[Resenha/crítica pessoal] Minha Amiga Anne Frank - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Hoje trago a visão de Hannah, melhor amiga de Anne Frank, sobre a ocupação nazista. Sua amizade com Anne, a separação, o breve encontro e os momentos terríveis vividos nos campos de concentração. 

A HISTÓRIA 

Hannah Goslar e sua família, em 1933 buscaram refúgio em Amsterdã, fugindo da Alemanha nazista. Foi lá que ela conheceu e fez amizade com Anne Frank. Suas famílias se tornaram íntimas e Hannah e Anne por um periodo de alguns anos, crescerem juntas se tornando melhores amigas. Embora vissem muitas famílias partindo e outras desaparecendo, as duas amigas jamais imaginaram que o viveriam a seguir. 

Em 1942, a ocupação nazista na Europa se intensificava e um dia, Anne e sua família simplesmente desapareceram. Hannah acreditou no que o vizinho de Anne lhe disse sobre a família terem conseguido partir para a França, na casa de um parente e ela ficou tranquila de saber que Anne estaria segura, embora não pudessem ter se despedido. Porém, ela tinha suas próprias preocupações com o destino de sua família. 

Hannah precisou cuidar de sua irmã mais nova enquanto foram deslocadas para Bergen-Belsen, um campo de concentração que a violência era menor do que a de Auschwitz, onde Anne havia ficado. Hannah e sua irmã Gabi, ficaram 14 meses nos campos de concentração e perderam o pai e os avós maternos por doenças adquiridas no local. Hannah também ficou doente mas lutou com todas as suas forças para se recuperar e cuidar de sua irmã. 

Hannah ainda conseguiu encontrar Anne que havia sido transferida para o campo próximo ao seu e pela cerca ouviu a voz da amiga e descobriu que antes de serem levados para os campos, ela e sua família viveriam escondidos em um complexo de um conhecido de seu pai. Anne não sabia onde estava o pai e sua irmã Margot estava muito doente. Hannah conseguiu passar para Anne através da cerca um pouco de comida, mas descobriu que uns dias depois ela havia falecido devido a doenças. 

Pouco antes da libertação, Hannah e Gabi foram colocadas em um trem, com mais inúmeras pessoas e passaram dias no escuro, desconfortáveis, com fome e sede, até o trem parar e descobrirem que estavam livres. 

Ano de publicação 2023

Páginas 272

Autor/a Hanneli Goslar

Minhas divagações 

A história completa a visão de Anne sobre a amizade entre ela e Hannah e vemos um outro lado dos horrores que a família de Hannah passou. No início, como a visão é de Hannah, vemos uma Anne completamente diferente do que a própria relata como seria sua pessoa em seu diário. Mas o fato dela gostar de escrever sempre esteve ali, em sua personalidade. Hannah menciona um diário que Anne teria e que ela o procurou quando descobriu que a amiga havia ido embora. Sendo encontrado anos depois no complexo onde viveram e que Anne teria deixado quando foram denunciados e presos. 

Hannah conta sua vida desde o início em que conheceu Anne e depois quando ela desapareceu. Em seu coração, ela acreditava que a amiga estava bem e segura. Embora a família de Hannah tivesse um passaporte seguro e conseguissem ficar fora dos campos durante um tempo, no final, eles acabaram sendo enviados para Bergen-Belsen, um campo de concentração horrível, mas que conseguiram sobreviver por um tempo, sendo mandados para outro lugar quando a lotação era demais ou sendo mortos por doenças. 

Quase no final da guerra, os soldados, colocaram os últimos sobreviventes em um trem superlotado com a intenção de deixaram morrer no destino final, porém, apesar dos dias sofrendo na viagem, muitos conseguiram sobreviver e foram enfim libertados. Hannah agora só tinha sua irmã, mas mesmo sendo livres, não tinham mais família nem casa. Hannah ainda conseguiu encontrar o pai de Anne e descobriu como viveram e que a amiga havia morrido pouco antes da libertação. Ele lhe mostrou o diário de Anne que havia encontrado e Hannah emocionada leu como a amiga havia vivido aqueles anos escondida. Otto Frank então decide publicar o diário da filha, que veio a se tornar um dos relatos mais famosos durante a ocupação nazista. 

Hannah pode parecer meio inocente no início da ocupação, mas conforme a gravidade das coisas vão acontecendo, conforme vai perdendo família e amigos, sua coragem e força para viver e cuidar da irmã, foram impressionantes. Seu relato durante sua estadia no campo de concentração, os horrores que viu ali, a viagem de trem, foram dolorosas demais. E a luz de esperança ao reencontrar Anne foi devastador. Pois no diário de Anne ela não poderia terminar contando como foi viver nos campos já que não possuíam nada.

O Diário de Anne Frank e Minha Amiga Anne Frank, com certeza são leituras que todos precisam ter conhecimento. São experiências diferentes mas que levaram quase ao mesmo destino no final. É emocionante e devastador. Qualquer relato de sobreviventes ao Nazismo é de partir o coração. Por causa de um ser maluco e covarde, milhares de inocentes perderam a vida. 

Conhecer mais essa jovem que foi amiga de Anne é emocionante. Recomendo. 

Nota pessoal 10/10

[Resenha/crítica pessoal] Corações Feridos (Louisa Reid) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos leitores. Hoje trago essa história forte e chocante. 

A HISTÓRIA 

Hephzibah e Rebecca, são irmãs gêmeas, porém, completamente diferentes uma da outra. Enquanto Hephzibah é linda e espirituosa, Rebecca é mais recatada por sofrer da Síndrome de Treacher Collins, que deformou todo seu rosto. Apesar das diferenças, as duas brigam, se defendem e se amam como qualquer irmã. O diferencial, é a prisão em que elas vivem. 

O pai, um fanático religioso e pastor da comunidade, controla a casa do seu jeito e a mãe é totalmente submissa ao marido. Rephzi e Rebecca cresceram praticamente isoladas, tendo recebido aulas da mãe em casa e ajudado o pai com as coisas da igreja. Até que, Rephzi quer porque quer estudar na escola como qualquer adolescente normal. E por um tempo ela consegue se sentir assim, mas, por sentir vergonha da aparencia de sua irmã, ela a evita na escola a deixando sozinha e acaba se apaixonando por um garoto. Suas mentiras e sua inocência quanto a relacionamentos acabam culminando em uma tragédia e Rebecca agora precisa encontrar um modo de se libertar das garras do pai. 

Ano de publicação 2013

Páginas 256

Autor/a Louisa Reid

Minhas divagações 

A história em si é extremamente forte, aborda sentimentos e situações complexas, porém, a autora não soube trabalhar muito bem com suas personagens. A maior parte da leitura, embora sabemos que as gêmeas sejam vítimas, Hephzibah era a irmã linda totalmente clichê. Quando foi para a escola e fez amigos, abandonou totalmente a irmã e ainda a usava para encobrir suas fugas para sair e se encontrar com o menino por quem se apaixonou. Típica menina linda mas burra demais. Passei a maior parte do livro odiando essa menina. 

A leitura é dividida entre o presente, na visão de Rebecca e no passado, antes de sua morte, na visão de Hephzibah. O mistério não era sua morte em si, mas em COMO ela teria morrido. Ficava implícito que teria sido o pai, devido a seus atos de violência. Mas ainda ficava em como ela teria morrido sem ninguém culpar o pai. E confesso que tudo foi meio decepcionante no final. Tanta dor, sofrimento, perda da infância e adolescência e no entanto, o casal teve aquele final. Acho que mereciam muito mais. 

Confesso que demorei meses para terminar a leitura. Primeiro porque o sofrimento das meninas era triste demais, depois porque a Hephzibah era meio insuportável. Entendo a novidade de ir para a escola e fazer amigos, se apaixonar, mas ela sempre teve somente a irmã e depois que foi para a escola a abandona assim? Não é a toa que teve aquele final. Tudo bem que era ingênua, mas acreditar que o namorado a acolheria em sua casa só por serem namorados? Ela nem tinha coragem de contar o que passava em casa. 

Da mesma forma que Rebecca. Teve tanto medo de pedir ajuda depois da morte da irmã, teve tanto medo que o pai fosse encontrá-la se fugisse. Mas quando ficou sobre a proteção do amigo que trabalhava com ela e que tinha família, o pai não foi atrás dela. Achei que talvez a autora não soube trabalhar bem essa parte, ou foi proposital, querendo mostrar o que o isolamento e a violência por parte do pai fizeram com o psicológico dela, que mesmo estando livre, sentia que ele poderia levá-la e agredí-la novamente. Vamos acreditar que seja a última opção. 

Agora, não nego que a revelação da mãe foi chocante. Fez muito sentido toda essa vida de sofrimento, embora as meninas não tivessem culpa de suas escolhas. O crescimento de Rebecca, sua superação e como decidiu viver sua vida foi a melhor coisa da história toda. Só acho que o pai deveria ter tido um final mais satisfatório para tudo o que fez. Achei meio decepcionante depois de sentir ódio e nojo deles durante toda a leitura. E com certeza Rebecca é a heroína da história, por tudo o que passou e por sua inteligência mesmo sendo isolada do mundo, descobriu e aprendeu mais coisas do que sua irmã. Que foi ingênua demais achando que seria fácil fugir do pai se tivesse um namorado. 

Não lembro se chorei em algum momento, mas se chorei, provavelmente foi com a coragem de Rebecca. Desde o início nunca gostei da Hephzibah, mesmo antes dela ir para a escola já era meio insuportável. Acho que se ela tivesse uma personalidade melhor, sua morte teria sido muito mais impactante. Mesmo Rebecca sendo diferente, se a irmã a tivesse mantido junto na escola, se a protegesse, sua perda teria sido bem mais triste. Rebecca tentou avisar a irmã de seus erros, a protegeu até o final, acho que faltou um pouco mais de determinação nessas meninas para conseguirem ajuda ou serem livres. Realmente é difícil convencer alguém que segue um pastor que vive de aparências, mas no corpo de Rebecca estava todos os sinais de violência. Qual seria a explicação do pai para as agressões? Acho que faltou isso, elas terem tentado denunciar o pai e falhado. Em nenhum momento isso aconteceu. Elas tinham certeza que ninguém acreditaria. Talvez a autora queria mostrar então o quão inocente eram para não buscar ajuda. 

No mais, foi a leitura mais dolorosa da minha vida. O maior sentimento foi ódio, tanto pelo pai e pela mãe,  como pela Hephzibah. Somente nos capítulos finais que a leitura finalmente decolou e consegui terminar de ler porque queria descobrir como Hephzibah morreu. Enfim, não recomendo se for sensível ao assunto. Tem muita agressão física, psicológica... o que para mim valeu a leitura foram as revelações finais. 

Nota pessoal 8/10

[Review/crítica pessoal] Lupin III vs Cat's Eye - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Hoje trago esse ladrão muito querido.

A HISTÓRIA 

Hitomi, Rui e Ai, são irmãs e também as famosas ladras Cat's Eye, que escondem suas identidades como jovens normais. Enquanto o pai está desaparecido, elas procuram por seus quadros em busca de qualquer pista sobre seu paradeiro. Quando elas conseguem roubar um quadro que faz parte de uma série de três, pintados pelo pai, ao mesmo tempo, Lupin III, o lendário ladrão consegue roubar um segundo quadro. O caos se instala quando Lupin é perseguido por Dennis Kirchmann, que faz parte de uma poderosa organização que também está atrás dos quadros. Além dele, Lupin ainda é perseguido pelo inspetor Zenigata, que tem como meta de vida prendê-lo onde quer que ele esteja. Zenigata acaba atrapalhando Kirchmann e Lupin consegue fugir. 

As Cat's Eye se sentem vulneráveis quando descobrem que Lupin também está atrás dos quadros. Heinrich Berger entra em contato com as meninas para lhes oferecer ajuda contra Lupin, contando que trabalhou com o pai delas e Lupin traiu a confiança dele e por esse motivo, elas não devem confiar no ladrão. Porém, após encontrarem o terceiro quadro, Lupin revela a verdade sobre o pai delas e seus quadros. Lupin conta com a ajuda de seus fiéis amigos Goemon e Jigen e embora pareçam rivais, Fujiko também sempre presente nas confusões de Lupin. 

Ano de lançamento 2023

Duração 1h 32m

Direção Hiroyuki Seshita, Kobun Shizuno

Trailer 

Minhas divagações 

O universo de Lupin deve ser extenso. Não conhecia ainda as Cat's Eye e por essa animação ser mais atual, os traços característicos dos personagens mudaram bastante. Pelo menos o dublador de Lupin segue sendo o mesmo. Conheci o Lupin pelo filme O castelo de Cagliostro e diga-se de passagem, segue sendo o meu preferido dele. Lupin é um ladrão ordinário e mulherengo, mas não é um assassino. Até o momento, todos os filmes dele que vi, mantém os mesmos personagens. O pistoleiro Jigen, o espadachim Goemon, o incansável inspetor Zenigata e Fujiko, que está sempre infiltrada nos lugares que Lupin vai assaltar e ela sempre acaba ajudando ele de uma forma ou outra. 

As Cat's Eye, por serem ladras, as achei um pouco ingênuas quando foram confiando no Berger, só porque ele usou uma lembrança de as terem conhecido ainda pequenas porque havia trabalhado com o pai delas, era óbvia demais. Muito conveniente ele chegar e já ir falando mal de Lupin. Desde o início eu desconfiei dele. A reviravolta foi Kirchmann. Como dizem, as aparências enganam. Embora não há de se negar que os dois sejam assassinos. 

A dupla cômica da vez, foi Zenigata e o policial local Utsumi, que pareceu tão fervoroso em cumprir a lei quanto Zenigata é. E para variar, Zenigata sempre começa atrás de Lupin e termina desvendando algum outro tipo de crime pior do que caçar o ladrãozinho. Pela magnitude do inimigo, realmente pensei que Jigen e Goemon fossem abandonar Lupin. Na verdade, nesse filme eles não tiveram muito destaque. Mas no pouco que apareceram, continuaram incríveis quanto eu me lembrava. 

A história foi bem clichê, e óbvio que embora seja um ladrão, no fim, me parece que Lupin sempre termina de mãos vazias. Salva alguém, de preferência mulher, de alguma organização criminosa e sempre começa com um assalto. Como eu não conheço as Cat's Eye, não sei se esse foi o início delas como ladras, mesmo tendo tecnologias e parecessem profissionais, as achei bem amadoras na verdade. Fujiko é alguém que sempre surpreende. Sempre está um passo a frente de Lupin e parece terminar como ele, de mãos vazias. Na verdade ela parece uma agente secreta. 

Vou procurar outros filmes para ver, em algum deles, deve contar mais sobre Jigen, Goemon, Zenigata e Fujiko, já que são personagens sempre essenciais para Lupin. No mais, recomendo. 

Nota pessoal 10/10

[Review/crítica] Detetive Conan: O Punho da Safira Azul (The First Of Blue Sapphire) - Divagando Sempre

 Seguindo a ordem da franquia do anime Detetive Conan, esse seria o 23⁰ filme. Infelizmente nunca consegui ver na ordem e como esse é mais atual, em vista que o anime teve início no fim da década de 90, os traços e as tecnologias acompanharam as mudanças da modernidade. Como o anime também não passei do episódio 200, não acompanhei essas mudanças, mas a história em si continua a mesma ao logo dos anos. Vamos lá. 

Ano de lançamento 2019

Duração 1h 49m

Direção Chika Nagaoka

Recomendação: COM CERTEZA 

Trailer 

DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Shinichi Kudo é um adolescente que tem o dom investigativo apurado. Ele mesmo se intitula como um detetive universitário. No entanto, uma noite se divertindo com sua amiga Ran, ele presencia uma cena mas distraído, ele é pego e obrigado a tomar um líquido, que inicialmente seria para matá-lo. Mas o que estranhamente acontece, é que seu corpo encolhe e ele toma a forma de uma criança. Ele procura o professor e cientista Agasa que o aconselha a criar uma identidade para a criança, enquanto procura uma cura para trazê-lo de volta. Também, para manter seus amigos em segurança, para que seus captores pensem que o veneno funcionou. Enquanto isso, ele passa a morar com Ran e seu pai Mori Kogoro sob a identidade de Conan Edogawa.

Ran e sua amiga Sonoko vão a Cingapura ver um torneio de caratê onde a paixão de Sonoko irá competir, Makoto Kyogoku. Conan não tem passaporte e deveria ficar com o professor Agasa, no entanto ele é sequestrado e quando acorda está no meio de Cingapura. É quando ele descobre que quem o trouxe secretamente, foi o famoso ladrão Kaito Kid, que se disfarçou de Shinichi para enganar Ran e se Conan quiser voltar para o Japão sem problemas, deverá ajudá-lo. Para não ser descoberto, ele inventa que se chama Arthur Hirai e que está viajando sozinho, ficando com o grupo. 

Conan então descobre as intenções de Kaito. Durante o evento de caratê, um cinturão que será dado ao campeão obtém uma safira azul, conhecida como o punho da safira azul, objeto de interesse de Kaito. No entanto, antes do evento, uma famosa advogada que por coincidência é a pessoa que está patrocinando Makoto é assassinada. O principal suspeito é ninguém menos que o famoso ladrão Kaito Kid, uma vez que na cena do crime foi encontrado um cartão de visitas seu. 

Kaito pode ser um ladrão mas não é um assassino. Embora Conan o considere um rival, ele sabe que dessa vez o ladrão é inocente, embora suas intenções de roubar a jóia sejam visíveis, Conan o ajuda a provar quem são os culpados disso tudo. E vão descobrir que a trama envolve muito mais do que o simples roubo da safira azul. 

Minhas divagações finais 

Não vou negar que meu sonho é ver Conan voltando a ser Shinichi e ficando finalmente com Ran, mas sabemos que aí seria o fim do anime/mangá. Mesmo que seus casos sejam sempre interessantes, um dia terá que chegar ao fim. Ou pelo menos envelhecerem um pouco né. 

Acredito que a maioria irá concordar que Kaito Kid é um dos ladrões queridos como Lupin. E aqui, Kaito conta com a ajuda do nosso querido mini detetive Conan. Ninguém sabe a verdadeira identidade de Kaito, que tem a habilidade de se disfarçar de quem quiser, mas Kaito sabe o que aconteceu com Shinichi. Embora saiba a verdade, ele usa a informação para proveito próprio e nunca revelou a ninguém o que aconteceu a Shinichi. 

Kaito pode ser astuto, mas nesse roubo se não fosse por Conan, ele teria sido preso várias vezes. Mas, os dois se ajudaram em vários momentos tensos da história. Ran sempre surpreende por parecer ingênua mas atenta aos detalhes. Embora Kaito quase seja pego, ele sempre consegue fugir, mesmo que nem sempre com o objeto que veio roubar. 

A trama foi surpreendente por inicialmente mostrar um alvo mas com o passar da história, aquela reviravolta. Fazia tempo não via nada de Conan, quando você assiste ao anime, com o passar dos episódios vai começando a entender as nuances e como funciona cada mistério. Os suspeitos, os motivos, com o tempo você vai adivinhando os culpados, mas algumas vezes ainda surpreende. Nesse caso aqui, sempre foi óbvio desde o início quem era o assassino, mas, tinha outra pessoa atuando por trás. Desconfiei em determinado momento dessa pessoa, mas ainda não tinha visto o motivo. As vezes é fraco pelo caos que se criou, mas surpreende pela ousadia. 

Achei fofinho a Sonoko com Makoto, em vista que muitas vezes Sonoko é insuportável. Mas ele lutando com ela nas costas, foi hilário. Dessa vez Mori Kogoro não brilhou como geralmente acontece no anime. Ele não teve muita participação ativa como o detetive dorminhoco de sempre. E muito ingênuo que todos acreditassem que Arthur fosse só parecido com Conan. Mas, a dupla Kaito e Conan foi insuperável. Sonoko tem razão, qualquer mulher teria uma quedinha por Kaito. Com exceção de Ran que só tem olhos e coração para Shinichi. 

E, foi no trailer desse anime movie que conheci Hiromi Toosaka, com a música tema do filme Blue Sapphire. Que música, que voz, que beleza, que homem minha gente. Segue o vídeo. 

Enfim, não tinha muita expectativa porque fazia tempo não via nada de Conan, mas deu vontade de ver o anime novamente, mesmo lembrando que tem mais de mil episódios e eu parei no 200... não imaginava que teria tanta coisa para dizer sobre o filme, mas foi muito bom.

Nota 10/10 

[Review/crítica pessoal] Dororo (Anime) - Divagando Sempre

 

Olá Divas e Divos. Seguindo com esse anime maravilhoso. 

A HISTÓRIA 

Lorde Daigo Kagemitsu, durante o periodo de guerras civis, vendo seu povo passando fome e sofrendo vários infortúnios, faz um pacto com 12 demônios, oferecendo qualquer coisa em troca da prosperidade de suas terras. Sua esposa que estava grávida, no momento do parto, sofre durante ao dar a luz um menino. Porém, o bebê nasce lhe faltando partes do corpo. Daigo, ordena então que a parteira dê um fim ao bebê.

Ao chegar próximo a um rio, a parteira com dó, deixa o bebê em um barquinho, confiando que seu destino fosse o que fosse. Mas, ela não retorna a casa pois é atacada e devorada por um demônio. Assim, ninguém sabe o que aconteceu com os dois. Daigo prospera se tornando um poderoso líder e tem outro filho. Mas, anos depois, suas terras passam por dificuldades, lembrando aquele terrível ano em que seu primeiro filho nasceu. Então ele passa a investigar o paradeiro da parteira para descobrir o que aconteceu com o bebê. Mas ele desconfia que ele sobreviveu quando olha o local onde fez o pacto com os demônios e descobre que alguns deles foram destruídos. 

Dororo é uma criança órfã que estava sendo perseguida por um demônio quando conhece um jovem misterioso que parece não enxergar mas que luta muito bem. Depois Dororo também percebe que ele não fala e nem escuta e que partes de seu corpo são constituídas de próteses. Acontece que um ex soldado que agora constrói próteses e deixa nos corpos que encontra pelo caminho, havia encontrado o bebê abandonado no rio e decidido criá-lo. Lhe fez próteses e lhe ensinou a lutar para se defender e lhe deu o nome de Hyakkimaru. 

Hyakkimaru enxerga por cores, então quando vê algo vermelho, sabe que é um demônio. Dependendo do demônio derrotado, ele recupera uma parte de seu corpo. Assim, Dororo permanece ao seu lado, lhe ajudando a ser mais humano e a lidar com as partes de seu corpo recuperadas. Dororo possui dois segredos, um que nem mesmo ele sabia e outro que precisou esconder para sobreviver após a morte dos pais. Conforme Hyakkimaru vai recuperando seu corpo, ele e Dororo descobrem sobre sua família e sobre o pacto que seu pai fez com os demônios. Hyakkimaru decide então a todo custo recuperar o que é seu de direito para proteger Dororo, que sente medo dessa busca transformar Hyakkimaru em um demônio completo, pois se ele recuperar seu corpo, seus pais e irmão podem morrer e os vilarejos enfrentarão as secas e as dificuldades de quando ele nasceu. 

Ano de lançamento 2019

1 temporada 24 episódios 

Trailer 

Minhas divagações 

Segunda vez que vejo esse anime e continua tão bom quanto da primeira vez. E claro, algumas coisas ficaram mais claras do que da primeira vez. A vida de Dororo e Hyakkimaru antes de se encontrarem, era excepcionalmente triste e solitária. Dororo é o tipo de criança que não para de falar, o que vem a calhar já que Hyakkimaru não escuta nada. 

Alguns de seus encontros com outras pessoas foram marcantes e outras terríveis. A parte que eles encontram uma mulher que cuidava de crianças órfãs, para mim, foi terrível pelo o que aconteceu com eles, mesmo que o trabalho dela para manter as crianças alimentadas fosse meio duvidoso, ela não merecia aquele destino. A guerra em qualquer situação só mostra o quão horrível é a transformação de alguns homens. 

Apesar de Dororo ter ficado órfão cedo, ele ainda teve o amor dos pais. Dororo e Jukai, foi o mais próximo de uma família que Hyakkimaru teve. Daigo foi tão cego e egoísta em seu desejo de prosperar, que se arrependeu no final ao ver a determinação de Hyakkimaru em viver. Talvez, se tivesse confiado que ao crescer seu filho prosperassse e liderasse com ele, não teria perdido tudo. Pois convenhamos, aquele segundo filho dele, era tipicamente o menino mimado que não prestava para nada e fazia de tudo para chamar a atenção dos pais. E ainda acho que seria um final digno se Daigo tivesse sido devorado pelos demônios. 

Dororo sofreu tanto e isso porque ainda manteve seu segredo. Minha pergunta seria se Hyakkimaru após conseguir seu corpo de volta, ele seria meio imortal? Claramente ele era bem mais velho que Dororo, mas no final, ficou meio implícito ali um reencontro. E aquele velhinho cego que vira e mexe esbarrava com os dois? No mínimo eram encontros sempre hilários. A não ser o primeiro, que com sua ajuda, Dororo pôde compreender o que se passava com Hyakkimaru e sua busca. 

Acho que de todos os sentidos que Hyakkimaru recuperou, o melhor de todos foi quando ele viu Dororo pela primeira vez. Essa versão que vi é mais recente. Existe uma da década de 70 acho, então os traços são bem diferentes. Não encontrei para ver, então não faço ideia se essa versão atual foi fiel. Pois Fruits Basket também teve versões antiga e atual e a atual foi bem diferente da original. Não só os traços, mas mudaram coisas na história. 

Enfim, poderia até ter uma segunda temporada, contando o que Hyakkimaru fez enquanto foi embora e Dororo cresceu. E depois claro, como seria o reencontro. Mas enfim, o anime em si foi sensacional. Principalmente porque tem espadachim. E a música de abertura é magnífica. 

Nota pessoal 10/10