quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Meu policial (livro) - Divagando Sempre

 Ano da primeira publicação 2022

Autor/a Bethan Roberts



Sinopse 

Brighton, Inglaterra. Anos 1950. Marion avista Tom pela primeira vez. A partir de então, ela soube: seu amor seria suficiente pelos dois, perdurando até alguns anos mais tarde, quando o rapaz volta do exército e a ensina a nadar na sombra do píer. Patrick, experiente curador do Museu de Brighton, conhece Tom e mostra a ele um novo mundo, glamoroso e liberal. Patrick também se apaixona por Tom. Nessa época, é mais seguro para todos que Tom, um jovem policial, se case com Marion. Os dois amantes terão, então, de compartilhá-lo – até que um deles se rebela e três vidas começam a ser destruídas.



Divagações, análises e impressões pessoais 

Esse livro já estava na minha lista quando descobri que ia sair o filme com HARRY STYLES, então corri para ler o livro antes de ver o filme. Apesar de ser óbvio quem Harry seria do livro, ao ler, ainda não tinha associado sua imagem ao personagem, então minha imaginação é bem diferente do filme. 

Sabia mais ou menos qual o enredo, só não esperava que fosse contada desde o início da vida de Marion hahaha me perguntava onde estaria o "meu policial", não que fosse chato, porque na verdade eu que fui atropelando tudo e já queria saber do final.

Como a história se passa na Inglaterra, nos anos 50 ainda, a gente já imagina as dificuldades desse relacionamento. Marion e sua amiga Sylvie, que na verdade eu desconfiava se Sylvie gostava mesmo de Marion, porque aos olhos da outra, ela era linda e popular, eu achava que uma hora a Sylvie maltrataria Marion. 

Tom, foi o primeiro amor adolescente de Marion que perdurou por muitos anos. Não a condeno, sei como é. Enquanto ele foi para o exército e depois decidiu ser policial, ela se formou e se tornou professora. 

Na verdade, o início começou meio confuso para mim porque já estavam o trio juntos e Marion passa a contar como a história deles começou. Só depois entendi que era isso hahaha 

Antes de ir para o exército Tom havia dito que ensinaria Marion a nadar, então, quando se encontraram anos depois, ela lhe cobrou isso. Assim, passaram os sábados de manhã nadando. Tom começou a se abrir mais para ela e obviamente Marion se sentiu esperançosa de que as coisas finalmente começariam a acontecer. Até que, uma terceira pessoa apareceu entre eles. 

Quando Tom lhe disse que gostaria de apresentar alguém, Marion logo ficou preocupada de que teria uma rival, mas se sentiu aliviada quando era um amigo chamado Patrick. Ledo engano minha cara, eu ficaria preocupada da mesma forma hahaha 

Assim, os três passam tempo juntos e Marion sabe que pelo menos algumas vezes por semana, os dois saem sem ela. Eu já desconfiaria aí hahaha 

Não existe suspense na história como eu imaginava, porque no início já diz que Patrick está acamado devido ao derrame que teve, mas eu tinha suposto que ele havia sofrido um acidente e que a culpa era da Marion e por isso ela estava cuidando dele para tentar se redimir... ou, que num misto de ciúmes, ela havia provocado esse acidente para ficar com Tom só para ela. Mas ainda estava no início da leitura, então era só minha imaginação indo além das possibilidades...

Gostei que ela estivesse contando toda a história desde o início como se fosse uma autobiografia. Pena que durante seus primeiros dias dando aula, foram relatados apressadamente. É que eu achei que ela teria alguma dificuldade com alguma criança, já que duas foram destaques maiores durante seu relato. Mas acho que o foco mesmo é na sua história com Tom. 

Tom é aquele tipo de personagem que como estamos vendo sob a perspectiva de Marion e ela é um tanto ingênua, não sei quais meus sentimentos por ele ainda. Embora ela fale de modo apaixonante sobre ele, ainda não me apaixonei por ele também hahaha 

Depois a narrativa muda com relatos da perspectiva de Patrick. Devo acrescentar que ele sim, me fez me apaixonar pelo Tom também hahaha 

Acho que naquela época e talvez hoje em dia, ainda tenham pessoas que para protegerem suas carreiras e até a si mesmos, fazem o que Tom fez para conseguir ficar em paz com a pessoa que realmente ama, mas no caso como amante. 

A vida de Marion, durante seu relato, me parece que chegaram até a vida idosa vivendo desse jeito, mas ao que parece, ela e Tom se afastaram romanticamente e apenas vivem sob o mesmo teto. 

Esse tipo de amor é tão triste, pois Marion perdeu tanto amando alguém que não a amava da mesma forma. Não culpo Tom por ter escolhido esse caminho, quando no próprio trabalho ele via como os homossexuais eram tratados e o próprio Patrick sabia como era isso, principalmente quando perdeu Michael para o preconceito. 

Não imaginava que essa história seria mais profunda e tão triste quanto parecia. Para mim seria um romance de conto de fadas hahaha 


DIVAGAÇÕES COM SPOILER 

Devo dizer que não esperava essa atitude da Marion. Professora, atenta às notícias sobre os homossexuais e ainda assim denunciou o Patrick? E o mais absurdo ainda, ele foi preso? Agora tudo faz sentido. 

Bem que eu disse lá no começo que achava que ela teria feito algo para ele e por isso cuidava dele como que para se redimir do que aconteceu. Será por isso que Tom se afastou dela? Por ser nos anos 50, acho que um divórcio também não seria bem visto, porque os dois continuaram casados anos depois. 

O mais intrigante no entanto, é que Marion cuidava de Patrick sozinha, já que Tom se negava a vê-lo. Esse era o maior mistério para mim, visto que aparentemente Patrick jamais deixou de amá-lo. 

Essa história é cheia de sentimentos diversos. E mesmo tentando se colocar no lugar de cada um deles, fica difícil entender as motivações e as consequências que levaram a um romance tão triste. 

E mesmo que esse trio tenham passado por tudo que passaram, achei o Tom o mais covarde de todos e a Marion a mais egoísta. 

No final, achei um desperdício de história, ninguém viveu de verdade, um foi preso, os outros dois se distanciaram apesar de continuarem a fingir um casamento, que desperdício de vida também. A Marion viveu com a culpa e com certeza Tom jamais a perdoaria. Ou seja  a única coisa que me marcou, foi o quanto o preconceito naquela época era surreal. Prender alguém só por ser homossexual? Não é por menos que até nos dias de hoje, embora tenha a causa LGBTQI +, ainda tenham muitas pessoas que escondem sua homossexualidade por causa do preconceito social. 

Mas voltando a história, teria sido mais interessante se fosse de fato um triângulo amoroso. Se Tom na verdade fosse Bissexual, ainda novidade naquela época, que se sentisse dividido entre o amor de Marion e Patrick. Mas o contexto foi muito além, deixando apenas a crueldade humana marcada em nossa alma. 

O fato de Marion ter sido o elo malvado dessa história, me faz questionar se não fosse por ela, será que continuariam vivendo daquele jeito? Ou será que uma hora Patrick seria descuidado sendo denunciado de qualquer forma? Uma coisa é certa, nenhuma mulher deveria se prender a um homem assim por amor. É um amor doentio quando não é recíproco. E Tom deveria ter sido mais corajoso, pois embora Patrick tenha sido preso, ele sempre foi verdadeiro a quem realmente era. No fim, Tom foi só um coadjuvante de sua própria história hahaha 

Minha nota de satisfação pessoal 6/10


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Não se preocupe, querida - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 2h 2m

Direção Olivia Wilde

Elenco Florence Pugh, Harry Styles, Olivia Wilde, Chris Pine





Sinopse 

Uma dona de casa que vive em uma comunidade experimental começa a suspeitar que a empresa de seu marido está escondendo segredos perturbadores.


Trailer 










Divagações, análises e impressões pessoais 

Definitivamente Florence Pugh, apesar de linda e talentosa, só faz papéis com filmes estranhos hahaha 

Quando comecei o filme nem sabia que era com ela, e muito menos com Harry Styles hahaha confesso que quando a descobri logo pensei: essa história vai ser esquisita hahaha

Dito e feito. Florence vive Alice, esposa dedicada, com um marido trabalhador Jack, vivido por Harry Styles, moram em uma comunidade experimental, onde o objetivo é fazer dessa pequena colônia, o lugar perfeito. Casas exuberantes, carros magníficos, casamento dos sonhos... Mas, Alice passa a ter visões perturbadoras. 

Uma de suas amigas que perdeu o filho recentemente é um caso intrigante quando Alice começa a pensar que existe algo estranho acontecendo ali, que de alguma forma estão escondendo. E por mais que tente fazer Jack lhe contar mais sobre seu trabalho, mais ele se fecha deixando-a confusa. 

Ela passa a ter visões perturbadoras e de repente está de volta em sua casa, com Jack cozinhando para ela ou a levando em festas. Mas suas visões continuam a alertando para algo terrível que se esconde naquele lugar.



DIVAGAÇÕES COM SPOILER

Não gosto muito de dar spoiler, mas as vezes é preciso. Eu, assim como você e assim como Alice sabíamos que tinha algo errado nessa vida perfeita de dona de casa dela, ambientado nos anos 50. Mas, mesmo que não fosse ela quem descobriria, uma hora ou outra alguém o faria.

Confesso que apesar de ter pensado que todos ali sofriam uma lavagem cerebral, pensava que de uma forma meio sinistra, os homens não soubessem de fato o que acontecia ou, que eles é quem estavam fazendo isso com as mulheres nesse trabalho misterioso deles. E o mais estranho de tudo, por que elas não poderiam ultrapassar o limite da cidade? Apenas os maridos indo teoricamente para o trabalho? 

Agora, para essa conclusão do que seria essa colônia basicamente perfeita, fui até surpreendida, mas isso não quer dizer que terminei amando o filme. E outra, quem é que nos dias atuais, vai querer passar o resto de sua vida limpando casa, cozinhando e cuidando do marido? Tinha que ser coisa de homem mesmo para planejar um universo desses... 

Alice por ter sua vida agitada, exaustiva, de repente ter uma vida de luxo, aparentemente monótona como essa, uma hora iria surtar mesmo. Florence como sempre, arrasando nesses papéis sem pé nem cabeça hahaha agora, Harry Styles? Acho que foi o primeiro filme que vi dele que ele aparecia mais do que 5 minutos. E ainda não fez muita coisa. Sinceramente, até chegar no final, ele era apenas um marido patético, que claramente sabia o que estava acontecendo com Alice, mas demonstrou egoísmo ainda mais quando fazia ela pensar que estava enlouquecendo. 

O suspense estava até interessante, Mas quando foi revelado de fato... que balde de água fria... Sinistro pensar nesses homens fazendo isso com suas mulheres para tornarem seus sonhos de uma vida perfeita, mantendo-as prisioneiras. Enquanto que na outra realidade estão sofrendo presas, no mundinho perfeito deles, os próprios se tornam aquilo que não são na vida real.

Por mais que fossem casais, nenhum deles tinham química. Via-se claramente que as mulheres pareciam ao mesmo tempo estar gostando dessa vida como que desconfortáveis com tais acontecimentos. Mas acho que a única que sentia que não queria estar ali, era a Alice.  

Eu sabia que terminaria o filme meio que desapontada, mas é bom conhecer outros trabalhos da Florence, mas continuo sem gostar muito deles hahaha 

Minha nota de satisfação pessoal 5,5/10


terça-feira, 22 de novembro de 2022

Nada de novo no front - filme 2022 - Divagando Sempre

 



Ano de lançamento 2022

Duração 2h 23m

Direção Edward Berger

Elenco Felix Kammerer, Daniel Brühl, Albrecht Schuch, Aaron Hilmer, Moritiz Klaus, Edin Hasanovic

Sinopse

O adolescente Paul é convocado para atuar na linha de frente da Primeira Guerra Mundial. O jovem começa seu serviço militar de forma idealista e entusiasmada, mas logo é confrontado pela dura realidade do combate.


Trailer 













Divagações, análises e impressões pessoais 

Comecei a ver o filme porque havia terminado de ler o livro sobre A primeira guerra mundial e nele é mencionado o título do filme: nada de novo no front. Foi só uma passagem sobre isso, mas como é sobre a primeira guerra, resolvi conferir o filme.

Entre ler, imaginar os horrores da guerra no silêncio da sua mente é bem diferente de ver as cenas e ouvir os tiros acertando os corpos e tudo o mais. Não deixa de ser horrível, mas no filme fiquei bem mais impressionada. 

Em Nada de novo no front, um grupo de amigos se alistam para irem a guerra, empolgadíssimos em defender o país. Já são três anos de guerra e o horror continua, mas eles não imaginam o que esperam por eles. 

Tanto no livro quanto no filme aprendi coisas que nunca, nos tempos de escola havia me interessado em saber. Ok, vou parar de falar do livro e tentar me concentrar no filme hahaha eu não fazia ideia de como eram feitas as roupas dos soldados, achei bem triste se for verdade que eles retiravam dos corpos mortos, lavavam, reformavam e davam para os próximos soldados que entrariam em campo.

Enquanto Matthias tentava assinar o armistício, o grupo de Paul seguia com a batalha, agora encurralados por tanques de guerra, o que assinalava o fim, pois como eles conseguiriam sobreviver a isso? Paul acaba se afastando de seus amigos e cada um seguem desesperados tentando sobreviver. 

Correndo de volta as trincheiras Paul acaba vendo Kropp sendo executado, a realidade da situação é pior do que ele imaginava, quando percebe que o inimigo não tem misericórdia e que não adianta se render, pois mesmo fazendo isso, Kropp perdeu a vida de modo horrível. 

A fotografia está espetacular, o cenário de guerra é impressionante tanto quanto na atuação dos atores. Representar um marco tão horrível que é uma guerra não é para qualquer um. A contrariedade dos momentos é magnífica, pois enquanto os homens estão em campo lutando por suas vidas, os altos executivos, aqueles que na verdade promoveram tudo isso, estão sentados confortavelmente comendo do bom e do melhor, apenas colhendo resultados que nem são eles quem estão plantando... 

Berger fez um excelente trabalho nos oferecendo os horrores da guerra de forma primorosa. O enredo foi espetacular, dando atenção a mínimos detalhes. O quão triste é ver jovens saudáveis, bonitos, limpos, felizes indo em direção à fome, doenças e morte... 

NO FILME, como acompanhamos a trajetória de Paul, inevitavelmente você acaba se afeiçoando à ele e acompanhar seus momentos de exaltação, felicidade, depois medo, fome, a perda dos companheiros e aquele final... de repente me vi chorando horrores, não só por ele, mas por todos aqueles que enfrentaram aquele momento terrível. Ainda mais no fim da guerra...

Dessa vez não quero dar muito spoiler porque realmente vale a pena assistir. As expressões de Felix, sua atuação, são maravilhosas. E Daniel Brühl, apesar de não aparecer tanto, teve um importantíssimo papel nessa história e adoro ele como ator. 

No mais, minha nota de satisfação pessoal 10/10


" Logo após as hostilidades  em outubro de 1914, a Frente Ocidental ficou presa à guerra de trincheiras. No final da guerra, em novembro de 1918, a linha de frente mal havia se movido. Mais de três milhões de soldados morreram lá, muitas vezes lutando  para avançar apenas alguns metros de terreno. Quase 17 milhões de pessoas morreram na Primeira Guerra Mundial. " 


A primeira guerra mundial - Os 1590 dias que transformaram o mundo - Divagando Sempre

 




Autor Martin Gilbert

Páginas 832

Ano de publicação 2017


Sinopse

Em A Primeira Guerra Mundial, o historiador Martin Gilbert se debruça sobre o conflito que mudou o mundo, matou milhões de pessoas, destruiu quatro grandes impérios e alterou definitivamente o panorama geopolítico da Europa e do Oriente Médio. 

Mais do que isso, legou à humanidade novas tecnologias de morte – tanques, aviões, submarinos, metralhadoras, artilharia de campo, gás venenoso, armas químicas. Era a guerra para acabar com todas as guerras. Começou às onze e quinze da manhã, em 28 de junho de 1914, em Sarajevo, e se encerraria oficialmente quase cinco anos depois. Até hoje, no entanto, vivemos muitos dos horrores que ali nasceram: a Primeira Guerra Mundial nunca terminou.

 Entre 1914 e 1918, se desenrolaram duas guerras muito diferentes. Em consequência de ocupações, bombardeios, fome e doenças, mais de nove milhões de militares e cinco milhões de civis foram mortos. Porém, paralelamente ao conflito em que o sofrimento individual e a angústia atingiram uma escala gigantesca, em particular nas trincheiras da linha de frente, houve o embate de gabinetes, soberanos, propagandistas e idealistas que, repletos de ambições e ideais políticos e territoriais, determinaram o futuro e impérios, nações e povos de modo tão contundente quanto no campo de batalha. 

Tudo passou por uma enorme transformação: os códigos de comportamento, a literatura, as distinções de classe. Nas palavras do autor, “a guerra alterou o mapa e o destino da Europa da mesma forma que cauterizou sua pele e deixou marcas na sua alma.” Gilbert constrói uma narrativa ao mesmo tempo épica e acessível para apresentar a Primeira Guerra Mundial a partir da perspectiva humana e do cidadão comum, sem deixar de detalhar seu efeito em futuros líderes como Hitler, Churchill e De Gaulle. Repleto de mapas e fotos da época é um complemento à altura de seu monumental A Segunda Guerra Mundial. “Um dos primeiros livros que qualquer pessoa deve ler para entender a guerra e o século” – The New York Times “Magistral... Gilbert nunca se esquece de que os ‘“exércitos conflituosos’ eram compostos de milhões de indivíduos... De leitura muito fácil... A compreensão de Gilbert a respeito de seu material é invejável e o resultado é admirável. É a história dos homens comuns da Primeira Guerra Mundial.”



Divagações, análises e impressões pessoais

Uau, fui ler só um capítulo para ver como era a escrita e me surpreendi com o que encontrei. Quisera eu ter encontrado uma escrita assim nos livros de história quando eu estudava. Geralmente me davam sono... histórias da Primeira e Segunda guerra me fascinam principalmente em como estamos nas mãos de homens egoístas que promovem esse horror como se as vidas humanas não significassem nada. Quantas pessoas, tanto soldados quanto civis morreram por conta disso? Esse memorial de Tyne Cot é um pequeno exemplo de quantas vidas foram perdidas na Primeira guerra. Segundo o autor, estão gravados 34.888 nomes de soldados mortos. 


A guerra sempre será nada mais nada menos, do que homens no comando, mandando outros homens matarem homens para evitar mortes. 

Eu acho os historiadores incríveis, ir atrás de descobrir e contar como foi determinado fato, no caso da guerra, ele pesquisou a fundo, conseguiu cartas e relatos deixados pelos soldados para as famílias, traduzindo em palavras simples os horrores da guerra. 

Ainda mais nos anos de 1914, onde o racismo ainda era fortemente visto pelos brancos, os americanos negaram a ajuda de soldados negros assim como das enfermeiras. Muitos pacientes brancos se negavam a serem atendidos por elas. 

Quando estamos na época de escola, geralmente nos sentimos obrigados a estudar e embora história seja algo interessante, nos meus tempos de escola para mim era tudo apenas obrigação, ou seja, estudar o suficiente para ter notas boas. Muitas coisas já não me recordo mais e histórias sobre a guerra é uma delas. Um exemplo disso é que eu nem sabia que Hitler tinha participado da Primeira Guerra, ele é um daqueles grandes E SE... tivesse morrido, teria acontecido a Segunda Guerra? Pois como ele se feriu principalmente com gás, quase ficando cego, ali me parece que foi se formando o ser abominável que se tornou depois...

Ou talvez, mesmo se não fosse por ele, no final da Primeira Guerra, assim que Erzberger assinou o armistício, ficou implícito que aquilo não havia terminado. Pois ao fim da guerra, muito se havia perdido em todas as nações e chegar a um acordo em como cada país seria reembolsado pelas perdas, com certeza geraria outra discórdia. Se já não bastasse tantas vidas perdidas...

A leitura é ótima, o modo de escrita não é daqueles complicados cheios de enfeites só para ter volume, tem conteúdo, muito interessante, diga-se de passagem, riquíssimo em detalhes, recomendo para todos, principalmente para aqueles que tem curiosidade sobre a guerra. 


Minha nota de satisfação pessoal 10/10


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

O milagre com Florence Pugh - Divagando Sempre

 


Ano de lançamento 2022

Duração 1h 43m

Direção Sebastian Lelio

Elenco Florence Pugh, Kila Lord Cassidy





Sinopse 

A trama se passa na Irlanda do século 19, onde uma enfermeira precisa analisar o jejum misterioso de uma criança de 11 anos que não come há meses e está aparentemente saudável.


Trailer 





Divagações, análises e impressões pessoais 

Outra vez começo um filme sem saber muito dele. Temos uma enfermeira indo para uma aldeia remota, lá pelos anos de 1800 e pouco, a viagem era tão longa que fiquei cansada só de ver, teria que valer muito a pena, porque é uma longa jornada...

A enfermeira Lib Wright junto com uma freira, se revezarão observando uma menina que dizem que não come a quatro meses. 

Lib começa o primeiro turno e ao conhecer Anna, a questiona sobre do que se alimenta e esta lhe diz que é de mana do céu. Lib não consegue acreditar que Anna esteja tanto tempo sem comer e estar saudável como aparenta. 

Achei a freira mais sinistra do que a enfermeira hahaha as pessoas que solicitaram essa observação de Anna queriam um relatório sigiloso, nem a freira ou a enfermeira poderiam trocar informações. Se bem que Lib até tentou, mas a freira é fiel em sua missão. As pessoas que solicitaram essa investigação eram: o dono da taverna, o padre, o médico e o dono das terras onde a família de Anna morava. 

Também achei essa família bem estranha, o quadro de família que Lib ficou olhando, onde os olhos do menino foram pintados eram de fato assustadores. A própria Lib assusta com seu ritual estranho toda noite. 









Divagações com spoiler

Por mais que a religião ou a Fé seja algo pessoal e questionável, o fato de Anna não comer não poderia ser fisiologicamente possível, eu cheguei a imaginar que a freira fosse cúmplice da família e estaria dando comida para a menina no turno dela hahaha Fora que a freira foi um personagem tão sem graça, não serviu para acrescentar muito na história. 

Quando Lib pediu o afastamento da família de Anna, ali eu tive certeza que de alguma forma ela estava recebendo comida da família, principalmente que depois ela começou a definhar. 

Não conhecia outros trabalhos desse diretor, mas já tinha visto Florence em outro filme igualmente estranho hahaha que ao meu ver, também era ligado a um tipo doentio de seita... enfim, aquele filme me deixou traumatizada, porque ao mesmo tempo que foi confuso foi horrível... 

Em O milagre, querendo ou não, esperamos por um mesmo hahaha sendo cético ou fiel, um milagre cairia bem nos dias de hoje, principalmente... Depois que Lib procura respostas com Anna, entendi melhor tudo isso que estava acontecendo e de uma certa forma, me lembrou de outro filme, embora seja gênero terror, foi inspirado em uma história real, onde o mal nesses casos sempre estão dentro de casa...

Mas enfim, Lib pediu uma audiência e relatou a verdade, porém a própria Anna só revelou que se alimentava de mana do céu e a freira negou ter visto algo suspeito. Só para confirmar que essa freira não servia de nada ou era paga para se fazer de ignorante hahaha 

Não sei se alguém estaria ganhando algum lucro com isso ou se a família apenas tinha uma fé cega, onde para reparar o mal feito pelo irmão, para ir para o paraíso, Anna teria que "sofrer" dessa forma. Entendo que, como enfermeira, Lib não poderia ficar de braços cruzados vendo a jovem definhar até a morte sem fazer nada. 

Achei a parte do jornalista um pouco fora do contexto também, mas acho que precisava de um romance de época né hahaha Acho que a maior lição foi em como o fanatismo religioso pode cegar as pessoas, onde fizeram uma criança acreditar que se fizesse jejum contínuo seu irmão teria passagem para o céu, apesar do crime que havia cometido. A ideia de Lib para salvar Anna foi fenomenal, embora naquele momento eu pensei que besteira ela estava fazendo. 

Houve cenas marcantes como Lib comendo automaticamente apenas para viver, ou seja, a comida não parecia nada demais, não dava para saber se estava quente ou fria, se era boa ou ruim, enquanto Anna precisava do alimento para viver. O cenário, o figurino, foi bom até, apesar de ser o segundo filme da Florence que vejo, ela tem esse ar de mistério mesmo, pode ter certeza que coisas estranhas virão com ela hahaha

Para mim não foi uma obra de arte, mas como eu não sabia o que esperar, o desfecho foi até uma surpresa, eu até sabia que era uma farsa, mas o motivo por trás disso foi realmente horripilante.

Então minha nota de satisfação pessoal 7,5/10

Dica de Destaque

[Review/crítica pessoal] Nosferatu - Divagando Sempre

  Olá Divosos do terror. Seguindo com a maratona de Halloween, hoje trago esse filme com várias versões, mas como eu não conhecia, não ...