas, talvez para as gerações mais novas, a história compõe uma pequena aldeia de gauleses que resiste as investidas de Roma. O feiticeiro da vila prepara uma poção mágica que confere aos moradores poderes inimagináveis embora com pouca duração. Apenas um deles, Obelix, que não pode tomar porque quando era bebê, caiu no caldeirão ficando com o efeito por tempo indefinido. Ele então é forte sem precisar tomar da poção. Vamos lá. 




Ano de lançamento 1976

Duração 1h 26m

Direção Albert Uderzo, René Goscinny, Pierre Watrin

Recomendação: COM CERTEZA 



Trailer ( não encontrei nenhum )



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O imperador Cesar, cansado de ver seus soldados serem vencidos  por uma pequena aldeia de gauleses, propõe um desafio de 12 tarefas ( inspirados nos desafios de Hércules) para eles, que se forem concluídas, Roma se curvaria aos gauleses, mas, se falharem em uma única prova, terão que se render a Roma. 


Os 12 trabalhos eram:

_ Vencer uma corrida contra o corredor mais rápido 

_ Lançar dardos 

_ Vencer um lutador 

_ Enfrentar as sacerdotisas e atravessar a Ilha dos prazeres 

_ Enfrentar o grande mago do Egito

_ Comer tudo que o cozinheiro servir 

_ Entrar na caverna da Besta 

_ Ir a casa que enlouquece pegar um salvo conduto para a próxima tarefa 

_ Atravessar um desfiladeiro por uma corda invisível 

_ Escalar uma montanha e encontrar o Ancião 

_ Passar a noite em uma planície 

_ Por fim, derrotar os gladiadores e as feras selvagens em Roma 







Minhas divagações finais 

Toda vez que passava esse filme na TV eu corria para ver. Mas depois de 20 anos, finalmente consegui vê-lo novamente. Não me lembrava dos motivos que levaram Asterix a cumprir os desafios, na verdade, o único desafio que me lembrava mesmo era o da burocracia em pegar uma autorização para a próxima tarefa. Els entravam no prédio e ficavam indo pra lá e pra cá, atrás do papel. Não sei porque isso ficou na minha cabeça. 

Geralmente os outros personagens da aldeia aparecem mais, mas como o desafio foi feito pelo Asterix e Obelix, os dois tiveram mais destaques. Infelizmente só consegui ver dublado em português e lembrando que a obra é da década de 70, os traços são bem diferentes dos atuais. A história, como alguns desafios ou suas resoluções podem parecer impossíveis ou inacreditáveis, mas uma vez que eles tem um druida que faz poções mágicas, o resto não é surpresa. 

Esse sempre foi um dos meus filmes de Asterix preferidos. A insistência do exército romano em atacá-los mesmo sabendo que sairão perdendo é cômico demais. As relações entre vizinhos da aldeia é conturbada, cheia de confusão e brigas, mas sempre que precisam, quando se juntam, são invencíveis. Não lembro os nomes de todos, mas os que mais gostava claro, tirando Asterix e Obelix, era o druida Panoramix e o cachorrinho Ideiafix. Nomes estranhos não é? Mas as histórias sempre foram divertidas. Como geralmente tenho dificuldades em escolher algo para ver, após um tempo procurando, passei os olhos pelo título e decide conferir novamente esses desafios insanos e hilários. 

Talvez, além dos desafios, o guia dos dois, também merece destaque pela forma engraçada como levava os gauleses até os desafios e em como não demonstrava nenhuma reação, nem mesmo quando os dois voltavam vivos das provas mais mortais. A prova mais absurda que achei, foi a do Ancião, gente, que nada a ver. A das sacerdotisas foi meio surpresa que Obelix não quis ficar porque não tinha Javali ali, mas também se não fosse por isso, teriam ficado presos ali. Ainda bem que Obelix sempre pensa em comida, principalmente na prova de comer, que foi absurda. Mas com certeza, a da busca pela autorização continua sendo minha prova preferida. 

Enfim, com certeza é ideal para se assistir em uma tarde preguiçosa de fim de semana e se distrair. Recomendo. 

Nota 10/10

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

[Review/crítica] Te amarei para sempre - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2009

Duração 1h 48m

Direção Robert Schwentke

Elenco Eric Bana, Rachel McAdams

Recomendação: não 




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Henry quando criança, estava andando de carro com sua amada mãe quando sofrem um acidente. Ele sobrevive, mas ela não. Quando se encontra fora do carro, ele se depara com um homem que diz ser ele do futuro, que ficará tudo bem, que ele irá superar e que ele inexplicavelmente consegue viajar no tempo e assim desaparece. 

Henry pode viajar no tempo, mas não tem controle sobre isso, além de não saber o momento exato que irá viajar, ele sempre deixa suas roupas para trás, aparecendo no novo lugar totalmente nu. O que além de ser inconveniente, o faz roubar da primeira pessoa pelo menos uma troca de roupa. Assim, um dia ele aparece em um prado onde uma garotinha faz um piquenique sozinha. Lhe dando o cobertor para se cobrir, ele se apresenta e diz que viaja no tempo. Ela acredita quando ele desaparece e passa a esperá-lo deixando uma troca de roupa para ele. 

Clare, passa sua vida esperando Henry aparecer, sendo perdidamente apaixonada pelo primeiro homem que conheceu. Enquanto cresce, ela conhece várias versões de Henry, até chegar na fase adulta e quando o encontra, engata um relacionamento chegando ao casamento. Mas fica cada vez mais difícil esperá-lo quando logo nos momentos mais importantes, ele desaparece. 

Então ela engravida, mas não consegue manter a gestação e Henry sente medo de que o feto viaje no tempo causando o aborto. Com a situação cada vez mais difícil, o casal passa a brigar mais até eles descobrirem o trágico fim que está por vir. 







Minhas divagações finais 

Fazia tempo que não falava isso, mas conheci o filme no shorts do YouTube, vi algumas cenas e achei interessante. Embora, acredito que já vi uma vez mas não me recordo completamente. O drama é intrigante, o desenvolvimento acaba ficando cansativo e a solução, fica entre o satisfatório mas faltando algo. 

Henry pode viajar no tempo, mas não sabemos por que ou se existem outros. Quando viaja deixa o que está vestindo para trás e aparece no novo lugar nu. Ele pode ir para o passado ou futuro, mas não consegue controlar quando irá ou para qual época, deixando assim, momentos inacabados. Com o tempo, algumas pessoas vão sabendo de sua condição, o que ajuda nos momentos mais tensos. 

Claro que quando li a Sinopse e pela cena que havia visto do Henry conhecendo a mulher da sua vida ainda criança, não esperava que ele viajasse tanto no tempo, tipo, era a vida toda. Achei que ele voltava para avisar sua amada que se conheceriam mas ele teria uma morte trágica. Ou que aconteceu algo com ele e viajava no tempo mas que a encontraria. Bom, o último foi mais próximo do que aconteceu, mas foi perdendo a força quando Clare foi cansando de esperar por Henry. Quando em um momento desgastante para ela diz que nunca teve escolha ao amá-lo, confesso que a odiei. Porque quando ela cresceu, ela que foi procurar por ele. Então achei injusto ela dizer que nunca teve escolha. Eu acredito que quando amamos alguém, não podemos escolher mesmo, acontece. Mas aí a ficar ou não com a pessoa, podemos escolher sim. Nem sempre ficamos com quem amamos, as vezes é preciso deixá-lo ir. 

Achei triste a vida de Henry ficar pulando a vida desse jeito sem saber onde ou quando irá desaparecer. Triste Clare ficar sempre esperando. Mas não vi sentido no por que isso acontecia só com ele? E pior ainda... atenção ao SPOILER


Quando tem uma filha que faz o mesmo que ele. Como isso começou? E o final? Aconteceu aquilo com ele mas ele acabou voltando. Como assim? Viagem no tempo para mim sempre é de explodir a mente. Como é que ele nunca encontrava uma versão dele em qualquer ano que ia. Tirando quando era criança. E como é que a filha se encontrava com ela mesma e ainda brincava com ela? Enfim. Já vi alguns filmes e séries sobre viagem no tempo e confesso que esse foi o pior que já vi. Rachel McAdams não é uma das minhas atrizes preferidas, ela já fez outro filme sobre viagem no tempo, acho que o nome era Questão de tempo ou algo assim. Já vi, mas foi antes do blog e não me recordo se gostei. Só vi esse pelo Eric Bana e pelas cenas que pareciam interessantes. 

Se era uma condição genética, entendo a filha fazer o mesmo, mas essa condição no caso dele foi uma anomalia? Começou com ele? Geneticamente falando, poderia ter outros? Enfim, esperei mais drama ou algo mais interessante. Mas para mim, foi bem ruinzinho.

Nota 4/10


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