domingo, 10 de agosto de 2025

[Resenha/crítica pessoal] O aprendiz de assassino - Divagando Sempre

 

Olá Divosos leitores. Hoje trago essa leitura cheia de intrigas, injustiças e muita luta. 






DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Fitz, aos seis anos, é levado por seu avô materno até o Rei Sagaz dizendo que ele é filho bastardo de seu filho Cavalaria. O filho do meio de Sagaz, o Príncipe Veracidade, ordena que Fitz fique aos cuidados de Bronco, o braço direito de Cavalaria. Antes da chegada de Fitz, Cavalaria abdica de seu posto de rei e se retira para as propriedades reais para viver com sua esposa Lady Paciência, cedendo o título de próximo herdeiro a Veracidade. Majestoso o filho mais novo, sempre almejou o trono e odiava Fitz com todas as suas forças. Cavalaria vem a falecer e mesmo sob fortes suspeitas de ter sido assassinado, o rei Sagaz convida Fitz para morar no castelo. 

Sagaz vendo proveito em ter Fitz ali, ordena que Breu o ensine a arte de ser um assassino. Fitz jura lealdade ao rei e passa a fazer trabalhos de assassinato para ele. A viúva de Cavalaria visita o castelo e exige que Fitz seja treinado na boa educação. Embora pareça que ela o odeie por ser bastardo de Cavalaria, Paciência o trata melhor que seu tio Majestoso. 

A região dos Seis Ducados vem sendo atacados pelos Saqueadores dos navios vermelhos. Devastam vilas e cidades, matam ou fazem reféns e quando os devolvem, os reféns são reduzidos a um estado brutal e sem emoção, chamados de Forjados. Muitos deles são mortos secretamente por Fitz a mando do rei. 

Fitz possui habilidades para usar o Talento, por isso Sagaz o coloca sob treinamento de Galeno, que despreza Fitz e faz de tudo para que fracasse nos testes. Enquanto é enviado para longe em um teste de Galeno, Bronco é atacado mas consegue sobreviver. Para apaziguar os ânimos dos suditos e conseguir aliados contra os Saqueadores, Veracidade precisa se casar com a princesa Kettricken. Porém, Veracidade que usa o Talento para manter os Saqueadores longe do reino, manda que Majestoso inicie os votos com a Princesa para manter o casamento até ela ir ao seu reino. Enganado por Majestoso, o rei Sagaz ordena que Fitz mate o irmão da Princesa. Fitz, percebendo a traição de Majestoso, tenta usar o Talento para avisar Veracidade e é envenenado. 



Ano de publicação 1995

Páginas 400

Autor/a  Robin Hobb



Minhas divagações finais 

Não vou mentir que quando vi esse livro, confundi o nome do autor com Robin Hood. Então achei que fosse uma história do príncipe dos ladrões. Começo a ler e não vejo sentido nenhum. Só depois de procurar a respeito do livro, que percebi meu engano. Tirando esse erro, o livro em si foi espetacular. 

Por mais que esse gênero de leitura não seja o meu forte, sempre me pego lendo algum do tipo. Eu prefiro mais terror ou suspense policial, mas esses de fantasia com seus próprios reinos e leis, são interessantes e instigante. Infelizmente, nessas histórias, sempre tem muito sofrimento, injustiças e traições. Fitz, é um deles. Desde o início sofre horrores, principalmente por ser bastardo. Sempre que leio sobre bastardos, é impressionante como sempre sofrem se a culpa é dos pais. Mas enfim. 

Fitz teve uma vida confusa para mim nessa leitura, pelo nome dos personagens não serem convencionais. Sagaz, Veracidade, Majestoso? Isso me confundia muito. Principalmente Bronco e Breu. Demorou um tempo até eu entender que Bronco era o homem que cuidava do estábulo e "criou" Fitz e Breu o ensinava durante as madrugadas, a arte de ser um assassino. Cavalaria entendi que era o pai de Fitz, e só no final entendi porque Majestoso odiava tanto Fitz. Mas tudo o que ele planejou e fez, ser perdoado por Veracidade daquela forma, tipo, ele não teve nenhum castigo nem seus crimes foram revelados. Quem garante que no futuro não vá aprontar novamente? Sim, porque óbvio que essa história não terminaria com um livro. 

Infelizmente não lembro os nomes dos cachorrinhos que Fitz teve, mas o primeiro, como ele usava a Manha, um poder mental de se comunicar com os animais, fez Bronco afastá-lo do animal. Fitz e com certeza eu, acreditávamos que ele tinha matado o animal. Foi uma enorme surpresa onde ele havia sido enviado. Depois, quando ele foi morar no castelo, ganhou outro cãozinho de Lady Paciência. Será que foi intencional? Ela sabia dos poderes de Fitz? Os dois cachorros tiveram um papel importantíssimo na vida de Fitz. 

Claro que nessas histórias sempre são recheadas de intrigas políticas e conspirações. E óbvio que muitas vezes vem de dentro da própria família. O primeiro volume focou mais na introdução de Fitz na vida no castelo e qual sua função. Apesar de todos verem potencial nele, Galeno que não o suportava, apenas fez de tudo para que Fitz não alcançasse seu potencial. Pelo menos nos próximos, Galeno não fará mais nada contra Fitz.

Espero que no próximo explique mais sobre os Saqueadores dos navios vermelhos e sobre o que eles fazem com as vítimas. Não lembro quem que tentou descobrir como salvar um Forjado, cuidando de um parente, mas não obtendo nenhuma resposta. Os Forjados são um mistério. Parece uma espécie de zumbi e quando Fitz ficou perdido naquela área infestada por eles a mando de Galeno, achei que seria seu fim. Em uma de suas missões para eliminar alguns deles, Fitz tentou usar a Manha para sentir a mente dos Forjados, mas não encontrou nada, só o vazio. 

E, foi muita sorte Veracidade encontrar uma noiva como Kettricken, poderia ser um pouco mais velha, mas enfim. E que nome é esse? Mas enfim, como eu disse antes, tirando os nomes que inicialmente me deixaram confusa, depois de acostumar e entender quem é quem, a história em si é espetacular. Fitz é o típico protagonista que não tem um minuto de paz e sofre a história toda. Para mim, só uma parte que achei desnecessário, que é de uma menina que vendia velas acho. Li alguém dizendo que ela foi essencial para seu crescimento por ter sido supostamente seu primeiro amor. Eu não achei. Se não existisse esses momentos com ela, acredito que não faria diferença na história. A não ser que no próximo ela apareça novamente e realmente mude a vida de Fitz. Acho que o que fez ele crescer foram seus ensinamentos com Bronco e Breu. Os cuidados que teve com Veracidade, sua missão ao visitar Kettricken e os acontecimentos lá. Ou seja, teve momentos intensos em sua vida, como quase morrer envenenado, salvar o reino de uma intriga política causada pelo próprio filho do rei, ou seja, diante de tudo isso, um suposto amor não correspondido foi o de menos na vida de Fitz. Ainda que, se essa garota tivesse influenciado em algo importante na vida dele ou fosse uma guerreira, eu até lhe daria créditos. Mas não simpatizei em nenhum momento com ela, tanto que nem lembro seu nome. 

Mas enfim, a escrita é fluída, a história te prende e os desdobramentos são surpreendentes. Recomendo. 


Nota pessoal 10/10

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