Natal outra vez? - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 40m

Direção Mark Alazraki

Elenco  Ana Brenda Contreras, Mauricio Ochmann, Jose Sefami

Sinopse 

É véspera de Natal, mas Chuy odeia a data porque nasceu nesse dia e sempre é esquecido. Mas nesse ano tudo muda quando ele é amaldiçoado por um fado madrinho que espera que assim, ele possa enxergar o verdadeiro significado da data. 

Trailer 

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Realmente existe muita semelhança com o filme Tudo bem no natal que vem do Leadro Hassum, mas não diria que seria plágio. Não exatamente. 

Assim como Jorge, Chuy odeia o Natal. Para mudar sua visão dessa data e para lhe mostrar como suas atitudes ranzinzas podem afetar as pessoas ao seu redor, um fado madrinho lhe amaldiçoa, fazendo com que ele sempre acorde na véspera de Natal. 

Não sei se é exatamente spoiler, mas de qualquer forma, atenção. 

Diferente na versão brasileira, Chuy tem ajuda do fado que lhe dá dicas de como se livrar da maldição. Jorge passou esse tempo todo sofrendo sozinho tentando descobrir. 

Apesar da premissa parecer semelhante, o enredo da versão brasileira foi além, pois foi de engraçado a totalmente dramático. Chorei horrores e olha que não era muito fã de obras brasileiras. 

Por mais que esperasse que tivesse a quebra do momento, o drama não foi tão dramático assim. E as situações engraçadas não foram tanto assim, porque Chuy sabia o que estava lhe acontecendo. Jorge por sua vez, teve que descobrir sozinho e seus familiares estavam a par do acontecido. 

Ou seja, enquanto Jorge nos passa todos os momentos que odeia de novo e de novo e de novo, Chuy apenas tenta fazer coisas para acabar com a maldição. No caso do Jorge, foi algo que realmente vemos passar: sua confusão por dormir e acordar na véspera de Natal de outra vez, suas tentativas de tentar explicar o que está lhe acontecendo, o tempo passando e ele visivelmente só lembrando da véspera, seus familiares entendo seu problema, os anos passando e seus filhos crescendo e ele envelhecendo... 

Pela primeira vez vou enaltecer uma produção brasileira porque semelhanças a parte, Tudo bem no natal que vem superou em muitos quesitos.

Mas, não que Natal outra vez tenha falhado. Do seu jeito foi engraçadinho e interessante. Aquele filminho de sessão da tarde para ver sem compromisso. 

Minha nota de satisfação pessoal 8/10

Die Hard - Duro de matar - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1988

Duração 2h 12m

Direção John McTiernan

Elenco Bruce Willis, Allan Rickman, Bonnie Bedelia, Reginald VelJohnson, De'Voreaux White

Sinopse 

O policial de Nova York John McClane está visitando sua família no Natal. Ele participa de uma confraternização de fim de ano na sede da empresa japonesa em que a esposa trabalha. A festa é interrompida por terroristas que invadem o edifício de luxo. McClane não demora a perceber que não há ninguém para salvá-los, a não ser ele próprio.

Trailer

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Uau, melhor filme de Natal que vi até agora hahaha 

Sinceramente, meu cérebro já estava derretendo com aqueles clichês de Natal. Uns 5 filmes seguidos ainda dá para aguentar, é divertido, bonitinho, mas depois você fica querendo ação hahaha 

E ver um Bruce Willis tão novinho... aiai gosto muito dele. Embora, a franquia Duro de matar eu não me lembrava muito bem. 

Mas como eu sempre falo sobre clássicos, tem suas falhas mas são os melhores hahaha 

Mas vamos ao filme. John, é um policial de Nova York que viaja para visitar a família no Natal. Como sua esposa está na festa de confraternização da empresa em que trabalha, ele vai primeiro até lá. 

Porém, o edifício empresarial sofre um atentado terrorista e John percebe que tudo depende dele para sobreviverem. 

John tenta chamar a polícia de várias maneiras até que consegue chamar a atenção de um policial que foi até lá, mas vendo que tudo estava aparentemente bem, ia embora quando John atira contra seu carro e o policial chama reforços. 

Os terroristas ficam cercados, mas Hans, o chefe dos bandidos, contava com a força policial uma hora ou outra, só não contava com John...

Eu assisti a primeira vez muitos anos atrás. Não lembrava que era no Natal e nem que John fosse policial. Não sei porque eu achava que ele era um civil comum hahaha 

Que ação emocionante. Típico dos anos 80/90. Fiquei ansiosa imaginando como um cara sozinho iria conseguir salvar todo mundo, principalmente sua esposa. 

Naquela época era bem comum ironizar a inteligência policial, já que o comandante fez tudo errado e parecia que os terroristas estavam sempre um passo a frente deles. 

Os repórteres continuam inconvenientes hahaha gostei do soco que a esposa do John deu em um no final. 

Agora, além do John claro, quem brilhou foi o motorista da limusine Argyle e o policial Al, que personagens maravilhosos. 

E Bruce Willis passando o filme todo de regatinha e descalço, coitado hahaha 

O tema pode não ser natalino, mas adorei ver na maratona de Natal. Recomendo. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10

A felicidade não se compra - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1946

Duração 2h 10m

Direção Frank Capra

Elenco James Stewart, Donna Reed, Henry Travers

Sinopse 

Clarence é um espírito candidato a anjo que recebe a missão de ajudar um homem muito valoroso, porém desiludido. George Bailey está à beira do suicídio quando é salvo por Clarence, que lhe mostra como ele é importante na vida de muitas pessoas.

Trailer 

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Uau, eu amo clássicos, ainda mais em preto e branco. Clássicos são subestimados pelo roteiro, atuação e falta de tecnologia, mas eu os amo exatamente por isso hahaha pois veja bem, naquela época eles tinham que se virar do avesso para produzir um filme, não é tão fácil como hoje em dia. ( que ainda assim tem roteiros e atuações horríveis hahaha )

Enfim, vamos para a história... Clarence é uma estrelinha que espera 200 anos para receber suas asas. Ele tem a sua chance quando recebe a missão de ajudar George, um ser humano que está desanimado a beira do suicídio. 

Para poder ajudá-lo, Clarence precisa conhecer sua história, então volta no tempo quando George ainda era criança. 

Em uma brincadeira de inverno, George fica surdo de um ouvido ao salvar seu irmão que caiu na água gelada. A cena extremamente comovente para mim, foi quando no trabalho dele, seu chefe recebe a notícia da morte do filho e triste acaba trocando um medicamento por veneno. George vê e ao invés de avisar o dono, ele procura o pai, mas este está ocupado com o trabalho. Quando retorna ele leva uns tabefes por não ter entregue o remédio e ele explica o motivo. Não acredito que já chorei no início do filme hahaha 

George sempre teve uma garotinha que gostava dele, mesmo depois que cresceram. Mary. George estava quase se rendendo à ela, mas seu pai tem um infarto e morre. Ele iria para a faculdade mas com o negócio de seu pai a beira de ser fechado, ele adia seu sonho de sair daquela cidade e fica cuidando dos negócios da família. Até seu irmão retornar dos estudos e assumir no seu lugar. 

George esperou por 4 anos, mas quando Harry volta, ele está casado e tem um emprego garantido nos negócios da família de sua esposa, então George adia mais uma vez seus sonhos. Porém, ele acaba se entendendo com Mary e casando com ela. 

Enquanto ele continua trabalhando no mesmo lugar, na mesma cidade, seus amigos viajam pelo mundo e mesmo durante a guerra, George é dispensado por causa de seu ouvido, ou seja, continua sempre no mesmo lugar. 

George ajudou muitas pessoas na cidade, mas quando o velho banqueiro Potter trama contra ele, desesperado e endividado, George decide que todos viveriam melhor sem ele. 

Clarence toma uma atitude para salvar George, mas ele não acredita em sua história. Ele lhe diz que seria melhor não ter nascido. Então Clarence tem uma ideia e lhe mostra como seria a vida de todos se ele de fato não tivesse nascido...

Típica história que não tem o foco no Natal, mas é maravilhoso ver nessa época. A única menção ao Natal foi que era essa data quando George decidiu que não queria viver. 

O enredo é super simples. Aquela história onde o protagonista tinha sonhos mas antes dele, vinha as outras pessoas, mas para ele, ele não estava fazendo nada demais, ele não imaginava como era importante na vida dessas pessoas. 

Ele casou, teve filhos, fincou raízes naquele lugar, onde na verdade seu sonho era conhecer o mundo, mas o mundo dele sempre esteve ali. No fim, Clarence o ajudou e ele ajudou o anjo a receber suas asas. Não é spoiler porque a gente sabe como esse tipo de clássico termina né. 

E antigamente as mensagens eram muito boas. George tinha tudo, uma vida maravilhosa mas só foi perceber quando, no caso dele, quase, foi tarde demais hahaha 

É o tipo de filme que termino  com satisfação e um brilho nos olhos. Apesar da simplicidade é maravilhosa.  Uma obra prima para se ver em qualquer época da vida. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10

[Review] Operação presente - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2011

Duração 1h 37m

Direção Sarah Smith

Elenco de dublagem James McAvoy, Bill Nighy, Hugh Laurie, Jim Broadbent, Imelda Staunton, Ashley Jensen, Sarah Smith 

Sinopse 

O Papai Noel entrega presentes para todas as crianças do mundo. Porém, nesse Natal, alguém corre o risco de ficar sem presente. Então, Arthur, o filho do Papai Noel, tem uma missão urgente: entregar o presente de uma garotinha o mais rápido possível.

Trailer 

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

O atual papai Noel está para se aposentar depois de 70 entregas bem sucedidas no Natal. Steve, seu filho mais velho, é o provável substituto para ser o novo Noel. 

Steve é inteligente e está armado de uma grande tecnologia que consegue alcançar todas as crianças do mundo em pouco tempo. 

Arthur, é o filho mais novo de Noel, porém é atrapalhado e quase nunca fica na frente,sendo motivo de piadas entre os elfos. 

Steve está satisfeito com seu trabalho até que, por um descuido uma única criança ficará sem seu presente. Arthur reconhece a criança pois foi ele quem leu sua cartinha e sabe exatamente o que ela quer ganhar. 

Mas Steve ignora dizendo que uma única criança não fará diferença no meio de tantas outras que ganharam presentes e o papai Noel aceita as explicações de Steve e deixa por isso mesmo. 

Mas Arthur acha inaceitável que uma criança que seja fique sem ganhar nada, ele imagina o olhar triste e decepcionado da criança e com a ajuda de seu avô, que inclusive também foi papai Noel, mas das antigas, quando ainda era usado as renas, partem secretamente para entregar o brinquedo esquecido. 

Arthur tem medo de tudo e se preocupa com qualquer coisa, mas acaba indo na missão e ele, seu avô, uma rena velha e doente e um elfo especialista em embrulhos, vão cruzando adversidades e causando confusão para entregar o presente. 

Inaceitável que Steve, o próximo papai Noel, possa aceitar que uma criança foi esquecida. Claramente ele não servia para esse trabalho. 

Chocada quando o vovô revelou sua verdadeira intensão de ajudar Arthur a entregar o presente hahaha o único de coração quentinho ali era o Arthur hahaha 

E super recomendo porque, óbvio, chorei na cena quando papai Noel decide sabiamente quem merece ocupar seu lugar no próximo ano. 

A obra é de 2011, mas achei maravilhosa. Sei que comédias românticas natalinas são perfeitas para o Natal, mas essas animações são incríveis. Porque são cheias de magias, que é o que o Natal é para as crianças. 

E o enredo, apesar de óbvio, foi perfeito. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10

Quinze dias - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2017

Páginas 217

Autor Vitor Martins

Sinopse 

Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática.

Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.

Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Eu simplesmente amei esse autor desde que li um conto dele no livro: todas as cores de Natal. O conto dele para mim foi o melhor de todos. E ainda bem que a escrita dele continua maravilhosa nesse livro também. 

Pelo menos eu, me apaixonei pelo personagem e pelo crush dele também. A descrição das situações são detalhadas porém geralmente são hilárias ou tensas hahaha nunca é cansativo. As situações que os personagens se envolvem podem de fato acontecer na vida real hahaha 

Aqui conhecemos Felipe, que é gay e gordo. Mas seu maior problema é o seu corpo. Por causa disso é vítima de bullying na escola e viver isso por 17 anos não é fácil. Quer dizer, quando criança ainda era mais fácil, mas conforme foi chegando na adolescência e as mudanças foram surgindo, ele passou a sentir vergonha de seu corpo. 

Quando criança ele costumava brincar com seu vizinho Caio, mas acabou se afastando dele por causa de sua vergonha, mas isso não o impediu de tê-lo como crush. 

Nas férias do meio do ano, Felipe teria que aprender a conversar com Caio novamente em 15 dias, pois seria o tempo que o outro menino ficaria na casa dele enquanto seus pais viajavam. 

Felipe e Caio nesses 15 dias aprendem muitas coisas juntos como também descobrem o verdadeiro significado de amizade e amor. 

Não vou mentir, em várias ocasiões durante a leitura, senti os pêlos dos meus braços arrepiar e meus olhos encherem de água. Pode ter certeza que pra mim, se chorei é porque a história é boa hahaha 

Quem não queria que existisse mais mães como a do Felipe? E menos garotos idiotas como aqueles que importunavam ele? Infelizmente pessoas como esses garotos nunca vão deixar de existir. 

Gostei muito da narrativa do Vitor e os temas abordados foram maravilhosos. As inseguranças de Felipe quanto a tudo principalmente seu corpo, quem nunca passou por isso na adolescência né, embora para quem está acima do peso sempre é pior, a realidade que Vitor colocou nas páginas foram incríveis. 

Eu sinceramente, fiquei com muito medo de ter muito drama nessa história hahaha tipo, a mãe do Caio voltando de viagem e flagrando os dois juntos, armando um escândalo, se mudando para longe de Felipe, até que Caio complete 18 anos e volta correndo para Felipe hahaha 

Ou, aqueles garotos que faziam bullying com Felipe, veria os dois juntos e Caio não conseguiria mais ficar com Felipe por medo da sociedade tratá-los assim também. 

MAS, ainda bem que Vitor é um escritor bem mais sensato do que eu hahaha achei esses 15 dias do Felipe e do Caio maravilhosos. Como o início deles foi estranho, com Felipe gritando pra ele sair do quarto, meu Deus, eu não sabia se ria ou chorava de desespero, coitado do Caio hahaha 

Enfim, para saber melhor como me sinto, leiam o livro, super recomendo e vale muito a pena. Tem várias cenas engraçadas, momentos fofinhos, mensagens positivas e o romance do casal protagonista é mil vezes mais fofo do que qualquer casal hétero hahaha 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10